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Concurso dos Correios: provas para 3.468 vagas serão aplicadas em dezembro

Concurso dos Correios: provas para 3.468 vagas serão aplicadas em dezembro - Foto: reprodução
Concurso dos Correios: provas para 3.468 vagas serão aplicadas em dezembro – Foto: reprodução

Os Correios informaram na última quinta-feira (3) que as provas do novo concurso público, que oferece 3.468 vagas, estão marcadas para o dia 15 de dezembro.

O edital, em fase final de revisão, será publicado pela banca organizadora IBFC (Instituto Brasileiro de Formação e Captação) na próxima quarta-feira (9).

Ainda não há data definida para o início das inscrições, mas elas serão realizadas por meio de um link específico. Das vagas oferecidas, 3.099 são para o cargo de agente de Correios, que exige ensino médio, enquanto 369 são destinadas ao cargo de analista de Correios, que requer nível superior. Os salários variam entre R$ 2.429,26 e R$ 6.872,48. O concurso também prevê cadastro de reserva com 5.344 vagas.

As provas serão aplicadas em 306 localidades, incluindo todas as capitais do país. Segundo o presidente da estatal, Fabiano Silva dos Santos, 30% das vagas serão reservadas para pessoas negras (pretas e pardas) e indígenas, reforçando a prioridade de equidade racial na gestão atual.

A realização do concurso é parte de um acordo que pôs fim à greve dos Correios, realizada em agosto, que durou 16 dias.

Distribuição das vagas

As vagas estão distribuídas de acordo com o nível de escolaridade e a região do país. Confira abaixo:

Vagas para ensino médio

  • Centro-oeste: 446 vagas
  • Nordeste: 669 vagas
  • Norte: 240 vagas
  • Sudeste: 1.048 vagas
  • Sul: 696 vagas
  • Total: 3.099 vagas

Vagas para ensino superior

  • Centro-oeste: 41 vagas
  • Nordeste: 62 vagas
  • Norte: 177 vagas
  • Sudeste: 61 vagas
  • Sul: 28 vagas
  • Total: 369 vagas

As provas objetivas vão abranger conhecimentos gerais e específicos, com caráter eliminatório e classificatório. Para o cargo de analista, também haverá uma prova discursiva, composta por uma redação de até 30 linhas.

Outro concurso em andamento

Paralelamente, está em andamento o concurso público dos Correios para as áreas de medicina e segurança do trabalho. As provas ocorrerão no dia 13 de outubro, e o resultado final será divulgado em 20 de novembro. O processo conta com uma fase de provas objetivas, seguida por comprovação de requisitos, análise de perfil e exames médicos admissionais.

Trabalhadores dos Correios aprovam greve em nove estados; veja quais são

Trabalhadores dos Correios aprovam greve em nove estados; veja quais são - Foto: reprodução
Trabalhadores dos Correios aprovam greve em nove estados; veja quais são – Foto: reprodução

Os trabalhadores dos Correios aprovaram greve por tempo indeterminado, após votação em assembleia com cerca de 5.000 funcionários em São Paulo realizada nesta quarta (7) na capital paulista.

Segundo a Findect (Federação Interestadual dos Sindicato dos Trabalhadores dos Correios), carteiros e motoristas aderiram à paralisação, que começou às 22h de quarta, e também há participação de trabalhadores nas áreas de tratamento e atendimento.

Os principais sindicatos dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraná, Piauí, Rio Grande do Sul e Tocantins aderiram ao movimento, informam os representantes.

De acordo com os Correios, as agências estão abertas e todos os serviços estão disponíveis nesta quinta (8). A estatal informa que adotou medidas como remanejamento de profissionais e realização de horas extras para cobrir “as ausências pontuais e localizadas devido à paralisação anunciada pelo sindicato”.

“O ponto principal desta greve hoje é o custeio do plano de saúde,” diz Douglas Ramos, diretor de comunicação do Findect e Sintect (Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios Telégrafos e Similares de São Paulo, Grande São Paulo e zona postal de Sorocaba).

Os trabalhadores exigiram a redução da coparticipação no plano de saúde que, segundo Ramos, era muito pesada. Além disso, a categoria reivindica reajuste salarial pela inflação mais um aumento linear de R$ 300 para todos os cargos ainda em 2024.

De acordo com os Correios, foi proposto um reajuste de 6,05% nos salários a partir de janeiro de 2025, mais 4,11% nos benefícios a partir de agosto de 2024, bem como um aumento de 20% para motociclistas e motoristas.

Sobre o plano de saúde, segundo a empresa, “o processo de alteração do regulamento para redução da coparticipação de 30% para 15% tem previsão de implementação no próximo mês, após a realização de ajustes necessários para adequação às normas vigentes”.

O imbróglio se desenrola desde o início do ano e depois de uma greve que quase atingiu a Black Friday, no fim do ano passado. Após 14 reuniões de negociação, de acordo com a Findect, “a empresa demonstrou mais uma vez sua incapacidade de responder adequadamente às necessidades dos trabalhadores”.

A greve está mantida até a próxima rodada de negociações na próxima semana, segundo Ramos.

Governo quer privatizar Eletrobras e mais oito estatais em 2021

Apesar do ministro da Economia, Paulo Guedes, já ter admitido frustração com o ritmo das privatizações, o governo federal aprovou a inclusão de mais 58 ativos no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) na última quarta-feira (2). Por isso, agora, espera leiloar nove estatais e 115 ativos de infraestrutura, com o potencial de atrair R$ 367 bilhões em investimentos privados, só no próximo ano.

O cronograma do PPI prevê a desestatização dos Correios, da Eletrobras, da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), da Trensurb, da Emgea, da Ceasaminas, da Codesa e do Nuclep em 2021, além de avanços na liquidação da Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores de Garantias (ABGF).

Ainda no próximo ano, estão previstos os leilões do 5G e de 24 aeroportos, como os de Santos Dumont (RJ) e Congonhas (SP). O governo ainda pretende entregar à iniciativa privada 16 terminais portuários, seis rodovias, três ferrovias, oito terminais pesqueiros, seis parques e florestas, três blocos de óleo de gás, três áreas de mineração e 24 projetos subnacionais de saneamento, iluminação pública e resíduos sólidos.

A carteira foi aprovada nesta quarta-feira na última reunião do ano do Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (CPPI), que se reuniu no Ministério da Economia com a participação do ministro Paulo Guedes e do presidente Jair Bolsonaro. O planejamento, contudo, supera e muito a agenda de leilões efetivamente realizada neste ano. O governo realizou 18 leilões neste ano e espera realizar mais 11 neste mês de dezembro, para fechar o ano com R$ 39,1 bilhões de investimentos e R$ 4,7 bilhões de outorgas e bônus.

Secretária Especial do PPI, Martha Seillier admitiu que a carteira é “gigantesca”, mas frisou que esse cronograma considera tudo o que é viável de ser leiloado em 2021. “Todos os projetos apresentados com leilões possíveis em 2021 já estão em curso em termos de estruturação, todos os portos, aeroportos, ferrovias, projetos de energia, já estão com estudos de viabilidade em curso, muitos deles inclusive já com estudos no TCU, outros com estudos já aprovados pelo TCU e outros com editais inclusive já publicados. Então, acreditamos na viabilidade dessa carteira”, afirmou.

Martha ainda lembrou que muitos dos leilões que estavam previstos para 2020 precisaram ser adiados para 2021 por conta da crise causada pela pandemia de covid-19, como o dos aeroportos. E disse, por conta desses adiamentos, o PPI “pisou no acelerador” em 2020, a pedido de Guedes e do Ministério da Infraestrutura, para poder garantir esses leilões no próximo ano. “Após a crise de saúde, acreditamos que os investimentos decorrentes dos leilões previstos para 2021, que ultrapassam R$ 361 bilhões, vão ser a chave para a retomada”, afirmou.

“Escorregar para 2022”
A secretária admitiu, contudo, que alguns desses projetos podem “escorregar para 2022” por conta do rito legal que o governo precisa cumprir antes de leiloar um ativo. “A agenda de desestatização passa por etapas que dificultam que o executivo crave data de leilão, primeiro a complexidade dos estudos de viabilidade, depois o período de consulta pública, depois a etapa de avaliação pelo Tribunal de Contas da União
(TCU)”, lembrou.

“Mesmo que você tenha um deslocamento de meses e alguns projetos entrem em 2022, o importante é nosso compromisso de entregar todos os ativos e atrair parceiros privados para todos eles”, acrescentou. Já estão no cronograma de 2022 a desestatização da Serpro, da Dataprev e da Telebrás.

Além desse rito, o governo ainda precisa da aprovação do Congresso Nacional para tirar do papel alguns dos projetos, como a desestatização dos Correios e da Eletrobras. A secretária do PPI, no entanto, mostrou-se confiante na aprovação desses projetos. Ela disse que o projeto de lei que abre espaço para a privatização dos Correios já está pronto e aguarda apenas o despacho do presidente Bolsonaro para ser enviado ao Congresso, o que deve ocorrer “nos próximos dias”.

E argumentou que a desestatização da Eletrobras prevê a ampliação dos investimentos no sistema elétrico nacional, sobretudo em regiões mais carentes, como o Norte, que recentemente sofreu com o apagão do Amapá.

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