A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou hoje (3) a autorização para a condução de um ensaio clínico que terá como produto investigacional a SpiN-Tec, uma candidata à vacina para covid-19. A SpiN-Tec é uma proteína quimérica recombinante que utiliza a proteína SpiN, desenvolvida pelo Centro de pesquisa e produção de vacinas da Universidade Federal de Minas Gerais (CT Vacinas da UFMG).
Para a autorização, a agência analisou os dados das etapas anteriores de desenvolvimento dos produtos, incluindo estudos não clínicos in vitro e em animais, bem como dados preliminares de estudos clínicos em andamento. Os resultados obtidos, até o momento, demonstraram um perfil de segurança aceitável da vacina candidata.
Segundo a Anvisa, trata-se de ensaios clínico em que o produto investigacional será utilizado pela primeira vez em humanos. O ensaio terá duas partes: “Um ensaio clínico, de fase 1, de dose escalonada para verificar segurança e reatogenicidade do produto investigacional; e outro ensaio clínico, de fase 2, para estudo de segurança e imunogenicidade da SpiN-Tec”.
“O ensaio clínico incluirá participantes saudáveis de ambos os sexos, com idade entre 18 e 85 anos, que completaram o esquema vacinal primário com a Coronavac ou Covishield (Astrazeneca/Oxford), e que receberam uma ou duas doses de reforço com a Covishield ou Comirnaty (Pfizer) há pelo menos seis meses”, informou a Anvisa.
O estudo será financiado pela UFMG, pelo Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação (MCTI), pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e prefeitura de Belo Horizonte. (Agência Brasil)
A bióloga Nathasha Thaise Borges Silva, que fingiu ser autista para ficar sem máscara em um shopping do Recife, fez acordo com o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e terá que pagar R$ 8 mil a instituições para pessoas com deficiência. O Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o MPPE foi assinado na quarta (21), Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência.
Em março, a bióloga publicou um vídeo nas redes sociais afirmando que ficou sem máscara “o tempo inteiro” no shopping e que, ao ser abordada por seguranças, fingiu ser autista. Ela também incitou os seguidores a adotar a mesma prática para não ter que usar máscara.
Na época, o uso do equipamento de proteção era obrigatório no estado, mas pessoas com autismo foram isentas de usar.
Natasha Borges também se comprometeu a gravar e veicular um vídeo de retratação na mesma rede social do vídeo compartilhado em março. O vídeo terá que ficar fixado entre as postagens no feed da conta da bióloga e ser a única publicação fixada por, no mínimo, um mês, além de ser a primeira publicação na aba “destaques”.
O vídeo, filmado na própria sede do MPPE, foi publicado no Instagram ainda na quarta. Ela pede desculpas “a comunidade autista”, diz que “burlar a lei em benefício próprio” não é algo que deveria ter feito e reconhece que teve uma “atitude infeliz” e que ainda insultou pessoas que tentaram alertar e incitou os seguidores a fazerem o mesmo.
“Eu não consigo mensurar a dor que causei a pessoas com autismo e suas famílias. Publicamente, peço desculpas pelo meu comportamento, que não é apenas um comportamento errôneo e capacitista, mas também foi violação da lei em várias dimensões”, disse.
A nota de retratação lida por ela foi redigida pela sociedade civil organizada com atuação na defesa dos direitos das pessoas com autismo e aprovada em audiência.
Com a assinatura do TAC, Nathasha também deverá pagar R$ 8 mil em indenização de danos morais coletivos, valores que serão repassados a Associação Mães e Anjos Azuis e a Associação de Pais e Amigos de Pessoas com Síndrome de Down.
O valor deverá ser pago em duas parcelas de R$ 4 mil. A primeira deve ser paga em até 90 dias a partir da data de assinatura do TAC e a segunda em até 180 dias. Foi estabelecida pelo MPPE uma multa diária de R$ 100 em caso de descumprimento de prazos de qualquer obrigação estabelecida no acordo.
As atitudes da bióloga foram repudiadas por grupos de direitos de pessoas com autismo e causou grande repercussão, gerando investigação contra ela por três crimes na Polícia Civil, além de apuração do Conselho Regional de Biologia da 5ª Região (CRBio05).
Sobre as investigações contra Nathasha, a Polícia Civil informou, por nota, que o Inquérito Policial já foi concluído e remetido ao Ministério Público” e que “não comenta inquéritos policiais já concluídos e remetidos”.
Entenda o casoBióloga finge ser pessoa com autismo para ficar sem máscara em shopping no Recife
No vídeo publicado no Instagram em março, a bióloga disse que foi a uma reunião no Shopping RioMar, no bairro do Pina, na Zona Sul do Recife, e ficou sem máscara “o tempo inteiro”. Em outro trecho, relatou como enganou um profissional da equipe de segurança do shopping para não colocar a máscara.
“Teve uma hora em que o homem veio me perguntar, aquele segurancinha do carrinho fez: ‘Moça, dá para botar a máscara?’, aí eu disse: ‘Venha cá, venha cá. Não, porque eu sou autista'”, disse.
Além disso, explicou que o segurança “partiu do pressuposto da boa-fé solicitando a presença de um acompanhante, com uma abordagem educativa, uma vez que não tem poder de polícia”.
‘É melhor você ser autista do que ser cachorro’, diz bióloga em vídeo na internet
Em outro vídeo, ela diz que não foi preconceituosa ao rebater um comentário, chama a pessoa de “anta” e “debilóide”, termo pejorativo utilizado para categorizar pessoas que possuam algum tipo de debilidade mental. Ela também chega a afirmar que “é melhor ser você ser autista do que ser cachorro”. (G1)
A Santa Casa de Misericórdia de Passos (MG) atualizou o boletim de internação para a Covid-19 na última segunda-feira (29). Segundo a publicação, a entidade não possui internos confirmados com Covid-19.
Os servidores investigados no esquema de fura-fila da vacina contra Covid-19 em Passos (MG) assinaram acordo e vão precisar pagar multa por conta da imunização. Dos 31 trabalhadores da superintendente regional de ensino que foram denunciados, 29 já firmaram o acordo com o Ministério Público. A multa varia de um salário mínimo a R$ 8 mil.
O acordo de persecução penal foi formalizado pelo MP após as investigações sobre o caso. A imunização dos servidores aconteceu entre os dias 18 e 20 de junho do ano passado. Conforme as investigações, as pessoas teriam fraudado um formulário para se imunizarem pela superintendência.
A multa para os servidores que assinaram o acordo vai de um salário mínimo e pode atingir valores entre R$ 4 mil e R$ 8 mil.
“Houve toda uma investigação policial que culminou na conclusão de que os servidores teriam praticado o crime de falsidade ideológica, uso de documento falso e falsificação de documento público. Pela lei, a multa deve ser direcionada a um entidade de interesse social”, explicou o promotor de Justiça do caso, Márcio Kakumoto.
O promotor destacou que um servidor não quis assinar o acordo e outro ainda está em prazo para caso queira formalizá-lo. Kakumoto explicou que o trabalhador que não quis o acordo vai ser denunciado e vai responder a um processo judicial.
“Os outros dois servidores um recusou formalmente, não teve interesse em formalizar o acordo. E o outro está no prazo de se manifestar. Essa pessoa que manifestou desinteresse na formalização do acordo, vai ser denunciada e vai responder a um processo normalmente. Ou seja, o Ministério Público vai entrar com a denúncia, o processo vai continuar, ela vai ter direito a testemunhas e o juiz, no final, vai julgar se aquela pessoa realmente cometeu o crime ou não”, disse.
Covid-19: Servidores assinam acordo após denúncia de ‘fura-fila’ e vão pagar multa em Passos — Foto: Reprodução
Sobre o acordo de não persecução penal, o promotor explicou que é algo relativamente novo, criado em 2019.
“Ele visa dar solução criminal sem a necessidade de se instaurar um processo que muitas vezes culmina com um curso de longo tempo. Isso beneficia as pessoas que são primárias, de bons antecedentes e, principalmente, que tenham confessado formal e circunciadamente a prática do crime. Então, formalizamos esse acordo, ele é encaminhado à Justiça, que homologa e, uma vez homologado e eles cumprindo as condições estabelecidas pelo Ministério Público, a lide criminal é solucionada”, falou.
O caso ‘fura-fila’
Ainda em junho do ano passado, a Prefeitura de Passos instituiu uma força-tarefa para apurar denúncias de irregularidades na vacinação de servidores da Superintendência Regional de Ensino contra a Covid-19.
Conforme as denúncias, os servidores teriam utilizado declarações falsificadas ou adulteradas para conseguirem se vacinar.
A Sindicância da Controladoria Geral de Passos confirmou que 19 servidores da Superintendência Regional de Ensino foram imunizados contra a Covid-19 antes da hora. A investigação apontou que eles receberam uma circular autorizando a imunização e não teriam agido de má fé.
A Polícia Civil também investigou o caso. Após a conclusão do inquérito, a polícia indiciou três servidores por crime de falsificação de documento público.
De acordo com a polícia, os suspeitos teriam alterado o documento usado para grupos prioritários e, com isso, os demais servidores utilizaram o mesmo, que havia sido divulgado nas redes sociais.
A investigação foi concluída após o interrogatório de 76 envolvidos. O inquérito foi encaminhado à Justiça e ao Ministério Público. Segundo a Polícia Civil, se a promotoria entender que ocorreu crime pode entrar com processo ou acordo de não persecução penal, que é quando os envolvidos assumem o crime.
Esses servidores da Superintendência Regional de Ensino foram vacinados entre os dias 18 e 20 de junho. Como o município segue o Plano Nacional de Imunização (PNI), esse grupo não poderia ter sido vacinado naquele momento. (G1)
A Organização Mundial da Saúde disse que o mundo precisa se preparar para uma nova onda de casos de covid-19 pelo mundo, que será causada pelas subvariantes da cepa ômicron. O diretor-geral da instituição, Tedros Adhanom Ghebreyesus, pediu para que países voltem a impor protocolos de proteção para conter o avanço do vírus.
As falas foram feitas durante coletiva de imprensa na sede da OMS, onde membros da instituição disseram que a nova onda pode aumentar o número de casos e mortes no planeta.
“Novas ondas do vírus mostram que a pandemia de covid-19 não está nem perto do fim”, disse Tedros, que disse estar “preocupado com uma tendência crescente de mortes”.
Ele também defende que países voltem a adotar protocolos de proteção contra a doença, como o uso de máscaras.
A Europa está no centro de uma nova onda de casos impulsionada pelas subvariantes BA.4 e BA.5 da ômicron, à medida que o verão no hemisfério norte provoca grandes aglomerações e deslocamento de pessoas.
A OMS está preocupada que, mesmo com o aumento dos casos, a vigilância do vírus e de novas variantes esteja em declínio. Tedros disse que um comitê da OMS reiterou que a covid-19 continua sendo uma emergência de saúde pública de interesse internacional – a classificação oficial para uma pandemia, segundo a agência.
Segundo a OMS, muitos governos estão preocupados com a subvariante BA.5, mas ressaltou que até o momento não há evidências até agora de que essa mutação é mais grave do que as outras que surgiram da ômicron, nem que fuja da cobertura vacinal dos imunizantes disponíveis.
Ainda assim, “o vírus está se espalhando em ritmo muito intenso globalmente”, mesmo com a vigilância diminuindo, disse Maria Van Kerkhove, diretora-técnica da OMS para a covid-19 em coletiva.
Pacientes imunocomprometidos, ou seja, que têm uma capacidade de lutar contra vírus e bactérias, fazem parte de um dos principais grupos de risco para a Covid-19. Desde o início da pandemia, há relatos de pessoas que, uma vez contaminadas, ficam meses com o coronavírus circulando no corpo.
Pesquisadores da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, descobriram o que pode ser o paciente com o vírus há mais tempo: mais de 471 dias. O homem não identificado tem cerca de 60 anos, e está sendo tratado para linfoma, um tipo de câncer no sistema linfático.
Os cientistas descobriram que o indivíduo tem três sublinhagens diferentes no corpo, e acreditam que o vírus está sofrendo mutações e o paciente pode ser um vetor de transmissão. As mudanças no genoma estão acontecendo duas vezes mais rápido do que o normal.
O estudo foi publicado em versão pré-print no último sábado (2/7), e ainda não foi revisado pela comunidade científica. O paciente segue testando positivo para a Covid-19. A situação é diferente da chamada Covid longa, quando o paciente tem alguns sintomas, mas não tem o vírus circulando no organismo.
“Essa infecção crônica resulta em uma evolução e divergência acelerada do Sars-CoV-2, um mecanismo que pode potencialmente contribuir para o surgimento de variantes geneticamente diversas”, escrevem os cientistas no artigo. (Via: Metrópoles)
Menos de um mês após o fim do estado de calamidade pública no Brasil, indicadores da pandemia no país voltaram a subir e dão indícios de que uma quarta onda da pandemia possa estar a caminho, a exemplo do que já ocorre nos EUA, na África do Sul e na vizinha Argentina. A cobertura vacinal, porém, dá esperanças de que um eventual novo aumento de casos não seja acompanhado por igual alta de mortes, diferentemente dos momentos mais dramáticos da pandemia.
O biólogo Átila Iamarino, que ficou famoso desde o começo da pandemia por suas lives de análise sobre o cenário epidemiológico, fala em uma “onda silenciosa”, após o que ele chama de “lua de mel” da pandemia, o momento de baixa de infecções desde março. “A gente tem um vírus que muda, que pode escapar da imunidade e agora ele volta a infectar as pessoas. Mas, como temos uma imunidade prévia, não temos Covid com sintomas. Grande parte dos infectados agora terá sintomas mais leves, vai achar que está com uma gripe que vai durar uma semana ou duas”, explica, em sua live mais recente.
Os casos no Brasil voltaram a passar de uma média móvel de 18 mil nessa semana, apesar de os dados mais recentes, de cerca de 15 mil casos, demonstrarem estabilidade, enquanto a média de 113 mortes ao dia está em crescimento — ainda distante da média de mais de 300 óbitos registrada no início do ano. Em Minas Gerais, os casos em acompanhamento, ou seja, de pessoas infectadas neste momento e ainda não consideradas curadas, saltou de 63,3 mil para 94 mil pacientes em um mês.
A busca por testes de Covid-19 no laboratório Lustosa, por exemplo, aumentou 36% da primeira para a segunda semana de maio, e a positividade dos testes chegou a 19,1% nesse período, a maior desde o final de fevereiro, após períodos de março em que ela não passou sequer de 5%.
Professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e membro do Observatório Covid-19 BR, Roberto Kraenkel avalia que há chance de estarmos assistindo a uma nova onda da pandemia neste momento, o que não quer dizer que haverá um volume tão expressivo de casos quanto o que foi registrado nas ondas anteriores, especialmente no pico da ômicron, no início de 2022. “Ainda estamos em um nível baixo, mas temos que ficar atentos se haverá subida consistente nas próximas semanas”, pontua.
Ele critica a vigilância epidemiológica no Brasil, onde não há controle sobre quantas pessoas testaram positivo nos autotestes, por exemplo, liberados para comercialização no final de janeiro. “O Brasil precisa ter uma vigilância reforçada. Estamos sempre viajando no escuro”, diz.
Sublinhagens da ômicron causam novas ondas ao redor do mundo O governo da Argentina declarou oficialmente que o país entrou na quarta onda da pandemia, ao mesmo tempo em que a África do Sul e os EUA também enfrentam novo aumento de casos. Por trás da escalada, estão sublinhagens da variante ômicron, como a BA.4 e a BA.5, na África, e a BA.2, nos EUA. Não há evidências de que elas sejam capazes de escapar totalmente à imunidade oferecida pelas vacinas, mas já se sabe que são capazes de infectar mesmo quem teve contato com a ômicron anteriormente — a África do Sul já tinha sofrido um grande surto de ômicron há cerca de seis meses.
“Do ponto de vista global, os casos estão subindo de novo, então ainda existe uma pandemia em situação dinâmica. Isso pode não estar necessariamente acontecendo no Brasil neste momento, mas a situação está ativa globalmente e uma hora vem para cá. o Brasil não está fora do mundo e está dentro dessa dinâmica”, pontua o professor Roberto Kraenkel.
Nesse cenário, o infectologista Carlos Starling, membro do extinto comitê de enfrentamento à pandemia da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), defende que o uso de máscara em locais fechados seja retomado, mesmo sem obrigatoriedade. “Podemos e estamos vendo acontecer uma nova onda nos EUA e, por coincidência, é pela mesma variante que já identificamos em Belo Horizonte. Portanto, em ambientes fechados, o uso de máscara é mais do que uma atitude inteligente, é uma atitude consciente que deve ser adotada por todas as pessoas. Se será obrigatório o retorno ou não, não depende das pessoas, mas do poder público, mas é uma atitude extremamente coerente com aumento epidemiológico, que elas a utilizem”, diz.
O biólogo Átila Iamarino completa, em sua live mais recente: “Na falta de máscara e com as pessoas aglomeradas, todo mundo aglomerando, o que estava barrando o vírus era a imunidade das pessoas. Ela pode passar e diminuir com o tempo e o vírus pode evoluir o suficiente para escapar dela. As duas coisas estão acontecendo agora”.
As flexibilizações da pandemia já trouxeram resultados para as rotas de turismo religioso do Sul de Minas. Cidades históricas da região, que geralmente são visitadas pela cultura e símbolos religiosos, afirmam que após a Semana Santa foi possível perceber uma melhora no movimento de fiéis.
No Sul de Minas, algumas rotas religiosas como Cássia, Bom Repouso, Três Pontas, Baependi e Inconfidentes atraem turistas de todo Brasil. Depois do período religioso, entre 10 e 16 de abril, a gestão municipal e os representantes religiosos observaram uma retomada na quantidade de visitas. Em alguns lugares, a retomada é mais lenta. Em outros, o turismo está voando.
Conhecidos pelo aconchego, sempre oferecido a quem na região chega, os sul-mineiros agora reabrem os braços aos fiéis, peregrinos, romeiros e visitantes, que desejam trilhar novas rotas de um verdadeiro ‘turismo de fé’ no Sul de Minas.
Cássia
Santuário de Santa Rita de Cássia
Flexibilizações da pandemia refletem na retomada do turismo religioso no Sul de Minas — Foto: Reprodução/EPTV
A cidade de Cássia nasceu em torno da imagem de Santa Rita, padroeira das causas impossíveis, protetora das viúvas e a santa das rosas, que foi beatificada em 1627. Além da devoção à Santa, muitos fiéis vão até a cidade buscar a bênção do Beato Padre Donizetti.
Segundo Diego Borges Dias, secretário de Turismo, os turistas geralmente são de diferentes origens dentro do Brasil. “Passam por Cássia, por exemplo, e consequentemente vão visitar outros municípios”.
O aumento no fluxo de visitantes na cidade geralmente acontece em maio, mês em que se festeja tradicionalmente o Dia de Santa Rita de Cássia.
“No mês de maio, em especial no dia 22, que é o dia de Santa Rita. Todos os dias ‘22’ de cada mês é lembrado como dia de Santa Rita”.
Neste ano, uma novidade chega para somar a lista de atrativos de Cássia. É o Novo Santuário para a Santa Rita, que será inaugurado entre os dias 20 e 22 de maio. De acordo com Diego, a expectativa de público é de aproximadamente 100 a 150 mil turistas na inauguração do local.
O novo Santuário deve ocupar uma área de 180 mil metros quadrados, sendo 100 mil de edificação. Para garantir o conforto dos fiéis, a capacidade é de até 5 mil pessoas sentadas e cerca de 2 mil em pé.
O empresário idealizador do Santuário, Paulo Flávio de Melo Carvalho, explica que a inauguração será um momento de fé e devoção.
“A expectativa é fortalecer a cidade de Cássia como um destino de turismo religioso e um local para se viver uma experiência de fé e evangelização”.
Para a gestão municipal, a expectativa não é diferente. “O atual cenário já é de desenvolvimento e de aumento de novas empresas, principalmente ligadas ao setor de alimentos e bebidas, setor de hospedagem e setor imobiliário”, ressalta o secretário de Turismo.
Bom Repouso
Nossa Senhora das Graças
Imagem de Nossa Senhora das Graças fica em Bom Repouso (MG) — Foto: Prefeitura de Bom Repouso (MG)
Os visitantes viajam até a cidade de Bom Repouso em busca de conhecer a imagem de Nossa Senhora das Graças, que tem cerca de 20 metros de altura. A “santa gigante” é o maior patrimônio tombado de Bom Repouso e virou símbolo que representa o município na rota dos fiéis.
“Quem visita nossa cidade e procura um turismo religioso, visita nossa Igreja Matriz, Gruta de Nossa Senhora de Fátima e principalmente a imagem de Nossa Senhora das Graças. Quem procura um turismo de aventura, visita as cachoeiras, principalmente a do paredão onde se faz a escalada”.
De acordo com Talita Bertolacini de Almeida Pereira, secretária do Desenvolvimento Social, após o início da pandemia o fluxo de turismo baixou muito na cidade, mas ainda não está totalmente normal.
“No mês de novembro temos um número significativo (de visitas), pois se comemora o dia de Nossa Senhora das Graças no dia 27 do mês”.
Os visitantes costumam ficar uma diária e, às vezes, até um final de semana. É no período de férias que a estadia geralmente se prolonga.
Segundo a secretária, a cidade está pronta para receber novos turistas até o fim do ano. A expectativa é que Bom Repouso acolha cerca de 1.000 novos visitantes a cada mês.
Três Pontas
Padre Victor
Flexibilizações da pandemia refletem na retomada do turismo religioso no Sul de Minas — Foto: Fernanda Rodrigues/G1
Quem chega em Três Pontas, procura geralmente pela Igreja Matriz Nossa Senhora D’Ajuda, que abriga os restos mortais do Beato Padre Victor. O Memorial, Parque da Mina e a Herma do Padre Victor também são destinos popularmente buscados pelos fiéis.
Segundo a turismóloga Keyre Kelly Ferreira Mariano, outros locais bastante visitados são o Carmelo São José, o Memorial “Nossa Mãe”, a Casa da Cultura “Alfredo Benassi” e o Parque Municipal Vale do Sol. Na cidade, o turismo já vem tomando forma novamente após as flexibilizações da pandemia.
“Ainda estamos no processo de retomada, mas aos poucos estamos notando um aumento no fluxo de turistas”, comenta Keyre.
Os maiores benefícios para Três Pontas, segundo a turismóloga, geralmente são o fomento da atividade turística, aquecimento do comércio local e da rede de serviços. Segundo informações da prefeitura, os turistas são predominantemente da região Sudeste e geralmente ficam de um a dois dias na cidade.
Maior movimento mesmo acontece em setembro, em virtude da comemoração da festa do Beato Padre Victor, que acontece no dia 23. Em novembro, no dia 14, também é perceptível um aumento no fluxo de turistas para a comemoração local pela “Nossa Mãe”, Madre Teresa Margarida do Coração de Maria.
A expectativa em Três Pontas gira em torno do aumento das visitas dos romeiros, peregrinos e turistas. Além disso, a volta da realização dos eventos presenciais como o Festival Canto Aberto, Expocafé e a Festa do Padre Victor, que chega a receber até 70 mil pessoas.
Segundo a turismóloga do município, há um projeto futuro para criação de rotas de peregrinação, além da implantação de um observatório sobre o turismo local. Apesar de ainda não ter data marcada, a proposta deve iniciar no segundo semestre de 2022.
Baependi
Nhá Chica
Flexibilizações da pandemia refletem na retomada do turismo religioso no Sul de Minas — Foto: Fernanda Rodrigues/G1
Em Baependi, os turistas buscam conhecer a história da Nhá Chica, beatificada há 10 anos. Dentro da cidade os principais pontos turísticos são as igrejas e os eventos religiosos. O Santuário Nossa Senhora da Conceição, conhecido como Igreja da Nhá Chica, é um dos principais destinos.
De acordo com André Luis Corrêa Santos, sacristão da Paróquia Santa Maria de Baependi, em 2022, a Paróquia de Baependi completará 300 anos de fundação, sendo a 2ª mais antiga do Sul de Minas.
Outro sucesso é a Matriz Nossa Senhora Montserrat, que foi uma das primeiras igrejas da região a ter um tombamento pelo IPHAN – Instituto Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. André conta que a igreja foi construída em um estilo ‘suí generis’ que a fazem única em todo Brasil pela suas particularidades barrocas e também influências do estilo rococó.
“Nesta igreja está o altar mór onde se encontra o ouro doado pela Beata Nhá Chica”.
De acordo com Flávia Pelúcio de Lara, coordenadora de Cultura, a prefeitura apoia os eventos e manutenções do turismo na cidade. As peregrinações movimentam principalmente a economia, além de difundir a religiosidade, as belezas e a cultura local.
Baependi é visitada por turistas do Brasil todo, mas é principalmente da região Sudeste que são os visitantes. A maior parte dos turistas que vão até a cidade é para visitar, pedir e agradecer as graças alcançadas por intermédio da Beata Nhá Chica.
Segundo Flávia, o turismo está retomando com força total. Eles recebem turistas durante o ano todo, porém nas festividades religiosas, como Semana Santa, Corpus Christi e aniversário de morte da Beata Nhá Chica, há um aumento considerável de movimentação na cidade.
No ano passado a cidade recebeu quase 5 mil romeiros e, segundo a coordenadora de Cultura, o município trabalha para aumentar esse número.
“Estamos focados em estruturar nossa cidade para comportar um número maior de pessoas, para num futuro próximo, poder atrair mais visitantes com responsabilidade e organização”, comenta Flávia.
Inconfidentes
Caminho das Capelas
Flexibilizações da pandemia refletem na retomada do turismo religioso no Sul de Minas — Foto: Divulgação Caminho das Capelas
As principais atrações de Inconfidentes despertam o interesse especial dos peregrinos: são as rotas religiosas. A gestão municipal é quem cuida da sinalização dos caminhos de peregrinação que cortam o município, especialmente o Caminho das Capelas que passa por todos os bairros rurais de Inconfidentes.
De acordo com a assessoria de comunicação da prefeitura, o objetivo desta rota é levar turismo para o interior da cidade, onde se encontra uma variedade de cultura religiosa e gastronômica.
“O benefício principal é atrair visitantes para o município de maneira a alavancar a economia local”, ressalta.
Em Inconfidentes, além de visitantes de diversas regiões do Brasil, há bastante fiéis de municípios da região Leste do estado de São Paulo. Ainda de acordo com a prefeitura, com as flexibilizações da pandemia, o turismo de peregrinações voltou a se intensificar na cidade.
Segundo informações do setor de Cultura e Turismo de Inconfidentes, o município recebe mais turistas em datas de feriados estendidos, bem como em feriados religiosos como a Semana Santa.
“A cidade tem diferentes atrativos para os peregrinos”.
De acordo com Emerson Fernandes Pereira, chefe do Setor de Cultura e Turismo, os pontos mais visitados geralmente são a Igreja Matriz São Geraldo Magela, as Capelas Beata Nhá Chica que é ponto inicial do Caminho de Nhá Chica e a Capela São Judas. Há também o Bar do Maurão, um local tradicional de encontro dos peregrinos.
A gestão afirma que o município está pronto para receber novos visitantes e a expectativa é receber até 30 mil peregrinos neste ano. Nos projetos futuros, segundo a assessoria de comunicação, é realizar a 2ª caminhada do Caminho das Capelas com o apoio da prefeitura.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou, na noite do último domingo (17), o fim da emergência de saúde por covid-19 no Brasil. “Graças à melhora do cenário epidemiológico, à ampla cobertura vacinal da população e à capacidade de assistência do SUS, temos, hoje, condições de anunciar o fim da Emergência de Saúde de Importância Nacional. Nos próximos dias, será editado um ato normativo disciplinando essa decisão”, afirmou o chefe da pasta.
Apesar disso, Queiroga alertou que não se trata do fim da pandemia. “Esta medida, no entanto, não significa o fim da covid-19. Continuaremos a conviver com o vírus. O Ministério da Saúde permanece vigilante e preparado para adotar todas as ações necessárias para garantir a saúde dos brasileiros”, completou.
Em seu pronunciamento, o ministro expressou solidariedade aos familiares das vítimas e aos que ainda sofrem em decorrência das sequelas da doença. “Sentimos todas as perdas, mas com a força do nosso Sistema Único de Saúde, o SUS, salvamos muitas vidas”, disse.
Ressaltou ainda o esforço dos médicos da linha de frente de combate à covid, e, apesar de não mencionar tratamentos ineficazes defendidos pelo presidente Jair Bolsonaro, como com o uso de cloroquina, destacou que os profissionais de saúde, “com a autonomia defendida pelo governo federal”, utilizaram “o melhor da ciência” em favor dos pacientes.
Queiroga destacou ainda a importância da campanha nacional de vacinação no enfrentamento da pandemia no Brasil. “Já foram distribuição mais de 476 milhões de doses de vacinas, disse o ministro.”
A linhagem da variante ômicron BA.2 – 21L, encontrada em outros países e em estados brasileiros, também circula em Belo Oriente, na região do Rio Doce. Amostras colhidas em um paciente infectado pela Covid-19 na cidade identificaram a cepa na última sexta-feira (11). O anúncio foi feito pelo Ministério da Saúde, após um trabalho do Observatório de Vigilância Genômica de Minas Gerais (Vigem-MG).
Para chegar à identificação inicialmente foi feita a caracterização da ômicron por genotipagem. O procedimento foi feito pelo Núcleo de Ações e Pesquisa em Apoio Diagnóstico da UFMG. Após as análises preliminares foi realizado o sequenciamento do genoma pelo Laboratório de Biologia Integrativa da UFMG que confirmou a presença da sublinhagem.
De acordo com o coordenador da Rede Corona-Ômica BR-MCTI, Fernando Spiki, o perfil da BA.2 é semelhante ao da ômicron, mantendo o potencial alto de transmissibilidade. “Por isso é muito importante manter os mesmos cuidados já divulgados por diversos especialistas. É importante completar o ciclo da vacinação, usar máscaras N95, lavar sempre as mãos e manter o distanciamento sempre que possível”, declarou em nota.
O pesquisador ainda afirmou que o monitoramento feito é importante para acompanhar eventuais alterações no padrão de disseminação, manter o monitoramento da eficácia da vacina, entre outras aplicações. Integram o Vigem-MG membros da Fundação Ezequiel Dias (Funed), Laboratório de Biologia Integrativa da UFMG, Núcleo de Ações e Pesquisa em Apoio Diagnóstico da UFMG e da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG).
Não preocupa
Na semana passada, o secretário de saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti, afirmou que o estado não deve vivenciar um repique na transmissão de Covid-19, mesmo com a confirmação de circulação da sub-linhagem BA.2 da ômicron.
“Novas variantes virão, mas a expectativa é de que, com o avançar da vacinação, e com boa parte da população já infectada pelo vírus, especialmente agora pela ômicron, a gente passe a enfrentar o vírus com maior naturalidade, sem grande pressão aos sistemas de saúde”, prevê o secretário.
Identificação
Além de Minas Gerais, a sublinahgem da ômicron também já está presente em Santa Catarina, Rio de Janeiro e São Paulo, conforme a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O órgão aponta que a nova linhagem é mais contagiosa, mas ainda é desconhecido se ela é mais perigosa.
Gostaria de adicionar o site Jornal Folha Regional a sua área de trabalho?
Sim
Receber notificações de Jornal Folha Regional
Sim
Não