Jornal Folha Regional

Dia da Cachaça: empreendimento familiar é sucesso em São José da Barra

O Dia da Cachaça é comemorado em todo país no dia 13 de Setembro. Nos tempos coloniais, a produção de cachaça era uma importante atividade econômica no Brasil. Preocupados com o sucesso da aguardente, os portugueses, através de uma Carta Real de 13 de setembro de 1649, proibiram a fabricação e a venda da bebida em todo o território brasileiro.

Os proprietários de cana-de-açúcar e alambiques, indignados com as constantes cobranças de impostos aos longo dos anos e perseguições por vender a aguardente, se revoltam no dia 13 de setembro de 1661 e tomam o poder no Rio de Janeiro por cinco meses, resultando em um dos primeiros movimentos de insurreição nacional: a Revolta da Cachaça.

O movimento é repreendido com violência e o seu líder, Jerônimo Barbalho Bezerra, é enforcado e decapitado, tendo sua cabeça pendurada no pelourinho da cidade, como exemplo à população fluminense.

Todo dia 13 de setembro se comemora o “Dia Nacional da Cachaça” como uma forma de relembrarmos os tempos de um Brasil colonial, quando o destilado era símbolo de resistência contra a dominação portuguesa.

A data foi aprovada em outubro de 2010 pela Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados como resultado do projeto de lei do deputado Valdir Colatto (PMDB-SC).

De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), o produto, a base de caldo de cana fermentado, movimenta cerca de R$ 7,5 bilhões anualmente no país.

Há 15 anos, um empreendimento familiar no ramo da aguardente faz sucesso na região de São José da Barra (MG). Elisangela Borges de Souza, de 30 anos, conta como é realizada a fabricação da Cachaça Caburé

‘’Plantamos a cana aqui no sítio mesmo, então meu pai corta, mói e faz a garapa. Depois coloca no fubá de milho e deixa fermentar por doze horas, e zera o açúcar da garapa. Ele coloca no alambique e põe fogo na fornalha, ele ferve e sai a pinga lentamente. Nesse processo, tem que manter a caloria, porém não pode ser muito fogo, senão a pinga sai quente e estraga. A pinga passa pelos canos da serpentina dentro de uma caixa d’água e sai fria. Aí medimos ela no sacarímetro (instrumento utilizado para medir o teor de açúcar). Costumamos tirar ela a 18°C e armazenar no barril de carvalho”.

A bebida recebeu esse nome em homenagem ao pai de Elisângela, o qual tem o apelido de Caburé. A produção é feita no Sítio São Gonçalo, próximo ao bairro Bom Jesus dos Campos.

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