Jornal Folha Regional

Vídeo: adolescente de 16 anos morre após levar bolada no peito

Um adolescente de 16 anos morreu após ser atingido por uma bolada no peito durante um campeonato de pênaltis na comunidade Nossa Senhora dos Navegantes, em Maués, interior do Amazonas.

O caso ocorreu na madrugada de segunda-feira (5), por volta de 1h. O garoto identificado como Edson Lopes Gama chegou a ser socorrido por testemunhas, que tentaram reanimá-lo no local, mas ele não resistiu.

Atendimento lento

Vídeo: adolescente de 16 anos morre após levar bolada no peito - Foto: redes sociais
Vídeo: adolescente de 16 anos morre após levar bolada no peito – Foto: redes sociais

A família do adolescente atribuiu à seca dos rios na região a demora no atendimento do jovem, já que houve uma dificuldade de transporte da comunidade até a cidade de Maués.

Segundo Elisia Lopes Gama, irmã do jovem, ele chegou ao hospital às 12h15, mais de 11 horas após o incidente.

A família aguarda o laudo médico para confirmar a causa da morte, mas acredita que o impacto da bolada foi o motivo.

Edson foi enterrado na última terça-feira (7/1), às 10h, na comunidade onde vivia.

Guerreiro! Menino de 3 anos que recebeu transplante de coração recebe alta

Guerreiro! Menino de 3 anos que recebeu transplante de coração recebe alta - Foto: arquivo familiar
Guerreiro! Menino de 3 anos que recebeu transplante de coração recebe alta – Foto: arquivo familiar

Esse pequeno é sinônimo de força e coragem! Após passar por um transplante de coração, Davi D’Artibale, um menino de apenas 3 anos, finalmente teve alta do Instituto do Coração (InCor) de São Paulo. 

Ele foi diagnosticado com cardiopatia congênita ainda durante a gestação, e desde então teve uma jornada cheia de desafios e superações. Ao todo, chegou a passar 1 ano, 5 meses e 3 semanas internado. 

Agora, a família celebra a volta do filho para casa. “O Davi está vibrando de alegria. Obrigado pelas orações. Agora é hora de agradecer e se alegrar”, escreveram nas redes sociais. 

Um garoto muito amado 

A família se mudou temporariamente para Atibaia, mais próximo da capital paulista, para acompanhar de perto o tratamento de Davi no InCor. 

Os pais, Alfredo e Tatiana, revezavam semanalmente no quarto do hospital para que o menino se sentisse seguro e amparado durante todo o processo.

No Instagram, eles compartilhavam cada quadro médico do filho e pediam oração pela recuperação do pequeno. 

A oração do pai 

A descoberta da necessidade de um transplante cardíaco trouxe consigo um misto de emoções: a esperança de um novo coração para Davi, mas também a consciência da dor de outras famílias.

O pai, em um momento de profunda reflexão, compartilhou a angústia em uma oração a Deus.

“Senhor, tenha misericórdia dessa família. Se possível, não permita que eles sofram uma perda tão grande. Por favor, não tire a vida de uma criancinha somente para que o Davi possa continuar a viver”. 

Fé que inspira 

A fé e a gratidão da família de Davi foram fundamentais para enfrentar esse desafio com coragem e esperança.

Alfredo implorava a Deus que, caso os pais da criança doadora se vissem diante de uma dor tão imensa, que pelo menos a ideia de Davizinho receber o coração pudesse ser um consolo para eles.

“Que eles se sintam encorajados por saberem, que uma outra criança (o Davi) poderá então florescer, causando grande alegria à sua família”.

Conseguiram o transplante em fevereiro 

O transplante foi realizado em 17 de fevereiro deste ano, alguns dias antes do aniversário de Davi. Que presente! 

Alfredo contou que a família do doador procurou ele e a esposa para conversar. 

“Foi precioso ouvir que, para eles, o transplante foi um consolo em meio a tanta tristeza”, disse o pai. 

O menino doador se chamava Jessé. E olha que coincidência! Na história bíblica, Jessé era o pai de Davi.  

O melhor está por vir 

Os pais do doador disseram que Jessé gostava de falar do amor de Deus. 

Talita e Alfredo, que compartilham da mesma fé cristã, compartilharam: “Queremos que os pais do Jessé saibam, que faremos de tudo para que o nosso Davi, continue a amar a Cristo, da mesma maneira que Jessé amou.

Quando receberam o resultado do exame com zero rejeição do órgão, foi uma emoção só. 

“Nosso coração está profundamente agradecido. Temos vontade de cantar e de chorar de alegria”, disseram. 

Que o Davizinho agora possa desfrutar dos melhores dias! 

Doenças cardiovasculares matam 85 pessoas por dia em Minas

Os óbitos por doenças cardiovasculares, como infarto e AVC, dispararam na pandemia: só entre janeiro e agosto deste ano, cerca de 85 pessoas morreram por dia devido a problemas cardiovasculares em Minas Gerais. A tendência, que já era observada em 2020, acentuou-se ainda mais em 2021: as mortes aumentaram 25,7% em relação ao mesmo período de 2019, segundo registros de cartórios do Portal da Transparência, em parceria com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Por trás do aumento, escondem-se a baixa na procura por atendimento médico durante o isolamento social e possíveis sequelas da Covid-19, segundo especialistas. O alerta é dado na data em que se comemora o Dia Mundial do Coração.

“As doenças do coração não estão estáveis, mas em ascensão. Elas são a principal causa de morte no mundo, matam mais que o dobro que todos os tipos de câncer juntos. Como são doenças de que costumamos ver as pessoas morrerem dentro de casa, internalizou-se que isso é normal, mas não podemos considerar comum uma pessoa de 50, 60, 70 anos morrendo de AVC ou infarto. São doenças em que podemos evitar a mortalidade, controlando os fatores de risco”, pontua o diretor da Sociedade Mineira de Cardiologia, Kleisson Maia.

Neste ano, as mortes por doenças cardiovasculares ocorridas dentro de casa, e não em hospitais, subiram 62% e representam um quarto de todos os óbitos por essas doenças no Estado. Na perspectiva de especialistas, a alta é um reflexo do abandono do controle de fatores de riscos, como hipertensão, diabetes e obesidade durante a pandemia.

Em 2020, o número de procedimentos de cardiologia teve queda de 38% no país, segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM). O cardiologista Bruno Nascimento, membro da SBC e professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), afirma que já passou da hora de retomar o acompanhamento médico.

“O efeito da pandemia não é só durante ela. As pessoas estão deixando de fazer o acompanhamento, e as consequências serão observadas lá na frente. Em 2022, já teremos um cenário diferente, porque esperamos que não ocorra mais sobrecarga de hospitais com Covid-19, mas os efeitos para quem não fez controle adequado vão continuar por um tempo”, pondera.

A coordenadora da Associação Mineira do AVC (AMAVC), Sandra Issida, diz que a busca de tratamento por quem já sofreu Acidente Vascular Cerebral diminuiu durante a pandemia. “Antes da pandemia, 85% das pessoas que haviam sofrido AVC estavam em algum tratamento como contra hipertensão e diabetes. No entanto, com o isolamento, o número caiu para 47%. Sandra explica que a prevenção é importante, porque as vítimas de AVC têm poucas horas entre identificar os sintomas e levar a pessoa ao atendimento e,  em casos de AVC isquêmico, que ocorre pela obstrução de vasos cerebrais, a chance de haver sequelas diminui se o paciente for atendido até quatro horas e meia após os primeiros sintomas. 

O cardiologista cooperado da Unimed-BH José Pedro Filho tem esperança de uma retomada de atendimentos. “A redução na procura inicial por atendimento médico cardiológico está normalizada ou até superdimensionada. As agendas estão lotadas de gente que deixou de ir antes e querem retomar e também daqueles que apareceram com problemas cardíacos agora”, afirma.

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