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Menino deixado sem comer como punição em MG morreu de ‘desnutrição extrema’

Menino deixado sem comer como punição em MG morreu de ‘desnutrição extrema’ – Imagem: reprodução

“Falência de múltiplos órgãos devido à desnutrição extrema”. Essa foi a causa da morte do garoto de apenas 7 anos, que ficava sem comida como forma de punição pelo padrasto, em Lagoa Santa, na região metropolitana de Belo Horizonte. O crime foi descoberto no dia 7 de junho deste ano, quando a mãe levou a criança desacordada à Santa Casa do município.

De acordo com a Polícia Civil, a causa da morte foi determinada pelo laudo pericial, após autópsia no corpo da criança. Porém, o inquérito que apura a morte segue em andamento. “Outras informações serão repassadas ao término da investigação”, completou.

A reportagem conversou com o sargento Thiago Tavares, que atendeu a ocorrência no hospital.

“Mãe e padrasto informaram que a criança estava passando mal e vomitando há alguns dias. A mulher disse que não levou o filho ao médico, pois estava grávida e quase ganhando o bebê. Após o nascimento, ela também não levou, alegando que a criança ia precisar ficar internada e ela iria ficar sem dar assistência ao recém-nascido”, detalhou o militar.

Menino comeu comida de cachorro

Diante da suspeita de maus-tratos contra a criança, a mãe do menino, de 27 anos, e o padrasto, de 19, foram conduzidos para a delegacia. No depoimento, a mulher chegou a contar que viu o próprio filho comendo “comida de cachorro”, completando em seguida que o filho era “teimoso”.

Questionada pelos policiais sobre o porquê do filho comer ração, a mãe desconversou. Porém, um vizinho do casal contou que, no dia que a mulher teve bebê, os outros três filhos da mulher foram deixados em sua casa. Na ocasião, ele disse ter notado que as crianças estavam magras, mas que o menino de 7 anos estava “mais magro do que o normal”. 

Ainda conforme o relato do vizinho à PM, no dia a criança estava com a voz extremamente baixa e não conseguia andar, e que ele e os irmãos pareciam estar “com medo”. Lá na casa do vizinho, os garotos teriam comido frutas, biscoitos e outros alimentos. Após isso, a criança que morreu teria confessado que estava com medo de ficar de castigo de novo “porque tinha comido muito”, completando que “precisava vomitar”.

“Afirmou que o menino teve dor de barriga e que, ao dar banho no menino, percebeu que a magreza era tanta que conseguia ver as veias, as costelas e o coração palpitando”, detalha o boletim de ocorrência registrado no dia. 

Menina de 3 anos é resgatada após pai deixá-la desnutrida e sem comer há 40 dias

Uma menina de 3 anos foi resgatada em estado de desnutrição na sexta-feira (2), em Rio Claro (SP). O pai, de 36 anos, foi preso por maus-tratos e alegou que ele e a criança não se alimentavam há pelo menos 40 dias. A criança está internada e passa bem.

Mandado judicial

O Ministério Público investigava o caso depois que avó materna não conseguia mais contato com o pai para visitar a menina, em um condomínio no Jardim Portugal. A Justiça expediu um mandado para a visita.

Guardas municipais, um representante do Conselho Tutelar e oficiais de justiça foram ao local e encontraram a criança debilitada.

Ela estava de fralda em uma cama, com desidratação, sinais de desnutrição, com ossos aparentes e pesando 8 quilos. O local também estava sujo e não havia alimentos.

O pai também estava no local e também em estado de desnutrição. Ele disse que decidiu ficar sem alimentação até que ambos morressem. A motivação ainda não foi esclarecida.

Criança passa bem

A criança foi socorrida pelos guardas, levada para a Unidade de Pronto-Atendimento do Cervezão e depois transferida para o Pronto-Socorro Nossa Senhora de Lourdes, onde permanece internada.

A unidade informou que a menina chegou com negligência alimentar e desidratada. Ela está sob cuidados de médico, psicólogo, fonoaudiólogo e nutricionista e passa bem.

O homem também foi atendido e depois levado ao Plantão Policial, onde foi preso em flagrante por maus-tratos. A mãe da criança já é falecida e a avó materna tenta na Justiça a guarda da menina.

Pai foi solto

A promotoria de Justiça do Ministério Público de Rio Claro (SP) entrou com recurso contra a decisão que concedeu liberdade provisória ao pai. O promotor Cássio Sartori considera que houve tentativa de homicídio.

A menina está internada na Santa Casa e respondendo bem ao tratamento e já ganhou 2 quilos, informou o hospital nesta segunda-feira (5).

O pai de 36 anos foi solto após passar por audiência de custódia no sábado (3). O nome dele não foi divulgado.

Tentativa de homicídio

Para o promotor Cássio Sartori, o pai deve ser preso preventivamente. De acordo com a promotoria, trata-se de uma tentativa de homicídio, pois o pai tinha o dever de alimentar a filha e, consequentemente, evitar o resultado morte.

No recurso, Sartori cita ações em tramitação na Vara de Família apontando que o pai impedia aproximações entre a menina e a avó materna.

Pais de bebê que morreu com suspeita de desnutrição em MG queriam ter doado criança para família de SP

Os pais do bebê de dois meses que morreu com suspeita de desnutrição e maus-tratos em Muzambinho (MG) queriam doar a criança para uma família do Estado de São Paulo. A mãe do bebê teria se arrependido de fazer a doação, de acordo com a Polícia Civil. Os pais da criança foram presos na terça-feira (7), mesmo dia da morte do bebê. A criança foi sepultada nesta quarta (8).

Conforme o delegado Adnan Cassiano Grava, as investigações apontaram que, inicialmente, a mulher não teria a criança. Segundo ele, foi cogitada a doação do bebê para uma mulher de Itapecerica da Serra (SP).

“Ela pretendia doar a criança na cidade de Itapecerica da Serra. Ela citou o nome da pessoa. No entanto, ela se arrependeu [de querer doar]. Ela não disse o motivo, também não disse nada a respeito de venda. Ela apenas disse, expressamente, em doação. Ela não queria a criança inicialmente, mas se arrependeu e a criança nasceu no dia 1º de janeiro de 2023”, destacou o delegado.

O bebê morreu após ser levado à Santa Casa de Muzambinho. A criança recebia atendimento e o médico notou o quadro de subnutrição e maus-tratos, acionando a polícia. O delegado destacou que uma testemunha revelou que a criança não era alimentada.

“Um parente [da criança] me disse claramente, em um depoimento bastante contundente, que em contato com o casal, a criança chorava de fome e a mãe não fazia nada. Ela disse que questionou a mãe, que alegou que não teria leite. Ou seja, não tinha leite no peito e permanecia inerte, sem procurar os órgãos assistenciais”, disse.

“O pai, sobretudo, notório envolvimento com droga. A mãe já objeto de denúncia, justamente por maus-tratos com os filhos. E ai vem a notícia de que justamente a criança morreu. Pedi uma foto da criança e quando recebi fiquei abismado. Uma criança de dois meses absolutamente raquítica, mostrando ossos, costelas, enfim, um quadro de bastante gravidade”, completou.

O delegado comentou que ainda vai ouvir membros do Conselho Tutelar que estiveram na casa da família em fevereiro. Ainda segundo ele, o casal deve responder por maus-tratos e abandono de incapaz.

“No caso dos maus-tratos com resultado de morte, a pena é de quatro a 12 anos. Se se confirmar o homicídio [na Justiça], fica de 12 anos a 30 anos”, falou.

O caso

O bebê de 2 meses morreu com suspeita de extrema desnutrição e maus-tratos em Muzambinho, no dia 7 de março.

O bebê foi levado à Santa Casa pelo pai, de 23 anos, e a mãe, de 24. Conforme a polícia, foi durante o atendimento que o médico notou o quadro de extrema desnutrição e a desidratação. Além disso, o profissional também notou que o bebê estava engastado.

A Polícia Militar foi acionada para comparecer ao hospital e acompanhar o atendimento. O bebê morreu enquanto era atendido.

De acordo com a polícia, os pais da criança disseram ao médico que o bebê não possuía nenhuma doença. Eles foram levados à Delegacia da Polícia Civil e tiveram a prisão em flagrante decretada.

O corpo da criança foi sepultado nesta quarta-feira (8). A Polícia Civil tem até 10 dias para concluir o inquérito e aguarda o laudo do IML para atestar a causa da morte do bebê.

A mãe do bebê tem outros dois filhos, de 3 a 6 anos. Eles estão na companhia de parentes em Juruaia (MG). O casal está preso no Presídio de Alfenas (MG).

Bebê de dois meses morre com suspeita de extrema desnutrição e maus-tratos em Muzambinho

Um bebê de 2 meses morreu com suspeita de extrema desnutrição e maus-tratos em Muzambinho (MG), na última terça-feira (7). De acordo com a Polícia Civil, os pais da criança foram presos em flagrante.

O bebê foi levado à Santa Casa pelo pai, de 23 anos, e a mãe, de 24. Conforme a polícia, foi durante o atendimento que o médico notou o quadro de extrema desnutrição e a desidratação. Além disso, o profissional também notou que o bebê estava engastado.

A Polícia Militar foi acionada para comparecer ao hospital e acompanhar o atendimento. O bebê morreu enquanto era atendido.

De acordo com a polícia, os pais da criança disseram ao médico que o bebê não possuía nenhuma doença.

O pai e a mãe do bebê foram levados à Delegacia da Polícia Civil. O delegado Adnan Cassiano Grava deu voz de prisão em flagrante ao casal.

O corpo da criança foi encaminhado ao Posto Médico-Legal de Guaxupé, onde irá realizar exames.

Nota Polícia Civil

A Polícia Civil emitiu nota sobre o caso. Veja abaixo:

Sobre a morte de um bebê, que deu entrada hoje (7/3), em um hospital com sinais de maus-tratos e subnutrição, a Polícia Civil de Minas Gerais informa que os pais da criança foram presos em flagrante.

Eles estão sendo conduzidos para a Delegacia de Polícia Civil do município para providências de polícia judiciária. O corpo da criança foi encaminhado ao Posto Médico-Legal, em Guaxupé, onde será submetido a exames.

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