Jornal Folha Regional

Fapemig lançará Edital Compete Minas para estímulo à inovação nas empresas

Fapemig lançará Edital Compete Minas para estímulo à inovação nas empresas em Passos - Imagem: Divulgação
Fapemig lançará Edital Compete Minas para estímulo à inovação nas empresas em Passos – Imagem: Divulgação

Entre os dias 23 e 25 de janeiro, o Subsecretario de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de Minas Gerais, Bruno Araújo, estará na região para divulgação do edital.

A Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig) disponibilizará, as chamadas públicas com detalhes sobre o financiamento oferecido pelo Compete Minas, programa que busca impulsionar os setores econômicos do Estado, além de aproximar as instituições de ensino e pesquisa e a iniciativa privada.

Fapemig lançará Edital Compete Minas para estímulo à inovação nas empresas em Alpinópolis - Imagem: Divulgação
Fapemig lançará Edital Compete Minas para estímulo à inovação nas empresas em Alpinópolis – Imagem: Divulgação

A Chamada Pública Fapemig – Compete Minas – Linha Tríplice Hélice tem o objetivo de financiar projetos de pesquisa, de desenvolvimento tecnológico e de inovação propostos por instituições de ciência e tecnologia no Estado de Minas Gerais, em parceria com empresas, startups ou cooperativas mineiras para o desenvolvimento de produtos (bens ou serviços) e/ou processos inovadores.

Nessa linha, o valor requerido por projeto varia de acordo com o porte da empresa parceira, podendo chegar a R$ 3 milhões.

Estão previstos 100 milhões de reais em investimentos, que serão divididos entre as da Linha Tríplice Hélice e da Linha Empresas, Startups e Cooperativas.

Agenda de divulgação do Compete Minas:

23/01 – Passos – às 14h;
23/01 – Cássia – às 19h;
24/01 – São Sebastião do Paraíso – às 9h
24/01 – Guaxupé – às 14h;
24/01 – Juruaia – 19h;
24/01 – Nova Resende – às 9h;
24/01 – Alpinópolis – às 14h;
24/01 – Carmo do Rio Claro – às 19h.

Fapemig lançará Edital Compete Minas para estímulo à inovação nas empresas em Alpinópolis - Imagem: Divulgação
Fapemig lançará Edital Compete Minas para estímulo à inovação nas empresas em Alpinópolis – Imagem: Divulgação

Vacina Calixcoca, contra a dependência de cocaína e crack, desenvolvida com apoio da Fapemig, vence Prêmio Euro

Vacina Calixcoca, contra a dependência de cocaína e crack, desenvolvida com apoio da Fapemig, vence Prêmio Euro – Foto: divulgação

A pesquisa da vacina Calixcoca, solução terapêutica contra a dependência de cocaína e crack, é a iniciativa destaque da segunda edição do Prêmio Euro Inovação na Saúde. A cerimônia de entrega foi realizada na noite da última quarta-feira (18), em São Paulo. 

A equipe da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) conquistou a premiação de 500 mil euros (cerca de R$ 2,6 milhões). O prêmio é organizado pela multinacional farmacêutica Eurofarma, que atua em mais de 20 países.

O coordenador da pesquisa, professor Frederico Garcia, do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina, agradeceu à sociedade brasileira que apoiou a campanha. “Desenvolver ciência na América Latina não é fácil. A UFMG é, hoje, uma universidade que está fazendo a diferença. Só temos a agradecer o apoio da nossa reitora, Sandra Regina Goulart Almeida, e do nosso pró-reitor de Pesquisa, Fernando Reis”, celebrou. 

Mais votada por médicos de 17 países, a Calixcoca superou outras 11 iniciativas inovadoras no campo da saúde desenvolvidas na América Latina, entre elas a SpiN-Tec, vacina contra a covid-19 (também da UFMG), e o fitoterápico para tratamento da diabetes mellitus e obesidade, desenvolvido na Universidade de Uberaba (Uniube). Ambos foram agraciados com 50 mil euros por terem ficado entre os finalistas.  

Todas as três pesquisas receberam apoio do Governo de Minas, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), para o seu desenvolvimento. Em julho, o secretário de Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti, também anunciou o aporte de R$ 10 milhões para avanços no projeto da Calixcoca durante visita da ministra Nísia Trindade à UFMG. A vacina também conta com financiamento do Governo Federal e com verbas de emendas parlamentares.  

Inovação

Em entrevista concedida à Fapemig, Frederico Garcia, coordenador do projeto, destacou as inovações da pesquisa. 

Uma delas é a utilização de uma molécula sintética como plataforma de vacinas. “As vacinas convencionais normalmente utilizam plataforma proteica, que pode ser uma proteína de vírus ou bactéria. A gente dá um passo importante ao usar uma molécula totalmente sintética para fazer uma plataforma vacinal. Existem vantagens: você controla todo ciclo de produção de maneira mais simples; tem um custo menor do que as vacinas proteicas; não precisa de cadeia fria para transporte e nem de refrigeração para a estocagem”, destaca. 

Segundo o pesquisador, outra vantagem, quando comparada a vacina anticocaína em desenvolvimento nos Estados Unidos, é que o resultado obtido pela equipe é melhor do ponto de vista de quantidade de anticorpos produzidos, o que, acredita-se, vá se manter em humanos também. Garcia salienta, ainda, a comprovação, pelos estudos pré-clínicos, da segurança e da eficácia do imunizante. “A vacina é uma solução que propicia aos pacientes com dependência voltar a realizar seus sonhos. O próximo passo é iniciar os estudos com humanos”, diz.

Dependência

No discurso de agradecimento, o professor ressaltou o compromisso com os pacientes que sofrem com a dependência química. “Sabemos como é difícil ter uma pessoa dependente em casa, como é sofrido para um acometido pela dependência ter que lidar com a ambivalência de usar ou não droga e como é ainda mais difícil para uma gestante dependente proteger seu feto e lidar com a dor da abstinência. Temos a missão de cuidar dessas questões”, finalizou. 

Além de Frederico Garcia, os estudos reúnem os professores Maila de Castro, da Faculdade de Medicina, Gisele Goulart, da Faculdade de Farmácia, Ângelo de Fátima, do Instituto de Ciências Exatas, e os pesquisadores Paulo Sérgio de Almeida, Raissa Pereira, Sordaini Caligiorne, Brian Sabato, Bruna Assis, Larissa do Espírito Santo e Karine Reis, vinculados ao Núcleo de Pesquisa em Vulnerabilidade e Saúde (NAVeS).

Confira a cerimônia transmitida pelo canal da Eurofarma Brasil no YouTube.

https://www.youtube.com/watch?v=Kg2CRAznKoI&ab_channel=EurofarmaBrasil

Fapemig aprova R$ 1 milhão para centro de pesquisa e laboratório na UEMG

Fapemig aprova R$ 1 milhão para centro de pesquisa e laboratório na UEMG – Foto: reprodução

A unidade da Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg) de Passos vai receber R$ 1 milhão para a instalação de um centro de pesquisa para diagnóstico de sarcopenia, condição que afeta a massa muscular, e um laboratório para avaliação farmacológica e toxicológica. Os projetos serão financiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas (Fapemig).

Segundo informações do governo estadual, os projetos da Uemg Passos integram propostas de sete unidades acadêmicas da universidade que foram aprovadas na Chamada 4/2023 da Fapemig. A iniciativa tem como objetivo apoiar a criação de centros de pesquisa e de instalações multiusuárias e multi-institucionais, assim como auxiliar a manutenção da infraestrutura científica da instituição.

Em Passos, foi aprovada a criação do Centro de Tecnologia para Saúde, projeto que busca realizar o diagnóstico da sarcopenia, condição definida pela perda de massa e função do músculo esquelético. A sarcopenia é reconhecida como doença pela Organização Mundial da Saúde (OMS) desde 2016 é caracterizada pela redução da força e da massa muscular secundária ao envelhecimento, podendo comprometer o desempenho físico do indivíduo.

De acordo com o governo de Minas, o aporte ao projeto será de R$ 581 mil, além de bolsas tecnológicas que serão oferecidas a pesquisadores. “Os valores vão permitir a compra de modernos equipamentos ópticos, elétricos e mecânicos, que vão ser somados a equipamentos já adquiridos pela unidade acadêmica, também através do financiamento da Fapemig. Atletas, trabalhadores, crianças, adultos e idosos vão ser usuários do Centro de Tecnologia para Saúde. O espaço será útil também para o estudo de diversas patologias”, informa.

O Laboratório Multiusuário para Avaliação Farmacológica e Toxicológica de Substâncias Naturais e Sintéticas teve uma segunda proposta aprovada. Segundo o governo, a proposta é para criação do Laboratório Multiusuário para Avaliação Farmacológica e Toxicológica de Substâncias Naturais e Sintéticas e professores de diferentes instituições de Minas Gerais colaboram com a proposta. “O objetivo do laboratório é avaliar diferentes substâncias naturais e sintéticas e, assim, descobrir aquelas que podem ser transformadas em produtos comerciais, especialmente medicamentos para doenças ainda sem cura ou tratamento adequado”, informa o governo estadual.

Também foi aprovado o projeto de Sistema Multiusuário do Centro de Memória Cultural do Sul de Minas – Unidade Campanha. Segundo governo de Minas, o Centro de Memória Cultural do Sul de Minas (Cemec) vai se transformar em um espaço multiusuário, compartilhado por diferentes grupos de pesquisa, prefeituras, espaços culturais, empresas e a comunidade em geral.

A proposta, coordenada pelo professor Márcio Eurélio de Carvalho, vai receber investimento de R$ 491 mil. A ideia é que o projeto aproxime o acervo documental à sociedade, fortalecendo laços de memória que ligam os sujeitos históricos a suas histórias.

O projeto também se dedica à preservação do acervo, assim como à restauração de documentos deteriorados, à digitalização de parte do acervo e à criação de um banco de dados que permita o acesso digital, assim como criação de um setor de história oral e imagens. “Desse modo, é esperada a ampliação do desenvolvimento de pesquisas e de práticas de ensino-aprendizagem e extensionistas no Cemec”, aponta.

Foram contempladas propostas das unidades Campanha, Divinópolis, Escola Guignard, Escola de Música, Ibirité, Ituiutaba e Passos. Ao todo, R$ 5,9 milhões vão ser investidos pela Fapemig na Uemg.

“A aprovação dos projetos permitirá a aquisição de equipamentos de alta complexidade, possibilitando a realização de pesquisas científicas e tecnológicas avançadas e inovadoras”, afirma a pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação da Uemg, professora Vanesca Korasaki. “Em última análise, as pesquisas têm impacto positivo na sociedade, na economia local e nacional, destacando-se pela relevância da prestação de serviços à comunidade”, diz. (Clic Folha)

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