Jornal Folha Regional

Diretora da OMS diz que mundo está entrando na 4° onda da pandemia

A diretora-geral adjunta de acesso a medicamentos e produtos farmacêuticos da Organização Mundial da Saúde (OMS), a médica brasileira Mariângela Simão, disse na última segunda-feira (22), que o mundo está entrando em uma quarta onda da pandemia de covid-19. A declaração foi dada na conferência de abertura de um evento realizado pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco).

A médica não fez previsões específicas para o Brasil, que tem assistido nas últimas semanas a uma queda sustentada de internações e mortes, além de ver avanço significativo na vacinação. Comentou, porém, que a realização do Carnaval pode ser “extremamente propícia para o aumento da transmissão comunitária” no País.

O aumento no número de casos de covid-19 tem levado países a ampliar o cerco contra não imunizados – a Áustria, por exemplo, impôs um lockdown específico contra esse grupo. A estratégia visa a evitar o surgimento de novas cepas, como a Delta, identificada originalmente na Índia e depois responsável por acelerar o contágio em diversas regiões do planeta.

“A OMS tem o entendimento neste momento que é provável que a gente tenha uma transmissão continuada do vírus por conta das variantes”, disse a diretora. Segundo se observa nas curvas epidêmicas, a médica destacou que há países com ondas repetidas, outros com transmissão contínua e há ainda aqueles que tiveram um controle não sustentado no início da pandemia e que agora têm picos agudos de contaminação.

Entre os fatores que continuam influenciando na transmissão do Sars-Cov-2, Mariângela destacou quatro pontos. O primeiro são as variantes mais transmissíveis, como a Delta. Atualmente, conforme mapeamento genético realizado pelo Instituto Todos pela Saúde (ITpS), a Delta corresponde a mais de 97% das variantes em circulação no País.

O segundo aspecto é o fato de grande parte da população seguir sem acesso às vacinas. Dados da OMS apontam que menos de 5% das pessoas de países de baixa renda – grande parte na África e na Ásia – receberam ao menos uma dose de vacina anticovid, mesmo com mais de 7,5 bilhões de doses tendo sido aplicadas no mundo. “A inequidade no acesso à vacina é o maior desafio ético do nosso tempo”, disse Mariângela.

Por fim, o terceiro e quarto fatores seriam o aumento das interações sociais, com o fim das medidas de isolamento, e ainda a desinformação em relação às formas de lidar com o vírus. “A mensagem correta, no momento certo, em formato adequado, vinda da pessoa certa (…) pode auxiliar muito”, apontou a médica.

Entre domingo e segunda, conforme apontou Mariângela, foram confirmados mais de 440 mil casos em todo mundo e um total de 6 7 mil óbitos. Com isso, o planeta chegou a 255 milhões de diagnósticos positivos da doença e já contabiliza 5,1 milhões de vítimas. “É claro que isso reflete uma enorme subnotificação em vários continentes”, disse a diretora da OMS.

Futuro da pandemia

Sobre os possíveis cenários para o futuro, Mariângela destacou o papel das vacinas e disse que, mesmo não tendo impacto significativo na transmissão, elas “diminuem a severidade da doença e a mortalidade”. “A gente já tem dados robustos, como do Reino Unido, que mostram uma dissociação de casos e óbitos, por conta da vacinação”, destacou.

A diretora da OMS apontou que, pelo que se observa pelas informações de hoje, havendo altos níveis de imunidade populacional em todos os países, a mortalidade pela doença poderá reduzir significativamente. Os surtos de contaminação pela doença, acrescentou, até podem continuar acontecendo entre grupos suscetíveis, como os não vacinados, mas para este caso é necessário intensificar o processo de conscientização.

Mariângela reforçou ainda que “a vacinação sozinha não consegue conter transmissão”, o que torna também importante o monitoramento contínuo da situação epidemiológica e a adoção de medidas.

“Me preocupa bastante quando vejo no Brasil a discussão sobre o Carnaval, é uma condição extremamente propícia para o aumento da transmissão comunitária. Precisamos planejar as ações para 2022” disse a diretora da OMS.

Segundo Mariângela, um outro ponto é que há uma “associação forte” entre a cobertura vacinal e o uso de máscaras, o que também acaba sendo um fator de atenção até para países cuja vacinação avançou. “Quanto maior é a cobertura vacinal, menor é o uso de máscaras”, destacou.

MG libera eventos com lotação máxima na onda verde

O Governo de Minas, por meio do Comitê Extraordinário Covid-19, atualizou, na última segunda-feira (22), o Protocolo Sanitário de Eventos de Entretenimento e Lazer com Grande Público, com regras mais flexíveis sobre o distanciamento e a capacidade máxima de lotação dos espaços.

Segundo o Executivo estadual,  a nova versão do documento já está em vigor e foi adotada em função do avanço da vacinação em Minas Gerais e da estabilidade dos principais indicadores epidemiológicos.

Atualmente, todas as macro e microrregiões de saúde do estado estão na onda verde, a menos restritiva do plano.

Confira as novas regras:

DISTANCIAMENTO

Nas ondas amarela e verde: o distanciamento obrigatório em locais fechados foi alterado de 1,5 metro para 1 metro.

Em locais abertos, na onda verde, o distanciamento não é obrigatório. Já na onda amarela, passa para 1 metro. Na onda vermelha, o distanciamento recomendado permanece o mesmo, de 1,5 metro, tanto para locais abertos quanto para locais fechados.

LOTAÇÃO MÁXIMA

Na onda verde não há limitação e é permitida ocupação de 100% da capacidade do local. Na onda amarela, a lotação é de até 50% da capacidade do local ou até o limite de 2 mil pessoas.

Na onda vermelha, a limitação é de até 10% da ocupação total de locais fechados e até 30% da ocupação total de espaços abertos. A duração máxima deve ser de 5h e o horário permitido segue das 8h às 21h.

MEDIÇÃO DE TEMPERATURA, DURAÇÃO DOS EVENTOS E ACESSO A DIVERSAS ÁREAS

Não será mais obrigatória a medição de temperatura. Nas ondas verde e amarela não há limite de tempo de duração e o acesso às áreas de convivência, restaurantes, refeitórios, dormitórios, estacionamentos e playgrounds está liberado.

MÁSCARA E COMPROVANTE DE VACINAÇÃO

Uso de máscaras e comprovação de vacinação por meio do Certificado Nacional de Imunização de todos os participantes com as duas doses ou dose única, ou teste negativo para a doença ou laudo médico de infecção curada continuam obrigatórios. Também segue obrigatória a manutenção de medidas de prevenção, como maior distanciamento físico possível e higienização das mãos, entre outras.

Ainda segundo a coordenadora do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde do Estado de Minas Gerais (Cievs-MG), Eva Lídia Arcoverde Medeiros, é de competência do organizador que os participantes estejam utilizando máscaras de modo efetivo e adequado, seguindo as medidas de prevenção recomendadas. Também cabe ao organizador a conferência dos documentos obrigatórios para participação do evento e, em casos de não cumprimento das medidas, a proibição da presença do participante no local.

EVENTOS ESPORTIVOS

É recomendado que todos os atletas, praticantes e demais participantes usem máscara nos locais de atividades, retirando o equipamento apenas quando estiverem efetivamente treinando ou realizando a atividade esportiva ou desportiva. As mãos devem ser higienizadas com álcool e sabão, comemorações com abraços, toques, aperto de mãos e batidas de punho devem ser evitadas, os atletas também devem ser desencorajados a utilizar recipientes compartilhados ou de outras pessoas (garrafas, toalhas etc.).

Nos centros de treinamento profissional, o uso de máscara em áreas comuns é obrigatório, exceto quando os atletas estiverem efetivamente treinando ou realizando atividade desportiva.

Devem ser evitados, também, o uso de salas de vapor ou sauna e locais sem circulação de ar, nas quais não é possível o uso de máscara, pois possuem elevado risco de transmissão de doenças respiratórias.

A imprensa e os jornalistas podem frequentar os centros de treinamento a critério das equipes e dos times de futebol.

Sobre as regras para estádios, é de responsabilidade da administração do empreendimento a observância deste documento e dos protocolos do Minas Consciente.

Houve também a inclusão de orientações específicas para estabelecimentos por tipologia dos eventos, como shows, festivais, teatros, parques de diversões, temáticos e circos itinerantes.

Com pandemia, Brasil teve maior alta de mortes desde 1984

Conforme esperado, a pandemia da covid-19 contribuiu para o aumento no total de mortes no Brasil. No entanto, também houve queda nas taxas de natalidade e na quantidade de casamentos e uniões civis realizados nesse período, segundo a pesquisa anual Estatística de Registros Civis 2020, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgada nesta quinta-feira (18). 

Feito com base em informações de cartórios, tabelionatos e varas de todo o país, o estudo mostra que 1.510.068 mortes foram registradas em todo o território brasileiro apenas no ano passado, com crescimento de 14,9 % (195.965 mortes a mais) em relação ao total de 2019. Tanto em percentual quanto em números absolutos, foi a maior alta desde 1984. 

O aumento percentual de óbitos entre os homens (16,7%) superou o das mulheres (12,7%). A maior parte dos óbitos foi na faixa dos 60 anos ou mais de idade. Para as idades abaixo de 20 anos, houve redução dos óbitos entre 2019 e 2020.

Cerca de 73,5% das mortes de 2020 ocorreram em hospitais, 20,7% em domicílios e em 5,8% em outro local de ocorrência ou sem declaração. Além disso, 99,2% dos 195.965 óbitos ocorridos a mais, de 2019 para 2020, foram óbitos por causas naturais.

Registros de casamentos caíram 26,1% em 2020

O número de registros de casamentos no Brasil teve uma redução de 26,1% entre 2019 e 2020 (de 1.024.676 para 757.179), a maior queda da série histórica. O movimento de queda vem sendo observado, anualmente, desde 2016, mas em 2020 essa variável foi afetada pelo isolamento social em decorrência da pandemia.

Do total de casamentos registrados, 6.433 ocorreram entre pessoas do mesmo sexo, uma queda de 29,0% ante 2019. Os casamentos entre cônjuges femininos representam 60,1% dos casamentos civis nessa composição conjugal.

Entre 2019 e 2020, registros de nascimentos diminuíram 4,7%

De 2000 para 2020, a proporção de registros de nasci­mentos cujas mães tinham menos de 30 anos caiu de 76,1% para 62,1%. Já os registros de nascimentos cujas mães tinham 30 anos ou mais subiu de 24,0% para 37,9%.

Em 2019, a estimativa de sub-registro de nascimentos foi de 2,1%, caindo 2,4% frente a 2018. Já o sub-registro de óbitos ficou em 3,8%, frente a 4,0% em 2018.

São informações das Estatísticas do Registro Civil, que investigam registros de nascimentos, casamentos e óbitos em cartórios. Excepcionalmente, as informações sobre divórcios em 2020, serão divulgadas em momento posterior.

Aulas presenciais são suspensas em cidade do Sul de Minas após aumento de casos de Covid

As aulas presenciais da cidade de Cabo Verde, no Sul de Minas Gerais, foram suspensas após aumento do número de casos de Covid-19 no município. As informações foram divulgadas pela prefeitura da cidade nesta quarta-feira (10).

Segundo informações da prefeitura, as aulas tinham retornado no dia 4 de outubro. Ainda não há previsão de retorno, mas a expectativa é da volta às aulas apenas no início da semana que vem.

No momento, a cidade tem 28 casos positivos, aumento expressivo, uma vez que o município tem aproximadamente 13 mil pessoas. Atualmente, 9.599 já foram vacinadas.

Sul de Minas tem o menor número semanal de novos casos e mortes por Covid-19 desde julho e junho de 2020

O Sul de Minas registrou nesta semana o menor número de confirmações de novos casos de Covid-19 em 1 ano e 4 meses. Os números confirmados nesta semana são os menores desde julho de 2020. Já o número de mortes confirmadas da doença é o menor desde junho do ano passado.

Conforme os dados divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), nesta semana foram +837 novos casos confirmados da doença na região, com nove mortes confirmadas. Em relação à semana passada, a queda no número de novos casos é de 5,3% e no número de mortes é de 57,1%.

Número de casos registrados na região nas últimas semanas:

  • Esta semana: +837 casos, com 9 mortes
  • Há 1 semana: +884 casos, com 21 mortes (divulgado só até quinta-feira da semana passada)
  • Há 2 semanas: +1.205 casos, com 28 mortes

Desde o início da pandemia, conforme os dados da SES-MG, o Sul de Minas já teve confirmados 320.007 casos positivos de Covid-19, sendo 7.691 mortes em decorrência da doença.

Estes dados são referentes ao balanço publicado pela Secretaria de Saúde de Minas Gerais e podem apresentar divergências com os já divulgados por prefeituras, devido a períodos diferentes de fechamento.

As cidades que tiveram mais casos confirmados pela SES-MG nesta semana foram:

  • +60 Lavras
  • +53 São Sebastião do Paraíso
  • +52 Pouso Alegre
  • +49 Passos
  • +38 Três Corações
  • +37 Alfenas

Já as cidades que tiveram mais mortes confirmadas pela SES-MG na semana foram:

  • +3 Campo Belo
  • +1 Lavras, Três Corações, Varginha, Poços de Caldas, Itaú de Minas, Cambuí, Nazareno e Monte Santo de Minas

Nesta sexta-feira (5), a SES-MG confirmou mais duas mortes e outros 185 novos casos de Covid-19 no Sul de Minas. As novas mortes que foram confirmadas ocorreram em:

+1 Campo Belo e Lavras

Já os novos 185 casos da doença foram confirmados em 42 cidades:

  • +16 Passos
  • +15 Alfenas
  • +14 Poços de Caldas e São Lourenço
  • +11 Extrema e Lambari
  • +10 São Tiago

Até o momento, em Minas Gerais, são 2.189.705 casos confirmados de Covid-19, com 55.728 mortes. Conforme a SES-MG, 2.114.337 pessoas estão recuperadas.

Cidades com mais casos confirmados de Covid-19 no Sul de Minas

CIDADECASOSMORTESTOTAL
Pouso Alegre2426646424730
Varginha1760234917951
Poços de Caldas1396250314465
Passos1097731911296
Alfenas1078820610994
Itajubá981642310239
Lavras93771729549
Três Corações91342689402
Extrema86201318751
Campo Belo72642237487
Três Pontas70841677251
São Sebastião do Paraíso69452777222
Guaxupé64071586565
São Lourenço61271516278
Boa Esperança48871455032
Machado4609974706
Santa Rita do Sapucaí4346804426
Cambuí4167624229
Andradas40071254132
Camanducaia3459723531

Divergência de números

Os número de casos e mortes divulgados pela SES-MG têm sido diferentes dos que estão sendo anunciados diariamente em boletins de prefeituras. Definido como caso suspeito, o município preenche um formulário com os dados do paciente denominado RedCap, específico do Ministério da Saúde. Através deste formulário é gerado todo o banco de dados do Coronavírus no Estado.

O COES Coronavírus analisa esse banco de dados diariamente, reclassifica os casos, solicita novas informações ao município e faz o cruzamento dos resultados de exames laboratoriais. Após todo esse trabalho, que é realizado até as 13h do dia corrente, é que os dados estarão tratados para fazerem parte do Boletim Diário.

Dessa forma, é necessário percorrer todo este fluxo de notificação para que os casos sejam incluídos no boletim epidemiológico divulgado pela SES-MG e, por esta razão, divergências pontuais entre os municípios e os casos já computados pela SES-MG, podem ocorrer, tanto em relação a casos quanto a mortes confirmadas.

Após furto de fios de cobre, Passos perde 1,8 vacinas

A criminalidade prejudicou – diretamente – a saúde pública de toda a cidade de Passos (MG). Ladrões furtaram fios de cobre de uma unidade do Programa Saúde da Família (PSF) no último fim de semana e, com isso, interromperam o fornecimento de energia elétrica, o que resultou na perda de 2 mil vacinas que estavam na geladeira e seriam aplicadas nesta semana. O prédio da Câmara Municipal também foi alvo na última quarta-feira (3).

O caso mais grave ocorreu na unidade de saúde Doutor Fortunato Borsari, localizada na Rua Liquinha Barbosa, no Bairro Penha III. Como o espaço emendou o feriado do Dia de Finados, os funcionários perceberam que a energia elétrica havia sido interrompida apenas ontem (3/11). O PSF estava fechado desde sexta-feira (29) à noite.

O padrão de energia foi danificado para que os fios de cobre fossem levados. As 1,8 mil vacinas que estavam conservadas na geladeira foram encontradas ontem em temperatura ambiente e, portanto, sem condições de uso. Desse total, 200 imunizantes eram contra COVID-19.

O PSF ficou fechado na quarta-feira para que reparos fossem realizados pela Cemig e voltou a funcionar hoje (4). As autoridades não souberam precisar em qual dia houve o furto, mas informaram que prenderam ontem dois suspeitos no Bairro São Francisco – um por ter cometido o furto e outro, por receptação. Com eles, foi encontrado um saco plástico com fiação elétrica.

Eles foram levados para a Delegacia de Polícia, autuados, presos e depois liberados no mesmo dia. 

Câmara Municipal

A Câmara Municipal de Passos também foi alvo do mesmo delito. Assim que chegou para trabalhar ontem, o secretário de apoio administrativo, financeiro e contábil da Casa, Neiber Sebastião de Campos, percebeu danos na fiação do prédio. Ele, então, verificou as caixas de energia do sistema fotovoltaico e percebeu que haviam sido furtados os fios de energia.

“Estamos aguardando a avaliação e o cálculo de valor pela reposição do material”, afirmou. Neiber acredita que o furto tenha sido na noite de terça (2/11) para quarta (3/11), já que a Câmara também ficou em recesso, fechada para expediente desde sexta-feira. “Infelizmente essa situação está recorrente no município, todos os setores estão sendo acometidos desse delito”. 

Mesmo com o furto, todos os trabalhos foram realizados na Câmara, como a sessão ordinária e os atendimentos. Há, inclusive, a realização de uma audiência pública marcada para a noite desta quinta-feira (4).

Taxa de transmissão da Covid-19 volta a subir no Brasil

A taxa de transmissão (Rt) do novo coronavírus no Brasil está em 1,04, aponta o monitoramento do Imperial College de Londres, no Reino Unido. Isso significa que cada 100 pessoas com o vírus no país infectam outras 104. Na semana passada, a taxa estava em 0,68 -menor índice registrado desde abril de 2020. Qualquer valor acima de um significa que o contágio está acelerando.

A taxa de transmissão é uma das principais referências para se acompanhar a evolução da pandemia no país. Por ser uma média nacional, o Rt não indica que a doença esteja avançando nem retrocedendo da mesma forma nas diversas cidades, Estados e regiões do Brasil. Além disso, a universidade britânica – que não estima dados relativos ao atraso nas notificações e ao período de incubação do vírus- afirma que a precisão das projeções pode variar de acordo com a qualidade da vigilância e dos relatórios de cada país

54,5% dos brasileiros já se imunizaram

O Brasil registrou 476.630 doses de vacinas contra Covid-19 na terça. De acordo com dados das secretarias estaduais de Saúde, foram 71.263 primeiras doses e 273.707 segundas. Também foram registradas 609 doses únicas e 131.051 doses de reforço.

Ao todo, 154.807.386 pessoas receberam pelo menos a primeira dose de uma vacina contra a Covid no Brasil -111.738.021 delas já receberam a segunda dose do imunizante.

Somadas as doses únicas da vacina da Janssen contra a Covid, já são 116.267.212 pessoas com esquema vacinal completo no país. O país já tem 72,57% da população com a 1ª dose e 54,50% dos brasileiros com esquema vacinal completo. Considerando somente a população adulta, os valores são, respectivamente, de 95,51% e 71,73%.

Minas pode suspender obrigação do uso de máscara ainda em 2021, diz secretário

O Secretário de Estado da Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti, afirmou que a retirada da obrigatoriedade do uso de máscaras para conter a Covid-19 no Estado pode ocorrer “ainda neste ano”, mas que ainda não é o momento para que a medida seja tomada. A declaração ocorreu em breve entrevista a um veículo de comunicação na última quarta-feira (3). Interlocutores do Executivo afirmam não haver chance de que a suspensão do uso ocorra em novembro, mas que “talvez em dezembro” ela possa ser determinada.

“O uso de máscara se mostrou um dos principais fatores de redução da disseminação do vírus. Obviamente, o principal continua sendo a vacinação o Estado de Minas vem aumentando a cobertura vacinal. O nosso grupo técnico discute a cada momento cada melhora dos indicadores, cada aumento da vacinação da população. Algumas medidas de retorno aconteceram recentemente, a mudança do protocolo de eventos e, (em relação à) máscara, também chegará o momento da sua discussão”, diz o chefe da pasta.

O médico argumenta que o cenário atual ainda não dá condições para retirada do uso compulsório de máscaras em ambientes públicos – em especial, nos fechados – e é preciso “aumentar a cobertura (vacinal) em duas doses (ou dose única)” da população.

“No decorrer do mês de novembro, há uma expectativa de que a gente ultrapasse 75% do público vacinado com duas doses em relação à população total. Assim que a gente atingir este dado e, caso continuemos com os baixos índices de disseminação da doença, o grupo técnico pode discutir e achar esse caminho da desobrigação do uso de máscaras”, acrescenta Baccheretti. 

A Secretaria de Estado da Saúde informou, com a primeira dose das vacinas contra Covid-19, 15.935.702 mineiros foram imunizados e, com a duas, ou dose única, 11.614.467 – respectivamente, 76,3% e 55,8% da população total de Minas. São 2.186.321 de infecções pelo coronavírus computadas oficialmente no Estado desde o início da pandemia, o que representa cerca de 10,4% da população mineira. A pasta pontua que 55.613 vidas foram perdidas em minas devido à doença.

Apesar de admitir a possibilidade de que o uso de máscaras possa ser flexibilizado ainda em 2021, Bacherretti ressalta que isso ocorreria, apenas, em locais abertos. “Precisamos ainda que os dados se mostrem mais robustos e mais estáveis em relação à disseminação [para abolir o uso em todos os espaços, inclusive fechados]. A gente vê que outros países que tomaram essa decisão há alguns meses estão voltando a utilizar a máscara em alguns locais, especialmente na Europa”, detalha. 

“Então não é o momento ainda de retirar a máscara de uso contínuo pela sociedade, mas, com o crescer da vacinação em duas doses (ou dose única) e a manutenção dessa baixa transmissão do vírus, isso (o fim do uso da máscara em lugares públicos em Minas Gerais) pode se tornar uma realidade ainda este ano”, conclui o secretário.

A primeira capital a abolir a obrigação do uso de máscaras no Brasil foi o Rio de Janeiro, na semana passada. São Paulo anunciou, em nível estadual, que planeja reverter a obrigatoriedade em dezembro. Nesta quarta-feira (3), o Distrito Federal (DF) passou a permitir o trânsito de pessoas em espaços públicos sem o item de proteção.

Escolas estaduais de Minas recebem 100% dos alunos sem distanciamento nesta 4ª

As aulas presenciais nas escolas estaduais passaram a ser obrigatórias em Minas Gerais nesta quarta-feira (3). A partir de agora, 100% dos alunos devem frequentar as instituições. E, para isso, o governo não exige mais o distanciamento. 

A flexibilização foi possível graças ao avanço da vacinação contra a Covid-19 e a queda nos índices de mortes e internações hospitalares. Com o retorno obrigatório das aulas, algumas alterações foram determinadas pela Secretaria de Estado de Educação (SEE).

O estudante deve frequentar a escola todos os dias letivos, conforme calendário escolar. Com isso, deixará de existir a alternância entre semanas. Os sábados letivos também passam a ser presenciais, podendo ser realizados de forma remota mediante justificativa.

Apesar do fim do distanciamento de 90 centímetros nas salas de aula, permanecem vigentes as demais recomendações sanitárias, como o uso de máscaras cobrindo boca e nariz por todos, lavagem de mãos, etiqueta respiratória e a limpeza e manutenção frequente das instalações, bem como o rastreamento de contato com pessoas infectadas por covid-19 em combinação com isolamento e quarentena.

“O retorno só não será obrigatório para os alunos com comorbidades. Caso necessário, a SEE/MG irá contratar novos profissionais, que serão responsáveis por dar continuidade ao ensino remoto para esses estudantes. Além disso, nos municípios em que ainda há decretos publicados que proíbem a abertura das escolas, o ensino remoto segue sendo ofertado aos alunos para a garantia do processo de aprendizagem”, explicou o Estado.

O site Estude em Casa e o aplicativo Conexão Escola 2.0 permanecem em funcionamento e as teleaulas do programa Se Liga na Educação também continuarão sendo exibidas na Rede Minas para atenderem aos estudantes do grupo de risco e dos municípios que ainda tem decreto impeditivo de retorno. O Plano de Estudo Tutorado (PET) continuará a ser trabalhado com os estudantes em sala de aula.

Linha do tempo

Na rede pública estadual de ensino de Minas, o ano letivo de 2021 teve início no dia 8 de março, de forma remota. Com a melhoria nos indicadores sanitários, no dia 21 de junho, as atividades pedagógicas presenciais começaram a ser retomadas nas escolas da rede estadual de ensino. 

Atualmente, a partir de liberação do Comitê Extraordinário da Covid-19, todos os anos de escolaridade e todas as modalidades ofertadas na rede estadual estão autorizados a retomar as atividades presenciais nos municípios que não possuem decretos que restringem o retorno.

Passos volta à onda verde e libera eventos com até 350 pessoas

Imagem: Reprodução

A Prefeitura de Passos divulgou novo decreto nesta sexta-feira, 22, onde estabelece a volta à onda verde no município e libera festas com até 350 pessoas e duração de até 12 horas. A fase verde é a menos restritiva do Minas Consciente, programa do governo estadual para a retomada da economia.

O documento também estabelece limite de 50% para o setor de alimentação, como bares, restaurantes, lanchonetes e similares, inclusive aqueles situados às margens da Rodovia MG-050, sem limitação de horário de funcionamento, com distância de dois metros entre mesas. As atividades religiosas agora também podem ter 50% da capacidade, com um metro de distância.

Segundo a administração, a realização de eventos no município depende de autorização e apresentação de requerimento protocolado junto à Secretaria de Saúde, direcionado ao Comitê Gestor do Plano de Prevenção e Contingenciamento em Saúde, com antecedência mínima de cinco dias úteis. É necessário apresentar informações sobre o nome do evento, local, horário de início e término, infraestrutura necessária, público estimado, medidas sanitárias adotadas, medidas de segurança públicas previstas e termo de responsabilidade sanitária para realização de eventos no contexto da pandemia da covid-19 no município de Passos-MG, que está em anexo no decreto.

Eventos de natureza cultural, esportiva, comercial, religiosa, social ou política, também estão autorizados pelo decreto. O documento, no entanto, proíbe eventos particulares em locais públicos, ressalvados aqueles de natureza religiosa, esportiva e cultural ou que integrem o Calendário Oficial do município, desde que previamente autorizados.

Nas atividades onde há maior circulação de pessoas, tais como mercados, supermercados, hipermercados, e outros, deverá haver controle de entrada de indivíduos no interior do estabelecimento, como uso de fichas numéricas. Em relação ao setor de alimentação, onde houver formação de fila de pessoas, seja em área interna ou externa, ainda que em calçadas, a prefeitura informa que será de exclusiva responsabilidade do próprio estabelecimento o controle e organização, que deverá garantir o distanciamento mínimo indicado entre as pessoas, mediante marcações no solo e disponibilização de pessoal devidamente treinado para acompanhar e orientar a todos, enquanto perdurarem.

O decreto permite a continuidade do funcionamento de feiras livres dias e horários já convencionados, devendo encerrar as atividades às 21h, sendo permitido o consumo de bebidas e alimentos no local, com distanciamento mínimo de três metros entre as barracas. As academias, clubes de serviço e espaços de recreação devem observar as regras próprias contidas no Protocolo Sanitário do Programa Minas Consciente, principalmente quanto a limpeza, distanciamento e agendamento de horários.

A prefeitura ressalta que os serviços de atendimento pessoal como barbearias deverão funcionar com agendamento de horário e que os serviços funerários deverão adotar os protocolos sanitários específicos, respeitadas as restrições de acesso, com os velórios podendo ser realizados entre 07h às 22h, com 50% da capacidade, simultaneamente, incluindo parentes. Os sepultamentos também devem ocorrer nos horários previamente definidos pelos cemitérios, com observância do distanciamento interpessoal.

Via: Clic Folha.

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