Jornal Folha Regional

Pandemia ainda impacta educação no Brasil, aponta estudo

Pandemia ainda impacta educação no Brasil, aponta estudo - Foto: reprodução
Pandemia ainda impacta educação no Brasil, aponta estudo – Foto: reprodução

O Brasil ainda não se recuperou, na educação, dos impactos gerados na pandemia. O acesso à educação, que vinha melhorando, teve piora durante a pandemia e ainda não recuperou o mesmo patamar observado em 2019. A alfabetização das crianças, que tiveram as aulas presenciais suspensas, piorou e o percentual daquelas que ainda não sabem ler e escrever aos 8 anos de idade aumentou consideravelmente entre 2019 e 2023.ebcebc

As informações são do estudo Pobreza Multidimensional na Infância e Adolescência no Brasil – 2017 a 2023, lançado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) nesta quinta-feira 16. O estudo, que é baseado na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad C) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em relação à educação, analisou as privações de acesso à escola na idade certa e alfabetização.

Os dados mostram que em relação ao acesso, ao longo dos anos houve oscilações, com avanços e retrocessos, muitos deles ocorridos no período de pandemia. Em 2017, 8,5% das crianças e adolescentes de até 17 anos estavam privados de educação de alguma forma. Essa porcentagem caiu para 7,1% em 2019, subiu para 8,8% em 2021 e caiu para 7,7% em 2023.

Ao todo, são quatro milhões de crianças e adolescentes que estão atrasados nos estudos, que repetiram de ano ou que não foram alfabetizados até os 7 anos. Apesar de representarem um percentual inferior a 2017, o país ainda não retomou o patamar que havia alcançado em 2019.

O estudo mostra ainda que há no país 619 mil crianças e adolescentes em privação extrema da educação, ou seja, que não frequentam as escolas. Eles correspondem a 1,2% daqueles com até 17 anos. Esse percentual, que chegou a 2,3% em 2021, na pandemia, é inferior ao registrado em 2019, 1,6%.

No Brasil, a educação é obrigatória dos 4 até os 17 anos é obrigatória no Brasil de acordo com a Emenda Constitucional 59 e com o Plano Nacional de Educação (PNE).

“Sabemos que na educação, leva-se muito mais tempo recuperar os impactos. Então, essa faixa é a que mais sofreu e os dados mostram realmente a importância de que se façam políticas mais focadas e se fortaleçam as que estão sendo implementadas”, diz a chefe de Políticas Sociais do Unicef no Brasil, Liliana Chopitea.

Alfabetização

Já em relação à alfabetização, a pesquisa mostra que cerca de 30% das crianças de 8 anos não estavam alfabetizadas em 2023. Uma piora em relação a 2019, quando esse percentual era 14%.

“Esta disparidade sugere que as crianças que tinham entre 5 e 7 anos de idade em 2020, e que, consequentemente, experimentaram interrupções educacionais críticas durante a pandemia, enfrentam um dano persistente em sua alfabetização. O ensino remoto e as dificuldades associadas a ele, como falta de acesso a recursos educacionais adequados e suporte pedagógico, podem ter contribuído para essa defasagem significativa”, destaca o estudo.

O estudo também mostra que há maior disparidade entre as crianças que vivem em áreas rurais. “Notavelmente, para crianças de 7 a 8 anos de idade em áreas rurais, o percentual de analfabetismo em 2023 atinge cerca de 45%, demonstrando uma grave deficiência no acesso ou na qualidade da educação inicial nessas localidades”, diz o texto.

Renda familiar

Há ainda desigualdades de aprendizagem de acordo com a renda das famílias. Segundo a pesquisa, em 2019, os 25% mais pobres da população apresentaram um percentual de analfabetismo de 15,6%, enquanto o quintil (medida estatística) mais alto, ou seja, os 20% mais ricos, registrava apenas 2,5%. Em 2023, essa diferença aumenta. O quintil mais baixo passa para cerca de 30%, e o quintil mais alto aumenta ligeiramente para 5,9%.

“Este padrão sugere que crianças de famílias de menor renda foram desproporcionalmente afetadas pelas interrupções na educação causadas pela pandemia de Covid-19, enquanto aquelas em situações econômicas mais favoráveis tiveram mais recursos e resiliência para mitigar os impactos negativos no aprendizado. A crescente disparidade entre os quintis de renda destaca a necessidade urgente de intervenções educacionais direcionadas que possam fornecer suporte adicional às crianças das famílias mais vulneráveis”, diz o estudo.

A meta do Brasil de acordo com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que estabelece o que as crianças e os adolescentes devem aprender a cada etapa de ensino na escola, é que todas as crianças estejam alfabetizadas ao fim do 2º ano do ensino fundamental, ou seja, aos 7 anos de idade.

Em 2023, o governo federal instituiu o Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, para garantir o direito à alfabetização na idade certa e também para recuperar as aprendizagens das crianças do 3º, 4º e 5º ano do ensino fundamental afetadas pela pandemia.

O estudo diz que há indicações de “progressos significativos”, nos últimos dois anos. A taxa de analfabetismo entre crianças de 8 anos caiu de 29,9%, em 2022, para 23,3%, em 2024. Entre as crianças de 9 anos, houve uma redução de 15,7%, em 2022, para 10,2%, em 2024.

“É urgente que se tenha políticas públicas coordenadas em nível nacional, estadual e municipal para reverter o problema do analfabetismo e retomar essa aprendizagem. Muitas políticas e programas estão sendo desenvolvidos nos últimos anos. Como vimos, leva mais tempo para recuperar o que foi o impacto da pandemia, mas é importante continuar investindo nesses programas, como, por exemplo, o Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, que justamente tem como finalidade garantir o direito à alfabetização das crianças até o fim do segundo ano de ensino fundamental”, defende Chopitea.

Pobreza Multidimensional

Além da educação, o estudo, analisou outras dimensões que considera fundamentais para garantir o bem-estar de crianças e adolescentes: renda, acesso à informação, água, saneamento, moradia, proteção contra o trabalho infantil e segurança alimentar. Esta é a quarta edição desta pesquisa, realizada pelo Unicef.

Santa Casa de Piumhi torna obrigatório uso de máscaras na unidade após aumento de casos de Covid-19

Santa Casa de Piumhi — Foto: TV Integração/Reprodução
Santa Casa de Piumhi — Foto: TV Integração/Reprodução

A Santa Casa de Piumhi (MG) tornou obrigatório a partir desta segunda-feira (4) o uso de máscaras de proteção a todos que acessarem o hospital. A medida foi tomada devido ao aumento nos casos de Covid-19 no município.

Conforme a unidade, o equipamento deve ser utilizado por pacientes, acompanhantes e visitantes para evitar a contaminação pela doença.

De acordo com dados do último informe epidemiológico da Secretaria Municipal de Saúde, 12 casos de Covid-19 foram registrados em Piumhí dentro de 24h na última sexta-feira (1º), sendo sete novas infecções e cinco pacientes que se contaminaram novamente.

Desde o início do ano até esta segunda-feira (4), 54 pessoas tiveram diagnóstico positivo para doença; desse número, 21 pessoas se recuperaram. Não há nenhum óbito por Covid-19 registrado no município em 2024.

Covid-19: Cidades da Regional de Saúde de Passos já registraram 477 casos da doença em 2024

Covid-19: Cidades da Regional de Saúde de Passos já registraram 477 casos da doença em 2024 - Foto: reprodução
Covid-19: Cidades da Regional de Saúde de Passos já registraram 477 casos da doença em 2024 – Foto: reprodução

As cidades que compõem a Secretaria Regional de Saúde (SRS) de Passos já registraram 477 casos de Covid-19 em 2024, conforme a última atualização divulgada pela Secretaria de Estádio de Saúde de Minas Gerais (SES-MG).

A médica infectologista Priscila Freitas das Neves Gonçalves aponta como expressivo o número de 477 casos já registrados em 2024. Ela explica, entretanto, que o aumento de contaminações nesta época do ano é algo normal.

“É um número expressivo, um número que temos que já pensar em um plano de contingência, para estarmos preparados. Porém, é algo que em outros anos foi visto também. Sempre nos meses de janeiro e fevereiro, temos um aumento da circulação do vírus que causa a Covid-19”, disse.

“Isso ocorre porque em janeiro é considerado um mês de férias, férias da escola, férias de pessoas. As pessoas acabam circulando para outros estados e países. E sabemos que há locais em que houve aumento de casos. Por isso, é esperado [neste período] que haja um aumento nesta época”, completou.

A infectologista pontuou, ainda, que é preciso sempre se preparar para a Covid-19, pois é um vírus que não acabou.

“Temos que nos preparar sempre para essa época, porque a Covid não acabou e não vai acabar. Ela é um vírus respiratório e por isso quando ocorre aglomeração, principalmente em ambientes fechados, esse vírus circula com mais facilidade. Felizmente, a Covid está, agora, como uma síndrome gripal leve. Porém, há internações. O perfil do paciente é de doença grave, é um paciente idoso”, disse.

Esse aumento de casos na região fez com que a Prefeitura de Passos voltasse a exigir, dentre outras medidas, o uso de máscaras de proteção nas unidades de saúde e na Santa Casa.

As cidades que compõem a Regional de Passos são: Alpinópolis, Bom Jesus da Penha, Capetinga, Capitólio, Carmo do Rio Claro, Cássia, Claraval, Delfinópolis, Doresópolis, Fortaleza de Minas, Guapé, Ibiraci, Itamogi, Itaú de Minas, Jacuí, Monte Santo de Minas, Nova Resende, Pimenta, Piumhi, Pratápolis, São João Batista do Glória, São José da Barra, São Roque de Minas, São Sebastião do Paraíso, São Tomás de Aquino e Vargem Bonita, além de Passos.

Casos de Covid crescem 140% e especialistas temem explosão após Carnaval

Com o avanço, cresce a preocupação dos especialistas de que haja uma explosão de registros da doença no pós-Carnaval

Casos de Covid crescem 140% e especialistas temem explosão após Carnaval - Foto: Reprodução
Casos de Covid crescem 140% e especialistas temem explosão após Carnaval – Foto: Reprodução

Análise inédita feita pela plataforma SP Covid-19 Infotracker, criada por pesquisadores da USP (Universidade de São Paulo) e da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), mostra que a capital paulista registrou aumento de 140% de casos positivos de Covid em duas semanas.

Com o avanço, cresce a preocupação dos especialistas de que haja uma explosão de registros da doença no pós-Carnaval.

A média móvel semanal saiu de 168 casos no dia 21 de janeiro para 404, no dia 4 de fevereiro, último dado disponível no painel da Secretaria Municipal da Saúde.

Se considerados períodos anteriores, o salto é ainda maior. Em relação a 24 de dezembro de 2023, data em que foram registrados 91 casos, por exemplo, o aumento é de 344%.

Laboratórios e hospitais também registraram alta da taxa de testes positivos de Covid. Segundo a Abramed (Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica), janeiro deste ano fechou com um índice de 26% de confirmação, o dobro do computado no mesmo mês de 2023 (13%).

No Hospital Albert Einstein (SP), a alta de testes positivos nas cinco primeiras semanas deste ano foi de 43% (707 contra 1.013) em relação ao mesmo período de 2023.

Segundo Wallace Casaca, coordenador da plataforma Infotracker, há um aumento consistente de casos desde o final do ano passado. Os dados disponíveis não indicam alta de internações ou mortes.

“A gente espera um pico de casos de Covid nas próximas semanas. Bem menor, bem menos grave do que vimos em anos anteriores, devido à vacinação, mas teremos um boom, sem dúvida.”

A infectologista Rosana Richtmann, do Instituto Emílio Ribas (SP), tem avaliação parecida. “Agora, no pós-Carnaval, vai ser uma explosão de casos, felizmente sem gravidade”, diz.

Segundo Renato Kfouri, infectologista e vice-presidente da Sbim (Sociedade Brasileira de Imunizações), as aglomerações do Carnaval sempre provocam uma alta no número de casos quando já existe uma onda em curso.

“Se tem uma tendência de aumento, com a circulação aumentada do vírus, a proximidade entre as pessoas potencializa a transmissão e deve acelerar um pouco no pós-Carnaval.”

Embora a Covid não seja mais uma emergência de saúde desde 2023, e, com a alta taxa de vacinação pacientes com a doença tem sintomas cada vez mais leves, parecidos com uma gripe ou sinusite, o Ministério da Saúde diz que o protocolo a ser seguido permanece o mesmo.

De acordo com a nota mais recente, medidas como isolamento, uso de máscaras e higienização sanitária seguem importantes, “principalmente para aquelas pessoas em maior risco para desenvolver doença grave, e para reduzir as chances do desenvolvimento de condições pós-Covid com cada nova infecção”.

O último Boletim InfoGripe da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), divulgado na quinta (8), mostra aumento no número de novos casos de Srag (Síndrome Respiratória Aguda Grave) associados à Covid-19 em vários estados da região Norte, especialmente no Amazonas e no Tocantins, e no Mato Grosso (Centro-Oeste).

A análise é referente à semana epidemiológica 5, de 28 de janeiro a 3 de fevereiro, e tem como base os dados inseridos no Sivep-Gripe (Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe) até o dia 5 de fevereiro.

De acordo com a análise, apesar de haver um sinal de possível desaceleração do crescimento entre os idosos no Pará, isso não ocorre entre as crianças e os adultos jovens, faixas nas quais segue o aumento.

Segundo Marcelo Gomes, pesquisador da Fiocruz e coordenador do InfoGripe, a recomendação para as pessoas de grupos de risco (de idade avançada ou que tenham alguma imunossupressão, por exemplo) é não pular Carnaval.

“Fica em casa, curte os desfiles pela TV, escuta pelo rádio, para não correr o risco de acabar se expondo e eventualmente desenvolver um caso grave.”

Para Wallace Casaca, o principal fator associado à alta de casos é a circulação de novas variantes do coronavírus.

De acordo com a plataforma de sequenciamento mantida pela Fiocruz, as subvariantes da Ômicron que estão levando a essa rápida escalada são as do grupo JD e a do grupo JN.

“Pela tendência, a JN.1 [descendente da variante Pirola, que é a BA.2.86), e subvariantes derivadas desse grupo têm ultrapassado as demais na corrida da transmissão”, afirma Casaca.

A cepa é também a que mais está em circulação nos Estados Unidos. Detectada pela primeira vez no país em setembro do ano passado, a JN.1 foi responsável por 44% dos casos de Covid em meados de dezembro, muito acima dos cerca de 7% registrados no final de novembro, segundo o CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças), agência do governo americano.

Covid-19: Prefeitura volta a exigir uso de máscaras para profissionais de saúde após infecções em Passos

Covid-19: Prefeitura volta a exigir uso de máscaras para profissionais de saúde após infecções em Passos - Foto: reprodução
Covid-19: Prefeitura volta a exigir uso de máscaras para profissionais de saúde após infecções em Passos – Foto: reprodução

A Prefeitura de Passos (MG) voltou a exigir o uso de máscaras de proteção contra a Covid-19 para profissionais de saúde após servidores testarem positivo para a doença. Conforme a secretaria de saúde, a utilização é obrigatória pelos trabalhadores da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e das unidades de saúde da cidade. A administração municipal recomenda que a população utilize ao buscar atendimento médico.

De acordo com o Secretário de Saúde, Thiago Ângelo de Souza Salum, a medida foi adotada, por meio de ofício, após a confirmação de casos de coronavírus entre funcionários da saúde.

Salum pontuou, em ofício, que a obrigatoriedade é para funcionários da Unidade de Pronto Atendimento e das outras unidades de saúde de Passos.

De acordo com Salum, profissionais da saúde testaram positivo para a doença após a realização de um plantão na UPA. Para interromper a transmissão, o secretário disse a mudança foi necessária.

Conforme o ofício, não há obrigatoriedade de uso para os moradores da cidade. Salum recomenda, no entanto, que a população utilize ao buscar atendimento de saúde no município.

França tem nova epidemia de Covid com subvariante da ômicron

França tem nova epidemia de Covid com subvariante da ômicron – Foto: Gonzalo Fuentes

A França enfrenta uma nova epidemia de Covid-19 em meio às temperaturas elevadas do verão no hemisfério norte. As infecções em alta são provocadas por uma subvariante da ômicron, a cepa EG.5.1, denominada Éris, que se propaga em países do oeste da Europa, nos Estados Unidos e na Ásia.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que está monitorando este novo subtipo do coronavírus, que provoca febre alta, dor de garganta, tosse, dores musculares e cansaço.

À medida que a Éris se espalha entre franceses e turistas, as visitas aos prontos-socorros têm aumentado em várias regiões do país. Médicos e cientistas dizem não estar surpresos com este retorno da Covid-19, pois a temporada de verão é marcada por festas de rua, shows, casamentos, entre outras atividades que reúnem um número expressivo de pessoas.

Já se sabe que as aglomerações são favoráveis à transmissão dos vírus. No caso da Covid-19, neste momento, o contágio é facilitado pela queda de imunidade global proporcionada pelas vacinas, que diminui com o tempo, e uso menos frequente de máscaras de proteção facial.

Os primeiros indícios da nova epidemia de Covid-19 surgiram depois das Festas de Bayonne, no País Basco francês (sudoeste). A tradicional celebração de vários dias atraiu 1,3 milhão de pessoas no início de agosto.

Durante o evento, as farmácias e consultórios médicos da região registraram um aumento da procura de pacientes com sintomas gripais. Muita gente se surpreendeu com um resultado positivo para Covid-19.

Na quarta-feira (9), a doença voltou à lista dos dez diagnósticos mais frequentes da rede SOS Médicos, de acordo com a agência nacional de Saúde Pública (Santé Publique France).

Há suspeitas de que essa nova subvariante da ômicron seja mais contagiosa do que suas antecessorasNo boletim de monitoramento publicado ontem pelas autoridades, as visitas ao pronto-socorro por suspeita de Covid-19 estavam em alta de 56% entre crianças com menos de dois anos de idade e de 34% entre adultos.

As regiões do país com o maior número de casos positivos são País do Loire (+210%), seguido pela Normandia (+71%).

Em entrevista ao jornal Le Parisien, o epidemiologista Mircea Sofonea, da Universidade de Montpellier (sul), afirma que a França registra uma retomada incontestável da epidemia.

Ele atribui esse quadro à combinação de três fatores: o declínio imunológico, a evolução viral relacionada com as novas mutações e as aglomerações de verão. Os hospitais não estão sobrecarregados, segundo o médico, mas é preciso ficar vigilante e adotar os gestos de prevenção para evitar um agravamento da situação no outono.

Quadrilha é investigada em MG por falsa venda de planos de saúde na pandemia

Quadrilha é investigada em MG por falsa venda de planos de saúde na pandemia – Foto: divulgação/Polícia Civil

A Polícia Civil de Minas Gerais deflagrou a operação Sanitas, nesta quinta-feira (6), para o cumprimento de 11 mandados de busca e apreensão em uma ação que investiga uma quadrilha suspeita de venda falsa de planos de saúde durante a pandemia de Covid-19, em Juiz de Fora (MG).

De acordo com as apurações, o grupo comercializava planos de empresas conhecidas em todo o Brasil. Após a entrega da carteirinha, os criminosos emitiam boletos falsos para os usuários e ficavam com o dinheiro. Dez pessoas estariam envolvidas no crime.

“A mentora do esquema, uma mulher de 40 anos, captava clientes, fazia o vínculo com a prestadora do plano e, posteriormente, embolsava as demais prestações em forma de boleto bancário ou cartão de crédito, favorecendo sua conta ou dos demais investigados”, explicou a Polícia Civil.

Conforme investigação, o grupo gerou um prejuízo de cerca de R$ 1 milhão às vítimas. Entre os investigados, há também suspeitos envolvidos com o tráfico de drogas. Celulares, notebooks, computadores e documentos foram apreendidos e vão passar por perícia.

OMS alerta para possível surto mais letal que Covid-19

Tedros Adhanom, diretor-geral da OMS, destacou a possibilidade de surgimento de outras variantes causadoras de doenças e mortes

Na segunda-feira (22), Tedros Adhanom, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), alertou para a necessidade de o mundo estar pronto para enfrentar um surto potencialmente mais letal que a COVID-19.

Em seu discurso na 76ª Assembleia Mundial da Saúde (AMS), que ocorre até 30 de maio, Adhanom destacou a possibilidade de surgimento de outras variantes causadoras de doenças e mortes, bem como o risco apresentado por patógenos emergentes ainda mais mortais.

Ele ressaltou que as pandemias não são a única ameaça que enfrentamos e defendeu a criação de uma estrutura eficiente para a preparação e resposta a emergências de saúde de todos os tipos, em um contexto de crises sobrepostas e convergentes.

Durante o evento, a OMS anunciou o lançamento da Rede Internacional de Vigilância de Patógenos, cujo objetivo é aprimorar os sistemas de coleta de amostras e fornecer informações que possam orientar políticas públicas e auxiliar os gestores na tomada de decisões. A nova rede busca fortalecer a capacidade global de monitorar e responder às ameaças de saúde emergentes, contribuindo para a prevenção de futuras crises.

Após 3 anos, OMS declara encerrado o estado de emergência da pandemia de Covid-19

Diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus. Foto: Reprodução

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, declarou, nesta sexta-feira (5), que a Covid-19 não é mais uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (Espii).

A mudança da classificação da pandemia ocorre um dia após a 15ª Reunião do Comitê de Emergência para Covid-19. O painel de especialistas se encontra periodicamente, desde janeiro de 2020, para analisar os dados da pandemia e determinar qual o momento para diminuir o nível de preocupação sobre o coronavírus.

“Aceitei esse conselho. É, portanto, com grande esperança que declaro o fim da Covid-19 como uma emergência de saúde global”, afirma Tedros.

A decisão não significa, no entanto, que a pandemia chegou ao fim, uma vez que o vírus continua a infectar pessoas em todos os continentes. “É verdade que o vírus continua circulando em todos os países e que a pandemia não acabou”, pondera.

A Covid-19 foi declarada Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (Espii) em 30 de janeiro de 2020. Naquele momento, havia menos de 100 casos da doença relatados fora da China, e nenhuma morte.

Passados três anos, três meses e cinco dias, foram registrados mais de 765 milhões de casos e 6.921.614 de mortes em todo o mundo. No Brasil, o número de óbitos passa de 700 mil. “Faz três anos. Desde então, a Covid-19 colocou nosso mundo de cabeça para baixo”, considera Tedros.

O líder da OMS lembrou que a Covid-19 não foi exclusivamente uma crise de saúde global, mas também resultou em prejuízos econômicos mundiais, expôs as desigualdades entre as nações e teve impactos na educação do jovens e no estilo de vida de milhões de pessoas.

“A Covid-19 expôs e exacerbou as falhas políticas dentro e entre as nações. Isso corroeu a confiança entre pessoas, instituições e governos alimentados por uma torrente de desinformação”, pontuou.

Tendência de queda

Há mais de um ano, os dados da Covid-19 já mostram uma tendência de queda em relação ao número de casos, pacientes internados e óbitos. A vacinação foi decisiva para diminuir a mortalidade e a pressão sobre os sistemas de saúde pública.

Vírus continua a circular

Especialistas da OMS ponderaram, durante coletiva de imprensa realizada em Genebra, que a redução do nível de preocupação da pandemia não deve ser interpretada pelas autoridades públicas como o fim do coronavírus, pois o micro-organismo continua a circular, a infectar pessoas e deixa sequelas relacionadas à Covid longa. Há ainda a possibilidade de ele sofrer mutações.

“Não significa que a Covid-19 acabou como uma ameaça global à saúde. Esse vírus veio para ficar. Ainda está matando e ainda está mudando”, considera Ghebreyesus.

Cidades do Sul de Minas alavancam alta em casos de Covid-19; Passos registra 220 na última semana

Foto: Kleide Teixeira/Secom-JP

Poços de Caldas, Pouso Alegre, Extrema e Passos alavancaram a alta de novos casos de Covid-19 no Sul de Minas, na última semana. As cidades, juntas, registraram 1,7 mil das quase 4,9 mil novas contaminações na região.

Além delas, Lavras, Três Corações, Itajubá, Alfenas, Varginha e Guaxupé completam as dez cidades com mais casos registrados entre 18 de novembro e sexta-feira (25) no Sul de Minas.

No total, 4.896 novas contaminações, sendo 9 mortes, foram contabilizadas na região durante o período. O número foi o maior registro deste a semana entre 22 e 29 de julho deste ano, quando a região teve 4.720 infecções no período.

  • + 673 Poços de Caldas
  • + 515 Pouso Alegre
  • + 315 Extrema
  • + 220 Passos
  • + 215 Lavras
  • + 207 Três Corações
  • + 169 Itajubá
  • + 155 Alfenas
  • + 153 Varginha
  • + 142 Guaxupé

Juntas, as dez cidades tiveram 2.764 casos de Covid-19 contabilizados entre 18 e 25 de novembro deste ano.

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