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Advogado é condenado a 42 anos de prisão por matar amante e bebê dela em MG

O Tribunal do Júri de Belo Horizonte condenou na última quinta-feira (30) o advogado Willian Rodrigues de Assis a 42 anos e dois meses de prisão, em regime inicialmente fechado, pelos assassinatos de Fernanda Caroline Leite Dias, de 23 anos, e da filha dela, Pietra Dias, de apenas um ano e oito meses.

Em 25 de janeiro de 2021, o corpo da criança foi encontrado às margens da BR-040, na altura do bairro Olhos D’água, região do Barreiro, acompanhado de um bilhete atribuído à mãe, no qual ela dizia que não tinha mais condições de criar a garota e havia decidido “sumir no mundo” para viver como prostituta. No entanto, exames grafotécnicos feitos pela perícia indicaram que a letra do manuscrito é bem similar a do advogado.

Segundo as investigações, o suspeito mantinha um relacionamento extraconjugal com Fernanda. Os dois moravam em Congonhas, Região Central de Minas. O crime teria sido motivado pelo fato de a jovem estar grávida do advogado, sendo que ela o pressionava para que ele se separasse da esposa. Ele acabou confessando o crime. 

O corpo da mulher, porém, nunca foi encontrado, conforme pontua a juíza Myrna Fabiana Monteiro Souto na sentença. “A culpabilidade, entendida como juízo de censurabilidade que recai sobre a conduta do agente, é gravíssima, haja vista que até hoje o réu não forneceu o verdadeiro paradeiro do corpo da vítima, impedindo assim que a família providenciasse a ela um sepultamento digno”, avalia a magistrada. 

A tese sustentada pela polícia durante as investigações é de que o homem teve uma discussão com a vítima, a matou com golpes concentrados na cabeça, depois queimou o corpo com diesel e jogou os restos mortais no rio Bananeiras, que corta Congonhas. A bebê teria sido morta no dia seguinte, após ser dopada com um ansiolítico. 

Willian Rodrigues de Assis foi condenado por homicídio duplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual, além de multa. Preso desde abril de 2021, ele teve o direito de recorrer em liberdade negado. 

Jovem é condenado a 21 anos de prisão por morte de namorada em Pouso Alegre

O jovem réu pela morte da namorada de 14 anos em Pouso Alegre (MG) foi condenado a 21 anos de prisão em regime fechado. Wesley Luiz Silva Ferreira respondeu na Justiça por homicídio triplamente qualidade, estupro e ocultação de cadáver.

O júri popular começou na manhã desta sexta-feira (16) no Fórum de Pouso Alegre, por volta das 8h e seguiu até o início da noite. A primeira a chegar ao fórum foi Leia Retuci, mãe da jovem Luiza Retuci da Silva, morta aos 14 anos, em 2018.

“A família sofreu demais porque era uma menina de 14, 15 anos, uma adolescente, com o namorado. Namorava dentro de casa, ele traiu totalmente a confiança da família, da menina. Segundo a acusação, ele teria estuprado a menina, esganado e estrangulado, com asfixia mecânica e química e depois ocultou o cadáver em um buraco no final de uma rua. Então foi um crime bárbaro, que precisa de uma resposta eficiente do tribunal do júri”, explicou o advogado da família, Rovilson Carvalho.

Wesley estava preso no presídio de Pouso Alegre há dois anos.

O crime

Luiza Retuci da Silva foi morta no dia 21 de agosto de 2018. O corpo dela foi encontrado no dia seguinte em um terreno no bairro Parque Real. Segundo a Polícia Civil, no celular da vítima foram encontradas mensagens de brigas e ameaças entre ela e Wesley Ferreira Cruz, o que demonstrava um relacionamento abusivo.

De acordo com a Polícia Civil, após o crime, o acusado permaneceu a noite inteira com a família e a partir do momento em que ele ocultou o corpo, ele foi até a mãe da vítima, falou que ela estava desaparecida, que ela não compareceu onde eles tinham marcado um encontro e ficou a noite inteira auxiliando ela nas buscas, andando com ela pelas ruas da cidade.

Ainda segundo a polícia, ele teve acesso ao telefone celular dela que ficou no carro, começou a mandar mensagens como se fosse ela para a própria mãe, falando que estava em uma festa. Wesley, assim como destacou a polícia na época, acessou rede social dela, começou a fazer postagens de fotos dos dois, demonstrando que eles estariam bem para dificultar a linha de investigação.

Ele foi apontado como principal suspeito e, após ser preso, confessou o crime. A Polícia Civil destacou que ele disse ter dado um golpe na namorada sem a intenção de matá-la. No entanto, a necropsia apontou que o corpo de Luisa Retuci da Silva tinha vários sinais de violência.

Uma foto íntima tirada durante uma relação sexual poderia ter motivado a morte da adolescente. A adolescente de 14 anos chegou a ser confundida com uma boneca pelo morador que a encontrou. Na ocasião, assim que ele viu a menina, ele procurou a dona do terreno para contar o que tinha visto.

Fonte: G1

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