Jornal Folha Regional

Estado confirma caso da ômicron em Passos

O Sul de Minas contabiliza 31 casos da variante ômicron do coronavírus. Os dados foram divulgado na última terça-feira (28) pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG). Em Minas Gerais, conforme a pasta, são 130 infecções com a nova variante.

Além dos 19 casos que a SES-MG já havia confirmado em Extrema, um em Maria da Fé e outro em Três Pontas, foram divulgadas contaminações com a variante em Lavras, Passa Quatro, Varginha, Campos Gerais e Passos (veja a lista completa das cidades da região mais abaixo).

De acordo com a Secretaria Estadual, os casos de contaminações da nova variante já foram comunicados ao Ministério da Saúde.

Em Extrema, a prefeitura destaca que são 23 casos da ômicron, todos resultado de uma festa empresarial. Estas contaminações ainda não foram confirmadas pelo estado. A SES-MG ressalta que 14 casos estão sendo monitorados e que, até o momento, são considerados suspeitos para a variante ômicron.

  • 19 casos: Extrema
  • 3 casos: Lavras
  • 2 casos: Passa Quatro, Três Pontas e Varginha
  • 1 casos: Campos Gerais, Passos e Maria da Fé


Além das cidades do Sul de MG, o estado tem outros seis municípios com casos da variante. São eles: Belo Horizonte (85), Betim e Lagoa Santa (4 cada), Itaúna (3), Contagem (2), Sete Lagoas (1).

Segundo a secretaria, todos os casos são leves, não havendo necessidade de internação hospitalar, apenas com isolamento domiciliar, cumprindo os protocolos de saúde e sanitários.

Entre os casos positivos do estado, conforme a SES, há registros de pacientes sem histórico de viagem internacional ou contato com caso confirmado da nova variante ou algum viajante que tenha chegado do exterior.

Festa de confraternização contaminou 23 funcionários de empresa de MG com a variante ômicron

A Secretaria Municipal de Saúde de Extrema (MG) confirmou que 23 pessoas foram contaminadas com a variante ômicron do vírus causador da Covid-19. Todos são funcionários de uma empresa e participaram de uma confraternização na semana passada em São Paulo.

Segundo o médico-coordenador do controle da Covid-19 em Extrema, Enis Donizetti Silva, a notificação sobre o surto chegou no início da semana através da Vigilância Sanitária e da Vigilância Epidemiológica.

“Eram 11 casos inicialmente. Essas pessoas tinham participado de uma confraternização na sexta-feira anterior em São Paulo. Esses 11 casos inicialmente nós começamos a avaliar junto à empresa e a partir da ocorrência desse surto, pedimos para fazer uma avaliação em todos os colaboradores. Isolamos a empresa, mandamos todo mundo para casa e desse grupo todo que foi testado, ocorreram mais positivos. Então hoje, na verdade, só dentro dessa empresa, nós temos 23 casos positivos”, disse o médico.

Segundo o médico, todos os pacientes estão em isolamento domiciliar, com sintomas leves. Nenhum deles precisou ser hospitalizado. Outras empresas também estão sendo monitoradas.

“Todos estão sendo monitoradas, fazendo teleacompanhamento com a nossa saúde primária, todos eles do ponto de vista de evolução clínica, passam de um quadro leve a moderado, nenhum deles precisou de internação, no entanto a gente tem outros pacientes de Covid internados nos nossos hospitais, nós estamos colhendo material de todo esse grupo e estamos também vigiando outras empresas, porque essa empresa compartilha refeitório com outras empresas em Extrema”, completou.

Com as últimas notificações, a prefeitura já acionou um plano de prevenção na cidade para alertar a população.

“Nós distribuímos em média, 50 mil, 60 mil máscaras mês cirúrgicas N95 para toda a população. Intensificamos isso desde então, intensificamos a comunicação com a população, através de carros de som, cartazes e da rádio da cidade, publicações nas nossas redes sociais”, disse o médico.

Todos os casos síndrome respiratória no município devem procurar uma “unidade sentinela”, que funciona perto do pronto socorro. O coordenador alerta a população sobre os cuidados a serem tomados no Natal e no Ano Novo.

“O importante e fundamental é a vacina, todos esses casos receberam duas doses, é um fato importante, mesmo com duas doses você pode ficar doente. Essa variante tem uma enorme transmissibilidade. No Natal e no Ano Novo, não deixe de usar máscaras, ter cuidados com aglomerações, fazer comemorações em ambientes abertos e ventilado, usar máscara o maior tempo possível”, completou o coordenador.

Passos faz mutirão para imunizar quem estiver com a 2ª dose atrasada da Pfizer

Passos realiza um mutirão para imunizar quem está com a segunda dose da Pfizer atrasada. Segundo a prefeitura da cidade, cerca de seis mil pessoas que estão aptas a completar o esquema vacinal com a segunda dose ainda não foram imunizadas.

O mutirão acontece até esta sexta-feira (17) em 16 unidades de saúde e também na entrada da Casa da Cultura, na Praça do Rosário.

Situação em outras cidades
Em Carmo do Rio Claro, a Secretaria de Saúde está convocando a população, em especial os faltosos, que ainda não receberam a segunda dose da vacina para que procurem o posto de vacinação Risoleta Neves, no bairro Jardim Continental.

Em Varginha, segundo a prefeitura, pouco mais de 80% da população já recebeu pelo menos uma dose da vacina contra a Covid-19. Quase 75% foram imunizados com duas doses ou a dose única. Já 8,77% da população foi vacinada com a dose de reforço. Quem está com a dose atrasada pode acessar as redes sociais da prefeitura, onde estão disponíveis os locais de imunização.

Em Pouso Alegre, para tentar imunizar quem ainda não recebeu a vacina, está acontecendo uma busca ativa, que é feita por equipes de saúde da família. Outra medida foi a criação de um ponto central de imunização na Casa da Cultura.

Quinto caso suspeito da variante Ômicron é investigado em Minas Gerais

Minas Gerais registrou, na última quarta-feira (15), o seu quinto caso suspeito da variante Ômicron da Covid-19. A informação foi divulgada pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES). A Fundação Ezequiel Dias (Funed), informou que os testes dos outros quatro casos suspeitos até então não ficaram prontos nesta quarta, como estava previsto.

O quinto registro da nova variante é referente a um paciente do sexo masculino e que vinha da África do Sul. Assim como nos outros quatro casos, este também foi registrado em Belo Horizonte, ainda conforme a SES.

“Em todos os casos, após o teste positivo para Covid-19 por meio de teste RTPCR, coletou-se amostra para sequenciamento genético na Funed”, explica a pasta.

Dos cinco casos suspeitos em investigação, três são de pessoas procedentes da África do Sul, uma do Moçambique e outra de Gana, sendo duas mulheres e três homens.

O quinto caso suspeito de Minas Gerais já constou no balanço divulgado pelo Ministério da Saúde nesta quarta. Ao todo, o país tem 19 casos confirmados da Ômicron e sete em investigação, sendo que São Paulo lidera com 13 casos da variante, sete deles confirmados nas últimas 24h.

 Resultados devem sair a partir de sexta

A previsão, ainda de acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES), é que a identificação da variante aconteça em 5 a 7 dias úteis, “a partir do sequenciamento genético dos primeiros casos em análise, ou seja, entre sexta-feira (17) e segunda-feira (20)”.

A pasta lembra ainda que um caso notificado já foi descartado, conforme resultado de análise laboratorial e que, até esta quarta, o Estado não tinha nenhum caso confirmado da variante B.1.1.529.

“A SES-MG mantém o monitoramento genômico e a vigilância epidemiológica acompanhando a incidência da doença causada pelo coronavírus no estado. A Secretaria reforça que os dados são dinâmicos e podem ser atualizados a qualquer momento”, complementa.

São Paulo confirma quinto caso da variante Ômicron; já são 11 no Brasil

03/08/2020. REUTERS/Phil Noble

A Secretaria de Estado de São Paulo confirmou neste domingo (12) o primeiro caso “importado” da variante Ômicron no interior. Trata-se de uma mulher de 40 anos, residente em Limeira, e que viajou à África do Sul e à França em novembro.

Este é o quinto caso da variante Ômicron no estado paulista.

Ela tem esquema vacinal completo e relata apenas sintomas leves, como dor de cabeça, tosse e secreção nasal. Está sob monitoramento da Vigilância municipal de Limeira e em isolamento domiciliar, sem contato com marido e filho, que já tiveram resultado negativo para exame de PCR.

A paciente teve diagnóstico positivo para Covid-19 no dia 3 de dezembro, após realizar um teste de antígeno. Sua amostra foi submetida a sequenciamento genético pelo Instituto Adolfo Lutz, com resultado para a nova variante.

Todos os outros casos de Ômicron em São Paulo também tinham vacinação completa e relato de sintomas leves ou assintomáticos.

A Secretaria de Estado da Saúde, por meio do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) estadual, mantém o monitoramento do cenário epidemiológico em todo o território de SP.

Os casos são acompanhados individualmente pelas equipes municipais de saúde e todo e qualquer agravo inusitado é monitorado pela vigilância estadual.

Segundo o levantamento da Agência CNN, o Brasil registra 11 casos da variante Ômicron do coronavírus. Além de São Paulo, o Distrito Federal e o Rio Grande do Sul confirmaram dois casos cada.

Também segundo a Agência CNN, 60 países já registram infecções com a nova variante.

Morre primeiro paciente pela variante Ômicron no Reino Unido

Pelo menos um paciente morreu no Reino Unido após a contrair a variante Ômicron do coronavírus, disse o primeiro ministro Boris Johnson nesta segunda-feira (13).

“Infelizmente, a Ômicron gera hospitalizações, e foi confirmado que ao menos um paciente morreu em decorrência da Ômicron”, disse Johnson aos repórteres durante uma visita a um centro de vacinação de Londres.

“Nós podemos ver a Ômicron aumentando agora em Londres e em outras partes do país. Aqui na capital, ela representa cerca de 40% dos casos. Amanhã, representará a maioria e segue aumentando a todo o momento”, afirmou o primeiro-ministro.

“Então eu acho que a ideia de que esta é de alguma forma uma versão mais branda do vírus – acho que é algo que precisamos colocar de um lado – e apenas reconhecer o ritmo que ela acelera através da população”, complementou Johnson.

O governo britânico confirmou posteriormente a informação do óbito.

Desde que os primeiros casos de Ômicron foram detectados em 27 de novembro no Reino Unido, Boris Johnson impôs restrições mais severas, e no domingo (12) ele pediu que a população fosse tomar a dose de reforço para evitar que o serviço de saúde fosse sobrecarregado.

Neste momento, o recebimento da dose de reforço está permitida para todos os adultos, o que compõe uma força tarefa do governo britânico para vacinar mais pessoas.

Segundo Boris Johnson, a meta é aplicar a dose extra em toda a população ainda em 2021, o que faz com que os serviços de saúde do Reino Unido tenham que dobrar a velocidade atual das aplicações.

O Secretário de Saúde britânico, Sajid Javid, disse que a variante Ômicron estava se espalhando a uma “taxa fenomenal”, e agora era responsável por cerca de 40% das infecções em Londres.

Johnson, que está lidando com boatos de alegadas festas em seu escritório de Downing Street durante o lockdown do ano passado, reiterou na segunda-feira que ele “certamente não quebrou nenhuma regra”.

Passos registra 322ª morte por covid-19

Passos (MG) registrou, na última terça-feira (30), mais um óbito por complicações da Covid-19 no município, totalizando 322º. Mais cinco novos casos da doença também foram confirmados, atingindo 11.396 casos positivos desde o início da pandemia.

Segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Santa Casa de Passos, na última terça-feira, o número de mortes por decorrência da doença no hospital atingiu 626. Na segunda-feira (29), apenas um paciente estava internado com Covid-19, portanto, após a morte, a taxa de ocupação voltou a zerar.

Terceiro caso da variante ômicron é confirmado no Brasil

A Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo confirmou nesta quarta-feira (1°) o terceiro caso da variante Ômicron no Brasil.

Trata-se do passageiro da Etiópia que desembarcou no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, na Grande SP, no último sábado (27), quando testou positivo para Covid-19.

A amostra foi sequenciada geneticamente pelo Instituto Adolfo Lutz.

Ainda segundo a pasta, o homem de 29 anos foi testado no aeroporto ao desembarcar no país e não apresentava sintomas. Ele é vacinado com as duas doses do imunizante da Pfizer e passa bem.

A gestão estadual também afirma que ele está em isolamento domiciliar desde o último sábado e é acompanhado pela vigilância do município de Guarulhos, local onde reside.

Outros dois casos

Nesta terça (31), o Instituto Adolfo Lutz já havia confirmado os dois primeiros casos de contaminação de Covid pela variante: um casal de missionários brasileiros, que moram na África do Sul e vieram para São Paulo visitar familiares que residem na Zona Leste da capital paulista.

Eles não moram no Brasil e, por conta disso, não tinham registro no VaciVida de vacinação deles contra a Covid no estado de São Paulo.

Em entrevista à GloboNews na manhã desta quarta (1°), o secretário municipal da Saúde de São Paulo, disse que o casal recebeu a dose única da vacina da Janssen na África do Sul.

Eles estão em isolamento, passam bem, apresentam sintomas leves e são monitorados pela Prefeitura de São Paulo.

“Foram vacinados na África do Sul com dose da Janssen, os dois. Também os parentes que eles estão [visitando] aqui estão em processo de isolamento. Nós vamos agora testá-los na manhã de hoje. Os parentes também já foram vacinados”, disse o secretário municipal da Saúde da capital, Edson Aparecido, em entrevista à GloboNews na manhã desta quarta-feira (1°).

Ainda de acordo com o secretário, a gestão municipal está fazendo um levantamento para identificar todas as pessoas que eles tiveram contato nesse período, mesmo estando em isolamento, cumprindo quarentena.

“Nossas equipes de saúde estão agora em campo para localizar todas as pessoas que tiveram em contato com eles para fazer um monitoramento e acompanhar esse quadro. Nós temos aí evidentemente uma circulação que vem com viajantes, mas é sempre possível de que o vírus esteja em um processo de circulação por todo o país e pela capital aqui também”, disse Aparecido.

Nenhuma vacina oferece proteção de 100% contra doenças, mas todas reduzem o risco de infecção, hospitalização e morte, principalmente depois da segunda dose.

É importante lembrar que vacinas funcionam, mas não são infalíveis. Ainda assim, apesar de a probabilidade de infecção após a vacina ser pequena, quanto mais a doença estiver circulando, maior é o risco de o imunizante falhar. Por isso a necessidade de vacinar o maior número de pessoas possíveis o quanto antes.

A variante ômicron – também chamada B.1.1529 – foi reportada à OMS em 24 de novembro de 2021 pela África do Sul. De acordo com OMS, a variante apresenta um “grande número de mutações”, algumas preocupantes. O primeiro caso confirmado da ômicron foi de uma amostra coletada em 9 de novembro de 2021 no país.

Nesta terça (30), autoridades sanitárias holandesas afirmaram que a variante já estava presente na Holanda no dia 19 de novembro – uma semana antes do que se acreditava e antes da OMS classificar como variante de preocupação.

A primeira imagem da variante ômicron do coronavírus revelou mais que o dobro de mutações que a da variante delta.

Cientistas alertam para nova variante da Covid-19

Os cientistas alertam que a variante B.1.1.529, descoberta pela primeira vez em Botsuana e com seis casos de infecção confirmados na África do Sul, tem um “número extremamente alto” de mutações, o que pode levar a novas ondas de covid-19.

Foram confirmados dez casos em três países (Botsuana, África do Sul e Hong Kong) por sequenciamento genético, mas a nova variante causou grandes preocupações aos pesquisadores porque algumas das mutações podem ajudar o vírus a escapar à imunidade.Os primeiros casos da variante foram descobertos no Botsuana, em 11 de novembro, e os primeiros na África do Sul três dias depois. O caso encontrado em Hong Kong foi de um homem de 36 anos que teve um teste PCR negativo antes de voar de Hong Kong para a África do Sul, onde permaneceu de 22 de outubro a 11 de novembro. O teste foi negativo no regresso a Hong Kong, mas deu positivo em 13 de novembro quando estava em quarentena.

A variante B.1.1.529 tem 32 mutações na proteína spike, a parte do vírus que a maioria das vacinas usa para preparar o sistema imunológico contra a covid-19. As mutações na proteína spike podem afetar a capacidade do vírus de infectar células e se espalhar, mas também dificultar o ataque das células do sistema imunológico sobre o patógeno.

O virologista do Imperial College London Tom Peacock revelou vários detalhes da nova variante, afirmando que “a quantidade incrivelmente alta de mutações de pico sugere que isso pode ser uma preocupação real”.

Na rede social Twitter, ele defendeu que “deve ser muito, muito, monitorado devido a esse perfil horrível de picos”, acrescentando que pode acabar por ser um “aglomerado estranho” que não é muito transmissível. “Espero que seja esse o caso”.

A médica Meera Chand, microbiologista e diretora da UK Health Security Agency, afirmou que, em parceria com órgãos científicos de todo o mundo, a agência monitora constantemente a situação das variantes de SARS-Cov-2 em nível mundial, à medida que vão surgindo e se desenvolvem.

“Como é da natureza do vírus sofrer mutações frequentes e aleatórias, não é incomum que surjam pequenos números de casos apresentando novas mutações. Quaisquer variantes que apresentem evidências de propagação são avaliadas rapidamente”, acrescentou ao The Guardian.

Os cientistas observam a nova variante, em busca de qualquer sinal de que esteja a ganhar força e acabe por se espalhar amplamente. Alguns virologistas da África do Sul já estão preocupados, especialmente devido ao recente aumento de casos em Gauteng, uma área urbana que inclui Pretória e Joanesburgo, onde já foram detectados casos com a variante B.1.1.529.

Ravi Gupta, professor microbiologista da Universidade de Cambridge, afirmou que o seu trabalho em laboratório revelou duas mutações na B.1.1.529 que aumentam a infecção e reduzem o reconhecimento de anticorpos. “Parece certamente uma preocupação significativa com base nas mutações presentes”, disse.

“Contudo, uma prioridade chave do vírus desconhecida é a infecciosidade, pois é isso que parece ter impulsionado principalmente a variante Delta. A fuga imune é apenas uma parte da imagem do que pode acontecer”, acrescentou Gupta.

Já o professor François Balloux, diretor do Instituto de Genética do University College London, considera que o grande número de mutações na variante, aparentemente acumuladas num “único surto”, sugere que pode ter evoluído durante uma infecção crônica em uma pessoa com o sistema imunológico enfraquecido, possivelmente um doente com aids não tratada.

“É difícil prever o quão transmissível pode ser nesta fase. Por enquanto, deve ser acompanhado de perto e analisado, mas não há razão para demasiada preocupação, a menos que comece a subir de frequência num futuro próximo”, afirmou Balloux.

Mulher com Covid-19 acorda no dia em que seus aparelhos seriam desligados

Bettina Lerman passou semanas em um respirador após adoecer com Covid-19 e não respondeu aos esforços dos médicos para acordá-la do coma, quando sua família tomou a difícil decisão de retirar o suporte vital.

A família fez os preparativos para o funeral, escolheu seu caixão e lápide, enquanto se preparava para se despedir, disse seu filho Andrew Lerman à CNN.

No dia em que planejaram retirá-la do suporte de vida, Lerman disse que ele recebeu um telefonema de um de seus médicos no Maine Medical Center, em Portland.

“Ele disse ‘bem, preciso que você venha aqui imediatamente’. Eu disse, ‘Ok, o que foi?’”, Disse Lerman. “Ele disse: ‘Bem, está tudo bem. Sua mãe acordou.’” Lerman disse que deixou cair o telefone quando recebeu a notícia.

Mais de 768 mil pessoas morreram de Covid-19 nos Estados Unidos desde o início da pandemia, de acordo com a Universidade Johns Hopkins. Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) afirmam que 58,9% da população do país está totalmente vacinada.

Lerman disse que sua mãe, que fará 70 anos em fevereiro, teve vários problemas de saúde, incluindo diabetes, e teve um ataque cardíaco e uma cirurgia quádrupla de ponte de safena alguns anos atrás.

Ela começou a apresentar sintomas de Covid-19 no início de setembro, foi diagnosticada quando ela foi internada no hospital em 12 de setembro e foi ligada ao ventilador em 21 de setembro, disse ela. Ela não foi vacinada, mas planejava se vacinar quando adoeceu, disse ela.

Sua condição piorou e os médicos disseram à família que não esperavam que ela se recuperasse.

“Tivemos uma reunião de família com o hospital porque minha mãe não estava acordando. Não importa o que eles fizessem, eles não podiam fazê-la acordar”, disse Lerman. “Disseram que os pulmões dela foram completamente destruídos. Há danos irreversíveis, mas isso não vai acontecer.”

Já se passaram cerca de três semanas desde que Bettina acordou, em 29 de outubro, e uma porta-voz do hospital disse à CNN que ela está em estado grave. O hospital não conseguiu divulgar informações adicionais devido às leis de privacidade.

Lerman disse que sua mãe não sofreu falência de órgãos e ninguém realmente entende como ela está bem.

“Minha mãe é muito religiosa e também muitos de seus amigos, a igreja e tudo mais, e todos eles têm orado por ela”, disse ela. “Então eles não podem explicar do ponto de vista médico. Talvez seja do ponto de vista religioso. Não sou tão religioso, mas estou começando a acreditar que há algo que a ajudou.”

Lerman disse que conversou por horas com a mãe na quarta-feira (18) e que pode mover as mãos e os braços e respirar sozinha por algumas horas com um pouco de oxigênio, em vez do respirador.

“Ela sabe onde está, quem ela é, ela é tão perspicaz”, disse Lerman. “Normalmente, quando alguém sai de um coma assim, eles dizem que os pacientes têm delírios e ficam muito confusos. Desde o primeiro dia, ela não experimentou nada disso.”

Ele disse que a mãe ainda não está fora de perigo, e ainda pode haver contratempos, mas a equipe médica está tentando colocá-la em uma lista de reabilitação para ajudá-la a recuperar sua amplitude de movimento

Ela já está recebendo fisioterapia para ajudar a reconstruir a força muscular que perdeu durante a internação.

Lerman e sua mãe moram na Flórida, mas ambos iam muito para o estado do Maine para cuidar de seu pai, que tem câncer em estágio 4. O pai de Lerman adoeceu com Covid-19 na mesma época que sua mãe, mas ele se recuperou.

Lerman e sua esposa também contraíram Covid-19 e disseram que serão vacinados em algumas semanas, quando forem elegíveis.

Quando eles pensaram que ela não se recuperaria, Lerman disse, a família entregou o apartamento de sua mãe na Flórida, coletou itens importantes da família e doou o resto de suas coisas para outros residentes do prédio.

Sua irmã organizou uma campanha GoFundMe para arrecadar dinheiro para ajudar sua mãe enquanto ela se recuperava.

Lerman disse que sua mãe disse que ela estava orando durante o coma e se lembra das pessoas que a visitaram e conversaram.

“Portanto, as palavras de incentivo que tenho é que você não perca a esperança e, quando visitar seus familiares nesta situação, converse com eles, porque eles podem ouvi-lo”, disse ele.

Ele também disse que cada caso de Covid-19 é diferente e ele sabe que nem todos serão capazes de se recuperar como sua mãe. “Ela é um milagre”, disse ele.

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