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Cemig registra aumento de 50% no número de clientes desligados por pipas em maio

Cemig registra aumento de 50% no número de clientes desligados por pipas em maio - Foto: reprodução
Cemig registra aumento de 50% no número de clientes desligados por pipas em maio – Foto: reprodução

O número de clientes da Cemig que teve o serviço de energia interrompido por ocorrências causadas por pipas aumentou em 50% em maio, quando comparado aos quatro primeiros meses de 2024. No mês passado, quase 53 mil unidades consumidoras da companhia foram prejudicadas pela brincadeira em 214 incidentes com a rede de distribuição da empresa.

Se somados os cinco primeiros meses deste ano, esse tipo de brincadeira já prejudicou mais de 150 mil clientes da Cemig em 672 ocorrências no sistema elétrico. Na Região Metropolitana de Belo Horizonte, foram registrados 289 incidentes provocados por pipas, com 73 mil unidades consumidoras interrompidas. 

O engenheiro eletricista da Cemig, Demetrio Aguiar, destaca que soltar pipa não é o problema. O especialista alerta que a brincadeira deve ser feita em locais descampados e sem uso de linhas cortantes, pois quando uma linha de papagaio é cortada, o vento carrega aleatoriamente o aparato, que pode cair sobre redes elétricas ou vias públicas, provocando acidentes ou interrupções no fornecimento de energia.

“Soltar pipa é uma atividade lúdica e que as crianças e jovens gostam muito. Mas é importante que se tenha consciência de que a brincadeira deve ser realizada em áreas abertas e sem rede elétrica, pois pode causar acidentes graves ou provocar interrupções no fornecimento de energia e prejudicar muitos clientes”, afirma.

Demetrio Aguiar lembra que, apesar de o período de férias escolares ainda não ter começado e os ventos ainda não serem os mais propícios para as brincadeiras, as ocorrências no sistema elétrico da Cemig já são relevantes.

“A partir de junho essa brincadeira tende a se intensificar, pelo aumento dos ventos em função da transição entre outono e inverno, além da proximidade com as férias escolares do meio do ano. E em julho isso se potencializa muito mais. Por isso, é importante que os pais e responsáveis estejam atentos para que não haja acidentes com os jovens e também ocorrências no sistema elétrico”, explica.

Resgate perigoso

Outra situação que também deve ser evitada é o resgate de pipas presas à rede elétrica. Essa ação é muito arriscada e pode causar acidentes graves. “As redes de distribuição e transmissão, bem como as subestações da Cemig, são construídas dentro de padrões das normas técnicas brasileiras com características e distanciamento que são seguros. Dessa forma, a aproximação indevida para retirar pipas presas à rede e o uso de cerol e linha chilena são os principais motivos de acidentes com a rede elétrica da companhia”, comenta.

Importante destacar que, ao longo do ano, a Cemig realiza campanhas de segurança e conscientização sobre os riscos de se soltar pipas próximas das redes elétricas em escolas, entidades e veículos de comunicação.

Linhas cortantes são proibidas por lei

Essas linhas são muito perigosas e podem causar acidentes fatais. No mês passado, um homem de 23 anos morreu ao ser cortado por uma linha chilena na MG-010, em Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

A lei 23.515/2019 proíbe a utilização de cerol ou linha chilena no estado. Essa legislação, que veda a comercialização e o uso de linha cortante em pipas, papagaios e similares, está em vigor desde dezembro de 2019. A multa para quem for flagrado vendendo linhas cortantes varia de R$ 5.279,70 a R$ 263,98 mil (em casos de reincidência). Já quando a linha cortante apreendida estiver em poder de criança ou adolescente, seus pais ou responsáveis legais serão notificados da autuação e o caso será comunicado ao Conselho Tutelar.  

Além da legislação, engenheiro da Cemig alerta para o fato de que o uso do cerol pode transformar uma simples linha de papagaio em material condutor e provocar choque elétrico ao entrar em contato com a rede. Além disso, muitas crianças amarram as pipas com arames e fios. “São materiais altamente condutores e que acabam sendo energizados quando tocam os cabos da rede de energia, causando o choque elétrico”, afirma.  

As linhas cortantes também representam perigo para outras pessoas. “Quando alguém utiliza uma linha cortante, ela pode romper os cabos de energia e causar acidentes graves para quem está brincando ou com outras pessoas. Nunca se deve usar cerol ou linha chilena neste tipo de brincadeira”, alerta o especialista.  

Mãe e dois filhos morrem após fiação elétrica romper e cair dentro de piscina

Mãe e dois filhos morrem após fiação elétrica romper e cair dento de piscina, em Rio Branco do Sul — Foto: Arquivo pessoal
Mãe e dois filhos morrem após fiação elétrica romper e cair dento de piscina, em Rio Branco do Sul — Foto: Arquivo pessoal

Uma mãe e dois filhos morreram na tarde do último domingo (4) depois que uma fiação elétrica foi atingida por um galho de pinheiro, rompeu e caiu dentro da piscina onde eles estavam.

O caso aconteceu em uma chácara, em Rio Branco do Sul, por volta das 14h30, segundo o Corpo de Bombeiros.

As vítimas são Roseli da Silva Santos, de 41 anos, a jovem Emily Raiane de Lara, de 23 anos, que estava grávida, e o adolescente Agner Cauã Coutinho dos Santos, de 17 anos.

Conforme os bombeiros, após o acionamento da corporação, diversos recursos foram disponibilizados para o atendimento, porém, houve dificuldades de encontrar a localização exata devido à falta de sinal de operadora de celular.

Mãe e dois filhos morreram após fiação elétrica cair em piscina no PR — Foto: Reprodução RPC
Mãe e dois filhos morreram após fiação elétrica cair em piscina no PR — Foto: Reprodução RPC

Um helicóptero do Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas (BPMOA) foi deslocado ao local, mas não conseguiu aproximação “devido às condições atmosféricas não favoráveis para a aviação”, informaram os bombeiros.

As vítimas foram encaminhadas por outras pessoas presentes no local e pelo Samu até uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Rio Branco do Sul. Depois, as vítimas graves, com apoio do Corpo de Bombeiros, foram transferidas para Hospital Evangélico em Curitiba.

Segundo testemunhas, cerca de 40 pessoas estavam no local que foi alugado pelo grupo. Ainda segundo elas, não chovia na hora do acidente, mas ventava forte, momento em que um galho de pinheiro caiu sobre a fiação elétrica, causando o rompimento.

A Polícia Civil apura o caso.

O que diz a Copel

Em nota, a Copel informou que a queda do fio foi uma consequência de chuva com vento de mais de 60 km/h e que a rede de energia foi construída na década de 1980.

“E, desde então, passa por manutenção frequente e continuada, como é o padrão da Copel”, diz a nota.

A prefeitura de Rio Branco do Sul informou que na segunda (5) fará um levantamento para saber se o local possuía alvará de funcionamento.

Feridos

As pessoas feridas, conforme boletim divulgado pelo bombeiros são:

  • Ferido grave:

Homem de 25 anos

  • Feridos moderados

Homem de 27 anos
Adolescente (feminino) de 17 anos

  • Feridos leves:
  • Menino de sete anos
  • Adolescente (masculino) 14 anos
  • Adolescente (feminino) 12 anos
  • Adolescente (masculino) 12 anos
  • Homem de 32 anos
  • Mulher de 34 anos
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