Jornal Folha Regional

Municípios da SRS Passos recebem mais de 31.000 doses de vacinas contra a covid-19

A Superintendência Regional de Saúde de Passos (SRS Passos) entregou na última terça-feira (14), 31.375 doses de vacinas contra a covid-19 aos municípios de sua jurisdição. Foram 17.835 doses da Pfizer e 13.540 da Coronavac/Butantan para dar continuidade à imunização de pessoas maiores de 18 anos. 

Os imunizantes são enviados às unidades regionais de saúde pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), pela Campanha Nacional de Vacinação contra a Covid-19 do Ministério da Saúde, por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI). 

A maior parte do quantitativo é para ser administrada como dose dois (D2), sendo 12.237 da Pfizer e 6.770 da Coronavac. O restante é para iniciar a imunização de pessoas por faixa etária, conforme orientações da Subsecretaria de Vigilância em Saúde da SES-MG.

Com a D2 da Pfizer será completado o esquema de vacinação do restante de grupos prioritários e faixa etária de 55 a 59 anos de idade. A D1 da Pfizer é destinada às pessoas de 35 a 39 anos que ainda não se vacinaram. A Coronavac deve ser aplicada como D1 e D2 na faixa etária de 35 a 39 anos.

Alguns municípios que atingiram a faixa etária de 18 anos não receberam a D1 e D2 da Coronavac e D1 da Pfizer.

Com esse novo quantitativo, a SRS Passos chegou a 550.571 doses de vacinas distribuídas às 27 cidades de sua jurisdição, tendo atingido cobertura vacinal de 87,01% com a primeira dose aplicada e 41,64% com a segunda dose ou dose única.

Polícia Civil conclui inquérito de ‘fura-fila’ em vacinação e indicia três servidores por crime de falsificação em Passos

A Polícia Civil concluiu nesta segunda-feira (13) o inquérito que investigou o caso de possível ‘fura-fila’ de vacinação contra Covid-19 em Passos. A investigação apurava a imunização de 19 servidores da Superintendência Regional de Ensino antes da hora na cidade. Após a conclusão do inquérito, a Polícia Civil indiciou três servidores por crime de falsificação de documento público.

De acordo com a polícia, os suspeitos teriam alterado o documento usado para grupos prioritários e, com isso, os demais servidores utilizaram o mesmo, que havia sido divulgado nas redes sociais.

A investigação foi concluída após o interrogatório de 76 envolvidos. O inquérito foi encaminhado à Justiça e ao Ministério Público. Segundo a Polícia Civil, se a promotoria entender que ocorreu crime pode entrar com processo ou acordo de não persecução penal, que é quando os envolvidos assumem o crime.

Esses servidores da Superintendência Regional de Ensino foram vacinados entre os dias 18 e 20 de junho. Como o município segue o Plano Nacional de Imunização (PNI), esse grupo não poderia ter sido vacinado naquele momento.

A Secretaria de Estado de Educação informou que abriu sindicância administrativa investigatória e que medidas disciplinares foram adotadas referentes a três servidores da superintendência.

Ainda de acordo com a secretaria de estado de educação, na época a Superintendente Regional de Ensino de Passos, Lael Helena Keller, foi afastada de forma preventiva e atualmente a servidora segue no cargo.

Sindicância apontou adulteração

A Sindicância da Controladoria Geral de Passos já havia confirmado, em julho, que 19 servidores foram imunizados contra a Covid-19 antes da hora. A investigação apontou que eles receberam uma circular autorizando a imunização e não teriam agido de má fé.

“Todos eles receberam uma mensagem circular, em rede social, da Superintendência Regional de Ensino, que estariam prontas as declarações para que os mesmos pudessem vacinar. [Eles] pegaram as declarações, foram ao setor de saúde e vacinaram. Dos servidores que utilizaram das declarações para vacinação, não vi má fé e nenhum ilícito, porque foi uma circular que gerou dentro da própria Superintendência de Ensino e que levou ao local de vacinação”, disse o Controlador-Adjunto Geral do Município, Jeferson Faria, na oportunidade.

No documento adulterado, foi inserido um novo grupo que não existia no original: a opção de vacinar profissionais da Superintendência. A documentação foi assinada pela Superintendente Lael Helena Keller Souza, que foi suspensa por 30 dias depois de uma sindicância aberta pelo estado para investigar possíveis irregularidades no processo de vacinação dos funcionários.

Sul de Minas: estudante de medicina de 20 anos morre vítima da Covid-19

Uma jovem de 20 anos que cursava o 2º período de medicina morreu, na última quarta-feira, 8, vítima da Covid-19, em Itajubá (MG). Giulia Lima Bertelli estava internada no Hospital de Clínicas, mas não resistiu às complicações.

Giulia era aluna da Faculdade de Medicina de Itajubá, que suspendeu as aulas presenciais no mês passado diante do risco de surto da doença. A suspensão aconteceu depois que estudantes da instituição participaram de uma festa clandestina no dia 12 de agosto no município.

Porém, a instituição não confirmou se o óbito da estudante tem relação com a festa. A faculdade publicou uma nota: “Como os demais colegas, a estudante realizou o teste, que deu resultado negativo, porém, com os sintomas em evolução, a jovem foi hospitalizada e seu estado se agravou nos últimos dias”.

A Faculdade de Medicina também publicou nas redes sociais uma nota de pesar lamentando a morte da aluna: “Aos amigos de classe, lamentamos pela perda da colega que entre o convívio acadêmico trouxe a todos bons momentos que serão recordados com eterna saudade. Pedimos a Deus que conforte pais, familiares e amigos neste momento de luto”.

MG registra os 5 primeiros casos da variante Mu, descoberta na Colômbia; casos de Delta vão a 236

Minas Gerais registrou os cinco primeiros casos da variante Mu, descoberta inicialmente na Colômbia e que tem demandando atenção da Organização Mundial de Saúde (OMS) devido a sua possível capacidade de resistir a vacinas. Até o momento, segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), são dois casos em Guanhães e outros três em Virginópolis, ambos municípios do Vale do Rio Doce. O número de casos da variante Delta, por sua vez, aumentou no Estado e saltou para 236.

Em entrevista exclusiva ao quadro Café com Política, da rádio Super 91,7 FM, na quinta-feira (2), quando os casos ainda não haviam sido divulgados, o secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti, comentou que esta cepa não causa preocupação no Estado, mas que seria observada, assim como outras. “Novas variantes são descobertas o tempo todo em estudos genômicos. A diferença é notar se é uma mutação isolável e não replicável. A UFMG, por exemplo, encontrou, em Belo Horizonte, uma cepa nova (em abril deste ano; relembre), mas ela foi muito pouco encontrada, foi uma achado sem relevância epidemiológica”, lembrou o secretário. “Entra a variante existir e se propagar, a diferença é grande. Na maioria das vezes, isso não aconteceu. Há várias cepas que surgem, o vírus muda muito”, completou.

Ele também ressaltou que o melhor caminho para evitar variantes que causem preocupação é a vacinação completa. “O ponto fundamental é sempre a vacinação com duas doses. A variante só surge com a mutação do vírus. Se a gente bloqueia a transmissão, com a imunidade de rebanho, ele para de se replicar, reduz muito essa replicação, e o risco de vir uma nova variante e ser mais resistente cai muito”, comentou.

A variante B.1.621, de acordo com a nomenclatura científica, ou Mu, é classificada como uma “variante de interesse”, segundo a OMS indicou em seu boletim epidemiológico semanal, divulgado na terça-feira, sobre a evolução da pandemiaa. Essa variante tem mutações que podem indicar resistência às vacinas. Ela foi descoberta em janeiro, na Colômbia. Desde então, foi encontrada em outros países da América do Sul e na Europa.

Delta

Já os casos da variante Delta em Minas Gerais, uma das mais preocupantes, visto que ela é mais transmissível, chegaram a 236 nesta sexta-feira, segundo o Painel de Monitoramento da Secretaria de Estado da Saúde (SES-MG).

Até a terça-feira (31), eram 174 casos de infecção.

A cidade com mais registros segue sendo Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, com 38 identificados. Em seguida, há Belo Horizonte, com 24, e Itabirito e Unaí, ambos com 12.
 

Novos casos e mortes por Covid-19 caem pela 10ª semana consecutiva no Sul de Minas

O Sul de Minas voltou a registrar queda no número de novos casos e mortes por Covid-19 pela 10ª semana consecutiva. Conforme dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), nesta semana a região registrou +3.441 novos casos, com 100 mortes. Em relação à última semana, a queda em novos casos foi de 6,5% e a de mortes, de 0,9%.

Número de casos registrados na região nas últimas semanas:

  • Esta semana: +3.441 casos, com 100 mortes
  • Há 1 semana: +3.682 casos, com 101 mortes
  • Há 2 semanas: +4.203 casos, com 104 mortes

Desde o início da pandemia, conforme os dados da SES-MG, o Sul de Minas já teve confirmados 302.281 casos positivos de Covid-19, sendo 7.286 mortes em decorrência da doença.

Estes dados são referentes ao balanço publicado pela Secretaria de Saúde de Minas Gerais e podem apresentar divergências com os já divulgados por prefeituras, devido a períodos diferentes de fechamento.

As cidades que tiveram mais casos confirmados pela SES-MG nesta semana foram:

  • +239 Varginha
  • +237 Pouso Alegre
  • +165 Campo Belo
  • +150 Poços de Caldas
  • +126 São Sebastião do Paraíso
  • +120 Passos
  • +108 Alfenas

Já as cidades que tiveram mais mortes confirmadas pela SES-MG na semana foram:

  • +9 Poços de Caldas, São Sebastião do Paaíso e Santa Rita do Sapucaí
  • +6 Lavras e São Lourenço
  • +5 Passos
  • +4 Varginha e Três Corações

Nesta sexta-feira (20), o novo boletim da SES-MG trouxe as confirmações de mais 22 mortes e outros 579 novos casos de Covid-19 no Sul de Minas. As mortes confirmadas pela SES-MG ocorreram em:

  • +4 São Sebastião do Paraíso
  • +2 Caldas, Itajubá e Muzambinho
  • +1 Cachoeira de Minas, Estiva, Jacuí, Jacutinga, Jesuânia, Marmelópolis, Pratápolis, São Lourenço, São Tomás de Aquino, Senador Amaral, Soledade de Minas e Três Corações

* SES-MG retirou do balanço mortes que já tinham sido confirmadas anteriormente em Lambari (2), Passa Quatro (1), Guaxupé (1), Bueno Brandão (1) e Brazópolis (1)

Já os 579 novos casos foram confirmados em 85 cidades. Confira abaixo as cidades com mais confirmações:

  • +111 Pouso Alegre
  • +45 Passos
  • +42 Varginha
  • +27 Guaranésia
  • +23 Cássia
  • +21 Nova Resende
  • +17 São Lourenço

Até o momento, em Minas Gerais, são 2.038.307 casos confirmados de Covid-19, com 52.326 mortes. Conforme a SES-MG, casos recuperados**. Estão confirmados pessoas estão recuperadas.

Cidades com mais casos confirmados de Covid-19 no Sul de Minas

CIDADECASOSMORTESTOTAL
Pouso Alegre2336844223810
Varginha1681032917139
Poços de Caldas1364248214124
Passos1045230410756
Alfenas1030520210507
Itajubá93964059801
Três Corações85332578790
Lavras84641728636
Extrema83741298503
Três Pontas69921637155
Campo Belo69252057130
São Sebastião do Paraíso64952656760
Guaxupé57451485893
São Lourenço54561395595
Boa Esperança47191414860
Machado4487954582
Santa Rita do Sapucaí4228724300
Cambuí3989604049
Andradas38631223985
Camanducaia3376693445

Divergência de números

Os número de casos e mortes divulgados pela SES-MG têm sido diferentes dos que estão sendo anunciados diariamente em boletins de prefeituras. Definido como caso suspeito, o município preenche um formulário com os dados do paciente denominado RedCap, específico do Ministério da Saúde. Através deste formulário é gerado todo o banco de dados do Coronavírus no Estado.

O COES Coronavírus analisa esse banco de dados diariamente, reclassifica os casos, solicita novas informações ao município e faz o cruzamento dos resultados de exames laboratoriais. Após todo esse trabalho, que é realizado até as 13h do dia corrente, é que os dados estarão tratados para fazerem parte do Boletim Diário.

Dessa forma, é necessário percorrer todo este fluxo de notificação para que os casos sejam incluídos no boletim epidemiológico divulgado pela SES-MG e, por esta razão, divergências pontuais entre os municípios e os casos já computados pela SES-MG, podem ocorrer, tanto em relação a casos quanto a mortes confirmadas.

Ministério da Saúde distribui mais de 10 milhões de doses da vacina contra Covid-19 nesta semana

A partir desta segunda-feira (26), o ministério da saúde estará enviando para todo o Brasil mais 10,2 MILHÕES DE DOSES para turbinar a campanha de vacinação.

➡️ AstraZeneca/Fiocruz: 3,812 milhões

➡️ AstraZeneca/Covax Facility: 1,036 milhão

➡️ Coronavac/Butantan: 3,335 milhões

➡️ Pfizer/BioNTech: 2,104 milhões

Nos próximos três dias, todos os estados e o DF vão receber os novos lotes!

Pesquisadores de Minas Gerais apontam que atividades físicas podem reduzir risco de Covid-19

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Federal do Sul de Minas apontou que atividades físicas podem reduzir o risco de Covid-19. A pesquisa foi coordenada pelo professor, doutor em engenharia biomédica e diretor-geral do Campus Muzambinho (MG), Renato Aparecido de Souza, em parceria com outros quatro professores e um médico cardiologista.

O estudo foi publicado por uma revista científica internacional. Após mais de 10 meses de estudos, os professores envolvidos na pesquisa conseguiram traçar um paralelo em como o novo coronavírus interfere no Sistema Renina Angiotensina Aldosterona e como os exercícios físicos poderiam modular essa relação.

“Este é um sistema importante do corpo humano. Ele tem atuação fisiológica ampla, de controle das funções do organismo, dentre elas o controle da instabilidade hemodinâmica. Sua ligação com a Covid-19 se dá uma vez que o vírus tem sítio de ligação na ECA2, uma enzima que controla uma das vias do Sistema”, explicou Renato.

Segundo o líder da pesquisa, foi necessário muito estudo sobre exercícios físicos e o Sistema Renina Angiotensina Aldosterona. Ele ressalta que ainda não há nenhum estudo que testa a relação entre exercício físico, Covid-19 e o Sistema, mas que este estudo prevê uma hipótese de rota fisiológica teórica dessa relação.

“Nossa pesquisa aponta uma relação fisiológica e fisiopatológica entre o exercício, a Covid-19 e o Sistema Renina Angiotensina Aldosterona”, afirmou.

Resultados


Segundo o pesquisador, a rota fisiológica sugere o sistema como um elo. A fechadura do novo coronavírus é a ECA 2, presente no tecido pulmonar. Se ativada pela Covid-19, ela pode gerar inúmeras consequências, podendo levar à morte.

“O Sistema Renina Angiotensina Aldosterona possui algumas vias, dentre elas a via clássica onde a Angiotensina 1 é convertida em Angiotensina 2 por meio da enzima ECA. Há também uma outra via, considerada como alternativa da ECA 2, onde a Angiotensina 1 é convertida em Angiotensina 1-7 por meio da enzima conversora de Angiotensina 2 (ECA 2)”, explicou.

Ainda de acordo com o professor, o exercício aumenta o número de fechaduras. Mesmo o vírus alcançando a ECA 2, o organismo diminuiria o impacto negativo da infecção.

Portanto, os pesquisadores acreditam que o exercício físico deveria ser considerado como uma medida protetiva protocolar, tal qual a lavagem de mãos e uso de máscaras no combate/enfrentamento à Covid-19.

Fonte: G1.

Aprovado pela Anvisa o uso emergencial de vacinas contra COVID-19 no Brasil

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, na última quinta-feira (10/12), o uso emergencial de vacinas contra a covid-19. As vacinas serão usadas em caráter experimental, porque nenhuma delas ainda recebeu o registro oficial.


Os diretores da Anvisa acompanharam, por unanimidade, o voto da relatora do processo que trata do assunto, Alessandra Bastos Soares. Ela ressaltou que, no momento emergencial em que o país que se encontra, não há outro caminho. É necessário urgência.

A diretora da Anvisa ressaltou, porém, que, até agora, nenhuma empresa pediu, oficialmente, à Anvisa, autorização para o uso emergencial de vacinas contra a covid-19. Assim que isso for feito, já entrará na nova regra.

Para Alessandra, o processo de imunização emergencial deve ser conduzido pelo Ministério da Saúde e as empresas responsáveis pelas vacinas devem continuar todo o processo para o registro oficial.

Os diretores da Anvisa citaram o Reino Unido como exemplo a ser seguido nesse momento para a vacinação emergencial contra o novo coronavírus e, claro, a pressão da população por um imunizante.

Covid-19: Minas tem cidades com taxas de mortalidade maiores que a do país

Apenas as macrorregiões Leste e Vale do Aço permanecem na faixa da onda amarela do programa Minas Consciente. Embora a taxa de mortalidade por Covid-19 a cada 100 mil habitantes em Minas Gerais seja menor do que a nacional, algumas das cidades mais populosas dessas regiões apresentam uma taxa maior que o dobro da mineira e superior à do Brasil. 

A taxa de mortalidade em Governador Valadares, na região Leste, é a mais alta entre os municípios mineiros com mais de 50 mil habitantes: são 105,6 mortes a cada 100 mil pessoas. A média móvel da última semana mostra que o aumento de óbitos no município de cerca de 281 mil pessoas está em declínio, mas a quantidade de casos da doença tem tendência de alta, diferentemente da média do Estado, que está em um nível estável. 

A Secretaria Municipal de Saúde da cidade admite o número elevado, mas afirma que ele não se deve à falta de atendimento ou de leitos, que informa ter sido ampliados. Ela pontua que a taxa de recuperação de paciente no município é de 94,5%, superior à do Estado e do Brasil. 

Em Ipatinga, cidade mais populosa do Vale do Aço, a cada 100 mil habitantes, houve 84,4 mortes por Covid-19. O número supera em quase duas vezes a taxa calculada para todo o Estado, em que foram 43,4 óbitos confirmados a cada 100 mil habitantes, e também passa a brasileira, que é 77,1. 

Com menos habitantes que Ipatinga, Timóteo é a cidade com mais de 50 mil habitantes da região que tem, proporcionalmente, mais mortes: a taxa de mortalidade no município é de 92,7 por 100 mil habitantes. Na cidade de cerca de 90,6 mil moradores, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) registrou 84 óbitos. 

Na cidade de Santana do Paraíso, também no Vale do Aço, a justificativa da prefeitura para a taxa de mortalidade mais elevada que a do Estado é uma suposta desatualização dos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O instituto estima que haja 35,4 mil pessoas na cidade, mas, segundo a diretora do departamento de Vigilância em Saúde da cidade, Marcilene Alves, a cidade foi uma das que mais cresceu na região nos últimos 10 anos e teria cerca de 50 mil habitantes. Com isso, a taxa de 81,9 mortes por 100 mil pessoas cairia para aproximadamente 58 — número ainda mais alto que o do Estado.  

Entenda diferença entre taxa de mortalidade e taxa de letalidade

A taxa de mortalidade divide o número de pessoas que morreram por Covid-19 pela população em geral de cada lugar. Já a taxa de letalidade é a razão entre os óbitos e os casos confirmados da doença nas cidades. 

“A taxa de mortalidade indica o risco de morrer por Covid-19 em determinado local, enquanto a taxa de letalidade é uma medida da gravidade da doença”, detalha a epidemiologista Aline Dayrell, professora da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Ela explica que comparar a taxa de mortalidade entre diferentes municípios é mais preciso do que comparar a taxa de letalidade em diferentes locais, já que a subnotificação de casos em cada região é diferente, enquanto as mortes tenderiam a ser registradas com mais precisão.

Entre as cidades mais populosas das macrorregiões Leste e Vale do Aço, apenas Governador Valadares e Timóteo têm uma taxa de letalidade da doença superior à da média do Estado. Em geral, 2,45% dos pacientes com confirmação de Covid-19 em Minas morrem, percentual que aumenta para 3,27% em Governador Valadares e 3,35% em Timóteo. São taxas ainda mais altas que a nacional, que chega a 2,84% e ultrapassa a estimativa mundial de letalidade inferior a 1%. 

Respostas dos municípios

Os municípios citados na matéria foram procurados pela reportagem e apenas as prefeituras de Santana do Paraíso e de Governador Valadares responderam a tempo da finalização do material. A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) foi procurada na manhã do dia 12 de novembro e respondeu que não conseguiria apresentar um posicionamento ou mais informações em menos de 24h. 

Fonte: O Tempo

São José da Barra e outros nove municípios da região não possuem casos ativos de Covid-19

Informações do boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) apontam que, entre os 27 municípios que integram a Superintendência Regional de Saúde de Passos (SRS-Passos), dez não possui nenhum caso ativo de coronavírus. Sendo: São José da Barra, Alpinópolis, Bom Jesus da Penha, Carmo do Rio Claro, Doresópolis, Fortaleza de Minas, Guapé, Itamogi, São Roque de Minas e Vargem Bonita.

De acordo com informações da Chefe de Enfermagem de São José da Barra, Flávia Vilela, o último caso testado positivo no município foi diagnosticado no dia 29 de outubro. A cidade, até o fechamento dessa matéria, possui 69 casos recuperados, 0 em recuperação e 123 descartados.

Alpinópolis, hoje, possui um histórico com 130 casos, sendo o último diagnosticado no dia 30 de outubro.

Relação dos casos entre os municípios que ocupam a SRS-Passos

  • 5.115 positivos
  • 4.832 recuperados (entre os 5.115 positivos)
  • 147 estão sendo acompanhados
  • 136 mortos
Receber notificações de Jornal Folha Regional Sim Não
Jornal Folha Regional
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.