Jornal Folha Regional

TCE-MG emite novo alerta a Governo de Minas sobre gastos excessivos com pessoal

Palácio Tiradentes- Foto: Cristiano Trad
Palácio Tiradentes- Foto: Cristiano Trad

O Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCEMG) emitiu um novo alerta ao Governo do Estado por excesso de gastos com pessoal. Conforme a notificação do órgão, feita nessa quarta-feira (19 de março), o Executivo estadual ultrapassou o limite estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

No terceiro quadrimestre de 2024, os gastos chegaram a R$ 50,492 bilhões, o equivalente a 48,8% da Receita Corrente Líquida do Estado. De acordo com o TCE-MG, este valor extrapola o limite prudencial de 46,55%. Por conta disso, o órgão determinou que sejam adotadas medidas imediatas de ajuste no planejamento orçamentário e financeiro.

O Governo de Minas já havia sido notificado pelo mesmo motivo em relação ao balanço anterior. No segundo quadrimestre de 2024, a despesa total com pessoal atingiu o montante de R$ 49,6 bilhões, correspondente a 50,12% da receita corrente líquida ajustada.

Segundo informações, Minas Gerais é o segundo estado brasileiro que mais gasta com folha de pagamento, ficando atrás somente do Rio Grande do Norte.

Deputados pré-candidatos gastam R$ 219 mil para divulgar mandatos em ano eleitoral

Dos 77 parlamentares, seis são pré-candidatos a prefeito neste ano - Foto: Alexandre Netto, Luiz Santana, Guilherme Dardanhan, Elizabete Guimarães e Daniel Protzner
Dos 77 parlamentares, seis são pré-candidatos a prefeito neste ano – Foto: Alexandre Netto, Luiz Santana, Guilherme Dardanhan, Elizabete Guimarães e Daniel Protzner

Às vésperas do início da campanha eleitoral, os seis deputados estaduais que são pré-candidatos a prefeito já gastaram R$ 219,1 mil de verba indenizatória com divulgação parlamentar de janeiro a julho, segundo dados do Portal da Transparência da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Os pré-candidatos são Bruno Engler (PL), Coronel Sandro (PL), Douglas Melo (PSD), Fábio Avelar (Avante), Leonídio Bouças (PSDB) e Mauro Tramonte (Republicanos).

O instrumento é uma indenização a que têm direito os deputados estaduais por uma série de gastos, como, por exemplo, locação de imóvel, combustível, manutenção de veículo, consultoria etc. Desde que as despesas tenham relação com o exercício do mandato, eles apresentam as notas fiscais à ALMG e pedem reembolso. O limite mensal é de, aproximadamente, R$ 33 mil.

A divulgação parlamentar é um dos grupos de despesas previstas para a indenização. A cada semestre, os deputados podem gastar até R$ 100 mil com a promoção do mandato, o que inclui a compra de serviços e ferramentas de marketing digital, como aplicativos, licenças, softwares, impulsionamento de publicações nas mídias sociais e otimização de mecanismos de buscas na internet.

No ranking dos deputados que mais gastaram com a divulgação do mandato está o deputado Fábio Avelar, que nos sete primeiros meses deste ano gastou R$ 87 mil com verba indenizatória destinada à promoção do seu mandato. Avelar é pré-candidato à Prefeitura de Nova Serrana, na região Centro-Oeste do Estado. O montante é pouco mais de 8% maior do que aquele gasto entre fevereiro de 2023, quando iniciou a atual legislatura, e julho de 2023, período em que o deputado gastou R$ 80,5 mil.

Tramonte, pré-candidato à Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), empenhou R$ 83,5 mil com divulgação parlamentar neste ano. Inclusive, os gastos de Tramonte no último mês de junho superaram em 223,9% a média mensal do jornalista ao longo dos últimos sete meses. Há dois meses, o deputado declarou ter gasto R$ 38,6 mil, sendo que sua média com divulgação parlamentar neste ano foi de R$ 11,9 mil. Entretanto, o total gasto em 2024 até o momento é 15,86% menor do que aquele registrado entre fevereiro e julho do ano passado. 

Douglas Melo, pré-candidato à Prefeitura de Sete Lagoas, na região Central, foi o terceiro deputado que mais gastou com despesas com divulgação parlamentar neste ano até o momento. De janeiro a junho deste ano, Melo gastou, aproximadamente, R$ 24,9 mil, o que corresponde a um aumento de 315% em relação ao período entre fevereiro e julho do ano passado. 

Na quarta posição está o pré-candidato a prefeito em Governador Valadares, no Rio Doce, Coronel Sandro. O deputado foi também o que mais aumentou os gastos com divulgação parlamentar entre 2023 e 2024, durante os seis primeiros meses do ano passado. Os valores saíram de R$ 4 mil para R$ 18,2 mil, representando um aumento de 355,8%. 

Em contrapartida, o seu correligionário e pré-candidato à PBH, Bruno Engler, é o deputado que mais diminuiu os gastos durante o mesmo período analisado. O montante diminuiu em 77%, caindo de R$ 24,6 mil para R$ 5,5 mil.

Dos seis pré-candidatos, o único que não registrou gastos com divulgação parlamentar neste ano até o momento foi Leonídio Bouças. Em contrapartida, no último ano, entre fevereiro e julho, ele gastou quase R$ 71,9 mil. Questionado, o deputado afirmou que não há nenhum motivo específico para não utilizar a verba neste ano. 

Já o Mauro Tramonte disse que não usou a verba indenizatória para a pré-campanha. Segundo o parlamentar, o uso do montante teve como objetivo “prezar pela transparência do trabalho e divulgar ações legislativas”. 

TCE alerta 27 prefeituras mineiras por risco de ultrapassar limite de gastos com pessoal

TCE alerta 27 prefeituras mineiras por risco de ultrapassar limite de gastos com pessoal - Foto: reprodução
TCE alerta 27 prefeituras mineiras por risco de ultrapassar limite de gastos com pessoal – Foto: reprodução

O Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG) emitiu, na última segunda-feira (12), um alerta para 27 prefeituras mineiras que estão próximas de ultrapassar o limite legal de gastos com pessoal. A medida visa garantir o cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que estabelece um teto de 54% da receita corrente líquida para despesas com pessoal no Executivo municipal.

Os municípios foram divididos em duas categorias de risco:

  1. Entre 90% e 95% do limite: 12 municípios
  2. Entre 95,01% e 100% do limite: 15 municípios

O caso mais crítico é Bom Despacho, que já atingiu 53,58% do limite, muito próximo do teto de 54%.

O alerta do TCE-MG serve como um aviso para que os gestores municipais tomem medidas preventivas. Se uma prefeitura atingir o limite prudencial (acima de 95%), consequências mais severas podem ser aplicadas, como a proibição de conceder reajustes salariais e abrir novas vagas.

Em casos extremos, onde o município ultrapassa o limite legal, a Constituição prevê medidas drásticas, incluindo a redução de até 20% dos gastos com cargos comissionados e possíveis exonerações de servidores.

Lista completa dos municípios e prefeitos alertados:

Entre 90% e 95% do limite:

  1. Araújos – Geraldo Magela da Silva
  2. Campo Belo – Alisson de Assis Carvalho
  3. Campo do Meio – Samuel Azevedo Marinho
  4. Guapé – Nelson Alves Lara
  5. Inhapim – Márcio Elias de Lima e Santos
  6. Janaúba – José Aparecido Mendes Santos
  7. Joaquim Felício – Miguel Felipe Ferreira de Oliveira
  8. Nova Serrana – Euzébio Rodrigues Lago
  9. Pedro Leopoldo – Eloisa Helena Carvalho de Freitas Pereira
  10. Poços de Caldas – Sérgio Antônio Carvalho de Azevedo
  11. Ribeirão das Neves – Moacir Martins da Costa Júnior
  12. Viçosa – Raimundo Nonato Cardoso

Entre 95,01% e 100% do limite:

  1. Bom Despacho – Bertolino da Costa Neto
  2. Carmo do Cajuru – Edson De Souza Vilela
  3. Caxambu – Diogo Curi Hauegen
  4. Esmeraldas – Marcelo Nonato Figueiredo
  5. Formoso – Dinarte Henrique Guedes de Ornelas
  6. Frutal – Bruno Augusto de Jesus Ferreira
  7. Jordânia – Marques Uei Meira de Oliveira
  8. Luminárias – Écio Carvalho Rezende
  9. Muriaé – Marcos Guarino de Oliveira
  10. Pirapora – Alexandre Costa César
  11. Três Pontas – Marcelo Chaves Garcia
  12. Unaí – José Gomes Branquinho
  13. Vespasiano – Ilce Alves Rocha Perdigão
  14. Formiga – Eugênio Vilela Júnior

Decreto: atendimentos em repartições públicas são limitados para conter gastos em Cássia

Decreto: atendimentos em repartições públicas são limitados para conter gastos em Cássia - Foto: reprodução
Decreto: atendimentos em repartições públicas são limitados para conter gastos em Cássia – Foto: reprodução

Com o objetivo de conter gastos, as repartições públicas da prefeitura de Cássia (MG), tem atendido a população em novo horário, sendo de 7h as 13h.

O decreto determina que as repartições funcionem em horário reduzido. O motivo, conforme consta no documento, seria a contenção de gastos públicos e a limitação de despesas.

Segundo o documento, na Secretaria de Saúde, no CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social), no CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) e no CCI (Centro de Convivência do Idoso), o atendimento deve acontecer entre 7h e 13h.

O decreto ainda diz que os serviços essenciais de saúde, como Unidades Básicas de Saúde, Farmácia Básica, centro odontológico e pronto-socorro municipal, não devem sofrer alteração no horário.

De acordo com a Prefeitura de Cássia, o decreto vale para o setor administrativo por tempo indeterminado. A gestão informou que muitos serviços podem ser realizados de forma eletrônica pelo site.

Receber notificações de Jornal Folha Regional Sim Não
Jornal Folha Regional
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.