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Vídeo mostra momento em que parte do teto de igreja desaba durante missa em MG; 80 pessoas ficaram feridas

Um vídeo mostra o exato momento em que parte do teto de uma igreja, em Montezuma (MG), desabou durante uma missa na última quinta-feira (21). Pelas imagens é possível ver a movimentação de pessoas durante a celebração, até que a estrutura cai e os fieis saem correndo e gritando.

Segundo informações do Corpo de Bombeiros, 300 pessoas de diversas comunidades estavam dentro da igreja quando houve o desabamento, sendo que 80 ficaram feridas. Dessas, 72 sofreram lesões leves e escoriações e foram atendidas e liberadas. As outras oito vítimas foram transferidas pelo Samu para o hospital de Janaúba e o estado de saúde é estável.

“Foi tudo muito rápido, escondi debaixo do banco e só escutava as madeiras caindo”. O relato é do professor Almerindo Ribeiro dos Santos, que estava na igreja católica, em Montezuma, no momento em que o telhado desabou.

Ele e a família iriam acompanhar a cerimônia de Primeira Eucarístia da filha Melissa, de 11 anos. Outras 69 crianças também estavam no local para receberem o sacramento.

“A missa ainda nem tinha começado, eu estava sentado mais pro meio da igreja, olhei pra trás e notei algo estralando e achei que era foguete. Quando percebi já estava no chão e o telhado caindo em cima de mim. Entrei debaixo do banco que aguentou o suporte das madeiras e só escutava as pancadas”, completou.

Madeira de telhado estava podre

Telhado desabou durante uma celebração — Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação

Uma vistoria inicial realizada pelos órgãos de segurança apontou que o madeiramento do telhado da igreja que desabou estava podre. A informação foi confirmada pelo coordenador da Defesa Civil, Joaquim Pereira de Amorim.

“O teto veio a desabar por conta da madeira que apodreceu. Como era forrado com PVC ninguém percebia o que estava acontecendo. Junto com a Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e perícia o que foi constatado é que devido à chuva dos dois últimos dias, as telhas pesaram e veio a acontecer o desabamento de toda a madeira”.

O secretário disse também que a madeira do telhado era bem antiga e a estrutura da igreja não ficou comprometida.

O local permanece isolado e funcionários da Defesa Civil Municipal e da Prefeitura de Montezuma realizam o serviço de limpeza.

De acordo com o subsecretário de obras, Iago Emanuel de Assis, estão sendo retirados bancos, escombros e objetos pessoais das vítimas, como bolsas, óculos e sandálias. Os objetos serão deixados na administração da paróquia.

Em nota, a Polícia Civil informou que será instaurado um inquérito para apurar as circunstâncias do acidente. “No procedimento, a PCMG irá solicitar perícias no local e das vítimas, intimar testemunhas e adotar todas as providências necessárias visando concluir as investigações”.

Vídeo: Três pessoas morrem em desabamento de prédio no Grande Recife; dez estão desaparecidos

Ao menos três pessoas pessoa morreram no desabamento de parte de um prédio residencial na cidade de Paulista, no Grande Recife, em Pernambuco, no começo da manhã desta sexta-feira (7). A identidade das vítimas não foi confirmada, mas bombeiros e Defesa Civil dizem que são uma mulher de 43 anos, um homem de 45 e um adolescente de 12 anos.

Três pessoas foram resgatadas com vida dos escombros e dez continuam desaparecidas, incluindo seis crianças ou adolescentes, segundo Defesa Civil e Corpo de Bombeiros. Outras quatro foram localizadas fora do prédio.

Segundo a Defesa Civil, o prédio onde oito apartamentos colapsaram, no Conjunto Beira-Mar, na rua Dr. Luiz Inácio de Andrade Lima, no Janga, estava interditado e vinha sendo ocupado irregularmente por três famílias.

Os bombeiros foram acionados por volta das 6h30. Cerca de 50 profissionais participam das buscas dos desaparecidos. Também há presença de voluntários.

O aposentado Marcos Antônio mora há 20 anos no condomínio. Ele reside em outro bloco, que não desabou, e disse que ouviu um estrondo por volta das 6h30.

“Ouvi um barulho forte, mas não pensei que fosse um desabamento. Estava em casa assistindo televisão”.
Ele afirma que soube primeiro pelos telejornais do acontecimento. “Vi primeiro na TV e depois que saí para ver que tinha sido com um prédio aqui do residencial.”

Apreensiva, Daiane Souza tem quatro parentes desaparecidos nos escombros e acompanha as buscas aflita com uma amiga no local.

“Uma tia e três primos meus estão nos escombros. Outra prima conseguiu sair cedo antes de desabar”, diz.

Daiane não mora no condomínio, mas reside em local próximo ao bairro do Janga, em Paulista. “Assim que soube, vim logo para cá acompanhar.”

A região metropolitana do Recife é atingida por chuvas intensas desde a noite de quinta-feira (6). Por isso, o Corpo de Bombeiros tem tido mais dificuldades para fazer as buscas pelas pessoas desaparecidas.

“Está chovendo agora e também choveu durante a madrugada. Acreditamos que isso possa ter contribuído [para o desabamento]”, disse André Gustavo Carneiro Leão, secretário de Segurança e Defesa Civil.

Três pessoas morrem em desabamento de prédio no Grande Recife; dez estão desaparecidos – Foto: divulgação

O prédio é em formato “caixão”, com térreo e três andares. Em cada pavimento, são quatro apartamentos.

A Prefeitura de Paulista disse, em nota, que “o imóvel estava interditado desde o ano de 2010 e foi reocupado por grupos de sem-teto”.

O local é considerado um foco de imóveis interditados pela Defesa Civil do município. A gestão municipal, no entanto, não respondeu há quanto tempo as famílias ocupavam o imóvel irregularmente nem o motivo da interdição.

“O panorama não é diferente de outras cidades da RMR (Região Metropolitana do Recife). A situação na RMR é crônica, com imóveis interditados e outros que ruíram”, afirmou a prefeitura em nota.

A prefeitura também declarou que já solicitou ao governo federal “uma solução definitiva por parte da Caixa Econômica Federal e das seguradoras responsáveis pelos prédios”. A Caixa afirma que não tem relação com o imóvel.

O prefeito Yves Ribeiro (MDB) fez um pronunciamento em uma rede social.

“A gente já tinha alertado para isso há muito tempo, mais de dez anos que os prédios foram desativados. Cobrar agora da seguradora a responsabilidade. Inclusive, aqui no Janga, a gente já desativou um prédio que também estava nessa mesma situação, quando a Justiça nos ajudou a derrubar o prédio”, disse.

“É preciso esse grito de alerta para que essa seguradora tome providências e outras pessoas não venham a morrer e outras cidades não venham a passar por essa tragédia que Paulista está passando”, completou.

Ribeiro ainda agradeceu às equipes de diferentes áreas da prefeitura e os voluntários que desde cedo ajudam nos trabalhos de resgate no local.

OLINDA

Em 27 de abril, seis pessoas morreram e ao menos cinco ficaram feridas após um desabamento seguido de incêndio de parte de um prédio de três andares em Olinda, no Grande Recife, durante a noite.

O desabamento ocorreu no Jardim Atlântico, por volta das 22h. O prédio também estava interditado, segundo a Defesa Civil de Olinda, e, portanto, não poderia ter moradores.

Entre os mortos estão um homem de 32 anos, um adolescente de 13, uma mulher de 52, uma mulher de 32 anos e a filha de 16.

Em 2020, a Prefeitura de Olinda divulgou que há cerca de 98 prédios com problemas para moradia.

Mesmo assim, pessoas invadiram a unidade ou realizaram aluguéis das suas propriedades.

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