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Endividamento das famílias tem 3ª queda seguida e retorna ao nível pré-pandemia

O endividamento das famílias caiu em novembro, pelo terceiro mês seguido, e retornou ao nível pré-pandemia, segundo dados divulgados nesta terça-feira (1) pela Confederação Nacional do Comércio (CNC).

No mês passado, 66% das famílias se declararam endividadas, contra 66,5% em outubro. Trata-se do menor percentual desde fevereiro (65,1%), antes das medidas de restrição para combater a pandemia do novo coronavírus. Em agosto, o indicador chegou ao nível recorde de 67,5%.

No comparativo anual, contudo, o indicador registrou aumento de 0,9 ponto percentual.

“Deve-se considerar, porém, que a proporção de consumidores endividados no país é elevada e grande parte do crédito dispensado durante a pandemia foi concedido com carência nos pagamentos”, alerta o presidente da CNC, José Roberto Tadros.

Entre as famílias que recebem até 10 salários mínimos, o percentual de endividamento também caiu pela terceira vez seguida, chegando a 67,4% do total – após ter alcançado o recorde de 69,5%, em agosto. Já entre as famílias com renda acima de 10 salários, esta mesma proporção se manteve estável, em 59,3% em novembro.

O indicador considera dívidas os compromissos assumidos com cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguro.

Inadimplência também cai


O total de famílias com dívidas ou contas em atraso e, portanto, inadimplentes, caiu de 26,1% em outubro para 25,7% em novembro. Em comparação com o mesmo mês do ano passado, porém, a proporção de famílias inadimplentes cresceu 1 ponto percentual

Já a parcela das famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso passou de 11,9% em outubro para 11,5% do total de famílias em novembro. O indicador havia alcançado 10,2% em novembro de 2019.

Izis Ferreira, economista da CNC responsável pela pesquisa, chama a atenção para o tempo médio de atraso na quitação das dívidas das famílias inadimplentes, que vem aumentando e chegou a 62,5 dias, o maior desde março.

“A proporção de famílias endividadas com atraso nas quitações acima de 90 dias vinha caindo desde antes do surto de Covid-19, mas adotou trajetória de crescimento a partir de agosto e, este mês, chegou a 42,9%”, observa.

Principais dívidas


Com relação aos tipos de dívida, o cartão de crédito, historicamente o mais apontado pelas famílias como a principal modalidade de endividamento, caiu para 77,8% em novembro, ante 78,5% em outubro. Na sequência, aparecem os carnês (16,1%), financiamento de veículos (10,7%) e financiamento de casa (9,8%).

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