Jornal Folha Regional

Sul de Minas registra 41 mortes por síndromes respiratórias em 2025; vacinação está abaixo da meta

Sul de Minas registra 41 mortes por síndromes respiratórias em 2025; vacinação está abaixo da meta - Foto: reprodução
Sul de Minas registra 41 mortes por síndromes respiratórias em 2025; vacinação está abaixo da meta – Foto: reprodução

Mais de 400 pessoas já foram internadas por causa de síndromes gripais neste ano em todo o Sul de Minas. Ao todo, 41 pessoas morreram após complicações. Esse aumento nos casos de doenças respiratórias é uma realidade em todo o estado. Por isso, governo de Minas Gerais decretou na última sexta-feira situação de emergência em saúde pública.

Nos últimos dias, a UPA de Varginha registrou uma alta de até 20% nos casos de síndrome gripal. Dos mais de 600 atendimentos diários, 10% são voltados para essas doenças.

A preocupação é com crianças e também os idosos, mas principalmente com a alta demanda por leitos de UTI e enfermarias. O decreto facilita ações emergenciais e também o acesso a recursos do governo federal.

O secretário de Saúde explica que a prefeitura de Varginha também pretende declarar a situação de emergência nos próximos dias. Com o decreto, melhorias serão implantadas no atendimento das unidades de saúde.

“Estamos analisando um plano de contingência e também um plano emergencial na contratação de profissionais da área de saúde para que a gente estenda ainda mais os nossos atendimentos tanto na UPA quanto nas unidades de saúde, no Centro de Especialidade da Criança e no Hospital Bom Pastor, onde tem atendimento de pediatria também”, disse o secretário de Saúde de Varginha, Adrian Nogueira.

No Sul de Minas, até o final do mês de abril, foram 408 internações por síndrome gripal e 41 mortes. Das quatro regionais de saúde, a de Varginha se destaca com o maior número de internações, com 163 registros e 13 mortes.

Se nos hospitais há o aumento nos atendimentos, o reflexo é grande também nas farmácias, principalmente pelos antigripais, antialérgicos e vitaminas. Em uma delas, o gerente conta que a procura por esses produtos cresceu 15 % nos últimos dias.

“A gente está sempre em contato com os fornecedores para adquirir preços melhores e condições para os nossos clientes, também não deixar o estoque zerar”, disse o gerente da farmácia, Eduardo Pereira.

A vacina que previne a gripe está de graça nos postos e para toda a população. Entre as quatro maiores cidades da região, nenhuma atingiu mais do que 25 % do público alvo, como os idosos, as gestantes e os profissionais da saúde.

A cidade que tem a maior cobertura até o momento é Pouso Alegre, com 21,43%. Poços de Caldas aparece na sequência, com 20,56%. Varginha tem até o momento 13,30% de cobertura e Passos, apenas 7,14%.

“É importante a vacinação porque a pessoa evita as complicações que a doença pode causar. Então é importante manter o calendário vacinal atualizado. Minhas crianças já vacinaram, só que eu, como não sabia que era para todo mundo ainda, eu não fui, devia ter ido, mas agora vou voltar e vou vacinar”, completou Adrian Nogueira.

Via: G1

Isenção do Imposto de Renda para Portadores de Doenças Graves: Quem Tem Direito?

Isenção do Imposto de Renda para Portadores de Doenças Graves: Quem Tem Direito? - Imagem: divulgação
Isenção do Imposto de Renda para Portadores de Doenças Graves: Quem Tem Direito? – Imagem: divulgação

De acordo com a Lei 7.713/88, aposentados, pensionistas e beneficiários da previdência privada que são acometidos por doenças graves têm direito à isenção do Imposto de Renda retido na fonte. Este benefício é um alívio financeiro significativo para muitos brasileiros que enfrentam desafios de saúde, permitindo que direcionem seus recursos para o tratamento e cuidados necessários.

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que, em 2023, o número de aposentados no Brasil atingiu 35 milhões, representando um aumento de 16% em relação a 2020. A proporção de pessoas que recebem pensão ou aposentadoria na população brasileira também se manteve alta, com 15,3% da população reportando rendimentos desse tipo, refletindo uma crescente dependência de benefícios previdenciários em um país onde as condições de saúde podem impactar drasticamente a qualidade de vida.

A isenção do Imposto de Renda é um direito garantido a aqueles diagnosticados com as seguintes doenças graves:

  • AIDS, inclusive portadores do vírus HIV assintomáticos;
  • Moléstia profissional;
  • Tuberculose ativa;
  • Alienação mental;
  • Esclerose múltipla;
  • Neoplasia maligna, (Câncer, inclusive casos de pacientes curados)
  • Cegueira e Visão Monocular;
  • hanseníase;
  • Paralisia irreversível e incapacitante;
  • Cardiopatia grave;
  • Doença de Parkinson;
  • Espondiloartrose anquilosante;
  • Nefropatia grave, 
  • Hepatopatia grave;
  • Estados avançados da doença de Paget (osteíte deformante);
  • Contaminação por radiação;

 Para usufruir desse benefício, é necessário apresentar um laudo médico, que pode ser emitido tanto por um médico particular quanto por um médico oficial. que comprove a condição, além de seguir as orientações fornecidas pela Isenção Legal. Embora o processo possa parecer simples à primeira vista, é importante destacar que há várias burocracias envolvidas. Por isso, contar com o apoio de especialistas nesse momento pode ser de grande ajuda, garantindo que todas as etapas sejam realizadas corretamente e que você obtenha o benefício ao qual tem direito.

Além da isenção, a lei permite que portadores de doenças graves solicitem a restituição dos valores pagos nos últimos cinco anos. Essa devolução pode ser uma quantia significativa, proporcionando uma ajuda financeira vital para cobrir despesas com tratamentos e medicamentos.

Entretanto, muitos brasileiros ainda desconhecem esses direitos. É essencial que os portadores de doenças graves se informem e busquem orientação para garantir que estejam aproveitando todos os benefícios que a lei oferece. O acesso à informação é um passo crucial para garantir que esses indivíduos possam viver com mais dignidade e menos preocupações financeiras.

Nesse sentido, a Isenção Legal se compromete a auxiliar aqueles que buscam entender e conquistar esse direito. Oferecemos um serviço 100% online, assegurando que todo o processo seja simples e sem complicações. Nossa equipe especializada está pronta para atender e apoiar nossos clientes, desde a coleta de documentos até a finalização do pedido de isenção, garantindo que cada um receba o tratamento que merece.

Se você ou alguém que você conhece é portador de uma doença grave, não hesite em buscar informações sobre a isenção do Imposto de Renda. Entre em contato conosco e inicie seu processo de forma segura e rápida. 

Lembre-se: Seu direito à isenção, nossa missão!

Para mais informações, acesse o site ISENÇÃO LEGAL ou entre em contato com o time de especialistas no tema pelo WhatsApp!

Portadores de doença grave ou rara passam a ter direito de incluir informação no RG

Alteração na carteira de identidade poderá ser solicitada pelo titular do documento ou por representante legal, comprovada a existência da condição - Foto: Clarissa Barçante
Alteração na carteira de identidade poderá ser solicitada pelo titular do documento ou por representante legal, comprovada a existência da condição – Foto: Clarissa Barçante

Entrou em vigor, a partir da publicação no Diário Oficial de Minas Gerais da última quarta-feira (18), a Lei 24.971, de 2024, que trata da inclusão, na carteira de identidade ou em outro documento de identificação pessoal, de informações sobre deficiência, doença grave ou outra condição incapacitante ou limitante de caráter permanente.

A norma foi criada a partir do Projeto de Lei (PL) 3.099/21, de autoria do deputado Professor Wendel Mesquita (Solidariedade) e aprovado de forma definitiva (2º turno) pelo Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) no mês de agosto.

Com a nova forma de identificação, busca-se promover a atenção integral à pessoa com doença rara, com atendimento prioritário e facilidade de acesso a serviços públicos e privados de saúde, educação e assistência social.

A inclusão das informações no documento está condicionada à sua comprovação junto ao órgão estadual competente, na forma de regulamento a ser elaborado pelo Poder Executivo.

São José da Barra, Itaú de Minas e Cássia apresentam risco para doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, aponta SES-MG

São José da Barra, Itaú de Minas e Cássia apresentam risco para doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, aponta SES-MG – Foto: reprodução

São José da Barra e mais nove cidades do Sul de Minas estão na lista da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) que aponta riscos para doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. Neste período do ano a situação preocupa ainda mais, já que a chuva e o calor aceleram a reprodução do mosquito.

A pesquisa foi realizada junto aos municípios mineiros entre 7 e 25 de agosto, como parte da estratégia de monitoramento e controle do mosquito transmissor dos vírus causadores da dengue, chikungunya e zika.

Conforme o levantamento rápido de índices para o Aedes aegypti, seis cidades de Minas Gerais apresentam alto risco.

Além de São José da Barra, no Sul de Minas, oito cidades estão alerta: Campo Belo, Luminárias, Campo do Meio, Andradas, Itaú de Minas, Três Pontas, Cássia e Monte Santo de Minas. Uma cidade que está em estado de alto risco, é Claraval.

A cidade de Varginha, por exemplo, está em risco médio, porém já está com medidas para impedir que o número aumente.

O médico infectologista Luiz Carlos Coelho explica que o vírus que circula atualmente em Minas Gerais é preponderante ao ‘DENV-1″, sorotipo que possui uma capacidade significativa de rápida proliferação, o que justifica o aumento expressivo de casos. O médico destaca ainda que, entre os meses, de outubro a abril, no período pós-chuvas, os casos tendem a aumentar ainda mais.

“Nós estamos só começando o período de chuvas e logo após a chuva, a gente tem a eclosão dos ovos Aedes aegypti, e é isso que faz com que a gente tenha o vírus circulando”, explica.

Ainda conforme o médico, mais de 11% dos pacientes que contraem dengue em Minas Gerais estão contraindo também o vírus da chikungunya, e que a atenção para com os cuidados precisa ser intensificada.

“Mais de 80% dos focos do mosquito, são de criadores em casa. Se a população, em geral, não assumir para si a responsabilidade de, dentro do domicílio, cuidar, ter higiene, tirar focos de proliferação do mosquito, a gente não vai conseguir reverter essa situação”, concluiu.

Dona de casa de São João Batista do Glória que pesa 120 kg pede ajuda para conseguir cirurgia bariátrica que aguarda há três anos; secretária de saúde afirma que município já liberou

Com obesidade, Ana Paula Marques, de 31 anos, adquiriu pressão alta, artrite, artrose, gordura no fígado, diabetes e depressão. Com isso, ela conta que vive à base de remédios para aliviar dores: ‘Me atrapalha demais’.

Dona de casa de São João Batista do Glória que pesa 120 kg pede ajuda para conseguir cirurgia bariátrica que aguarda há três anos; secretária de saúde afirma que município já liberou – Foto: arquivo pessoal

A dona de casa Ana Paula Marques Ribeiro, de 31 anos, luta para conseguir uma cirurgia bariátrica que aguarda há três anos pela rede pública de saúde, em São João Batista do Glória (MG). Ela diz que a obesidade acarretou diversos problemas de saúde como pressão alta, artrite, artrose, diabetes, depressão e esteatose hepática – também chamada de gordura no fígado. Ela conta que vive à base de remédios para aliviar as dores e que não consegue trabalhar, além de ter um filho portador de cuidados especiais.

“Estou tentando a bariátrica há anos, inicialmente fui diagnosticada com diabetes e tireoide. Saiu a primeira remessa dessa cirurgia, porém devido ao limite de vagas eu não consegui. Nesse tempo eu engravidei, e assim, passaram dois anos, período que estou correndo atrás novamente. Eu tenho que tomar uma insulina que custa R$ 1.200,00, procurei o prefeito, porém o município e a regional de saúde não oferecem esse remédio, foi onde eu procurei a Defensoria Pública do Município e fui informada que eles não poderia ajuizar essa ação devido eu ter que entrar contra a Justiça Federal e que eu deveria recorrer a Defensoria Pública Federal, procurei eles e me deram um prazo de 5 à 6 anos”, informou Ana Marques.

A paciente disse que foi conversar com o prefeito de São João Batista do Glória, Celso Henrique Ferreira, um dia antes do feriado da Páscoa de 2023, e que expôs todos os laudos e inclusive citou que têm um filho de 2 anos, o qual é portador de necessidades especiais, sendo diagnosticado com autismo grau 3 e refluxo severo, além de fazer tratamento diariamente. Ela informou ao prefeito que precisava dessa insulina, que ajudaria ela a controlar o diabetes e também eliminar peso, porém o executivo informou que não poderia ajudar com o medicamento.

“Já estou com o laudo em mãos, o qual cita as doenças que foram desencadeadas por conta da obesidade. Citei para o prefeito a urgência de minha bariátrica, pois o médico pneumologista e o médico do postinho que me acompanha a anos, vêm pedindo para eu me enquadrar nesta cirurgia. Se eu fizer a bariátrica, tudo para mim será resolvido, a minha pressão alta, na diabetes, a tireoide, tudo poderia diminuir, eliminaria muito peso e assim teria qualidade de vida para criar e correr atrás das coisas do Anthony – que é o filho que precisa de atenção especial. O prefeito jurou para mim, dando a palavra de homem, que eu poderia ir embora tranquila, que ele me conhece desde criança da casa de minha avó e que daria a cirurgia. Eu não escolhi lugar para operar, mas ele me informou que seria em Passos (MG), o que seria mais fácil para que eu pudesse levar meu filho”, citou a dona de casa emocionada.

Laudo que comprova as doenças que foram desencadeadas por conta da obesidade – Foto: arquivo pessoal

Ana frisou que seu filho faz tratamento cinco vezes na semana com psicólogo, fonoaudiólogo e Terapeuta Ocupacional, pelo menos 40 minutos com cada profissional e ela precisa acompanhar o filho.

Em um vídeo gravado pela paciente, ela citou que a secretária de saúde Silvania, chamou ela para conversar e disse que o município tem um cronograma em Poços de Caldas (MG), o que é inviável para ela por não poder deixar o filho.

“Expliquei para a Silvania de minhas limitações e dificuldades, inclusive sobre meu filho que precisa estar em minha companhia e que não conseguiria fazer em Poços. Novamente fui falar com o prefeito por telefone, por sete vezes não consegui, pois a recepcionista falava que ele estava ocupado, ou não podia me atender. Ele estava correndo de mim. Encontrei com a Silvana advogada e pedi ajuda para ela, porém a mesma disse que não conseguiu encontrar uma solução. Procurei o vice-prefeito e convidei ele para ir na minha casa, onde eu mostrei o laudo médico, a receita da insulina, o laudo do Anthony, expliquei tudo para ele, inclusive sobre a restrição alimentar da criança, mas nada adiantou”, citou.

As limitações de Ana Marques são grandes, inclusive ela não consegue viver uma vida normal.

“Me atrapalha demais. Gosto de participar das comemorações da comunidade, porém não consigo. Queria ter assistido o desfile cívico em comemoração ao aniversário do Glória mas não tive condições, meu corpo não consegue mais. Já trabalhei em três serviços, mas agora não consigo. Tenho dificuldades em dormir à noite, pois tenho crises de ansiedade e falta de ar. O médico disse que o remédio para mim é a bariátrica”, disse.

A paciente afirma que existem casos e casos em relação à bariátrica.

“Se o prefeito prometeu em Passos é porque ele sabe que tem as parcerias para isso. Meu caso é específico. Precisava de uma sensibilidade do prefeito e sua equipe para ver essa questão e cumprir com a palavra, olhando esse caso com carinho e isoladamente. Sugeriram que eu fizesse uma vaquinha virtual para tentar levantar o dinheiro, aproveito essa oportunidade, que se algum médico que faça a cirurgia puder disponibilizar uma consulta de avaliação, para vermos o valor da cirurgia e outros detalhes eu ficaria muito feliz, para aí sim podermos fazer a vaquinha com o valor correto”, finalizou.

Secretária de Saúde se pronúncia

Para a redação do Jornal Folha Regional, a secretária de Saúde de São João Batista do Glória, Silvania Vilela, informou que desde que foi procurada pela Sra. Ana Marques, toda a atenção foi direcionada em solucionar o problema da paciente.

“Conseguimos a cirurgia bariátrica dela em Poços de Caldas, por ser referência nesta cirurgia e desde então já disponibilizamos uma equipe multidisciplinar para acompanhá-la no pré-operatório. O que o município puder fazer, estamos à disposição de toda população. Sabemos da gravidade do problema dela e temos a certeza que a cirurgia será um sucesso”, disse a secretária.

Silvania ainda afirmou que a equipe multidisciplinar do Glória foi treinada por profissionais da Santa Casa de Poços de Caldas e estão aptos a desenvolverem ações específicas.

Santa Casa de Poços de Caldas é referência em cirurgias de redução de peso

Nos últimos anos, a Santa Casa de Poços de Caldas se tornou uma grande referência no que diz respeito a cirurgias de redução de peso. Desde 2013, o Hospital realizou mais de 1500 cirurgias. Em 2018, a instituição bateu recorde com mais de 152 cirurgias bariátricas, além de pela primeira vez realizar cirurgias de redução de pele, foram 22 durante o ano. Tudo realizado através de atendimento SUS.

A Organização Mundial da Saúde estima que 1,9 bilhão de adultos tenham sobrepeso, sendo 600 milhões com obesidade. No Brasil, de acordo com dados do Ministério da Saúde, a cada ano são 1 milhão de novos casos de obesidade no país e a cada 15 anos dobra a taxa de obesos.

O gastroenterologia Dr. Romeu José Nacarato, coordenador do setor de Bariátrica da Santa Casa, explica que o Hospital realiza cirurgias de redução de peso desde o ano 2000. E, a partir de 2013, foi credenciado em alta complexidade para fazer cirurgia pelo SUS. Desde então, têm desenvolvido um trabalho que não se refere só a cirurgia em si, mas um bom preparo multidisciplinar, através de nutrição, psicólogo e assistente social.

“Atendíamos inicialmente uma referência de mais de 180 municípios. Agora, com o credenciamento de Itajubá, nossas referências diminuíram um pouco, mas, sem dúvida alguma, graças a condição que a Santa Casa nos dá, a gente consegue se qualificar como um dos serviços mais importantes do estado de Minas Gerais”, explica Dr. Romeu, que lembra que, apesar do sucesso das cirurgias, trata-se de um último recurso em casos de obesidade.

“A obesidade é um problema endêmico. A gente sabe que a cirurgia quando bem indicada tem bons resultados, mas que não é uma solução para atender essa demanda tão grande da população de obesos do Brasil. A gente ainda espera que outras ações se desenvolvam, principalmente na atenção básica, na prevenção, na educação dos adolescentes e crianças para que não tenhamos que recorrer a essa conduta extrema da cirurgia, que realmente não é uma solução ideal para controle de uma epidemia como é a da obesidade”, pontua Dr. Romeu.

Equipe multidisciplinar

O serviço de cirurgia bariátrica da Santa Casa conta como seu pilar de apoio a equipe multidisciplinar, com a psicóloga Roberta Figueiredo, nutricionista Fernanda Almeida Ribeiro do Valle e Cristina Assis, responsável pela parte administrativa do setor, que realizam a preparação para a cirurgia, que começa seis meses antes, com o paciente tendo que perder em uma faixa de 10 a 15% de peso para diminuir os riscos durante o procedimento.

Minas Gerais terá 1º laboratório do Brasil que produzirá remédios para doenças raras

Os portadores de patologias incomuns receberam nesta terça-feira (28 de fevereiro), Dia Mundial das Doenças Raras, uma boa notícia. É que o Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em Belo Horizonte, terá o 1º laboratório para terapias de doenças raras de todo o Brasil. No loca,, serão produzidos medicamentos feitos por terapia genética para tratamento de doenças como a Síndrome de Dravet.

A enfermidade, considerada “progressiva e incapacitante”, é caracterizada por eplepsia grave e resistente aos tratamentos existentes. Entre as consequências da doença estão déficits cognitivos, problemas motores e características do autismo. Para implantação da estrutura serão investidos R$ 2 milhões pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), que integra o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). 

Segundo a UFMG, atualmente o Sistema Único de Saúde (SUS) não conta com a terapia específica para esse tipo de doença, mas, apenas, com um conjunto de medicamentos de outros tratamentos e que ajudam a combater os sintomas. Com isso, a expectativa é que, quando concluído, o laboratório colabore com o combate a estas síndromes na saúde pública.

De acordo com o subcoordenador do laboratório, Vinícius Toledo Ribas, que é professor do Departamento de Morfologia do ICB, a infraestrutura do laboratório trará uma série de benefícios agregados para além da produção destes remédios.

“Além da produção de terapias que têm altos impactos para a saúde pública e para a sociedade, incluindo elevados custos para o SUS [atualmente, as terapias para doenças como a Síndrome de Dravet precisam ser importadas], a plataforma deve funcionar como celeiro para formação de recursos humanos nessa área específica”, garante.

País tem 13 milhões de portadores de doenças raras

Para ser considerada rara, uma doença precisa afetar no máximo 65 pessoas a cada 100 mil habitantes, sendo que existem entre 6 e 8 mil tipos diferentes destas patologias. O Dia Mundial das Doenças Raras foi criado com o intuito de “sensibilizar a área da saúde, a população em geral e os governantes, sobre a existência e os cuidados necessários com essas doenças”.

O Ministério da Saúde estima que existam, somente no Brasil, cerca de 13 milhões de indivíduos que sofrem destas doenças raras, sendo que 80% dos casos têm vínculos genéticos. Entretanto, as causas e origens dessas enfermidades ainda não foram descobertas em suas totalidades, já que elas também podem ter relação com infecções bacterianas, virais, alérgitas e, até mesmo, ambientais. (O Tempo)

Doenças cardiovasculares matam 85 pessoas por dia em Minas

Os óbitos por doenças cardiovasculares, como infarto e AVC, dispararam na pandemia: só entre janeiro e agosto deste ano, cerca de 85 pessoas morreram por dia devido a problemas cardiovasculares em Minas Gerais. A tendência, que já era observada em 2020, acentuou-se ainda mais em 2021: as mortes aumentaram 25,7% em relação ao mesmo período de 2019, segundo registros de cartórios do Portal da Transparência, em parceria com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Por trás do aumento, escondem-se a baixa na procura por atendimento médico durante o isolamento social e possíveis sequelas da Covid-19, segundo especialistas. O alerta é dado na data em que se comemora o Dia Mundial do Coração.

“As doenças do coração não estão estáveis, mas em ascensão. Elas são a principal causa de morte no mundo, matam mais que o dobro que todos os tipos de câncer juntos. Como são doenças de que costumamos ver as pessoas morrerem dentro de casa, internalizou-se que isso é normal, mas não podemos considerar comum uma pessoa de 50, 60, 70 anos morrendo de AVC ou infarto. São doenças em que podemos evitar a mortalidade, controlando os fatores de risco”, pontua o diretor da Sociedade Mineira de Cardiologia, Kleisson Maia.

Neste ano, as mortes por doenças cardiovasculares ocorridas dentro de casa, e não em hospitais, subiram 62% e representam um quarto de todos os óbitos por essas doenças no Estado. Na perspectiva de especialistas, a alta é um reflexo do abandono do controle de fatores de riscos, como hipertensão, diabetes e obesidade durante a pandemia.

Em 2020, o número de procedimentos de cardiologia teve queda de 38% no país, segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM). O cardiologista Bruno Nascimento, membro da SBC e professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), afirma que já passou da hora de retomar o acompanhamento médico.

“O efeito da pandemia não é só durante ela. As pessoas estão deixando de fazer o acompanhamento, e as consequências serão observadas lá na frente. Em 2022, já teremos um cenário diferente, porque esperamos que não ocorra mais sobrecarga de hospitais com Covid-19, mas os efeitos para quem não fez controle adequado vão continuar por um tempo”, pondera.

A coordenadora da Associação Mineira do AVC (AMAVC), Sandra Issida, diz que a busca de tratamento por quem já sofreu Acidente Vascular Cerebral diminuiu durante a pandemia. “Antes da pandemia, 85% das pessoas que haviam sofrido AVC estavam em algum tratamento como contra hipertensão e diabetes. No entanto, com o isolamento, o número caiu para 47%. Sandra explica que a prevenção é importante, porque as vítimas de AVC têm poucas horas entre identificar os sintomas e levar a pessoa ao atendimento e,  em casos de AVC isquêmico, que ocorre pela obstrução de vasos cerebrais, a chance de haver sequelas diminui se o paciente for atendido até quatro horas e meia após os primeiros sintomas. 

O cardiologista cooperado da Unimed-BH José Pedro Filho tem esperança de uma retomada de atendimentos. “A redução na procura inicial por atendimento médico cardiológico está normalizada ou até superdimensionada. As agendas estão lotadas de gente que deixou de ir antes e querem retomar e também daqueles que apareceram com problemas cardíacos agora”, afirma.

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