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Casal de influencers é preso no Sul de Minas por crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa por exploração do ‘Jogo do Tigrinho’

Casal de influencers é preso no Sul de Minas por crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa por exploração do 'Jogo do Tigrinho' - Foto: redes sociais
Casal de influencers é preso no Sul de Minas por crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa por exploração do ‘Jogo do Tigrinho’ – Foto: redes sociais

A Polícia Civil prendeu na última segunda-feira (14) em Extrema (MG) um casal de influencers, de 20 e 21 anos, por crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa por exploração do “Jogo do Trigrinho”. Eles foram presos em cumprimento de mandados durante a operação “Game Over”. Em julho, o casal já havia sido alvo de uma outra operação que apreendeu um veículo e artigos de luxo.

De acordo com a investigação da polícia, os influencers eram pagos para divulgar jogos de azar pelas redes sociais.

Conforme a polícia, com as apurações, foi identificado o frequente contato da dupla com chineses que representam a empresa detentora do jogo, com sedes em Malta e Curaçao.

Influenciadora Clara Morbidelli, de 20 anos, teve a prisão decretada em Extrema (MG) por crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa — Foto: Reprodução / Redes Sociais
Influenciadora Clara Morbidelli, de 20 anos, teve a prisão decretada em Extrema (MG) por crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa — Foto: Reprodução / Redes Sociais

“Nessa oportunidade, cumprimos mandados de busca e apreensão. Aprendemos nessa segunda fase deste inquérito mais dois veículos, alguns smartphones e um laptop que tem interesse na investigação, por quanto os investigados utilizam tais dispositivos eletrônicos para se comunicarem com funcionários da empresa do jogo do Tigrinho, que seriam supostos nacionais chineses”, disse o delegado de Extrema, Lucimário Carmo dos Santos.

Segundo a polícia, as investigações apontaram para indícios de lavagem de dinheiro, crime contra a economia popular e contra as relações de consumo, além de organização criminosa.

“A partir da prática de jogo de azar, que está prevista no antigo 50 da lei de contravenções penais, vislumbramos outras infrações, tais como lavagem de capitais, crime contra as relações de consumo, mais precisamente, propaganda enganosa e alguns indícios também da prática de organização criminosa, porque identificamos a divisão de tarefas entre esses investigados e os supostos personagens de nacionalidade chinesa”, disse o delegado.

Casal de influencers é preso em MG por crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa por exploração do 'Jogo do Tigrinho' — Foto: Reprodução / Redes Sociais
Casal de influencers é preso em MG por crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa por exploração do ‘Jogo do Tigrinho’ — Foto: Reprodução / Redes Sociais

Clara Cristina Morbidelli Duraes, de 20 anos e Victor Manoel Rodrigues dos Santos, de 21 anos, tiveram as prisões temporárias decretadas. Ele será levado para o Presídio de Extrema. Já ela ficará em prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica, já que está grávida.

A defesa do casal informou, em nota enviada nesta terça-feira (15), que entrou com um pedido de Habeas Corpus, solicitando a revogação da prisão temporária dos envolvidos.

“Importante destacar que a prisão imposta é temporária, com duração de apenas 5 dias, e não se trata de uma prisão definitiva. A medida foi estabelecida com a finalidade de coleta de provas; contudo, a defesa argumenta que sua manutenção é desnecessária, uma vez que os influenciadores têm colaborado integralmente com as autoridades competentes desde o início do inquérito”, afirmou.

Veículos de luxo são apreendidos com casal de influencers em Extrema — Foto: Polícia Civil
Veículos de luxo são apreendidos com casal de influencers em Extrema — Foto: Polícia Civil

Alvos de operação

O mesmo casal já havia sido alvo de operação policial no fim de julho, quando aparelhos celulares, artigos de luxo e um veículo em nova operação que apura possível exploração ilegal do “Jogo do Tigrinho” em Extrema (MG).

Durante o cumprimento dos mandados de busca, foram apreendidos um veículo de luxo, aparelhos de telefonia celular, um lap top, além de diversos artigos que ostentam logotipos de grifes internacionais de luxo.

Na ocasião, além do mandado de busca e apreensão, a Justiça também tinha determinado o levantamento dos sigilos bancário e fiscal dos investigados.

Polícia Civil apreende veículo e itens de luxo de influenciadores em nova operação contra exploração do 'Jogo do Tigrinho' no Sul de MG — Foto: Polícia Civil
Polícia Civil apreende veículo e itens de luxo de influenciadores em nova operação contra exploração do ‘Jogo do Tigrinho’ no Sul de MG — Foto: Polícia Civil

Via: G1

Em votação unânime, vereadores abrem processo de cassação do prefeito de Extrema

Em votação unânime, vereadores abrem processo de cassação do prefeito de Extrema – Foto: Câmara de Extrema

Todos os 11 vereadores de Extrema (MG), votaram pela abertura de um processo de cassação do mandato do prefeito João Batista da Silva por indícios de possíveis irregularidades praticadas em processos de regularização fundiária no município.

Motivada por denúncia protocolada no dia 30 de junho, por uma munícipe, a decisão foi tomada pelos parlamentares durante reunião ordinária ocorrida na segunda-feira (03), no plenário da Câmara Municipal. Centenas de famílias estão se sentindo lesadas por não terem recebido até o momento as respectivas escrituras dos imóveis em loteamentos não regularizados.

Logo depois de o assunto ser recebido pelos vereadores, o presidente da Casa, vereador Sidney Soares Carvalho (Walderrama), conduziu a realização de um sorteio, com a participação de um munícipe que estava no plenário acompanhando a sessão, para escolha dos três nomes que passariam a integrar a Comissão Processante. Os sorteados foram Edvaldo de Souza Santos Junior (Juninho da Dello), Pericle Mazzi Filho (Pepi) e Rafael Silva de Souza Lima (Tita).

Na terça-feira (04), a Comissão Processante esteve reunida para a primeira reunião com a finalidade de definir a função dos seus integrantes. Por decisão, o vereador Pepi assumiu a presidência da comissão. Juninho da Dello é o relator e Tita, membro. De acordo com os vereadores, a comissão deverá notificar o prefeito para que apresente defesa prévia em até dez dias.

Entenda

Em maio de 2021 foi celebrado Acordo de Cooperação 107/2021, por meio do Processo Licitatório 158/2021, em parceria com o Instituto Cidade Legal, para regularização fundiária de imóveis em Extrema. Passados dois anos, entretanto, apenas um núcleo habitacional obteve a regularização. O contrato entre prefeitura e Cidade Legal foi suspenso em outubro do ano passado.

De acordo com a denúncia, ao suspender o acordo “sem uma justificativa jurídica adequada e de acordo com as normas legais, o Prefeito Municipal violou os princípios da legalidade e da moralidade”, agindo de forma “desonesta e desleal”.

O documento ressalta que a situação foi tratada de “maneira contrária ao interesse público” e que “o real objetivo, ao que parece, era favorecer a criação de uma empresa pelos membros da Comissão de Regularização Fundiária do Município”.

Ainda segundo a denúncia, essa atitude fere o princípio da impessoalidade, “uma vez que se nota clara intenção de favorecer determinados servidores em detrimento do interesse público. Ademais, o ato do Prefeito demonstra falta de probidade e boa-fé na condução da coisa pública”.

Vereador é preso acusado de agredir a esposa

O vereador Carlos Henrique de Paula Tomaz (PSD) foi preso na última terça-feira (12) suspeito de agredir a esposa em Extrema (MG). Ele foi levado à delegacia após a vítima acionar à Polícia Militar. Carlos Henrique foi ouvido pela Polícia Civil e liberado após pagar fiança de R$ 2 mil.

O caso ocorreu, conforme o delegado Daniel Lemes Amaral, após uma discussão entre o casal, na casa em que o vereador e a esposa moram em Extrema.

“Houve uma discussão entre o conduzido e a vítima. Ele tentou impedir ela de sair de casa, mediante violência. A vítima conseguiu escapar após intervenção do pai dela. Ambos entraram no carro juntos para procurar ajuda da polícia e acabou que, não se sabe se por acidente ou dolosamente, ele acabou fechando a porta do carro na mão dela. A vítima conseguiu sair do carro e aguardou atendimento policial na portaria de um condomínio”, disse o delegado.

Além do vereador, a esposa dele também foi ouvida. Segundo a polícia, o vereador não possui outras passagens por agressão doméstica. Carlos Henrique foi até a delegacia acompanhado de uma advogada.

O delegado estabeleceu fiança no valor de R$ 2 mil. A quantia foi paga e o vereador foi liberado.

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