Jornal Folha Regional

Atual campeã, França goleia Austrália de virada em estreia na Copa do Mundo

França e Austrália fizeram um confronto agitado nesta terça-feira, 22, no estádio Al Janoub. Os franceses golearam por 4 a 1, de virada, após susto no começo do jogo. Kylian Mbappé foi o destaque.

Na primeira etapa, os australianos abriram o placar com Craig Goodwin logo aos 9 minutos e assustou os franceses. O drama da França parecia piorar aos 13 minutos, quando Lucas Hernández saiu lesionado. Les Bleus já perderam sete atletas por lesão para essa Copa do Mundo, entre eles o eleito melhor jogador do mundo, o atacante Karim Benzema.

Porém, Adrien Rabiot começou a mandar a “zica de campeão” embora. Primeiro o meio campista empatou a partida com uma cabeçada após cruzamento de Theo Hernandez, depois, o meio campista deixou Olivier Giroud na cara do goleiro para ele só tirar e dar a virada aos azuis.

Antes do intervalo, a Austrália ainda mandou uma bola na trave.

No segundo tempo, a França dominou a partida, trocou passes com mais facilidades, enquanto a Socceroos seguia compacta em busca de espaços para um contra-ataque.

Aos 23 minutos, Mbappé, o craque francês fura o bloqueio com uma cabeçada, que encosta na trave antes de ir ás redes. O “tartaruga ninja” ainda deu assistência para Olivier Giroud fazer o seu segundo e fechar a goleada. 4 a 1.

Com a vitória, a França assumiu a liderança do grupo D, em que Dinamarca e Tunísia empataram em 0 a 0. O próximo confronto será entre os europeus, no estádio 974, no próximo dia 26, ás 13h. No mesmo dia, ás 07h, australianos e tunisianos se encaram.

Depois da França, Brasil é o país com mais medalha no concurso mundial de queijos

Profissionais de 46 países presenciaram o sucesso brasileiro no Mondial du Fromage et des Produits Laitiers de Tours, na França, que aconteceu do dia 12 a 14 de setembro, voltado para profissionais da cadeia láctea. “Não deu para ser discreto nem para guardar distância diante do resultado, 57 medalhas foi demais para nossos corações” confessou Heloisa Collins, produtora de queijo de cabra de Joanópolis-SP. Ela mesma enfrentou 10 dias de quarentena na Suíça para poder entrar legalmente na França, junto com Carolina Vilhena da BelaFazenda e Vanessa Alcolea da Pardinho Artesanal, todas produtoras paulistas.

Ao todo, o Brasil conquistou cinco medalhas super ouro, as mais cobiçadas e mais raras

Da cidadezinha de Tapira, com menos de 5 mil habitantes, na fronteira das regiões queijeiras da Canastra e Araxá em Minas Gerais, saiu dona Maria Geralda, 57 anos, e Leandra Goulart, produtoras de queijo minas artesanal com Selo Arte. Foi a primeira viagem internacional das duas. Chegaram e nem foram conhecer a Torre Eiffel, a missão era entregar os queijos sãos e salvos antes do dia 8 de setembro para o concurso.

No mesmo avião e com o mesmo destino vieram o Ivair e Nonato, do Serro; Johne, Holorico e Rogério da Canastra, com as esposas; Osvaldinho de Alagoa e Camila Almeida da Estância Silvania… Ao grupinho charmoso de produtoras paulistas se uniu Maristela Nicolellis da Fazenda Santa Luzia (Itapetininga-SP), que conseguiu a vacina na última hora para poder viajar.

Para participar do concurso é preciso ter um stand no salão. A associação SerTãoBras, que trabalha pela valorização do queijo artesanal brasileiro, foi responsável pela organização do envio de 183 queijos de 57 produtores. Ao todo, concorreram 940 queijos de 46 países.

Queijeiras premiadas. Vanessa da Padrinho Artesanal, Carolina da BelaFazenda, Camila da Instância Silvania e Helo Collins da Cabril do Bosque

O Brasil sozinho concorreu com quase 20% dos queijos e levou a mesma proporção de prêmios: foram 331 medalhas concedidas no total. “Mas este concurso está virando um evento brasileiro” comentou Virginie Dubois, a francesa que já esteve no Brasil para dar cursos de queijo na ExpoZebu.

O stand brasileiro foi o mais animado e mais colorido. “Como podemos ter estes queijos premiados nas nossas lojas na França?”. Essa foi a pergunta mais escutada no evento.

“Com todas as dificuldades para viajar e trazer os queijos, estávamos todos ansiosos. Foi muito bom que muitos de nós tivemos a oportunidade de ser jurados, em mesas de 25 queijos, divididos em 2 ou 3 categorias. Uma beleza ver toda aquela variedade de formatos e cores e poder sentir a diversidade de aromas, sabores e texturas” disse Heloísa.

Ao todo, o Brasil conquistou cinco medalhas super ouro, as mais cobiçadas e mais raras, entre eles o queijo Mandala 12 meses, da Pardinho Artesanal e o Canastra reserva do Ivair. Onze de ouro, 24 de prata e 17 de bronze. Confira abaixo a relação completa dos ganhadores brasileiros.

Participaram queijeiros de Minas Gerais, São Paulo, Pará, Goiás, Mato Grosso do Sul, Paraná e Pará, da Ilha de Marajó. Todos os produtores que participaram tinham ao menos algum registro, foi a condição estabelecida pela SerTãoBras e pela organização do concurso este ano. Minas Gerais seguiu na liferança com 40 medalhas, São Paulo com 15 medalhas.

Ao todo, o Brasil conquistou cinco medalhas super ouro, onze de ouro, 24 de prata e 17 de bronze

A festa da premiação promovida pela Guilde Internationale des Fromagers, organizadora do concurso, seguiu o padrão super elegante francês. Na cerimônia do jantar de gala, oito novos membros foram entronizados na prestigiosa associação que reúne mais de 9 mil membros de 40 países.

Na apresentação dos campeões brasileiros para o público de 400 pessoas no salão nobre do Palais de Congres de Tours, o que mais chamou a atenção dos franceses foi que a maioria cria vacas zebuínas. “Com a mudança climática, vamos ter que começar a importar essas raças na França” brincou um produtor de queijo francês.

Na cerimônia, Roland Barthelemy confirmou a presença de uma comitiva da Guilde no próximo Mundial do Queijo do Brasil, que acontece de 16 a 19 de setembro de 2022 em Inhotim. “Vamos levar um contêiner de queijos franceses no próximo Mundial do Brasil” prometeu Claude Maret, presidente da Fédération des Fromagers de France. Enquanto isso, a orquestra já estava tocando samba e todo mundo caiu na dança comemorando todas as medalhas.

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