Jornal Folha Regional

Governo de Minas homologa concurso público para a carreira de enfermagem

Governo de Minas homologa concurso público para a carreira de enfermagem - Foto: divulgação
Governo de Minas homologa concurso público para a carreira de enfermagem – Foto: divulgação

O Governo de Minas publicou no último sábado (8) a homologação parcial do resultado final do concurso público para a carreira de profissional de enfermagem (PENF). Essa é a primeira etapa para o início das nomeações dessa categoria profissional. No total foram ofertadas 741 vagas para a carreira de PENF, com a aprovação de mais de 1000 candidatos no certame.

A homologação será feita para o resultado final do concurso público, contemplando todas as categorias profissionais: enfermeiro, enfermeiro de terapia intensiva, neonatologista, obstetra, oncologista e técnico de enfermagem. As primeiras nomeações estão previstas já para a próxima semana.

Próximas etapas

Após a publicação da homologação, os candidatos classificados serão nomeados, conforme ordem de classificação, durante o prazo de validade do concurso público: dois anos, podendo ser prorrogado por igual período.

A nomeação será publicada no Diário Oficial de Minas Gerais e no site da Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig). Também será encaminhado um e-mail para os candidatos informando sobre sua nomeação, no endereço informado durante o momento da inscrição.

No mesmo dia em que for publicada a nomeação, serão disponibilizadas orientações, como a convocação para perícia médica e para a posse na área do concurso, no site da Fhemig. As convocações para a perícia médica e posse serão publicadas contendo data, horário e local para comparecimento do candidato. É importante ficar atento às datas, horários e locais agendados, e quaisquer atualizações e novas informações sobre o concurso.

Após cerca de 10 anos, a Fhemig realizou concurso para o preenchimento de mais de 1.800 vagas em suas unidades hospitalares. Até o momento foram efetuadas as nomeações de 732 profissionais da carreira de Médico (MED) e de 192 profissionais da carreira de Analista de Gestão e Assistência à Saúde (AGAS). Sendo que aproximadamente 400 servidores já reforçam o trabalho nas unidades da Fhemig.

As dúvidas sobre o concurso público da Fhemig podem ser encaminhadas para o e-mail: [email protected].

SES-MG discute soluções para tornar mais eficiente o processo de pagamento do Piso da Enfermagem

SES-MG discute soluções para tornar mais eficiente o processo de pagamento do Piso da Enfermagem - Foto: Fábio Marchetto
SES-MG discute soluções para tornar mais eficiente o processo de pagamento do Piso da Enfermagem – Foto: Fábio Marchetto

 A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) realizou, na última sexta-feira (19), em Belo Horizonte (MG), encontro para alinhar orientações e tornar mais eficiente o processo de pagamento do piso salarial nacional para profissionais da enfermagem: enfermeiros, técnicos e auxiliares. Também a atividade de parteira foi contemplada. Além disso, o encontro discutiu a gestão das informações e a prestação de contas dos recursos.  

“O objetivo da reunião foi discutir o que foi estabelecido e alcançado em 2023, avaliando os percalços vivenciados para operacionalizar o pagamento do piso em Minas”, explicou a secretária adjunta de Saúde, Poliana Cardoso Lopes.  

Poliana acrescentou ser necessário um olhar para frente, definindo estratégias para melhorar o processo em 2024. “Já avançamos muito, e precisamos alinhar com todos os envolvidos no processo para avançarmos ainda mais”. 

Iniciativa

Participaram da iniciativa mais de 50 profissionais responsáveis por operacionalizar os pagamentos em 12 órgãos do Poder Executivo estadual: secretarias de Estado de Saúde, de Planejamento e Gestão, de Justiça e Segurança Pública e de Fazenda, Advocacia-Geral do Estado, Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), Fundação Hemominas, Fundação Ezequiel Dias (Funed), Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg), Unimontes, Instituto de Previdência dos Servidores Militares do Estado de Minas Gerais (IPSM) e Polícia Civil. 

Segundo Poliana Cardoso, a SES-MG tem buscado otimizar, corrigir os erros e tornar o processo mais eficiente. 

“Estamos trabalhando para melhorar cada vez mais a gestão dos pagamentos, dando mais fluidez e celeridade ao processo para atender esses profissionais com ainda mais eficiência”. 

Metodologia 

A metodologia do encontro foi baseada em diálogos criativos entre os profissionais envolvidos no pagamento do piso. 

De forma coletiva e colaborativa, os grupos buscaram realizar um diagnóstico de cada assunto, definir acertos e erros e propor caminhos para tornar os métodos de pagamento mais eficientes.  

Após as rodadas de discussões, os responsáveis pela mesa (anfitriões) apresentaram, aos participantes, as melhores contribuições ao tema. 

“A estruturação dos trabalhos permitiu que todos os profissionais discutissem os assuntos, possibilitando a contribuição de áreas variadas para os temas propostos”, avaliou a secretária adjunta.  

As discussões foram divididas em cinco mesas temáticas, que discutiram os temas: Carga no Invest SUS, Pagamento e Rateio, Encontro de Contas, Comunicação e Gestão da informação.  

A Lei nº 14.434/2022 instituiu o piso salarial nacional para profissionais da enfermagem: enfermeiros, técnicos e auxiliares. Também a atividade de parteira foi contemplada.

Com a lei, os estabelecimentos de saúde do país devem pagar um valor mínimo único a esses profissionais em todo o país. 

A Emenda Constitucional n° 127/2022 determinou que a União prestasse assistência financeira complementar para o cumprimento do piso salarial dos profissionais de enfermagem aos estados, municípios, Distrito Federal e entidades filantrópicas, bem como aos prestadores de serviços contratualizados que atendam no mínimo 60% de seus pacientes pelo Sistema Único de Saúde (SUS). 

Em Minas Gerais, a SES viabilizou o pagamento do piso nacional da enfermagem aos Consórcios Públicos de Saúde e às entidades públicas e privadas que estão sob a sua gestão. 

Os recursos referentes à assistência financeira complementar da União são repassados pelo Fundo Nacional de Saúde ao Fundo Estadual de Saúde. 

Mais informações: https://www.saude.mg.gov.br/pisodaenfermagem.  

Câmara de Passos aprova Piso da Enfermagem

Câmara de Passos aprova Piso da Enfermagem – Foto: divulgação

A Câmara de Passos aprovou na última segunda-feira (6), o projeto enviado pela prefeitura e referente ao Piso Nacional da Enfermagem. O projeto de número 109/2023, enviado pelo prefeito Diego Oliveira, foi aprovado em reuniões extraordinárias, realizadas no final da tarde. Antes, a Câmara realizou a 40ª reunião ordinária, onde foram votados cinco projetos de lei e 20 requerimentos.

Segundo a Câmara, a aprovação do projeto do piso ocorre depois de longa discussão, onde o Legislativo teve participação decisiva para que o Executivo enviasse um novo texto. Até então, o pagamento adicional ao pessoal do setor estava condicionado à manutenção de repasses pela União. Com o novo projeto, a Prefeitura assumiu a responsabilidade pelo pagamento da complementação do piso, a seus servidores efetivos e contratados, ainda que a União não efetue previamente o repasse.

Nos pronunciamentos da votação, os vereadores destacaram que o projeto, que terá os pagamentos retroativos ao mês de maio, foi construído a várias mãos.

Presente na Câmara, o prefeito Diego recebeu das mãos da presidente da Câmara, Aline Macedo (PL), um pedido assinado por todos os vereadores para que a Prefeitura pague o abono de Natal a todos os servidores. Diego anunciou que todo o servidor vai receber abono de R$ 2 mil.

Em segundo turno o plenário aprovou projeto do Executivo que autoriza a concessão da isenção do Imposto sobre Transmissão der Bens Imóveis (ITBI) aos imóveis incluídos no programa habitacional Minha Casa Minha Vida.

Também em segundo turno foi aprovado projeto de autoria da vereadora Aline Macedo, que dá nome de José Maria de Paula à atual rua um, localizada no loteamento Planalto Verde.

Em primeiro turno os vereadores aprovaram projeto do Executivo que reorganiza o Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico. Foram aprovados também outros dois projetos do Executivo, um que trata da desafetação de área, e outro de aditivo de convênio com o Consórcio Ameg.

O projeto de lei do Executivo de número 100, que altera lei que disciplina o uso de bens materiais por terceiros, estava na ordem do dia para ser votado em primeiro turno, tendo sido retirado da pauta por conta de entrada de emenda de plenário do vereador Edmilson Amparado.

Ainda em extraordinária, os vereadores aprovaram projeto do Executivo que altera a Lei nº 3.889m que trata do Orçamento para 2023. (Clic Folha)

Câmara debate projeto sobre piso da Enfermagem em Passos

Câmara debate projeto sobre piso da Enfermagem em Passos – Foto: divulgação

A Câmara de Passos debateu nesta terça-feira, 30 de outubro, o Projeto de Lei nº 109, que regulamenta a Assistência Financeira Complementar, de acordo com a Lei Federal n° 14.434/2022, que estabelece o Piso Salarial Nacional para enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem e parteiras.

Segundo a Câmara, a pauta deve entrar em votação na próxima segunda-feira, 6, após a entrega dos pareceres das comissões.

De acordo com a Câmara, caso a União não forneça os recursos necessários, o município deve assumir a responsabilidade pelo pagamento dessa complementação.

Comissão de Orçamento analisa relatório do 2° quadrimestre

Câmara debate projeto sobre piso da Enfermagem em Passos – Foto: divulgação

A Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária da Câmara de Passos realizou na tarde desta terça-feira, 31, uma reunião para debater o relatório de execução orçamentária e gestão fiscal da Prefeitura de Passos referente ao segundo quadrimestre de 2023.

Segundo a Câmara, a reunião foi conduzido pelo presidente da Comissão, vereador João Serapião, e que contou com a presença do vereador Alex Bueno, do secretário de Fazenda, Juliano Beluomini e do diretor de Contabilidade, Wenderson Garcia Coimbra.

Conforme informações do relatório apresentado, o IPTU arrecadação R$ 40,6 milhões em 2023, o ISS R$ 27,9 milhões e o ITBI 8,7 milhões, que somados chegam a R$ 77,4 milhões, em recursos de receitas municipais, somando R$ 77,4 milhões.

De acordo com o relatório, entre setembro do ano passado e agosto de 2023, a receita corrente total líquida foi de R$ 382,8 milhões no município.

Segundo informou o secretário de Fazenda, Juliano Beluomini, a Prefeitura de Passos deve fechar o ano com superavit, mas ainda sem estimativas de valores.

Questionado pelo contador da Câmara, Antonio Cardoso, sobre os números dos balanços em torno de restos a pagar, Juliano explicou que há ações judiciais de fornecedores em andamento e que há também pagamentos para serem feitos em inventários de servidores já falecidos.

O vereador Alex Bueno indagou sobre o pagamento de emendas impositivas dos vereadores. Segundo o secretário, a Fazenda vem liberando as emendas quando determinadas pelos ordenadores de despesas.

Ainda segundo Juliano, o município tem sofrido queda na arrecadação dos repasses da União e do Estado, por conta do momento econômico atual, mas a perspectiva é de crescimento diante dos investimentos feitos em Passos. (Clic Folha)

Governo de Minas Gerais garante pagamento do Piso Nacional da Enfermagem na folha de dezembro para servidores estaduais do SUS-MG

Estado ainda aguarda resposta efetiva da União sobre os trabalhadores não vinculados ao Sistema Único de Saúde para também poder dar previsibilidade de pagamento a esses servidores

Governo de Minas Gerais garante pagamento do Piso Nacional da Enfermagem na folha de dezembro para servidores estaduais do SUS-MG – Foto: reprodução

O Governo de Minas informa que o pagamento dos valores que asseguram o Piso Nacional da Enfermagem será feito no quinto dia útil de dezembro para os profissionais da enfermagem vinculados ao Sistema Único de Saúde (SUS) que atuam nas unidades públicas estaduais, com base no repasse de recursos feito pela União. Na data, serão pagos os valores referentes ao atual mês corrente e o retroativo contabilizado a partir do mês de maio deste ano, data da lei 14.581/2023, que viabilizou o pagamento do piso.

Importante esclarecer que, apesar dos esforços por parte do Governo Federal, houve demora no recebimento dos recursos, tendo em vista critérios de repasse, como, por exemplo, o envio para prefeituras de valores relativos a profissionais de órgãos sob gestão estadual. Além disso, algumas indefinições relativas às regras estabelecidas para o pagamento exigiram várias tratativas junto ao Ministério da Saúde para esclarecimentos e recebimento de informações, o que dificultou a adoção das providências necessárias ao pagamento por parte do Governo do Estado.

Em relação aos profissionais de enfermagem não vinculados ao SUS, o Estado está atuando para que os recursos sejam disponibilizados pelo Governo Federal, objetivo para o qual ainda não recebeu resposta efetiva. Dessa forma, ainda não é possível precisar a data do pagamento desses profissionais. O Governo de Minas reitera, entretanto, que seguirá se empenhando para que esse retorno ocorra o mais rápido possível, para que seja viável a realização desse pagamento ainda no quinto dia útil de dezembro, junto aos demais profissionais.

Prefeitura de Passos promete mudar projeto do piso da enfermagem

Prefeitura de Passos promete mudar projeto do piso da enfermagem – Foto: Câmara Municipal de Passos

O Secretário Municipal de Saúde da Prefeitura de Passos (MG), Thiago Salum, anunciou na última quarta-feira (18) que o projeto em tramitação na Câmara de Passos que trata da implantação do Piso Nacional da Enfermagem será modificado e que estudos estão sendo realizados para avaliar as possibilidades de sua implementação.

Nesta quarta, como estava previsto, os vereadores se reuniram com profissionais da enfermagem para discutir o tema. Na última reunião, realizada na segunda-feira, os profissionais expressaram sua oposição ao projeto de gratificação que atualmente está em tramitação na Câmara. Em resposta, os vereadores propuseram a realizar um estudo para avaliar a viabilidade e o impacto financeiro do projeto. A realização desta reunião havia sido acordada na reunião anterior.

Raysa Oliveira, advogada do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde, informou que esteve presente à reunião realizada no gabinete do prefeito Diego Oliveira. Ficou definido que o executivo anunciará um retorno até sexta-feira, 20 de outubro, sobre a possibilidade de implementação do Piso Nacional da Enfermagem.

A presidente da Câmara, Aline Macêdo, enfatizou que o Piso Nacional da Enfermagem é uma causa justa, defendida por muitos, especialmente pelos profissionais que desempenham um papel crucial em benefício da população. O vereador Edmilson também expressou seu apoio à implementação do Piso. O vereador Alex Bueno destacou que o ponto crucial neste momento é obter uma resposta sobre o impacto financeiro e a decisão oficial sobre a implementação do Piso. Luiz Carlos Dentinho expressou sua expectativa em relação ao envio de um novo projeto e reiterou seu compromisso em assegurar que o Projeto do Piso Nacional da Enfermagem seja encaminhado. Francisco Sena afirmou que também está comprometido com essa causa, e durante a reunião na Câmara, outra reunião estava ocorrendo na Prefeitura com alguns vereadores. O vereador Dirceu Soares também esteve presente.

Antes da reunião, o líder do prefeito na Câmara, Maurício Silva, acompanhado da presidente do Sempre, Simone da Rocha Reis, anunciou que o prefeito Diego Oliveira os recebeu na parte da manhã. Segundo eles, o prefeito teria se comprometido a atender as reivindicações da categoria. “O prefeito se disponibilizou a atender a nossa reivindicação e vai implantar o piso da enfermagem”, anunciou a presidente do Sempre. (Observo)

São José da Barra deve receber R$ 217.166 destinados ao pagamento do piso da enfermagem

São José da Barra (MG), deve receber R$ 217.166, destinados ao pagamento do piso da enfermagem. Ao todo, os municípios da região devem receber R$ 14,2 milhões do Governo Federal. O Ministério da Saúde divulgou, no último dia 12, o valor do repasse em cada município do país. No Brasil, o valor deve chegar a R$ 7,3 bilhões e no estado de Minas, a previsão é de R$ 1,1 bilhão.

Na região, segundo informações do Ministério da Saúde, o maior repasse será para São Sebastião do Paraíso (R$ 2,19 milhões), seguido por Passos, (R$ 1,54 milhão), Alpinópolis (R$ 1,51 milhão), Nova Resende (R$ 1,29 milhão) e Monte Santo de Minas (R$ 1,04 milhão). Os menores repasses serão para Ibiraci (R$ 9,4 mil), São Roque de Minas (R$ 45,1 mil) e Claraval (R$ 56,5 mil). Esses valores serão repassados em nove parcelas.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Minas Gerais (Seemg), Anderson Rodrigues, este repasse marca a luta da classe pela reivindicação de seus direitos. “A importância desse repasse é que todo município, estado e instituições filantrópicas tenham condição de pagar o trabalhador e, com isso, que ele receba o que é devido, no caso dos enfermeiros, R$ 4.750,00”, disse. Para técnicos de enfermagem, o piso será de R$ 3.350 e, para auxiliares e parteiras, o valor é de R$ 2.375.

“Essa conquista é importantíssima para nós porque foram mais de 30 anos de luta. Nos últimos dez anos, foi uma luta forte, de muita organização e valorização das entidades sindicais. O ataque da reforma trabalhista acabou fortalecendo as entidades e com isso conseguimos mostrar para o trabalhador que era necessário sim lutar para que o piso fosse conquistado. Ainda temos lutas, como da carga horária e muitas coisas que faltam, além do piso, que é um marco”, afirmou.

Segundo ele, os repasses aos municípios ainda podem ter ajuste, caso necessário, mas, a princípio, os valores serão bem aplicados. “Foi feito um estudo bem detalhado sobre isso e nós acreditamos nas equipes técnicas da Câmara de Deputados, do Senado e principalmente do Governo Federal, que tem competência para levantar os valores corretos em cada município. Os valores chegam aos municípios de acordo com o quantitativo de profissionais”, disse o presidente.

“Pode ser que haja divergência por problemas dos municípios que não atualizaram seus funcionários dentro dos órgãos necessários, sendo válido um reajuste. De fato, a classe deve ter benefício com esse piso, já que muitos profissionais ganham abaixo do valor prometido. Principalmente nos municípios, que os técnicos de enfermagem ganham menos que um salário-mínimo. É lamentável essa situação, acreditamos que todos os profissionais serão beneficiados”, disse.

Conforme a publicação do Ministério da Saúde, no último dia 12, são três os fatores para o cálculo dos valores a serem transferidos aos estados, municípios e Distrito Federal: a disponibilidade orçamentária e financeira; o indicador de participação relativa do ente federado no esforço financeiro total de implementação dos pisos da enfermagem, estimado a partir da base de dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) e o fator de redistribuição e correção de desigualdades entre os entes federados.

Ainda conforme o documento, o valor a ser repassado para cada município foi considerado com base no PIB per capita de cada um, o porte (número de habitantes) e a classificação por Unidade da Federação, região e região de saúde. Sendo assim, os estados com maior repasse total são Minas Gerais (R$1,1 bilhão) e São Paulo (R$1,04 bilhão), e os com menores são Roraima (R$16,3 milhões) e Distrito Federal (R$11,4 milhões). (Via: Clic Folha)

Barroso libera pagamento do piso nacional da enfermagem

Imagem: reprodução

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), liberou na última segunda-feira (15) o pagamento do piso nacional da enfermagem. Contudo, o ministro entendeu que estados e municípios devem pagar o piso nacional da enfermagem nos limites dos valores que receberem do governo federal.

A decisão do ministro foi proferida após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter sancionado a abertura de crédito especial de R$ 7,3 bilhões para o pagamento do piso. A medida foi publicada na sexta-feira (12), Dia Internacional da Enfermagem.

O novo piso para enfermeiros contratados sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) é de R$ 4.750, conforme definido pela Lei nº 14.434. Técnicos de enfermagem recebem, no mínimo, 70% desse valor (R$ 3.325) e auxiliares de enfermagem e parteiras, 50% (R$ 2.375). O piso vale para trabalhadores dos setores público e privado.

Em setembro do ano passado, Barroso suspendeu o piso salarial nacional da enfermagem e deu prazo de 60 dias para entes públicos e privados da área da saúde esclarecerem o impacto financeiro. Segundo os estados, o impacto nas contas locais é de R$ 10,5 bilhões e não há recursos para suplementar o pagamento.

Na nova decisão, o ministro disse que os recursos repassados não serão suficientes para que os estados garantam o pagamento do piso para profissionais que trabalham no Sistema Único de Saúde (SUS).

“Assim em relação aos estados, Distrito Federal e municípios, bem como às entidades privadas que atendam, no mínimo, 60% de seus pacientes pelo SUS, a obrigatoriedade de implementação do piso nacional só existe no limite dos recursos recebidos por meio da assistência financeira prestada pela União para essa finalidade”, decidiu.

No caso de profissionais da rede hospitalar privada, Barroso entendeu que, diante do risco de demissões, o piso também deve ser pago aos profissionais, mas, poderá negociado coletivamente entre empresas e sindicatos da categoria.

“Ao permitir tão somente que o valor previsto pelo legislador nacional possa ser suplantado por previsão em sentido diverso eventualmente constante de norma coletiva, implementa-se a lei em favor da integralidade da categoria e, ao mesmo tempo, evitam-se os riscos de demissões e fechamento de leitos”, escreveu o ministro.

Para os profissionais que trabalham para o governo federal, o piso deverá ser pago integralmente, conforme lei de criação da medida.

Dados do Conselho Federal de Enfermagem contabilizam mais de 2,8 milhões de profissionais no país, incluindo 693,4 mil enfermeiros, 450 mil auxiliares de enfermagem e 1,66 milhão de técnicos de enfermagem, além de cerca de 60 mil parteiras.

Enfermeira de Passos será homenageada em evento estadual representando o Sul e Sudoeste de Minas Gerais

Imagem: Danielli Maria Vieira Costa/arquivo pessoal

Durante a 24ª Semana da Enfermagem do Coren-MG será realizada a cerimônia de entrega do Prêmio Florence Nightingale, no dia 15 de maio em Belo Horizonte (MG).

Serão entregues 36 títulos de honraria sendo homenageados um profissional de enfermagem das categorias enfermeiro(a), técnico(a) e auxiliar de enfermagem de 12 regiões do estado: Noroeste de Minas, Norte de Minas, Jequitinhonha, Vale do Mucuri, Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, Central Mineira, Metropolitana de Belo Horizonte, Vale do Rio Doce, Centro-oeste/Oeste de Minas, Sul e Sudoeste de Minas, Campo das Vertentes e Zona da Mata.

A enfermeira Danielli Maria Vieira Costa, 42 anos, será a homenageada representando a região Sul e Sudeste de Minas Gerais.

Há 20 anos ela se formou e começou a se dedicar exclusivamente à enfermagem. Sendo pós-graduada em Enfermagem Hospitalar e Oncologia pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), Urgência e Emergência pelo IFSUL (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas).

“Sou instrutora de Suporte Básico de Vida, Primeiros Socorros e Controle de Hemorragias pelo Instituto Brasileiro de APH (IBRAPH), sou membro da Academia de Instrutores, instrutora também pelo Stop The Bleed. Atualmente sou enfermeira concursada do CISSUL- SAMU em Passos (MG) e concursada da Prefeitura de Fortaleza de Minas (MG). Sou responsável técnica (RT) da CDG TURGEM. Foi um caminho de muito aprendizado e de muita troca de conhecimento”, informou a profissional de enfermagem.

Danielli afirma que o reconhecimento do COFEN/COREN-MG é muito importante.

“Essa premiação como destaque na atuação da enfermagem mineira do Prêmio Florence Nightingale é de muito merecimento para nós. Estivemos na linha de frente da pandemia de Covid-19 e vencemos. Perdemos muitos colegas de profissão que deixavam sua família para cuidar da família do outro. Hoje tenho imenso orgulho de dizer que guerreiros somos nós. Que somos guerreiros de uma guerra invisível, de uma guerra sem armas”, frisou.

A premiação acontecerá no dia 15 de maio, às 19h, no Hotel Royal Golden Savassi, na capital mineira.

Piso da enfermagem: Congresso aprova projeto para viabilizar pagamento

O Congresso Nacional aprovou na última quarta-feira (26) o projeto de lei que garante a abertura de crédito especial no orçamento federal deste ano para o pagamento do piso da enfermagem. O PLN 5/2023 vai à sanção. Pelo texto, será assegurado o valor de R$ 7,3 bilhões para ajudar no pagamento do piso, que foi criado pela Emenda Constitucional 124.

O texto foi aprovado por unanimidade no Senado e recebeu o apoio da maioria dos deputados. O Partido Novo registrou voto contrário.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, afirmou que aprovação do piso foi uma decisão política do Parlamento e do Poder Executivo em reconhecimento à importância de enfermeiros, técnicos de enfermagem e auxiliares:

— Somos sabedores que é difícil a fixação de piso salarial no Brasil, mas a enfermagem foi objeto de opção política feita pelo Senado, pela Câmara e pelo Poder Executivo, de ontem e de agora, para se dar a esses profissionais um piso minimamente razoável. Sabemos o que enfermeiros, técnicos e auxiliares enfrentaram na pandemia. Foram verdadeiros guerreiros. Muitos morreram na frente de batalha da covid. Hoje, mais uma etapa foi cumprida pelo Congresso Nacional — destacou.

O dinheiro previsto no PLN 5/23 será usado para o Ministério da Saúde auxiliar estados, municípios e o Distrito Federal no pagamento dos pisos a partir de maio. Os recursos virão de superávit financeiro apurado em 2022 pelo Fundo Social. Em exposição de motivos, o governo afirmou que a medida não tem impacto na meta de resultado primário fixada para 2023. Além disso, a despesa já foi retirada do teto de gastos criado pela Emenda Constitucional 95.

Ao todo, 867 mil profissionais serão beneficiados. A Lei 14.434/2022 define que o piso salarial dos enfermeiros será de R$ 4.750. Os técnicos de enfermagem deverão receber 70% desse valor (R$ 3.325); e os auxiliares de enfermagem e as parteiras, 50% (R$ 2.375).

Reconhecimento

Relatora do projeto na Comissão Mista de Orçamento (CMO), a senadora Eliziane Gama (PSD-MA) destacou que a categoria luta há décadas por valorização e que a sua atuação foi fundamental durante a pandemia da Covid-19.

— Hoje estamos finalizando uma caminhada de mais de 20 anos no Congresso Nacional para garantir a valorização e o reconhecimento de uma categoria que tem hoje cerca de três milhões de profissionais. Desse universo, 85% são mulheres. Mais de 4500 famílias perderam seus entes queridos, profissionais da enfermagem, durante a pandemia. Hoje estamos tornando realidade uma caminhada de muita luta, uma caminhada árdua— enfatizou a relatora, que destacou também o empenho do presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco e de outros parlamentares para viabilizar o pagamento.

Enfermeiro de formação, o deputado federal Bruno Farias (Avante-MG) comemorou a aprovação e afirmou que a luta pelo piso da enfermagem chegou ao seu capítulo final: 

— O Congresso faz justiça hoje ao garantir um piso necessário aos enfermeiros, técnicos e auxiliares deste Brasil. […]Essa novela está chegando ao final hoje. No mês de maio, o piso da enfermagem tem que estar na conta, porque a enfermagem foi que salvou este país, a enfermagem que vacinou este país, a enfermagem que cuida dessa sociedade— ressaltou. 

Autor do Projeto de Lei (PL) 2.564/2020, que institui o piso salarial nacional da enfermagem,  o senador Fabiano Contarato (PT-ES) fez um apelo ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que revogue a suspensão da Lei 14.434/22, que estabeleceu o valor dos pisos. Em setembro do ano passado, o STF concedeu medida cautelar proposta pela Confederação Nacional de Saúde para suspender os efeitos da lei até que sejam esclarecidos os impactos financeiros da medida.

Em dezembro, o ministro do STF Roberto Barroso decidiu que, mesmo com a aprovação da Emenda Constitucional 127, que tratou das fontes de recursos no setor público, é necessária a regulamentação da assistência complementar da União por uma outra lei federal.

— Eu faço uma apelo ao Supremo Tribunal Federal: para que imediatamente o STF revogue a suspensão da vigência da lei que instituiu o piso. É uma lei. É um direito dos trabalhadores— sustentou Contarato.

A senadora Zenaide Maia (PSD-RN), que é médica, destacou a luta de enfermeiros, técnicos, parteiros e demais profissionais da área.

— Finalmente os recursos vão chegar ao contracheque dessa categoria que é talvez a única que está presente da hora em nascemos até a hora em que morremos. Enfermagem brasileira, vocês merecem. Essa luta é para fazer justiça. Não estamos pedindo privilégio— celebrou.

Os deputados João Daniel (PT-SE), Jorge Solla (PT-BA), Abilio Brunini (PL-MT) e outros parlamentares comemoraram também a aprovação do PLN 5:

— Temos orgulho de ter PLNs aqui que fazem parte da política do governo do presidente Lula, que é reconstruir este país, olhar para categorias da classe trabalhadora, dos servidores públicos, a exemplo da enfermagem, dar dignidade e atender às reivindicações históricas – afirmou João Daniel.

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