Jornal Folha Regional

Motociclista de Juruaia morre após colidir com árvore em São José da Barra

Motociclista de Juruaia morre após colidir com árvore em São José da Barra – Foto: Reprodução/Jornal Folha Regional

Por volta das 16h, desta quarta-feira (28), a Polícia Militar foi informada sobre um acidente envolvendo uma motocicleta Honda/CG, de cor cinza, placa HDU-4974, próximo a Usina Hidrelétrica de Furnas em São José da Barra (MG).

No local os militares constataram que o motociclista perdeu o controle e chocou com a motocicleta contra uma árvore sentido bairro de Furnas.

A ambulância da Unidade Mista de Saúde de São José da Barra compareceu no local para prestar o socorro e deparou com a vítima sem vida.

O homem era lavrador, tinha 45 anos e residia em Juruaia (MG). O irmão da vítima esteve no quartel da PM em São José da Barra para recolher os pertences da vítima e informou aos militares que ele gostava de fazer trilhas na Serra da Canastra em São Roque de Minas (MG) e sempre retornava pela Usina Hidrelétrica de Furnas que é caminho para sua cidade.

Segundo os militares, eles receberam uma ligação anônima informando um possível autor do acidente, porém após análise em câmeras de segurança, o veículo citado estava em local oposto no momento do acidente.

“Foram realizadas diligências após a denúncia anônima, porém no veículo do então suspeito consta algumas avarias, as quais já existem há um tempo. Não tem nenhuma testemunha ocular que possa garantir que teve outro veículo envolvido no acidente. Ninguém foi preso”, informou a PM.

A perícia compareceu e realizou os trabalhos de praxe.

Bloco Samba Furnas resgata história e emociona foliões no Carnaval 2024 no clube ARF em São José da Barra

Bloco Samba Furnas resgata história e emociona foliões no Carnaval 2024 no clube ARF em São José da Barra - Foto: Reprodução.
Bloco Samba Furnas resgata história e emociona foliões no Carnaval 2024 no clube ARF em São José da Barra – Foto: Reprodução.

Três dias de folia marcaram o carnaval na Associação Recreativa de Furnas (ARF), no bairro Furnas em São José da Barra (MG). Um evento que foi resgatado em 2017 e paralisado em 2021 e 2022 devido a pandemia, porém retornou com sucesso total.

Matinê para as crianças, aconteceu no sábado (10) - Foto: Reprodução
Matinê para as crianças, aconteceu no sábado (10) – Foto: Reprodução

O primeiro dia foi marcado com a matinê para a criançada que aconteceu no sábado (10), e superou a expectativa da organização.

Matinê para as crianças, aconteceu no sábado (10) - Foto: Reprodução
Matinê para as crianças, aconteceu no sábado (10) – Foto: Reprodução

No domingo (11) e segunda-feira (12), a folia foi comandada pelo Bloco Samba Furnas, o qual é composto por funcionários aposentados e funcionários ativos da empresa Furnas, os filhos dos funcionários também estão herdando a tradição e compondo a banda.

Bloco Samba Furnas abrilhantou a folia - Foto: Reprodução
Bloco Samba Furnas abrilhantou a folia – Foto: Reprodução

Segundo a diretora social da ARF, Prys Borges, já tem 3 anos que fazem esse carnaval que só foi interrompido na pandemia.

“Tivemos um recorde de público. Foliões de toda região compareceram para curtir com os amigos de mais de 30 anos. Foi lindo”, citou a diretora social.

Foliões resgataram memórias - Foto: Reprodução
Foliões resgataram memórias – Foto: Reprodução

Na presidência de Luiz Carlos Bahia da Silva, o clube mais uma vez provou que é para todos sem tirar as raízes do pessoal de Furnas.

A diretoria da agremiação agredece todos os colaboradores do clube, voluntários e foliões, que diariamente deram o sangue para a concretização desse projeto.

Os foliões já estão anciososos para o carnaval 2025 no recinto.

A foliã e moradora do bairro Furnas, Franciele Silva, disse que foi lindo o reencontro de amigos de infância dos moradores de Furnas. Pessoas aposentadas como professores, funcionários Furnas e esportistas.

“Como é gratificante vivermos momentos agradáveis como estes, foi simplesmente emocionante, uma oportunidade para relembrarmos nossa época de infância e histórias jamais apagadas de nossas memórias”, frisou Franciele.

Agradecemos pelas fotos: Prys Borges, Franciele Silva, Mateus Alvarenga e Otávio Braz

Justiça do Trabalho intima Eletrobras para esclarecimentos sobre Furnas

A decisão atende parcialmente a um pedido feito por sindicatos do setor, que pediam a suspensão de uma assembleia marcada para votar o tema no fim de dezembro

Justiça do Trabalho intima Eletrobras para esclarecimentos sobre Furnas – Foto: Hidrelétrica de Furnas em São José da Barra/MG – arquivo Folha Regional

A Justiça do Trabalho determina a intimação da Eletrobras e de Furnas para prestar esclarecimentos sobre a incorporação da subsidiária. A decisão é relativa a um processo aberto por sindicatos do setor, que pedem a suspensão de uma assembleia marcada para votar o tema no fim de dezembro.

O juiz Marcelo José Duarte Raffaele afirmou que a matéria é complexa e envolve valores bilionários. O magistrado afirmou não ser prudente a suspensão da assembleia, já que ainda há tempo para que as empresas apresentem justificativas antes da data marcada. Eletrobras e Furnas têm cinco dias para se manifestar

Ainda na decisão, o juiz afirmou que a competência da Justiça do Trabalho para avaliar o caso é questionável, uma vez que os pontos levantados pelos autores envolvem questões de expertise da Eletrobras para gerir os ativos de Furnas, além de suposições sobre uma futura redução do plantel de funcionários, aspectos que, em sua avaliação, não cabem à Justiça do Trabalho.

Procuradas, as empresas disseram que não vão se manifestar.

PT de São José da Barra juntamente com representante de deputados estadual e federal reúnem com diretor do SINDEFURNAS

Presidente do PT de São José da Barra (MG), Julianderson Gaspar, assessor parlamentar, Diego Batista, representando o deputado estadual Ulysses Gomes (PT) e o deputado federal Odair Cunha (PT/MG), juntamente com o diretor do SINDFURNAS, Ricardo Fernandes – Foto: Arquivo pessoal

Para o presidente do PT de São José da Barra, isso seria uma perda irreparável, pois o nome Furnas representa a história de um povo.

Na última quarta-feira (4), o presidente do Partido dos Trabalhadores de São José da Barra (MG), Julianderson Gaspar, juntamente com o assessor parlamentar, Diego Batista, representando o deputado estadual Ulysses Gomes (PT) e o deputado federal Odair Cunha (PT/MG), estiveram no SINDEFURNAS (Sindicato dos Eletrecitários de Furnas), reuniram com o diretor do sindicato, Ricardo Fernandes, que também é um diretor da ASEF (Associação dos Empregados de Furnas), para discutirem sobre a migração do nome da empresa Furnas para Eletrobras.

“Nós do Partido dos Trabalhadores junto com outros políticos, associações e a sociedade civil, vamos organizar audiências públicas para que isso não aconteça, pois Furnas é um patrimônio do povo de São José da Barra e região”, disse Julianderson.

Sindicatos afirmam que direção da Eletrobras privada quer destruir a história de Furnas

Há alguns dias, a direção da Eletrobras privada disse que iniciou estudos para incorporação da subsidiária Furnas. A iniciativa, faz parte de “plano para simplificar estrutura societária e governança, em meio aos trabalhos de reestruturação da empresa após a privatização”.

Segundo os sindicatos, a Eletrobras quer incorporar Furnas, cancelar o CNPJ da empresa e todas as referências que fizeram a história da nossa joia da coroa. As informações levantadas pelos sindicatos dão conta de que os estudos estão avançados. Querem finalizar a absorção de Furnas até o final do ano e estimam a incorporação das concessões das usinas e linhas de transmissão de Furnas pela Eletrobras em 14 semanas.

“Além de um grande prejuízo para o povo mineiro, para a memória afetiva de Juscelino Kubitschek, John Cotrim e Itamar Franco, para as associações de fomento ALAGO, AMOG, AMEG e AMUSUH, o fim de Furnas é um golpe no Brasil! No orgulho nacional!” Informaram em nota.

Furnas é a maior das subsidiárias da Eletrobras, com presença em 15 estados e no Distrito Federal, e capacidade instalada de geração de mais de 18 GW. Furnas gera energia a partir de fontes hidrelétricas, gás natural, eólica e solar. Seu sistema inclui 22 hidrelétricas, duas termelétricas, um complexo com cinco parques eólicos e 35.201 km de linhas de transmissão e 72 subestações.

“Hoje todo o Brasil sabe quem comanda a Eletrobras. Foram os mesmos que quebraram as Lojas Americanas, o trio da 3G Lemann, Telles e Sicupira. Esses acionistas só querem saber de dinheiro e de encher os bolsos de dividendos. Estão correndo contra o tempo porque sabem que o governo pode recuperar os 43% da Eletrobras a qualquer momento. Nós de Furnas vamos resistir a mais este absurdo da Eletrobras! Inspirados em Itamar Franco, convocamos o povo de Furnas, as famílias, os prefeitos, os parlamentares, as associações, para uma reação forte contra a tentativa de destruição total da nossa amada empresa!” Finalizou a nota assinada por SINTERGIA-RJ – SINDEFURNAS – STIEESP – SINERGIA/CAMPINAS – STIU-DF – STIEENNF – STIEPAR – SINEFI-PR – SINERGIA-ES – SINDEL – SENGE RJ – SINAERJ – ASEF.

Saiba qual é a expectativa para o Lago de Furnas para os próximos meses de estiagem

Segundo o ONS, neste fim de semana a represa registrou um volume de 99,18% da capacidade. Especialista explica que número é satisfatório em relação ao período da falta de chuvas.

Santo Hilário, região do Lago de Furnas – Foto: Marco Panela

O Lago de Furnas continua prosperando com mais de 99% do volume útil. Neste ano, a represa chegou a atingir os 100%, sendo o melhor cenário há mais de uma década.

A realidade de Furnas, além de garantir um lindo cenário, traz também um alívio para piscicultores e também comerciantes que dependem do lago.

Na época de estiagem, quando há menos chuva, o volume útil de represas pode baixar. No entanto, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), neste fim de semana o Lago de Furnas registrou um volume de 99,18% da capacidade.

O climatologista Paulo Henrique Souza diz que o número é satisfatório em relação ao período de estiagem.

“Nós temos aqui uma meta, que é pelo menos uma cota de 762 metros acima do nível do mar, o que vai dar mais ou menos 56% de ocupação do lago. […] Quando está avançado o período da estiagem, com 99,18% [de volume útil], e nós sabemos que em meados de outubro as chuvas voltam, isso dá para toda região a certeza de que nós vamos ter água para a Usina funcionar e também para as demais atividades seguirem seu curso normal”, adianta o climatologista.

Sobre as expectativas para o futuro, o fenômeno climático ‘El Niño’ deve provocar uma ligeira baixa na média de precipitação anual e naturalmente a captação pode diminuir, analisa o climatologista.

“Talvez eu diria que, para esse ano pelo menos, [o El Niño] ainda não vai impactar. O impacto vai ser maior se ele permanecer no ano que vem e as atividades antrópicas se intensificarem na busca de demanda de recursos hídricos, então aí, sim, nós vamos começar a ficar preocupados com a possibilidade de haver uma baixa no nível dos reservatórios”, explicou.

Além disso, as atividades humanas também podem ter interferência no nível da água. O climatologista alerta que a represa é considerada uma “caixa d’água do Brasil” e causa impactos em diversas regiões e usinas do Brasil, do Rio Grande ao Rio Paraná.

via, G1

15 funcionários terceirizados são demitidos da Eletrobrás Furnas em São José da Barra

Desde 2019 empresa Furnas Eletrobrás vêm desligando funcionários; segundo informações isso é o reflexo da privatização

15 funcionários terceirizados são demitidos da Eletrobrás Furnas em São José da Barra – Foto: Usina Hidrelétrica de Furnas/São José da Barra – Reprodução

Na Usina Hidrelétrica de Furnas em São José da Barra (MG), nas últimas semanas foram demitidos 15 funcionários terceirizados, sendo 6 motoristas e 9 da limpeza predial.

A empresa também devolveu 14 carros alugados que eram usados para viagens em manutenção de subestações e usinas.

De acordo com informações, a manutenção dos carros eram realizadas em São José da Barra, a qual gerava empregos indiretos.

As demissões poderão impactar na economia local, tendo em vista que centenas de famílias barrenses e da região, dependem do emprego de Furnas a sobreviverem.

“Até o mês que vem é esperado mais demissões, inclusive de funcionários efetivos.
Na região isso gera um efeito dominó, do desemprego direta e indiretamente, onde já não tem ofertas de empregos. Outros setores do comércio também podem ser afetados. A privatização só está causando prejuízos para a população e para diversos municípios da região, inclusive São José da Barra. A empresa cortou as ajudas sociais,  o próximo passo é tentar reduzir os Royalties na justiça.
Se eu fosse os políticos da região, reunia os deputados e forçava uma emergência no julgamento da ADI, que o atual Presidente da República deu entrada com o objetivo em rever a privatização pegando o controle dos 43% que ainda pertencem a União e ao povo Brasileiro”, informou um funcionário da Eletrobrás Furnas.

Em nota, Furnas Eletrobrás informou que as demissões não afetam a prestação dos serviços e a geração de energia.

“Os desligamentos de funcionários terceirizados que atuavam na UHE Furnas foram motivados pela rescisão de contratos com empresas de prestação de serviços de limpeza e transporte, parte da reestruturação de processos que ocorre no âmbito das empresas Eletrobras com o objetivo de se obter maior eficiência e competitividade. As dispensas não afetam a prestação dos serviços e a atividade de geração de energia”, informou a Empresa.

A Central Única dos Trabalhadores do Brasil (CUT), divulgou que Justiça do Trabalho suspende demissões na Eletrobras em todo o país

De acordo com a matéria, as demissões estão suspensas até que o STF julgue a ação do governo que contesta a venda da Eletrobras. Com a decisão está suspenso o programa de desligamentos previsto de 01/05/2023 a 30/04/2024

A Justiça do Trabalho do Rio de Janeiro decidiu na sexta-feira (30/6) sustar quaisquer demissões pela Eletrobrás e suas subsidiárias, até que o Supremo Tribunal Federal (STF) julgue a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) nº 7.385, ajuizada pelo governo Lula em face de ilegalidades no processo de privatização da Eletrobras, alvo de denúncia dos sindicatos dos eletricitários.

Com a decisão ficam suspensas quaisquer demissões no programa de desligamentos de trabalhadores de 01 de maio de 2023 a 30 de abril de 2024.

A ação foi impetrada pelo escritório de Advocacia Garcez que representa o Sindicato dos Trabalhadores em Energia do Rio de Janeiro (Sintergia-RJ) e o Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE).

Felipe Araújo do Sindicato dos Engenheiros do Rio (Senge-RJ) e da Associação dos Funcionários de Furnas (Asef) que fazem parte do CNE, comemora a decisão da Justiça do Trabalho. Segundo ele, há um real risco ao sistema elétrico brasileiro com as demissões de pessoal experiente.

“A Eletrobras está jogando fora um pessoal qualificado que faz serviço de alta complexidade em todas as áreas e o risco é real, principalmente pelo fato das equipes de operação e manutenção estarem extremamente reduzidas”.

Araújo argumenta ainda que a passagem do know how dos profissionais mais experientes aos mais novos não foi feita como deveria ser. Segundo ele, os aposentados e aposentadas que passariam esse conhecimento foram todos demitidos.

“Passamos 50 anos ensinando as pessoas a trabalhar no sistema elétrico. A empresa não pode substituir uma mão de obra que leva de cinco a sete anos para se qualificar por gente nova que busca no mercado” escreveu Felipe Araújo, via LinkedIn [plataforma de empregos e negócios]

Na avaliação do movimento sindical a pressa da atual direção da Eletrobras em demitir os trabalhadores antes do prazo estipulado de dois anos pelo último Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), tem a ver com a real possibilidade do governo Lula se tornar majoritário antes de que sejam feitas as demissões em massa, para que os acionistas possam ter maior lucro.

Pelo ACT mediado pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), a Eletrobras não poderá demitir 80% do seu quadro até 2024. Mas são os 20% restantes estão sendo postos na rua antes do prazo final do acordo em abril de 2024.

“Como a empresa não está dando o lucro desejado, a direção segue a cartilha neoliberal econômica de redução do quadro funcional para obter mais lucro”, afirma.

O governo federal é o maior acionista com quase 43% das ações, mas não consegue trocar sequer um dos 11 conselheiros por ter apenas 10% de poder de voto. Antes da venda a União detinha 72% das ações e com a capitalização deixou de ser o acionista majoritário. Porém, nenhum acionista sozinho tem a maioria das ações.

“O que está em jogo não é uma disputa entre direita e esquerda, mas o risco ao sistema elétrico nacional com queda na qualidade do serviço prestado pela equipe técnica da Eletrobras, o que pode até impossibilitar a reindustrialização do país que precisa de energia”, citou Felipe.

Os advogados do escritório Garcez, Diego Bochnie e Maximiliano Garcez que representam o Sinergia afirmam que a vitória obtida é fruto da luta tenaz dos eletricitários contra os desmandos e arbitrariedades que a Eletrobras vem adotando desde a privatização.

“A decisão protege os direitos de todos os trabalhadores da Eletrobras e subsidiárias e atende a interesses da sociedade brasileira como um todo, na medida em que todas as decisões a respeito do quadro de trabalhadores deveriam ter sido tomadas considerando a efetiva participação da União na composição acionária da Eletrobras.”

Os advogados destacam os trechos que consideram mais importantes da juíza Karine Loureiro Simão:

_”O Sindicato autor, em sua petição de ingresso, requer concessão de antecipação de tutela inaudita altera parte, para que seja determinada à ré a sustação de qualquer iniciativa no sentido de desligamento de trabalhadores, até o julgamento definitivo pelo C.STF da ADI 7.385, bem como, sucessivamente determinar a suspensão de qualquer programa de desligamentos de trabalhadores da segunda fase do quadro de desligamentos (de 01/05/2023 a 30/04/2024) até que: (i) demonstre o cumprimento de todos os requisitos do ACT para o desligamento dos empregados e empregadas;(ii) apresente o estudo de impacto das demissões nas relações de trabalho, na atividade fim e na prestação do serviço público essencial; e(iii) apresente, após a divulgação do PDV, prazo de adesão e compilação de empregados e empregadas que irão a ele aderir;(iii.a) a relação de todos os trabalhadores que serão desligados, e os motivos de terem sido escolhidos tais obreiros e a consequente programação das demissões; (iii.b) a relação de trabalhadores que contam com estabilidade legal ou convencional; e(iii.c) a relação de todos os trabalhadores da empresa, sob pena de multa diária a ser fixada pelo Juízo.

Do quanto se observa dos autos, verifica-se que, de fato, a empresa ré vem efetuando uma série de desligamentos do seu quadro de pessoal, sem informar, de forma clara, os critérios utilizados para tais demissões.”_

Prossegue a magistrada em sua decisão: “Não se pode negar que o empregador tem autonomia para estabelecer os parâmetros de concessão, sem que incida em ilegalidade, como no caso dos autos, sendo faculdade do empregado aderir ou não ao programa de estímulo à aposentadoria, com as regras que lhe são pertinentes.

Por outro lado, ainda que o empregado tenha ciência que, ao assinar o Termo de Adesão Voluntária, e tornar-se adepto do programa, será desligado da empresa, na modalidade de demissão sem justa causa, (conforme item 6.2 do Plano de Demissão de #d9090a3), com a quitação ampla e irrestrita de todas as parcelas oriundas do contrato de emprego, o próprio item 6.3 prevê como se dará a operacionalização de tal dispensa pelas áreas responsáveis, sem que informe como se dará a ciência aos aderentes da data do efetivo desligamento, o que dificulta a recolocação do optante no mercado de trabalho. Desta forma, temos que ainda que não indicado na peça supramencionada, persiste a obrigação da empregadora em apresentar quadro demonstrando como e quando será feito o desligamento dos trabalhadores optantes pelo programa, e sobretudo qual foi o critério utilizado para a demissão definitiva dos requerentes.

Além disso, resta pendente de decisão no Supremo Tribunal Federal, a ADI 7385 ajuizada pela Advocacia Geral da União, que requer a suspensão de diversos artigos da Lei no 14.182/2021 (Lei de Desestatização da Eletrobrás), que gera ônus desproporcional ao ente estatal e lesão ao interesse público, violação aos mandamentos constitucionais que regem a atuação da Administração Pública, sobretudo quando à regra limitadora do direito de voto da União, assegurando à mesma voto proporcional à sua participação societária na Eletrobras, o que pode impactar todas as medidas a serem tomadas na empresa, inclusive a presente PDV instituída pela ré.

Ademais, cumpre registrar que não se vislumbra, in casu, prejuízos irreversíveis à ré em razão da validação da inscrição dos ora substituídos.

Assim, por considerar presentes os requisitos autorizadores do art. 300 do CPC, DEFIRO a antecipação de tutela, para determinar que a ré efetue a sustação de qualquer iniciativa no sentido de desligamento de trabalhadores, até o julgamento definitivo pelo C.STF da ADI 7.385, com a suspensão de qualquer programa de desligamentos de trabalhadores da segunda fase do quadro de desligamentos (de 01/05/2023 a 30/04/2024) até que: (i) demonstre o cumprimento de todos os requisitos do ACT para o desligamento dos empregados e empregadas;(ii) apresente o estudo de impacto das demissões nas relações de trabalho, na atividade fim e na prestação do serviço público essencial; e(iii) apresente, após a divulgação do PDV, prazo de adesão e compilação de empregados e empregadas que irão a ele aderir;(iii.a) a relação de todos os trabalhadores que serão desligados, e os motivos de terem sido escolhidos tais obreiros e a consequente programação das demissões.”

A venda da Eletrobras

A estatal foi vendida R$ 40 bilhões abaixo do preço pelo governo de Jair Bolsonaro (PL), além de outras irregularidades apontadas pelo Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE) junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), que, no entanto aprovou a venda em maio do ano passado .A União detinha 72% das ações e com a capitalização em maio do ano passado ficou com 45%, deixando de ser o acionista majoritário.

O próprio presidente Lula disse em março deste ano que o que foi feito na Eletrobrás foi um crime de lesa pátria. “Você privatizou uma empresa daquele porte, me parece que venderam por R$ 36 bilhões, e esse dinheiro é utilizado para pagar juros da dívida pública. Não parece que existem sinais que vai baixar o preço da energia para o povo brasileiro”.

Antigo edifício sede da Furnas, em Botafogo, será transformado em residencial

Desde dezembro de 2020, o espaço está desocupado

Antigo edifício sede da Furnas, em Botafogo, será transformado em residencial. Prédios estão sendo demolidos – Imagem: Divulgação

O antigo edifício sede de Furnas, em Botafogo, Zona Sul do Rio, será transformado em um empreendimento residencial.

Desde dezembro de 2020, o espaço, que abrange um quarteirão em um dos bairros valorizados do Rio, está desocupado.

Os funcionários da subsidiária da Eletrobras foram transferidos para a sede atual, na Avenida Graça Aranha, no Centro da Cidade.

Em julho de 2022, o edifício da gigante elétrica foi arrematado pela incorporadora Cyrela por aproximadamente R$ 75 milhões, em um leilão na Bolsa de valores, em São Paulo. O valor foi R$ 14 a mais que o lance mínimo. Não houve concorrência.

Antigo edifício sede da Furnas, em Botafogo, será transformado em residencial. Prédios estão sendo demolidos – Imagem: Divulgação

A cessão da área incluiu um terreno de estacionamento e os prédios que abrigaram o Centro de Operação do Sistema Furnas, uma gráfica e um centro de treinamento.

O processo fez parte de um projeto de capitalização da Eletrobras, iniciado pelo governo de Jair Bolsonaro (PL).

A incorporadora disse que não há previsão para lançamento do residencial. O abandono no local já foi abordado em várias reportagens da BandNews FM.

Funcionários e ex-funcionários de Furnas, afirmam que tudo isso é devido a privatização, a qual é antes de tudo, a desconstrução de uma identidade.

“Furnas era algo como uma “pérola”, para a região sudeste. A demolição de espaços históricos é apenas uma fase do “apagamento” da marca. Obviamente, Furnas é muito mais que apenas prédios em Botafogo. Mas a demolição, dói. A prioridade de um privatista é “quebrar” a imagem, por dentro. Normalmente, começam pela inserção e cultura do medo, entre os concursados. Segue com a destruição de espaços. Até que a possibilidade de reconstrução da imagem, torna-se mais “caro” que a construção realizada ao longo dos anos. Assim, aceita-se a derrota. É por isso que privatizações são caminhos, praticamente, sem volta. Exemplo claro é a solicitação de busca por petróleo na faixa equatorial do Amazonas, pela Petrobrás, após a perda da prioridade sob a exploração do pré-sal. O brasileiro não consegue perceber que os estrangeiros, nos sabotam pelo diversionismo e identitarismo. Pobre povo brasileiro”, afirma um ex-funcionário em nota.

Antigo edifício sede da Furnas, em Botafogo, será transformado em residencial. Prédios estão sendo demolidos – Imagem: Divulgação

Furnas corta ‘cafezin’ dos funcionários

Nota do Jornal O Dia que cita a suspensão do café para os servidores de Furnas – Imagem: Reprodução

Na última quarta-feira (07), o Jornal O Dia destacou a suspensão do café para os servidores de Furnas, onde cita que a decisão foi adotada pela diretoria da empresa.

“Um contrassenso”, diz a nota do jornal, uma vez que os mesmos diretores economizaram ali para aumentar acolá: seus próprios salários.

Ainda segundo informações não oficiais, tem servidores recebendo uma bagatela que chega à R$300 mil por mês. Isso mesmo! Um salário exorbitante.

O ‘cafezin’ é um mísero corte na empresa. E quem levará mais? Aguardamos cenas dos próximos capítulos.

Lago de Furnas tem melhor nível para mês de outubro em 10 anos

Foto: Reprodução / EPTV

O volume útil nesta quinta-feira (21) era de 59,6%. A última vez que este nível foi alcançado foi em 2011.

O Lago de Furnas tem o melhor nível para um mês de outubro em 10 anos. O volume útil nesta quinta-feira (21) era de 59,6%. A última vez que este nível foi alcançado foi em 2011.

Segundo o prefeito de Fama (MG), uma das cidades banhada pelo lago, afirmou que um dos motivos deste aumento no nível da água é a cota 762.

“Normalmente a balsa está parada porque não dá pra fazer a travessia porque abaixa demais e ela fica encalhada. […] Valeu a pena. Eu acho que temos que lutar pra manter a 762 e jamais abaixar ela”, afirmou Osmair Leal dos Reis.

O aumento no nível da água do Lago de Furnas é importante para a economia das cidades banhadas pela represa. Em Fama, além do turismo, a área da saúde também era impactada pelo baixo volume útil.

“O turismo hoje é a máquina que gera emprego mais rápido, mais economia para o município. Fama tem neste tempo recebido muitos turistas. Todos os anos, a balsa nesta época tem que parar. E atrapalha demais quem vem de Campos Gerais-Alfenas, porque Alfenas atende muito nós na Saúde. A balsa hoje está funcionando graças a 762, se não estava parada”.

Via EPTV

Receber notificações de Jornal Folha Regional Sim Não