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4,5 mil pessoas estão na fila de espera por cirurgias eletivas em Passos

4,5 mil pessoas estão na fila de espera por cirurgias eletivas em Passos - Foto: reprodução
4,5 mil pessoas estão na fila de espera por cirurgias eletivas em Passos – Foto: reprodução

Em Passos (MG), 4.570 pessoas aguardam na fila por cirurgias eletivas, segundo informações do secretário de Saúde do município, Thiago Salum. Ele afirma que a situação piorou depois que a Santa Casa de Passos suspendeu o procedimento na última semana.

“A Santa Casa nos informou que não possui bloco cirúrgico suficiente, não tem corpo clínico especialista suficiente e, agora, por fim, que não tem estoque de sangue 0 suficiente para fazer as cirurgias eletivas, o que dificulta diminuir essa fila”, disse.

Segundo Salum, a secretaria estaria na busca por soluções junto à instituição, onde tem pactuações de nível municipal, estadual e federal, além de vários recursos empregados, oriundos de emendas, para esta finalidade. “Tentaremos também parceria com outros prestadores e outros meios para atender a nossa população”, destacou.

O secretário ressalta que o problema da fila por cirurgias eletivas nunca teria sido por questões financeiras, pois, segundo ele, “o município tem recursos próprios e vários outros recursos vinculados e destinados à Saúde”.

Em relação a exames e consultas especializadas, Salum destaca que o município tem um credenciamento aberto, mas que ainda não teve nenhum prestador interessado. “Temos dois prestadores, sendo o maior deles, a Santa Casa de Passos, que não consegue ofertar consultas e exames não quantitativos suficientes para suprir a demanda”, diz.

Salum informa ainda que o município busca a adesão em consórcios públicos de Saúde e a adesão a um programa do Governo federal para diminuir a fila de espera por especialidades.

“O que está acontecendo em Passos em relação a atenção secundária é o que está acontecendo em todo o Brasil, os médicos especialistas, em sua maioria, não querem trabalhar para o SUS. E por conta disso, não podemos sair comprando consultas e exames por conta própria e ao preço cobrado pelo médico que atende no particular”, reforça.

“Tudo que depende do município de Passos para a realização dessas cirurgias represadas já foi feito. Estamos agora dependendo somente da Santa Casa”, diz o secretário.

Crise

A lista de espera para serviços de saúde no município, como cirurgias, consultas e exames, oferecido pelo SUS é grande.

No mês passado, o vereador Francisco Sena apresentou na Câmara relatórios que foram solicitados à Secretária de Saúde. “São muitas pessoas aguardando por cirurgias e exames que estão sofrendo na fila. A função do vereador é essa, é fiscalizar e cobrar por soluções”, destacou Sena.

Na época, conforme o relatório, o município tinha 21.918 consultas especializadas represadas, 10.471 radiografias, 5.928 exames laboratoriais, 4,182 cirurgias eletivas, 1.296 mamografias, 1.151 ressonâncias, 817 ecocardiogramas e 678 endoscopias.

Segundo Salum, Passos tem de 11 mil a 14 mil pessoas aguardando por algum desses procedimentos. “O munícipio tem, em torno, de 50 mil procedimentos aguardando na fila de espera, não é, 50 mil pessoas. Tem pacientes que estão esperando por três, cinco procedimentos”, reforçou o secretário, sobre os números apresentados nesse relatório. (Clic Folha)

Santa Casa de Passos suspende cirurgias por falta de sangue O negativo

Santa Casa de Passos suspende cirurgias por falta de sangue O negativo - Foto: reprodução
Santa Casa de Passos suspende cirurgias por falta de sangue O negativo – Foto: reprodução

Pacientes com tipo sanguíneo O negativo internados na Santa Casa de Passos (MG) ou à espera de cirurgia eletiva terão que esperar para serem atendidos por conta do baixo estoque no Hemonúcleo do município, que está 40% abaixo do ideal.

O motivo para a redução do estoque é o ‘sumiço’ dos doadores regulares, que apontam o clima frio e viagens como justificativas para a ausência. O tipo O negativo é considerado universal, podendo ser utilizado em qualquer pessoa.

A diretora administrativa do Hemominas em Passos, Tânia Piantino, disse que as unidades em todo o estado funcionam em rede, e os estoques de sangue dos tipos negativos registram, no momento, uma queda média de 28%, sendo que o tipo O negativo está 10% mais baixo.

Em Passos, Tânia esclareceu que a quantidade de bolsas atinge níveis críticos na unidade regional no município, com risco de faltar a algum paciente. É sugerido aos hospitais postergar momentaneamente as cirurgias eletivas do grupo sanguíneo mais afetado, evitando prejudicar alguém que esteja em situação de urgência.

“O período de suspensão depende da resposta da população para as doações de sangue. Habitualmente, quando todos se envolvem na questão, em poucos dias a situação se regulariza. Já o número de procedimentos cirúrgicos postergados depende de cada hospital”, ressaltou a coordenadora.

“De todo modo, ressaltamos que a Fundação Hemominas faz constantemente o chamamento à população. Se faz necessário ampliarmos o número de doadores voluntários com doações regulares, obedecendo os prazos entre uma doação e outra, pois, todos os dias, pessoas estão precisando de transfusões sanguíneas e não apenas nos momentos em que o estoque se encontra em níveis críticos”, completou Tânia.

Santa Casa

O responsável técnico pela Agência Transfusional do hospital, Audir Ribeiro de Abreu Filho, confirmou o problema que completa 15 dias nesta quinta-feira, 18. “Estima-se que mais de 15 cirurgias que estavam agendadas foram suspensas temporariamente pela falta de sangue O negativo, dentre elas cardíacas, oncológicas e ortopédicas. O pouco material que temos é aplicado em pacientes com risco de vida. As cirurgias adiadas só serão realizadas quando os estoques normalizarem”, explicou.

A reportagem ligou para o número da Central de Regulação de Cirurgias da Secretaria Municipal de Saúde para saber a quantidade de pessoas na fila das cirurgias eletivas do SUS, mas uma funcionária do setor disse que não tinha autorização para informar. O secretário de Saúde de Passos, Thiago Salum, não foi localizado por telefone e nem respondeu ao mesmo questionamento. (Clic Folha)

Bolsonaro fará duas cirurgias após passar por exames em hospital de SP

Bolsonaro fará duas cirurgias após passar por exames em hospital de SP – Foto: Evaristo Sá/AFP

Após passar por exames de rotina, na manhã desta quarta-feira (23/8), no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) terá de passar por duas cirurgias para corrigir as consequências do atentado que sofreu em 2018, em Juiz de Fora (MG).

Os procedimentos em questão se tratam de duas correções: uma para eliminar o refluxo e outra na alça “apertada” do intestino, que já causou três aderências. As cirurgias estão marcadas para depois de 10 de setembro.

Nas redes sociais, o assessor de Bolsonaro, Fabio Wajngarten, explicou que os exames realizados por Bolsonaro têm o objetivo de avaliar a condição clínica do ex-presidente, principalmente no sistema digestivo, no tráfego intestinal, nas aderências, na hérnia abdominal e no refluxo.

“Todos os sintomas e exames desse momento, por óbvio, decorrem do atentado contra sua vida de 6/9/18, ainda sem resolução”, escreveu Wajngarten no Twitter.

Apesar do comentário do assessor, as investigações do ataque a facadas contra o ex-presidente foram concluídas pela Polícia Federal. Adélio Bispo, autor do crime, está preso desde 2018.

Secretaria de Estado de Saúde destaca investimento recorde e marco histórico de cirurgias eletivas

A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) foi a segunda participante, na última segunda-feira (12), data de estreia da nova rodada de reuniões programadas do Assembleia Fiscaliza. Na oportunidade, foram detalhadas ações, investimentos, projetos e políticas públicas na prestação de contas semestral do Executivo estadual ao Legislativo, com apresentação das estratégias de gestão e aplicação de recursos da saúde durante o ano de 2022.

O secretário de Estado de Saúde, o médico Fábio Baccheretti, enfatizou aos parlamentares que, logo quando assumiu a pasta em março de 2021, foram elaborados e implementados projetos importantes para a saúde. Na época, o estado registrava o maior número de óbitos desde o início da pandemia de coronavírus, diante da variante ômicron, e quase todos os leitos estavam ocupados com pacientes em tratamento contra a covid. Em 2022, mesmo com o novo pico de casos positivos no início do ano, o número de internações e mortes foi bem menor, principalmente devido ao avanço da vacinação.

De acordo com o secretário, um legado importante deve ser ressaltado: o investimento recorde em saúde pública.

“Em 2021, pela primeira vez, ultrapassamos a linha de execução financeira por exercício. No ano passado, o valor total foi de R$ 9,5 bilhões. Pagamos o nosso mínimo e fizemos o maior investimento em saúde pública da história de Minas. Neste ano de 2022, em todos os bimestres temos conseguido acrescentar valores em relação ao valor estipulado e vamos fechar com R$ 9,4 bilhões de investimento na saúde pública de Minas”, ressaltou.

Avanços em Saúde

Durante a reunião, Baccheretti também exaltou a Atenção Primária e disse que, além de o Estado ter conseguido um recurso histórico de investimento para o Sistema Único de Saúde (SUS), a SES-MG está desenvolvendo políticas para o atendimento à população negra, quilombola e LGBTQIA+, para promover uma saúde de qualidade para todos.

São R$ 254 milhões para a reforma de todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) do estado, R$ 59 milhões para a retomada de 99 obras que estão paralisadas e R$47,5 milhões para 39 novas obras.

Na Atenção Secundária, Fábio Baccheretti destacou o custeio de R$ 230 milhões para o Transporta SUS, que viabiliza o transporte regionalizado nos 853 municípios mineiros e o investimento de R$ 80 milhões para os consórcios públicos, para a compra de 188 micro-ônibus.

Também no âmbito da Atenção Secundária, a SES-MG inaugurou, em agosto último, a nova unidade da Farmácia de Minas, em Belo Horizonte, com renovação do parque tecnológico, espaço amplo para o atendimento aos usuários, novo canal de atendimento e política de gestão de desempenho. Além disso, foram destinados R$ 90,3 milhões para os atendimentos de saúde bucal de 460 municípios, e R$ 259 milhões para a ampliação da média complexidade, que contempla consultas com especialistas e exames.

Neste ano, o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) está sendo implementado em todas as regiões de Minas para atendimento terrestre. Destaque, ainda, para a aquisição de mais três aeronaves para o atendimento aéreo.

“Os próximos passos são finalizar implantação na macrorregião Triangulo do Sul e ter cobertura de 100% em todo o estado. Daqui a pouco, em todos os municípios, a população terá o atendimento de urgência e emergência do Samu”, disse Baccheretti.

Fortalecimento hospitalar e cirurgias eletivas

Na Atenção Terciária, o secretário enfatizou que o programa Valora Minas vem fortalecendo os hospitais do estado. O total investido este ano foi de R$ 1,3 bilhões, o que viabilizou a realização de 142.103 cirurgias eletivas por meio do Programa Opera Mais, Minas Gerais, um aumento de 15% em relação a 2019, ano anterior à pandemia.

“Em 2020 e 2021, houve redução do número de cirurgias, em função da pandemia. E no início de 2022 também, por causa da ômicron. Mas, depois disso, estamos batendo marcos históricos na realização de cirurgias no estado. Estamos fazendo o nosso papel junto aos municípios e hospitais do estado”, destacou.

Ainda de acordo com o secretário, foram investidos R$ 154 milhões na compra de cem tomógrafos e R$ 9,3 milhões para a implementação de 204 novos leitos de UTI Neonatal. Como legado da pandemia, o Estado conseguiu agregar 590 leitos de UTI em hospitais estaduais, para o atendimento da população mineira.

“Sinto-me privilegiado de estar à frente desta pasta, pois tivemos autonomia para criar novas políticas. O governador me exige entregar resultados, o que só é possível com a equipe competente que temos na secretaria”, comentou.

Hospitais Regionais

Durante a reunião do Assembleia Fiscaliza, Baccheretti também falou sobre o andamento das obras dos hospitais regionais do estado.

De acordo com o secretário, os vazios assistenciais foram pactuados, os editais de obras foram publicados, exceto o do Hospital Regional de Juiz de Fora, e o recurso está garantido, dentro dos acordos firmados com a Fundação Renova e com a mineradora Vale, em reparação pelas perdas causadas pelas tragédias em Mariana e Brumadinho.

“Todos os seis hospitais regionais, com exceção de Juiz de Fora, estarão com as obras concluídas em até 24 meses. Iniciaremos a compra dos materiais em janeiro e fevereiro de 2023, e é preciso fazer um grande planejamento para saber qual o tomógrafo e quantos equipamentos cada um vai precisar, a partir de agora, para viabilizar o funcionamento desses hospitais”, pontuou.

Além dos deputados da Comissão da Saúde, que conduziu a reunião, estiveram presentes o secretário adjunto de Saúde, André Luiz Moreira dos Anjos, e gerentes de alguns projetos em implantação pela SES-MG.

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