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Polícia Civil indicia três ex-gestores por crimes cometidos na Cooperativa Casmil, em Passos

Polícia Civil indicia três ex-gestores por crimes cometidos na Cooperativa Casmil, em Passos - Foto: reprodução
Polícia Civil indicia três ex-gestores por crimes cometidos na Cooperativa Casmil, em Passos – Foto: reprodução

A Polícia Civil anunciou nesta terça-feira (3) o encerramento das investigações que apuraram graves práticas de gestão temerária cometidas por ex-gestores da Cooperativa Casmil, de Passos (MG). Três ex-gestores da cooperativa foram indiciados.

Conforme a polícia, os ex-gestores foram indiciados por apropriação indébita qualificada, associação criminosa, falsidade ideológica e também crime contra a economia popular por gestão temerária de cooperativa.

As investigações começaram em 2020 no âmbito da operação “Consilium Fraudis”. Segundo a polícia, a operação revelou condutas imprudentes e negligentes que comprometeram severamente a estabilidade financeira da cooperativa e prejudicaram seus cooperados.

As investigações apontaram que os ex-gestores da cooperativa realizaram operações financeiras de alto risco, como o desconto duplicado de duplicatas e a alteração irregular de documentos fiscais, sem a devida análise de impacto ou planejamento estratégico.

Essas ações, de acordo com a polícia, caracterizaram uma administração desprovida de diligência e responsabilidade, resultando em dívidas não quitadas com credores, perda de credibilidade no mercado e prejuízos substanciais ao patrimônio coletivo.

Embora não tenha sido constatada apropriação pessoal dos recursos, os atos dos gestores violaram padrões mínimos de cuidado e expuseram a cooperativa a um endividamento insustentável, configurando crime contra a economia popular.

A análise técnica e pericial revelou, ainda, manipulações em documentos fiscais, que mascararam a verdadeira situação financeira da instituição, consequentemente, dificultando a transparência para os cooperados.

O inquérito agora segue para a Justiça.

Polícia Civil indicia três ex-gestores por crimes cometidos na Cooperativa Casmil, em Passos - Foto: reprodução
Polícia Civil indicia três ex-gestores por crimes cometidos na Cooperativa Casmil, em Passos – Foto: reprodução

Crise na Casmil

A crise da Casmil começou em 2007, quando uma investigação apurou a adulteração de leite. Segundo o que foi apurado, as cooperativas adicionavam soro, um sub produto da fabricação de queijo, no leite e usavam substancias químicas para que isso não fosse apontado em exames que mostram a qualidade do leite. Na época, 26 pessoas foram condenadas pela Justiça Federal por este caso.

Já em 2020 outra investigação apontou o desvio de pelo menos R$ 500 mil. A suspeita era de que o esquema permitia que a cooperativa recebesse duas vezes por uma operação. No mesmo ano, o parecer do conselho fiscal indicava uma divida de R$ 14 milhões, mas o valor real, de R$ 90 milhões, foi descoberto após uma auditoria.

A dívida seria rateada entre os 1,2 mil cooperados da instituição após assembleia realizada em agosto de 2023.

Via: G1

Polícia Civil investiga suspeita de desvio de R$ 520 mil em cooperativa agropecuária de Passos

A Polícia Civil de Passos investiga suspeita de desvio de pelo menos R$ 520 mil de uma cooperativa agropecuária da cidade. Na tarde desta quinta-feira (15) uma operação da polícia cumpriu mandados de busca e apreensão no local e na casa dos investigados. A investigação da Polícia Civil é para apurar possíveis crimes de apropriação indébita, estelionato e associação criminosa.

De acordo com a Polícia Civil, as primeiras apurações apontam que os atuais diretores da Cooperativa Agropecuária do Sudoeste Mineiro (Casmil) teriam negociado com uma indústria de alimentos o repasse de duplicatas da empresa a título de crédito, decorrentes da venda de leite cru. A diretoria, conforme destaca a polícia, teria cedido esses créditos a um fundo de investidores.

Ainda segundo a Polícia Civil, levantamentos apontam que o termo de cessão foi de aproximadamente R$ 526 mil e, depois, a indústria de alimentos pagou os débitos das duplicatas. De acordo com as investigações, a polícia aponta que os gestores teriam recebido indevidamente os valores dos títulos, que não foram repassados em pagamento à cessão firmada anteriormente.

Durante a operação, celulares, computadores e documentos foram recolhidos. Até o momento ninguém foi preso. O delegado regional adjunto Danilo Tobias de Oliveira Fernandes é o responsável pela investigação, assim como o delegado Felipe de Souza Capute.

Fonte: G1.

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