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Alerta: menina de 8 anos morre após inalar desodorante em desafio nas redes sociais

Menina de 8 anos morre após inalar desodorante em desafio nas redes sociais - Foto: arquivo familiar
Menina de 8 anos morre após inalar desodorante em desafio nas redes sociais – Foto: arquivo familiar

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) instaurou um inquérito, no último domingo (13), para investigar a morte de Sarah Raissa Pereira, de 8 anos, que participou do “desafio do desodorante”, que começou a circular nas redes sociais.

Na última quinta-feira (10), a criança deu entrada no Hospital Regional de Ceilândia (HRC), no Distrito Federal, após inalar o gás de um desodorante aerossol, que lhe provocou uma parada cardiorrespiratória.

A garota chegou a ser reanimada cerca de uma hora depois, porém sem apresentar reflexos neurológicos, o que levou à constatação de morte cerebral.

O óbito só foi declarado oficialmente neste domingo, quando a família também registrou a ocorrência policial. A PCDF busca esclarecer como a criança teve acesso ao conteúdo do desafio e identificar os responsáveis pela publicação.

Os responsáveis podem responder por homicídio duplamente qualificado – por emprego de meio capaz de causar perigo comum e por se tratar de vítima menor de 14 anos, crime cuja pena pode chegar a 30 anos de reclusão.

Internacional: adolescente morre por overdose de antialérgico após participar de desafio do Tik Tok

Um adolescente de 13 anos morreu após tomar mais de 14 comprimidos de antialérgico, em Ohio, nos Estados Unidos (EUA). O menino participava de desafio viral no TikTok chamado de “Desafio Benadryl”, que incentiva pessoas a ingerirem o máximo possível de comprimidos do remédio.

Jacob Stevens estava acompanhado dos amigos no momento em que tomou os remédios e seu corpo começou a se contrair. O grupo filmou todo o processo, que faz parte do desafio. O adolescente foi levado ao hospital, onde ficou internado por seis dias até os médicos declararem morte cerebral. A família optou por desligar os aparelhos que o mantinham vivo.

“Foi demais para o corpo dele. Sem varredura cerebral. Não havia nada lá. Ele disse que poderíamos mantê-lo no ventilador, poderíamos, você sabe. Ele poderia ficar deitado assim, mas nunca abriria os olhos. Ele nunca vai respirar sozinho, fazer qualquer coisa assim”, disse o pai, Justin Stevens.

O desafio viral incentiva internautas a ingerirem grandes quantidades do remédio Benadryl, nome comercial de medicamento antialérgico, para causar alucinações. Vídeos semelhantes circulam nas redes sociais desde 2020, quando uma menina de 15 anos morreu participando do mesmo desafio.

No funeral de Jacob, o pai tentou alertar os amigos do filho e conscientizá-los. “Eu apenas tentei dizer a eles para cuidarem uns dos outros e não convencerem seus amigos a fazer coisas assim”.

Agora, a família do adolescente luta por mudanças na legislação, para que medicamentos com venda livre, como Benadryl, tenham restrições de idade em sua compra.

Com a repercussão dos casos, atualmente, o TikTok bloqueia as buscas pelo desafio com um alerta: “Alguns desafios online podem ser perigosos, perturbadores ou até encenados. Saiba como reconhecer desafios perigosos para poder proteger sua saúde e bem-estar”.

Menina de 12 anos morre fazendo ‘desafio do apagão’ no Tiktok

A jovem Milagres Soto, de 12 anos, foi encontrada morta no quarto da casa onde vive, em Capitán Bermúdez, na Argentina, após fazer o “Desafio do Apagão”, compartilhado em vídeos da rede social Tiktok. 

A informação foi confirmada pela tia da menina pelo Facebook. Na postagem, a mulher pede que a notícia seja compartilhada. “Minha família e eu não temos consolo”.

O “Desafio do Apagão” desafia as pessoas a prenderem a respiração até desmaiar. Milagres foi encontrada com um laço improvisado enrolado no pescoço. 

Em 2022, a família de uma menina de 10 anos que morreu fazendo o desafio do TikTok processou a rede social na Pensilvânia, nos Estados Unidos. Nylah Anderson foi encontrada desacordada em 7 de dezembro de 2021 após ter tentado o “Desafio do Apagão”.

A criança foi levada ao hospital, mas morreu cinco dias depois. Logo após a morte da menina, em entrevista a ABC, a mãe de Nylah pediu para que os pais se atentem aos conteúdos que os filhos consomem na internet. “Certifique-se de verificar os telefones de seus filhos. Você nunca sabe o que pode encontrar nos telefones deles. Você não pensaria que crianças de 10 anos tentariam isso”, disse.

Outros desafios

Em agosto de 2022, um menino, de 10 anos, morreu depois de entrar em um guarda-roupa e cheirar desodorante aerossol, no Bairro Pirajá, Região Nordeste de Belo Horizonte. 

A família levantou a possibilidade do menino ter entrado no guarda-roupa para cumprir um suposto desafio promovido pelas redes sociais.

Em 2018, uma menina, de 7 anos, morreu depois de inalar desodorante aerossol em São Bernardo do Campo. Segundo a família, Adrielly Gonçalves brincava do “desafio do desodorante”, que havia visto nas redes sociais, quando desmaiou e teve uma parada cardíaca. 

‘Fumar cotonete’: entenda os riscos da nova moda entre crianças e adolescentes nas redes sociais

Uma nova moda entre as crianças e adolescentes nas redes sociais está preocupando pais e acendendo o alerta em médicos e especialistas. Em vídeos curtos, eles fumam cotonetes. Isso mesmo, queimam o algodão, o plástico e aspiram a fumaça tóxica que surge da junção dos dois. Na prática, o item tem o propósito de remover cera dos ouvidos, limpeza mais externa das orelhas e aplicações específicas, como, mais recentemente, exames de Covid-19.

Especialistas em saúde são enfáticos ao dizer que isso ão pode ser feito e repetido de forma alguma, visto que pode desencadear doenças graves respiratórias como bronquite, asma, ou formais mais graves como a bissinose, doença ocupacional de trabalhadores da indústria do algodão.

Quando submetidas à queima, as hastes plásticas e o algodão geram substâncias tóxicas em forma de fumaça. De modo geral, inalar qualquer tipo de fumaça resultante de queima de algum material tem riscos potenciais. Mas o plástico e o algodão causam problemas bem específicos.

A bissinose é gerada a partir da inalação forçada do linho, cânhamo e o algodão. A doença estreita as vias respiratórias e leva a uma respiração ruidosa (com chiado) e sensação de pressão no tórax, e consequentemente, com o tempo reduz a função do pulmão até o órgão parar de funcionar.

O algodão queimado ainda pode causar broncoespasmos, ou seja, o inchaço e fechamento das vias respiratórias que impedem o ar de circular dentro do sistema respiratório. A pessoa pode ter falta de ar, tosse, e, em casos mais graves, uma parada cardiorrespiratória. Além disso, pode também desenvolver doenças respiratórias crônicas e risco de internações.

Essas fibras presentes no algodão não se desfazem e nem são expelidas tão rapidamente.

Com o plástico não é muito diferente. Quando submetido à combustão, ele libera vários tipos de substâncias que, se inaladas, podem causar sufocamento e gerar crises de alergias e asma. A exposição prolongada pode causar a formação de câncer, doenças cardíacas, além de irritar olhos, garganta e provocar náuseas e dor de cabeça.

Prevenção e tratamento

Especialistas afirmam que a primeira atitude que deve ser feita é parar imediatamente com essa prática e não a repetir em casa, entretanto, se já foi feito e ainda continua por um tempo, devem procurar um especialista, como um pneumologista, principalmente se já apresentarem sintomas persistentes, como: tosse, chiado, falta de ar e dor no peito.

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