
Uma criança, de 11 anos, foi resgatada após o padrasto agredi-la e estupra-la em um motel, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A Polícia Civil investiga o caso.
O suspeito do crime é Francisco Oliveira de Faria, de 35 anos. Ele é namorado da mãe da criança, e os três saíram da cidade de Divinópolis, no Centro-Oeste de Minas, com destino a Contagem. O intuito era apresentar a namorada aos familiares do suspeito. Os dois moravam juntos há cerca de cinco meses.
Segundo o registro da polícia militar, escrito com base nos relatos de mãe e filha, o suspeito falou que passaria em um shopping antes de voltar para Divinópolis. Ele disse, também, que iria na casa da sua ex-esposa para buscar o filho e pediu para que a menina de 11 anos fosse junto. A mãe afirmou que iria junto, mas Francisco levou a menina antes mesmo dela conseguir acompanhá-los.
“Na hora que eu cheguei lá, que eu vi a minha filha, eu não acreditei no que eu tava vendo. Não dava pra acreditar no que ele tinha feito. E na hora que ela me contou que ele levou ela pra dentro de um motel, e que ele ia matar ela, que ela não ia sair viva. Eu não tô acreditando. Eu coloquei um monstro dentro da minha casa”, disse a mãe, que preferiu não ser identificada.
Ele saiu com a criança em um carro, que estava alugado, e no meio do caminho mandou a vítima se abaixar no banco do veículo. Neste momento, ele entrou em um motel sem que a criança fosse vista na portaria.
Assim que desceu do carro, a vítima viu que estava em um quarto e perguntou o padrasto onde estavam, afirmando que queria ir para casa. Segundo o relato da menina, Francisco começou a agredi-la com socos, chutes e a estrangulou.
A menina chegou a perder a consciência e quando acordou, continuou sendo agredida. Ela notou que a banheira de hidromassagem estava cheia, e o suspeito disse que a mataria afogada. Ela disse, ainda, que o padrasto mordeu suas costas, lábios e pescoço. Neste momento, a vítima acertou o suspeito com um chute no rosto.
Ele saiu do quarto para ir até o carro e a criança conseguiu sair do quarto e pedir socorro. A gerente do motel disse que acolheu a vítima e a levou para a UPA Ressaca, também em Contagem.
Ela passou por exames e foi comprovado não houve conjunção carnal. O Código Penal define estupro como o ato de “constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso”.
O Serviço Social Autônomo de Contagem (SSA) informou que a menina foi transferida da UPA para o Centro Materno Infantil (CMI) da cidade, onde passou por atendimento médico, ginecológico, psicológico e de serviço social, além de exames de imagem. Ela já recebeu alta.
O carro que Francisco usava era alugado, e a locadora não quis informar à Polícia Militar a localização do veículo, alegando que não poderia quebrar as regras do contrato.
Os policiais militares identificaram que o homem tem ficha criminal por suspeita de agredir uma garota de programa. Ele fugiu e ainda não foi localizado.
