Jornal Folha Regional

São José da Barra alcança 100% em frequência escolar no fundamental

São José da Barra alcança 100% em frequência escolar no fundamental - Foto: reprodução
São José da Barra alcança 100% em frequência escolar no fundamental – Foto: reprodução

Doresópolis, Fortaleza de Minas, Itaú de Minas, Monte Santo de Minas, Pimenta, Pratápolis, São José da Barra e Vargem Bonita alcançaram 100% na taxa de frequência escolar no ensino fundamental, com alunos entre 6 e 14 anos.

Os dados são do “Educação: Resultados Preliminares da Amostra do Censo Demográfico 2022”, divulgado na última quarta-feira, 26, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o órgão, a média da taxa de frequência escolar nesse grupo de idade (6 a 14 anos) ficou em 98,66% na região, abaixo da média registrada em Minas Gerais, que alcançou 98,83%.

Conforme os dados do IBGE, 16 municípios da região atingiram taxa igual ou acima da média estadual, com destaque para Carmo do Rio Claro (99,86%), Capetinga (99,75%) e Itamogi (99,63%).

São Tomás de Aquino (93,51%), Delfinópolis (94,38%) e Nova Resende (94,82%) registraram as taxas mais baixas na região, conforme aponta o órgão.

Considerando os alunos da Educação Infantil (0 a 3 anos), a média da região ficou em 25,32%, abaixo da média do estado, que atingiu a taxa de 32,4%. Seis municípios da região superaram esse índice.

Doresópolis (56,58%) foi o município com melhor índice nesse recorte de idades, seguido por Piumhi (48,99%), Monte Santo de Minas (36,02%) e Capitólio (35,38%). Os índices mais baixos foram em São José da Barra, com 1,87% de taxa de frequência de alunos nas creches, seguido por Fortaleza de Minas (5,48%) e Capetinga (8,93%).

No grupo entre 4 e 5 anos, com alunos do Pré-Escolar, a taxa regional de frequência ficou em 83,89%. Em Minas, o índice alcançou 88,36%, com cinco cidades superando a taxa estadual.

Destaque para Doresópolis, com 100% de taxa de frequência, sendo o único município da região com esse índice, seguido por Fortaleza de Minas (96,38%) e Alpinópolis (95,62%). Já Vargem Bonita (68,5%), Capetinga (72,09%) e São Tomás de Aquino (74,44%) registraram os menores índices nesse grupo de idades.

Considerando a taxa de frequência no ensino médio, para alunos com idade entre 15 e 17 anos, a região alcançou taxa de 84,59%, ante índice de 86,08% no estado.

O município de Doresópolis foi o único na região que alcançou 100% nesse grupo de idades. Destaque também para Monte Santo de Minas (93,01%), Capetinga (92,31%) e Pratápolis (91,15%).

Delfinópolis, com 70,91% de frequência no Ensino Médio, Nova Resende (72,11%) e Bom Jesus da Penha (73,44%) registraram as taxas mais baixas na região.

Brasil

O Censo 2022 apurou que, na população brasileira com 0 a 3 anos de idade, a taxa de frequência escolar bruta era de 33,9%. Entre as pessoas de 4 a 5 anos, a taxa em 2022 foi de 86,7%. Já entre as pessoas entre 6 e 14 anos, esse indicador foi de 98,3%, enquanto na faixa de 15 a 17 anos foi de 85,3%.

Meta

Segundo a analista do IBGE, Juliana Queiroz, “a meta 1 do Plano Nacional de Educação (PNE) estabelece como objetivos a universalização da educação infantil na pré-escola para as crianças de 4 a 5 anos de idade e a ampliação da oferta de educação infantil em creches de forma a atender, no mínimo, 50% das crianças de até 3 anos.

Na região apenas o município de Doresópolis alcançou as metas do PNE em relação a oferta de vagas na educação infantil (56,58%) e na pré-escola, com 100%.

Em relação a meta no ensino fundamental, o PNE recomenda taxa de 95%. Apenas Delfinópolis, Nova Resende e São Tomás de Aquino ainda não atingiram esse objetivo.

O PNE recomenda ainda 85% de taxa de frequência no ensino médio, sendo assim, 13 municípios da região alcançaram esse objetivo.

Anos de estudo

Na região, considerando os dados do Censo Demográfico de 2022, o número médio de anos de estudo da população com 11 anos ou mais atingiu 8,38 anos, abaixo da média de Minas que ficou em 9,4 anos.

Entre as cidades da região, os pontos extremos foram Itaú de Minas (9,9 anos) e São Tomás de Aquino (7,3 anos). Apenas três municípios da região ficaram acima da média alcançado pelo estado. Itaú de Minas, Passos (9,7) e Piumhi (9,6) se destacaram nesse aspecto.

Logo atrás aparece São Sebastião do Paraíso e Capitólio, ambos com 9,2 anos, Pratápolis (9,1) e São José da Barra (9).

De acordo com o IBGE, o número de anos de estudo é calculado pelas informações da série e nível ou grau que a pessoa estava frequentando ou havia concluído.

Segundo o órgão, para o ensino fundamental completo são considerados 9 anos de estudo; ensino médio completo, 12 anos de estudo. Já aqueles que completaram o ensino superior atingem 16 anos de estudo.

São José da Barra alcança 100% em frequência escolar no fundamental - Imagem: reprodução
São José da Barra alcança 100% em frequência escolar no fundamental – Imagem: reprodução

Via: Clic Folha

Aos 91 anos, sul mineira realiza sonho e se forma no Ensino Médio

Aos 91 anos, sul mineira realiza sonho e se forma no Ensino Médio - Foto: Arquivo Pessoal
Aos 91 anos, sul mineira realiza sonho e se forma no Ensino Médio – Foto: Arquivo Pessoal

Nascida em Piranguçu, no Sul de Minas, Iolanda Ribeiro Conti, de 91 anos, realizou seu sonho no último dia 11, em Guarulhos (SP), onde mora. Ela recebeu o diploma do Ensino Médio, que simboliza a realização de um sonho de décadas. Ela frequentou as aulas pelo programa Educação de Jovens e Adultos (EJA).

“Eu queria muito escrever meu nome. Sempre me incomodou não saber ler e escrever. Mas nunca deixei de sonhar e consegui. Querer é poder, mas temos que correr atrás. Nada é fácil. Tem que ter muita fé em Deus e não perder a esperança. Quanto mais se vive mais se aprende. A idade não importa”, contou em entrevista.

Dona Iolanda não pôde frequentar a escola quando era criança. Ela começou a trabalhar na roça quando tinha 8 anos. Além disso, ela tinha a responsabilidade de cuidar dos irmãos. Aos 11 anos, ela foi levada por uma família para São Paulo. A promessa era colocá-la na escola, mas, na realidade, foi submetida a trabalho doméstico e exploração. 

Anos depois, ela conseguiu sair da jornada de exploração. Dona Iolanda formou uma família, teve três filhos e trabalhou em diversos empregos, como faxineira, padeira e lavadeira. Mas o sonho de estudar continuava vivo.

Quando tinha 85 anos, ela deu o primeiro passo: escreveu seu nome pela primeira vez. Sua filha, Vera Lúcia Ribeiro Conti, que é fisioterapeuta, foi a principal incentivadora desse processo. “Sempre falou o quanto queria estudar, aprender a escrever e a ler. Foi então que a matriculei numa escola. Ela escreveu o nome dela pela primeira vez aos 85 anos. Foi emocionante”, disse.

Uma jornada inspiradora

Foi Vera que matriculou a mãe na Escola Estadual Padre Conrado Sivila, onde Iolanda concluiu o ensino fundamental e, posteriormente, o ensino médio. Durante todo o percurso, Vera a acompanhou diariamente, mostrando a força dos laços familiares.

“Acompanhava todos os dias nas aulas, que eram aqui perto de casa. Sou fisioterapeuta e deixei de atender clientes à noite para ir com ela. E valeu a pena. Faria tudo de novo porque ela fez muito por mim. Eu sou adotada por ela e sou muito grata”, afirmou.

Para Iolanda, a escola foi além do que imaginava. “Fiquei muito contente, graças a Deus me deram oportunidade. Conheci pessoas muito boas que cuidaram bem de mim, me deram a maior força. Sou feliz. E eu não faltava nas aulas, mesmo na chuva e no frio”, contou.

Agora, com o ensino médio completo, Iolanda sonha em entrar na faculdade. O curso escolhido foi Nutrição. Quando era mais jovem, o sonho era ser enfermeira.  “Eu vou para a faculdade, vou fazer aquilo que quero fazer. Querer é poder. Se Deus quiser, né? Deus é quem sabe. Mas se consegui até agora, consigo o resto”, disse.

Vera já se prepara para realizar mais esse sonho. “Tem gente que fala que ela está tão senhorinha. Mas se for preciso eu vou com ela nas aulas, vou ajudar porque ela merece. É um sonho que ela tem”, declarou.

Ministro quer usar Enem como certificação de conclusão do Ensino Médio

Ministro da Educação, Camilo Santana - Foto: redes sociais
Ministro da Educação, Camilo Santana – Foto: redes sociais

O ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou neste domingo (10/11), durante divulgação do balanço preliminar do segundo dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), as metas e projetos para o Enem em 2025.

A primeira delas é transformar o exame em certificação de conclusão do Ensino Médio para pessoas acima de 18 anos, assim como já funciona hoje o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja).

Santana repassou a demanda ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que fará toda a avaliação para tornar a medida possível. Segundo o ministro, a ideia é concluir essa fase de estudos de implementação até o início das inscrições do Enem do próximo ano, ou seja, até maio de 2025.

Fortalecimento do Enem

O presidente do Inep, Manuel Palácios, entende que a medida é uma forma de fortalecer o Enem. A ideia é utilizar a dimensão do exame, que foi aplicado neste domingo em 10 mil locais espalhados em 1.753 cidades do Brasil, para garantir uma chance maior das pessoas certificarem a conclusão do ensino médio.

O Encceja, segundo ele, será mantido e, caso a medida seja implementada no Enem 2025, as duas formas de certificação serão oferecidas pelo Ministério da Educação.

“Vamos nos debruçar agora sobre a demanda feita pelo ministro e apresentar a melhor proposta. O objetivo é garantir um acesso maior aos jovens, e aí vamos avaliar o fluxo”, expôs Palácios.

Para o presidente do Inep, é bem provável que, com o tempo, o Enem se mostre uma alternativa mais interessante e acessível aos jovens, nesse sentido, em relação ao Encceja.

Alunos poderão realizar Curso Técnico em Informática Integrado ao Ensino Médio na E.E. de Furnas, em São José da Barra

Alunos poderão realizar Curso Técnico em Informática Integrado ao Ensino Médio na E.E. de Furnas, em São José da Barra - Imagem: divulgação
Alunos poderão realizar Curso Técnico em Informática Integrado ao Ensino Médio na E.E. de Furnas, em São José da Barra – Imagem: divulgação

Os alunos que irão ingressar no primeiro ano do ensino médio em 2025, poderão realizar um Curso Técnico em Informática integrado, na Escola Estadual de Furnas, em São José da Barra (MG).

Proporcione ao seu filho uma educação de qualidade, ele irá terminar o ensino médio com dupla formação.

Basta acessar o link abaixo e cadastrar/matricular seu filho na Escola Estadual de Furnas, ou, entre em contato com a secretária da escola.

https://cadastroescolar.educacao.mg.gov.br/index.html

Novo ensino médio será implementado na rede pública em Minas em 2025; veja o que muda

Novo ensino médio será implementado na rede pública em Minas em 2025; veja o que muda - Foto: divulgação
Novo ensino médio será implementado na rede pública em Minas em 2025; veja o que muda – Foto: divulgação

Minas Gerais será um dos primeiros estados do Brasil a adotar as mudanças nos três anos de ensino médio na rede pública, conforme previsto na Lei 14.945/2024, que altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) e estabelece novas diretrizes para o ensino médio a partir de 2025. 

Uma das principais alterações será o aumento da carga horária da Formação Geral Básica (FGB), que passará de 1,8 mil para 2,4 mil horas dentro das 3 mil horas totais do ensino médio. Em Minas Gerais, o cronograma anual será dividido em 800 horas para FGB e 200 horas para Itinerários Formativos.

Outra mudança significativa será a redução no número de componentes curriculares, que passará para 15 no 1º ano. Essa alteração foi possível em função da reestruturação do Itinerário Formativo, que contemplará o aprofundamento em áreas como Ciências da Natureza, Linguagens, Matemática e Ciências Humanas e Sociais nos 2º e 3º anos.

No ensino médio diurno a integração entre essas áreas vai enfatizar temas como Cidadania Global e Economia e Trabalho, enquanto no ensino médio noturno, o foco será em Mobilidade Urbana.

Assim, haverá um aumento de uma aula semanal em alguns componentes curriculares para o ensino médio parcial diurno.

No 1º ano do ensino médio, as disciplinas com carga horária ampliada serão Língua Portuguesa, Língua Inglesa, Matemática, Física, Química e Geografia.

No 2º ano, o incremento será nas matérias de Língua Portuguesa, Educação Física, Matemática, Física, Biologia e História.

Já no 3º ano, as mudanças serão nas disciplinas de Língua Portuguesa, Matemática, Química, Biologia, Geografia, História e Artes.

A nova estrutura dará ênfase à cultura digital, com o componente Tecnologia e Inovação  no ensino médio noturno e na  Educação de Jovens e Adultos (EJA).

O Projeto de Vida, que trabalha habilidades socioemocionais e reflexões sobre o futuro, continuará presente em todos os anos de escolaridade do ensino médio.

Ensino Médio em Tempo Integral

No Ensino Médio em Tempo Integral (Emti) preparatório haverá ampliação da carga horária da Formação Geral Básica para além das 2,4 mil horas.

A depender da oferta de ensino integral em vigor, essa carga horária poderá ser de 3 mil horas, distribuídas ao longo dos três anos de escolaridade, com aumento de aulas para todos os componentes curriculares.

No entanto, é fundamental que essa ampliação de carga horária seja acompanhada pelo desenvolvimento de metodologias mais dinâmicas e inovadoras, e que permitam explorar novos ambientes de aprendizagem, qualificando o tempo que o estudante passa na escola.

No Itinerário Formativo, a reestruturação segue a mesma proposta do ensino médio parcial, com a manutenção da carga horária das atividades integradoras como forma de garantir a formação interdimensional dos estudantes, promovendo uma educação integral que valorize sujeitos autônomos, solidários e competentes.

Os itinerários formativos e as disciplinas eletivas permitem aos estudantes moldar sua educação conforme seus interesses e objetivos profissionais.

Na Escola Estadual Romero de Carvalho, em Pedro Leopoldo, essas disciplinas são trabalhadas de forma interdisciplinar, enriquecendo a experiência educacional.
 
Um exemplo é o projeto que criou um pesticida natural a partir do licuri, um fruto típico da região. O professor Antônio Carlos destaca como esses projetos ligam o conhecimento acadêmico à prática, beneficiando a comunidade local.

“Esses projetos são a maneira que a escola vê de integrar as disciplinas do Novo Ensino Médio, ligando os itinerários e as eletivas com as disciplinas tradicionais, trazendo um significado para a vida do estudante, inserindo isso no cotidiano dele”, destaca Antônio Carlos, professor de Geografia da escola.

O estudante Caio Felipe, de 17 anos, trabalha em uma empresa da região no setor agropecuário e explica como o projeto está interligado com seu trabalho.

“Eu trabalho com hortas, sou do agro. Este projeto que combate pragas me ajudou muito no meu serviço, pois pude aplicar o que aprendi aqui. No futuro, vamos poder utilizar esse produto lá, já que é bastante eficaz. Também trouxe bastante conhecimento adquirido no trabalho para cá, integrando trabalho e estudo”, comenta.

Alterações na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional

Em 2023, o Ministério da Educação (MEC) realizou uma consulta pública sobre a reestruturação do ensino médio.

O relatório resultante e as discussões subsequentes levaram à publicação da Lei nº 14.945 em 31/7/2024, que altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) e estabelece novas diretrizes para o ensino médio a partir de 2025.

Vídeo: mulher conclui Ensino Médio aos 41, graduação aos 47 e passa em concurso aos 49 anos

Mulher conclui Ensino Médio aos 41, graduação aos 47 e passa em concurso aos 49 anos – Vídeo: reprodução/Gran Cursos

Filha de empregada doméstica e eletricista, Simone Veloso tem uma história exemplar. A mulher se formou no ensino médio aos 41 anos, fez curso superior e aos 49, passou em concurso público. Ela foi aprovada para o concurso para escrivão de Justiça de São Paulo.

“Se a gente se dedicar 100% a gente consegue mudar a história, mudar tudo. É com estudo mesmo que se muda. Tem que se dedicar 100%, não pode ser 90% nem 80%”, ensinou a mais nova policial.

Enquanto estudava, a mulher fez malabarismos. Para sobreviver, trabalhou como motorista de aplicativo e vendeu água de coco. Sem computador, assistia as aulas on-line pelo telefone e, para economizar usava os cadernos da filha.

Determinação do concurso

A mulher contou que sua meta era passar no concurso para escrivão, exatamente como ocorreu.

Meu plano de ensino eram assistir as aulas, fazer os exercícios e anotar todos os detalhes.

“Eu coloquei na cabeça: esse concurso vai me tirar [o foco]”, disse Simone. “Não tem nada no mundo que se compare [a essa alegria]”, disse Simone.

Perseverança e foco

Simone brinca que jamais gostou de estudar. Mas que, ao decidir, que passaria em um concurso público, tudo mudou. Passou a se dedicar totalmente para os estudos.

“Enquanto estava estudando, eu deixei de assistir novelas e televisão”, contou ela. “

Mesmo sem computador, estudando pelo celular e pela TV, Simone nunca deixou as dificuldades a impedirem de seguir em frente.

Dicas da Simone

A mulher disse que elegeu três aspectos são fundamentais na sua lista de dicas para concurso público.

  • Manter o foco;
  • Estudar sempre, sem perder as metas;
  • Aproveitar todo o tempo

Pobreza extrema

A falta de estímulo na infância e na adolescência fez com que Simone se distanciasse dos estudos. “Não tenho boa lembrança nem saudades nenhuma”, desabafou.

Sem condições financeiras, a mulher começou a trabalhar aos 14 anos, sendo levada a deixar a escola. “Não gostava de estudar, mas gostava de ler. Com isso meu português era bom”, disse.

Porém, uma “chave” mudou, quando ela percebeu que tinha condições de passar em concurso público. Foi aí que resolveu terminar o ensino médio e, passar o vestibular.

Mulher conclui Ensino Médio aos 41, graduação aos 47 e passa em concurso aos 49 anos - Foto: reprodução/Gran Cursos
Mulher conclui Ensino Médio aos 41, graduação aos 47 e passa em concurso aos 49 anos – Foto: reprodução/Gran Cursos

Comissão de Educação aprova texto do Novo Ensino Médio, que vai a plenário

Comissão de Educação aprova texto do Novo Ensino Médio, que vai a plenário - Foto: reprodução
Comissão de Educação aprova texto do Novo Ensino Médio, que vai a plenário – Foto: reprodução

A Comissão de Educação do Senado aprovou, nesta quarta-feira 19, o projeto de lei que institui mudanças no Novo Ensino Médio. Agora, o projeto segue para análise do plenário do Senado.

O colegiado aprovou, em votação simbólica, o texto apresentado pela relatora, a senadora professora Dorinha Seabra (União-TO) que, após acordo com o Ministério da Educação, manteve a carga horária de 2.400 horas para a formação geral básica dos estudantes. 

A proposta prevê uma modulação temporal para que as redes de ensino se adaptem às mudanças e aponta que as 2.400 horas da formação geral básica sejam alcançadas a partir de 2029.

A ideia é que, entre 2025 e 2028, a carga horária para a formação geral básica atinja o piso de 2.200 horas, com possibilidade de aproveitamento integrado de 200 e 400 horas da FGB, conforme a carga horária do curso técnico.

Se o curso for de 800 horas, o mínimo estabelecido pelo Catálogo Nacional de Cursos, não haverá mudanças. Se for de 1.000 horas, o aproveitamento poderá ser de até 200 horas. Se for de 1.200, até 400 horas da FGB poderão ser destinadas para trabalhar.

O novo relatório também prevê a expansão da carga horária total dos cursos de Ensino Médio com ênfase em formação técnica e profissional, a partir de 2029: para 3.200, 3.400 e 3.600 horas, quando se ofertarem, respectivamente, cursos técnicos de 800, 1.000 e 1.200 horas. Atualmente, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional estabelece 3 mil horas para a modalidade.

Para o professor da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, Fernando Cassio, a retomada das horas para a formação geral básica dos estudantes é um mérito do relatório.

“Acho que a proposta da relatora se mostra sensível a uma questão central, que pra gente ter um Ensino Médio universal, dentro daquilo que é o próprio desenho da política educacional no Brasil, a gente precisa ter uma formação geral básica igual para todo mundo”, avalia.

O pesquisador ainda entende que ao prever a ampliação da carga horária total do Ensino Médio, prevendo a oferta da educação técnica, o texto também sinaliza para a necessidade de se qualificar essa oferta.

“Veja, estamos falando de uma formação técnica robusta, e não de cursinhos de curta duração, o que eu acho que é um avanço do que tínhamos até então com a reforma do Temer”, avaliou.

“Entendo que esse tempo de adequação de cinco anos para se chegar às 2400 horas, efetivamente, vai criar uma agenda junto às secretarias de educação e ao governo federal de que precisamos criar matrículas no ensino técnico de alta qualidade no País, o que só se faz com investimentos”, concluiu.

Reforma do Novo Ensino Médio: especialista aponta as alterações previstas pelo MEC e o que muda dentro da sala de aula

Projeto de Lei, que tramita em regime de urgência na Câmara dos Deputados, teve votação adiada para março. Alvo de amplo debate, propõe entre outras medidas a alteração da carga horária e a reestruturação do currículo eletivo. Segundo especialista, a revisão pode ser oportuna para se discutir como a educação pode diminuir a desigualdade no país

Reforma do Novo Ensino Médio: especialista aponta as alterações previstas pelo MEC e o que muda dentro da sala de aula - Foto: reprodução
Reforma do Novo Ensino Médio: especialista aponta as alterações previstas pelo MEC e o que muda dentro da sala de aula – Foto: reprodução

Redigido pelo deputado e relator da Câmara Federal Mendonça Filho (União-PE), o Projeto de Lei 5230/2023 apresenta uma série de alterações ao texto original, anteriormente enviado pelo Governo Federal, referente ao Novo Ensino Médio. Ajustes são necessários, uma vez que o novo formato de ensino, que começou a ser implementado em 2022, recebeu uma onda de críticas e questionamentos, principalmente pela diminuição das matérias tradicionais na grade curricular, fundamentais para a formação, mas especialmente para o acesso ao Ensino Superior por meio do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e vestibulares. A expectativa é que o documento editado seja votado este ano e, mediante aprovação, as modificações entrarão em vigor a partir do próximo ano letivo. 

Neste contexto, dentre as principais mudanças propostas estão a redução da carga horária das disciplinas eletivas – que podem ser selecionadas pelo aluno, a volta da obrigatoriedade das aulas de espanhol (cobrada no próprio Enem) e a adoção de uma nova nomenclatura e a reestruturação dos atuais itinerários formativos (conjunto de disciplinas, projetos e oficinas que os estudantes podem escolher). O novo texto sugere também maior flexibilização curricular a partir dos “percursos de aprofundamento e integração de estudos”, e a implementação de modalidades do ensino de jovens e adultos (EJA) e a educação escolar quilombola e indígena.

Na visão de Henrique Braga, coordenador educacional do Sistema Anglo de Ensino, a revisão do Novo Ensino Médio é uma oportunidade para se discutir como essas novas disciplinas podem diminuir a desigualdade no país. “O fato de estar havendo uma revisão da reforma é muito positivo. Os próprios estudantes, quando vão às ruas em protesto, são um indicador importante de que há elementos que precisam melhorar rapidamente na Educação Básica. A grande discussão é qual o espaço que essas novas disciplinas devem ocupar e o que a parte eletiva precisa ter de essencial para garantir equidade”, destaca.

O que muda na prática? 

Mesmo com a proposta revisada, o Novo Ensino Médio ainda deve implementar os currículos integrados, sendo um referente a formação geral básica, comum a todos, e outro com foco nas disciplinas eletivas. As alterações previstas pelo PL focam, principalmente, na alteração das horas reservadas para cada uma das frentes curriculares. Atualmente, a legislação impõe que 1800 das 3000 horas sejam destinadas ao currículo de base, ou seja, para as disciplinas convencionais como português, matemática e história. Com o novo texto, o Ministério da Educação propõe ampliar essa carga para 2400 horas, não necessariamente limitando as horas reservadas às disciplinas eletivas. Na proposta atual, a escola não poderia dar mais de 1200 horas de itinerários. A contraproposta do relator, contudo, prevê um limite de 2100 horas para as disciplinas obrigatórias. 

A proposta do MEC aponta que esses percursos de aprofundamento e integração de estudos devem ser organizados com componentes curriculares de, no mínimo, três áreas de conhecimento, enquanto o relator propõe aprofundar a formação das áreas do conhecimento (matemáticas e suas tecnologias, linguagens e suas tecnologias, ciências da natureza e suas tecnologias e ciências Humanas e sociais Aplicadas) e da formação técnica e profissional (FTP). Além disso, ambos impõem que os sistemas de ensino devem garantir que todas as escolas de Ensino Médio ofereçam pelo menos duas opções de percursos de aprofundamento.

Para Braga, tal mudança é essencial para a melhor formação desses alunos. “O documento que rege os itinerários hoje aponta o aprofundamento da formação geral básica, mas por que não se detalha exatamente como vai ser a abordagem dessas disciplinas e como serão trabalhadas as áreas do conhecimento? Isso acabou gerando a possibilidade de alguns itinerários ficarem soltos, gerando insatisfação entre alunos, pais e educadores. A principal mudança virá, em um segundo momento, quando, uma vez definido esse novo modelo, o Conselho Nacional de Educação (CNE) e o MEC determinarem novos referenciais curriculares para os itinerários formativos, nos quais deve existir uma preocupação em deixar mais claro como estes vão dialogar com as disciplinas e com as áreas do conhecimento já convencionais”, argumenta o professor. 

Mas afinal, qual o melhor formato para os alunos? 

A principal questão sobre a reforma trata de qual o melhor caminho a ser seguido: estudar a fundo disciplinas que dialoguem com o perfil do estudante ou seguir com a proporção tradicional visando prepará-los para os vestibulares por meio da grade curricular convencional?

Diante deste cenário, Henrique Barra aponta que a nova proposta poderá ser a melhor opção. “Ao reduzir a carga horária da parte eletiva, atenderia melhor os anseios dos alunos. Eu diria que, para além da questão quantitativa, é importante levar em conta o que é possível fazer para trazer avanços. Mudar 40% do currículo para uma coisa tão nova quanto é a parte eletiva, tal como está concebida, de fato, foi um pouco ousado. Assim, o resgate da maior participação da educação básica se mostra mais coerente com a proposta de oferecer um ensino de qualidade para os alunos”, analisa.

Alunos de baixa renda do ensino médio público receberão R$ 2 mil por ano, além de bônus, diz ministro da Educação

Lula e o ministro Camilo Santana (à direita do presidente) apresentam políticas na área de educação — Foto: Luiza Tenente
Lula e o ministro Camilo Santana (à direita do presidente) apresentam políticas na área de educação — Foto: Luiza Tenente

O valor pago pelo Programa Pé de Meia aos alunos de baixa renda do ensino médio público será de R$ 2 mil por ano (R$ 200 na matrícula + 9 parcelas de R$ 200), afirmou o ministro da Educação, Camilo Santana, nesta sexta-feira (26), em Brasília. Também serão pagos bônus para quem for aprovado a cada ano e fizer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) ao final do ensino médio. (Leia mais abaixo.)

A lei que institui esse incentivo financeiro para reduzir a evasão escolar entrou em vigor nesta sexta, dez dias após ser sancionada.

Veja abaixo os valores que serão pagos pelo programa:

  • Quando o aluno se matricular no início do ano: R$ 200, em parcela única;
  • Se o estudante apresentar a frequência escolar adequada (acima de 80% das horas letivas): total de R$ 1.800, que serão pagos em 9 parcelas de R$ 200.

💰 Além das parcelas mensais, haverá também um bônus, equivalente a pelo menos um terço do total pago ao aluno, se o jovem:

  • não for reprovado em cada ano do ensino médio (R$ 1.000 por ano, sacados em parcela única ao final do ensino médio);
  • fizer o Enem ao final do 3º ano (R$ 200, em parcela única).

Segundo o ministro, os pagamentos devem começar a ser feitos até o fim de março.

”Não quero dar data precisa, mas o esforço é que o primeiro pagamento seja feito até o final de março” — Camilo Santana, ministro

Pré-requisitos: cadastro no CadÚnico e frequência escolar adequada

Pelo programa, os valores serão depositados na conta bancária dos estudantes, desde que:

  • estejam cadastrados no CadÚnico (instrumento do governo federal para coleta de dados de pessoas em vulnerabilidade);
  • tenham se matriculado no início do ano letivo;
  • alcancem frequência escolar de pelo menos 80% das horas letivas;
  • participem do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb).
  • não for reprovado no fim do ano letivo;
  • fizer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no fim da etapa escolar.

Segundo o governo Lula, os objetivos do programa são:

  • reduzir a evasão escolar, já que especialmente os alunos de baixa renda correm um risco maior de abandonar os estudos e entrar precocemente no mercado de trabalho, para ajudar financeiramente a família;
  • incentivar que os jovens de escola pública façam o Enem (em 2023, por exemplo, apenas 46,7% dos concluintes de colégios públicos se inscreveram na prova);
  • diminuir a desigualdade no acesso à universidade e ao mercado de trabalho formal.
Alunos de baixa renda do ensino médio público receberão R$ 2 mil por ano, além de bônus, diz ministro da Educação - Foto: reprodução
Alunos de baixa renda do ensino médio público receberão R$ 2 mil por ano, além de bônus, diz ministro da Educação – Foto: reprodução

Tire suas dúvidas abaixo:

Quantos alunos serão atendidos? E quando o benefício começará a ser pago?

Segundo o Ministério da Educação (MEC), a expectativa é atender cerca de dois milhões e meio de estudantes já em 2024.

Alunos da EJA terão direito ao Pé de Meia?

Sim. Matriculados na Educação para Jovens e Adultos (EJA) também podem fazer parte do programa, desde que tenham de 19 a 24 anos. No caso deles, o bônus será pago se fizerem o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja).

O Pé de Meia pode ser somado a outros benefícios sociais?

➡️ O dinheiro que será pago aos alunos não entrará no cálculo de renda familiar per capita (ou seja, nenhuma família vai deixar de ter direito ao Bolsa Família por causa da verba depositada pelo Pé de Meia).

➡️ O projeto de lei, aprovado em dezembro, proibia que alunos com deficiência pudessem receber ao mesmo tempo o Pé de Meia e o Benefício de Prestação Continuada (BPC). O trecho foi vetado pelo presidente Lula.

➡️ Para famílias de baixa renda formadas apenas pelo estudante, o Pé de Meia não poderá ser acumulado com determinados “bônus” do Bolsa Família, como Benefício de Renda de Cidadania, Benefício Complementar, Benefício Primeira Infância e Benefício Variável Familiar.

Será possível movimentar o dinheiro ao longo do ensino médio?

Serão duas formas de depósito, com regras de movimentação distintas:

➡️ Na primeira, os depósitos ocorrerão mensalmente, ao longo de cada ano letivo, para alunos que efetivarem a matrícula e comprovarem a frequência mínima nas aulas. Esses valores poderão ser movimentados a qualquer momento, ou seja, sacados, investidos em títulos públicos ou mantidos na poupança.

➡️ Já na segunda, relativa aos bônus pela aprovação no ano letivo e à participação do Enem, os valores só serão transferidos no fim do ensino médio.

Outras políticas na área de educação

No balanço que fez sobre as demais políticas educacionais, o ministro Camilo Santana afirmou que:

  • foi registrado o maior número de inscritos no Sisu desde 2017. O programa seleciona estudantes para universidades públicas do país. As inscrições terminaram na quinta (25).
  • mudanças no Fies estão em discussão na pasta para resolver o que ele chamou de “grave problema do endividamento dos jovens” com o programa. Cerca de 1,2 milhão estão endividados;
  • só houve de 10 a 12% de adesão no Desenrola do Fies no primeiro mês do programa;
  • o objetivo é que todas as escolas públicas do país estejam conectadas à internet até 2026;
  • a meta é criar 3,2 milhões de novas vagas em escolas de tempo integral;
  • a participação do Pisa, em 2025, deve ter resultados por estado, para que o retrato seja mais fiel às realidades de cada região;
  • vai incluir livros para bibliotecas comunitárias pelo Programa Nacional do Livro Didático (PNLD);
  • houve alteração no mecanismo de ocupação de vagas e inclusão de quilombolas na Lei de Cotas.

Alunos do Ensino Médio podem receber bolsa a partir de março

Alunos do Ensino Médio podem receber bolsa a partir de março - Foto: reprodução
Alunos do Ensino Médio podem receber bolsa a partir de março – Foto: reprodução

O ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou na última terça-feira (9) que o governo prevê o início do pagamento de incentivo aos estudantes pobres do ensino médio a partir de março. O valor individual do benefício ainda deverá ser detalhado em regulamentação, e após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionar o texto da Medida Provisória (MP) que institui o programa e que foi aprovada pelo Congresso Nacional em dezembro do ano passado.

“Nós estamos trabalhando para que, a partir de março, os estudantes já comecem a receber o pagamento. Esse é o calendário, nós estamos trabalhando porque isso envolve Caixa Econômica Federal, envolve também os estados, Para que a gente possa executar esse programa”, afirmou a jornalistas, no Palácio do Planalto, após participar de reunião com o presidente da República. “Esta é a etapa [do ensino básico] onde há mais abandono e evasão escolar, principalmente o primeiro ano do ensino médio”, argumentou o ministro.

A MP enviada pelo governo e aprovada pelo Congresso prevê o incentivo para os estudantes cadastrados no Cadastro Único de Programas Sociais (CadÚnico), que seja contemplado pelo Bolsa família, ou para jovens de 19 a 24 anos matriculados no programa Educação de Jovens e Adultos (EJA). O esperado é que o benefício alcance cerca de 2,5 milhões de jovens.

Auxílios

O programa prevê o pagamento de dois tipos de auxílio. O primeiro será pago mensalmente, ao menos por nove meses ao ano, e poderá ser sacado a qualquer momento. O segundo pagamento previsto é anual, feito ao final da conclusão de cada ano letivo, mas o saque, nesse caso, só poderá ser feito após a conclusão de todo o ensino médio.

O aluno ainda deverá ter uma frequência escolar de 80% dos dias letivos, sem reprovação. Além disso, deverá participar de exames como o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) e o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Caberá aos governos estaduais a adesão ao programa e o atestamento da frequência e desempenho escolares dos alunos beneficiados.

Os recursos que a União usará para bancar essa política virão dos superávits financeiros do Fundo Social (FS). Criado para receber recursos do governo federal com exploração do petróleo do pré-sal, esse fundo prevê o financiamento de ações em outras áreas, como saúde pública, ciência e tecnologia, meio ambiente e mitigação e adaptação às mudanças climáticas.  

No mês passado, Camilo Santana, já havia anunciado a transferência, pelo Ministério da Fazenda, de R$ 6,1 bilhões para o fundo que custeará o programa, que foi batizado de Poupança de Incentivo à Permanência e Conclusão Escolar para Estudantes do Ensino Médio público, o Pé-de-Meia.

Novo Ensino Médio

Sobre o projeto de lei que mexe nas regras do novo ensino médio, cuja votação do relatório foi adiada para ser votada este ano, Camilo Santana defendeu que o Congresso Nacional leve em conta o que foi apresentado na consulta pública realizada com estudantes, comunidades e educadores ao longo do ano passado, e depois enviado como projeto de lei pelo presidente da República. Ocorre que a proposta apresentada pelo deputado federal Mendonça Filho (União Brasil-PE), relator do PL, foi bastante modificada em relação ao texto original. Mendonça Filho era ministro da Educação do governo Michel Temer quando o novo ensino médio foi proposto, em 2017, e praticamente manteve os mesmos parâmetros vigentes.

“Nós vamos abrir novamente o diálogo com o presidente da Casa [Câmara dos Deputados], com o relator, que é o ex-ministro Mendonça Filho. Vamos novamente dialogar com o Parlamento para que a gente possa aprovar o projeto que foi encaminhado. Até porque não foi um projeto construído apenas pelo presidente, pelo Ministério [da Educação]. Foi um projeto construído por várias instituições, desde os estados, os professores, os secretários, os estudantes”.

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