Jornal Folha Regional

Jovem cai em golpe de ‘venda de moto no Facebook’ e perde R$ 6 mil reais, em Passos

Jovem cai em golpe de 'venda de moto no Facebook' e perde R$ 6 mil reais, em Passos - Imagem: Agência Inova
Jovem cai em golpe de ‘venda de moto no Facebook’ e perde R$ 6 mil reais, em Passos – Imagem: Agência Inova

Na última sexta-feira (21), um jovem, de 26 anos, caiu em um golpe e perdeu R$ 6 mil reais durante a suposta venda de uma motocicleta, em Passos (MG).

Segundo a Polícia Militar, a vítima relatou que viu uma publicação no Facebook, da venda de uma motocicleta Honda 150 Bros, pelo valor de R$ 7.500,00 reais. Ele teriam iniciado contato, onde o autor disse que morava em Passos, mas que o veículo estava com seu primo, o qual iria mostrar a motocicleta. O suspeito ainda disse que esse primo lhe devia dinheiro e estava pegando essa motocicleta mais barato para quitar a divida.

De acordo com a PM, a vítima se deslocou até o endereço onde estava localizado a motocicleta, se interessou e transferiu o valor de R$ 6 mil reais para o autor com quem iniciou contato pelo Facebook.

Após transferir o dinheiro, a vítima percebeu que caiu em um golpe.

Conforme a polícia, o proprietário do veículo informou que publicou os dados da venda no Facebook e o suspeito apenas copiou. Na publicação verdadeira, a motocicleta seria vendida por R$ 13.500,00 reais. O proprietário da moto ainda disse que o suspeito entrou em contato com ele, dizendo que havia se interessado pelo produto e que outra pessoa iria ver a motocicleta, intermediando o negócio.

A vítima repassou a PM, os dados da conta para onde transferiu o dinheiro. O jovem foi orientado.

Mulher tem prejuízo de R$ 100 mil após golpe aplicado por falso namorado virtual no Sul de Minas

Uma mulher de Lambari, no Sul de Minas, teve um prejuízo de R$ 100 mil após cair em um golpe aplicado por um falso namorado virtual. A troca de mensagens entre o falso namorado e a vítima durou oito meses. A mulher só suspeitou de golpe depois de um convite para investimentos financeiros.

Um casal, suspeito pelo crime, chegou a ser preso, mas teve a prisão relaxada. A Polícia Civil abriu inquérito para investigar a dupla, suspeita de estelionato sentimental.

A vítima disse que começou a falar com o suposto homem que posteriormente se tornou namorado virtual dela, por conta de uma amiga. A mulher falou que trocou um cheque para a amiga e o cheque voltou. Com isso, passou a falar com o filho do dono do cheque, que, depois, acabou se tornando namorado virtual dela.

“Por que eu estava acreditando? Porque a minha amiga falava que conhecia ele, conhecia o pai dele, e que os tios dela estavam lá com ele”, contou ela, que preferiu não se identificar.

Mulher tem prejuízo de R$ 100 mil após golpe aplicado por falso namorado virtual no Sul de Minas

O suposto namorado se apresentava como policial federal e, por isso, dizia que não tinha redes sociais.

A vítima suspeitou após o convite para investimentos financeiros chegar por email. Um contrato de banco digital falsificou o contrato de um banco digital.

Um casal é suspeito de aplicar o golpe. A dupla chegou a ser presa, mas teve a prisão relaxada e, no momento, responde ao crime em liberdade.

Estelionato sentimental

Este tipo de crime é classificado como um tipo de violência. Ele acontece quando uma relação de confiança vira uma armadilha. Bens ou dinheiro são trocados por um sentimento.

O reconhecimento desta situação é difícil e os danos emocionais e financeiros são graves para as vítimas.

“É uma situação extremamente difícil, inclusive de ser provada também. A vítima tem a dependência, relacionamento. A troca de mensagens, por diversas vezes, não são registradas”, explicou a advogada criminalista Pâmela Mendes.

Mulher tem prejuízo de R$ 100 mil após golpe aplicado por falso namorado virtual no Sul de Minas

Deputados federais e senadores já estudam a possibilidade de colocar o estelionato sentimental como um agravante dentro do artigo 171 do código penal.

“O artigo 171 é para outros tipos, outas artimanhas, como a pessoa que efetua uma compra e dá como forma de pagamento vários cheques, já sabendo que ela não vai ter provisão de fundos para arcar com o pagamento. Isso seria o artigo 171 comum. Esse projeto de lei é para aquele estelionatário que vai utilizar de artimanhas amorosas para ganhar benefícios patrimoniais em desfavor daquela vítima”, completou a advogada.

O que dizem as defesas

O advogado da vítima disse que já pediu, no processo, que ela seja ressarcida pelos prejuízos, não só financeiros, mas também psicológicos e emocionais.

A defesa dos suspeitos informou que os fatos ainda estão em apuração e que se trata de um caso isolado na vida da cliente. Disse ainda que o marido dela, que também foi preso, não tinha conhecimento da história.

Família é vítima de golpe durante campanha para arrecadar R$ 15 milhões para tratamento de criança com distrofia em Varginha

Uma campanha foi feita para ajudar uma criança de 5 anos a arrecadar a quantia de R$ 15 milhões para conseguir pagar o tratamento contra uma condição rara em Varginha (MG). No entanto, golpistas têm se aproveitado da situação para desviar dinheiro.

Enrico, de 5 anos, foi diagnosticado com Distrofia Muscular de Duchenne. Desde outubro, a família dele tem feito uma mobilização pelas redes sociais em busca de doações.

'Salve Enrico': Família faz campanha para conseguir tratamento de criança com distrofia muscular rara em Varginha, MG — Foto: Reprodução EPTV
‘Salve Enrico’: Família faz campanha para conseguir tratamento de criança com distrofia muscular rara em Varginha, MG — Foto: Reprodução

Nesta semana, os pais de Enrico identificaram que alguns voluntários estavam fazendo doações em Pix usando uma chave parecida, mas com destino uma conta de nome diferente. O beneficiário que tem recebido o dinheiro criou uma chave semelhante e acrescentou apenas uma letra.

“Nós recebemos uma informação de que tinha uma chave Pix parecida com a nossa, só que era ‘Salve o Enrico‘ com ‘H‘ e a nossa com ‘E‘. Nós fomos fazer o Pix para fazer o teste, realmente tinha e era o nome de outra pessoa. E as pessoas que estavam nos ajudando, estavam fazendo o Pix para essa conta”, explicou a mãe do menino, Marina Geraldelli.

“Não sei se viram em algum lugar ou confundiram a letra. Nos informaram que tinha esse outro Pix com o nome de outra pessoa. Nós procuramos os nossos advogados que nos orientaram o que deveríamos fazer. Fizemos um boletim de ocorrência e eles estão investigando o que pode ter acontecido”, completa.

'Salve Enrico': Família faz campanha para conseguir tratamento de criança com distrofia muscular rara em Varginha, MG — Foto: Reprodução EPTV
‘Salve Enrico’: Família faz campanha para conseguir tratamento de criança com distrofia muscular rara em Varginha, MG — Foto: Reprodução

Thomas Augusto, advogado criminalista, explica que é importante checar os dados antes de fazer qualquer transação bancária, seja Pix, transferência ou depósito bancário.

“O primeiro passo é sempre que possível tentar telefonar para a pessoa que vai receber o Pix, ou seja, o beneficiário. Mas nós sabemos que em casos de doação é difícil que todos entrem em contato com a família do Enrico, por exemplo”.

Já o segundo passo, é sempre certificar quem é o beneficiário, “porque uma coisa é a chave Pix e outra coisa é o beneficiário — e aquela informação é que importa”.

“Pegar o nome completo do beneficiário, porque o crime organizado é tão organizado que ele consegue até mesmo ‘laranjas’, ou seja, pessoas falsas, geralmente com o primeiro nome parecido com o do beneficiário”, afirma.

“É muito importante levar informação ao Ministério Público, à Polícia Civil, e procurar um advogado para que faça uma representação desse estelionato, para recuperar e para que o criminoso seja punido”, completa.

‘Salve o Enrico’

Para que a criança tenha um desenvolvimento saudável, a família está em busca de um tratamento novo, um remédio que já foi aprovado nos Estados Unidos. Ele custa R$ 15 milhões e uma única dose impede a progressão da doença.

Como o custo do medicamento é caro, eles decidiram criar uma campanha nas redes sociais para arrecadar o dinheiro. O objetivo, claro, é alcançar algo que não tem preço: uma vida boa e longa para o Enrico.

“A medicina está se modernizando aos poucos e esse tratamento vem evoluindo muito. É um tratamento inovador, é uma medicação que é usada com dose única, que tem bons efeitos ao longo de 5 anos. Os níveis de distrofina do meu filho podem melhorar em torno de 95%. Então é a medicação mais promissora do momento”, explica Eric Cavalcantti, pai do Enrico e médico.

“Não tem preço. A gente faz de tudo para ver ele bem. E para qualquer pai, qualquer mãe, a gente quer isso: que a criança continue com qualidade de vida, continue bem”, completa a mãe.

'Salve Enrico': Família faz campanha para conseguir tratamento de criança com distrofia muscular rara em Varginha, MG — Foto: Reprodução EPTV
‘Salve Enrico’: Família faz campanha para conseguir tratamento de criança com distrofia muscular rara em Varginha, MG — Foto: Reprodução

Golpes e vírus do PIX: proteger dispositivos e saber identificar fraude evitam altos prejuízos

Golpes e vírus do PIX: proteger dispositivos e saber identificar fraude evitam altos prejuízos – Foto: reprodução

As armadilhas criadas por criminosos para causar prejuízos a empresas e pessoas via PIX estão cada vez mais sofisticadas. A ferramenta de pagamento instantâneo, lançada em 2020 para facilitar transferências de dinheiro circulante, abre possibilidades para estratagemas ousados e realistas na fraude, com uso até de vírus capaz de alterar o destinatário do dinheiro e o valor. A BluePex® Cybersecurity, que fabrica tecnologia para o mercado de cibersegurança, alerta sobre a necessidade de medidas rígidas de segurança para inibir ações criminosas.

Recentemente, a imprensa brasileira destacou o crescente uso do programa malicioso na aplicação de golpes via PIX. Funciona assim: o malware entra em ação na fase anterior à solicitação de senha.

A chamada infecção pode ser feita, também, por meio de simulacros de aplicativos de mensagens. O usuário pensa que está baixando uma atualização quando, na verdade, está instalando o vírus que vai adulterar o PIX.

Neste mês de setembro, pesquisa divulgada por uma empresa de proteção financeira revelou um cenário alarmante sobre fraudes via PIX. Quatro em cada 10 brasileiros sofreram alguma tentativa de golpe nesta modalidade.

O número coincide com o crescimento vertiginoso da ferramenta. Em agosto de 2023, havia 153 milhões de usuários cadastrados no sistema do Banco Central, contra 134 milhões registrados no mesmo período em 2022. Exemplos de ousadia não faltam: nos golpes, criminosos se passam por funcionários de instituições bancárias e demonstram conhecimento sobre dados pessoais, inclusive de valores que estão na conta da vítima-alvo.

Fui vítima: o que fazer?

Se a sua empresa ou você foi vítima do Golpe do Pix, a orientação do Banco Central é fazer contato imediato com o banco para informar o problema e pedir a devolução dos valores. Depois, faça um boletim de ocorrência.

O banco vai registrar uma notificação de infração em sistema do Banco Central e a instituição financeira do suposto golpista vai bloquear os valores. Ambas as instituições terão um tempo para avaliar o caso. Após 7 dias, se comprovado o golpe, o dinheiro será devolvido em até 96 horas.

Preciso evitar fraudes: o que fazer?

A preocupante realidade de golpes reforça necessidades apontadas pela BluePex® Cybersecurity. Empresas e população em geral devem implementar medidas adequadas de proteção a sistemas e equipamentos eletrônicos, como computadores, laptops e celulares. Fernando Bryan Frizzarin, especialista em cibersegurança da BluePex® Cybersecurity, lembra que, com equipamentos e softwares de controle e segurança de última geração, o ataque aos sistemas se torna quase impossível aos fraudadores.

Tão importante quanto, é preciso sempre estar alerta para evitar que criminosos utilizem a engenharia social para terem sucesso nos golpes do PIX. A BluePex® lembra que o ataque ao usuário sempre é mais fácil do que invadir sistemas. E com a vigência plena da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), a política adequada sobre senhas ajuda a evitar vazamento de dados e consequentes penalidades.

Sobre a BluePex® Cybersecurity

A BluePex® Cybersecurity é uma empresa com mais de duas décadas de experiência na fabricação de tecnologia para o mercado de cibersegurança. É certificada com o selo EED – Empresa Estratégica de Defesa, do Ministério de Defesa do Brasil, e é pioneira ao receber o selo VB-100, na América Latina.

Marca de presença global que ostenta um diferencial exclusivo por ofertar suporte direto ao cliente, 24 horas por dia nos 7 dias da semana, a BluePex® possui mais de 100 mil dispositivos protegidos diariamente, mantendo um índice de satisfação de 9,8 (cuja nota máxima é 10).

Receita Estadual alerta sobre golpes com IPVA e taxa de licenciamento

Órgão não envia boletos para endereços físicos, e-mail ou links por aplicativos de mensagens

Têm circulado nos grupos de aplicativos de mensagens informações falsas acerca do imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e da Taxa de Renovação do Licenciamento Anual de Veículo (TRLAV). Alguns desses conteúdos possuem links que, ao serem clicados, podem expor dados ou permitir a invasão do equipamento do usuário pelo golpista. 

A Secretaria de Estado de Fazenda de Minas Gerais (SEF/MG), em continuidade ao Programa de Educação Fiscal, alerta que não envia links de cobrança nem boletos, assim como guias de arrecadação em papel para endereços dos cidadãos. 

Vale lembrar que a escala de vencimentos do IPVA começa em 13 de março. Confira a tabela abaixo.

Já a Taxa de Licenciamento, no valor de R$ 33,66, vence no dia 31 de março para todos os veículos, independentemente do final de placa.

As únicas formas de pagar os dois tributos são diretamente nos caixas ou terminais de autoatendimento dos agentes arrecadadores (bancos credenciados e casas lotéricas) ou internet banking. Para pagamento nas casas lotéricas é necessário levar o Documento de Arrecadação Estadual (DAE), que deve ser gerado no site da Secretaria de Fazenda (www.fazenda.mg.gov.br) ou no aplicativo MG APP Cidadão.

Maiores informações poderão ser obtidas pelo Lig Minas 155 ou através do e-mail [email protected]

Quadrilha é presa por golpes pelo WhatsApp em MG

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e a Polícia Militar de Minas Gerais realizaram hoje (6) a Operação Camaleão com o objetivo de desarticular uma quadrilha especializada em um golpe que têm se tornado comum no país. Usando fotos e informações pessoais das vítimas, os criminosos criam novas contas no aplicativo WhatsApp para pedir dinheiro a familiares e amigos. Apesar de usarem números de celulares diferentes, a tática é eficaz e permite que eles fizessem vítimas diariamente.

Foram presas preventivamente sete pessoas, todas abordados em casa, em Cuiabá ou em cidades do entorno. A operação, que contou com o apoio do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) e das polícias Civil e Militar do mesmo estado, cumpriu 12 mandados de busca e apreensão.

Segundo Mauro Ellovitch, promotor de Justiça à frente da Coordenadoria Estadual de Combate aos Crimes Cibernéticos do MPMG, os dados usados pelos golpistas são obtidos a partir de fontes não oficiais. Ele disse que podem ter sido até mesmo comprados na dark web, servidores de rede disponíveis na internet que são acessíveis somente por meio de ferramentas específicas que garantem um elevado nível de anonimato.

“Eles utilizavam esses dados para ludibriar familiares e cometer estelionato. O integrante dessa organização pegava os dados de uma pessoa e se fazia passar por ela para ludibriar uma mãe, um pai. Alegavam que precisaram trocar o número de telefone e solicitavam dinheiro, principalmente por meio de uma transferência PIX”, explicou Ellovitch.

O promotor disse que, nessa modalidade de crime, não há hackeamento ou clonagem do celular da vítima. Por essa razão, os usuários do WhatsApp não devem confiar apenas na foto do perfil e devem sempre desconfiar se houver pedido de transferência de dinheiro a partir de um número do telefone diferente do conhecido. Apenas na casa de um dos presos, foram apreendidos 58 chips de celular.

As investigações de inteligência, que estavam em curso desde o ano passado, revelaram que a quadrilha atuava de forma estruturada e constante, com claras divisões de funções. “Havia um núcleo operacional responsável por obter os dados, habilitar os chips e abordar as vítimas. E havia um outro núcleo, responsável por disponibilizar contas e chaves PIX para serem utilizadas nos crimes e depois retirar o dinheiro dessas contas de modo a evitar bloqueios”, disse Ellovitch.

Estimativas apontam que R$ 10 mil por dia útil era movimentado pela organização. Considerando o tempo de atuação, foi pedido o bloqueio judicial de R$ 1,8 milhão para fins de ressarcimento das vítimas e reparação dos danos causados.

Os presos serão denunciados de acordo com a função que desempenhavam na quadrilha. Entre os crimes identificados, estão organização criminosa, estelionato mediante fraude eletrônica, falsa identidade e lavagem de dinheiro. As penas para os que estiverem envolvidos em todos eles podem superar 30 anos de reclusão.

Segundo o MPMG e a PMMG, trata-se de uma ação pioneira no país. “Isso pode se ampliar, e deve se ampliar ainda mais. Acreditamos que seja o primeiro exemplo a ser seguido em todo o país, para que façamos um combate mais direto a essa modalidade criminosa”, disse a major Layla Brunnela, porta-voz da PMMG.

Ela disse que quase todo mundo conhece alguém que já foi alvo de uma tentativa desse tipo de golpe, e orienta que as vítimas registrem os casos e apresentem detalhes que possam ajudar em novas operações de sucesso. Inclusive os prints da tela do celular, com o conteúdo da conversa, são materiais considerados importantes, recomendou.

Investigação

As investigações do MPMG foram estimuladas pela representação de aproximadamente 40 vítimas que residem em cidades mineiras. Os trabalhos mostraram, no entanto, que a quadrilha estava sediada em Mato Grosso e tentou dar o golpe em pessoas de, pelo menos, outros 15 estados. Ainda assim, o caso deverá ser julgado na Justiça mineira.

“Crimes de estelionato mediante depósito têm a competência fixada no domicílio da vítima, inclusive para facilitar o acesso à Justiça. Como as vítimas que nos procuraram eram do estado de Minas Gerais, a competência do julgamento desse caso é do estado de Minas Gerais, ainda que os autores do crime sejam de outras comarcas”, explicou Mauro Ellovitch.

Novas denúncias envolvendo esse tipo de golpe também podem acabar sendo encaminhados à Justiça mineira. “Em caso de crimes conexos, a competência é fixada por prevenção”, disse o promotor.

Apesar do protagonismo do MPMG e da PMMG na investigação, o promotor ressalta que a execução da operação só foi possível pela cooperação dos promotores e policiais de Mato Grosso. O promotor reitera que tudo começa com a disposição das vítimas em denunciar.

“É trabalhoso, mas é uma investigação possível. No imaginário das pessoas, há essa ideia de que é impossível apurar esse tipo de crime e que não vai dar em nada. Mas com um trabalho de investigação técnico e dedicado, podemos identificar os rastros digitais que esse tipo de golpe deixa”, disse Ellovitch.

Via: Agência Brasil

Golpista se passa pelo ator Johnny Depp no Instagram e engana aposentada; vítima perdeu mais de R$ 200 mil e tenta indenização

A Justiça considerou improcedente a ação de uma aposentada contra um banco depois de perder mais de R$ 200 mil ao transferir o dinheiro para um golpista que se passava pelo ator norte-americano Johnny Depp e prometia um relacionamento com a brasileira. Cabe recurso.

Segundo a decisão da juíza Clarissa Rodrigues Alves, no processo de indenização, a vítima afirmou que teve o primeiro contato com o criminoso em 21 de setembro de 2020 pelo Instagram.

As transferências foram feitas para uma conta em nome de Antônio, que foi identificado pelo falso Johnny Depp como um “amigo brasileiro de seu advogado”. Os valores pedidos durante o golpe de romance foram referentes a falsas condenações em processos que supostamente envolviam a figura do ator.

Na Justiça, ela pediu a condenação do banco que recebeu as transferências em nome do brasileiro com indenização e danos materiais e morais em R$ 208,4 mil.

O banco alegou à Justiça que a moradora de Osasco, na Grande São Paulo, foi quem transferiu o dinheiro por “livre e espontânea vontade”, sem interferência da agência.

“Embora a autora afirme ter sido vítima de um golpista, nada nos autos comprova toda a sua narrativa. Note-se que a autora anexou aos autos apenas e tão somente os comprovantes de transferência bancária, que por livre e espontânea vontade efetuou, mas não junta o tal perfil do Instagram que a enganou”, escreveu a juíza em decisão foi publicada em 28 de setembro.

O golpe

No início as conversas eram apenas sobre o cotidiano, mas, com o passar do tempo, a pessoa que afirmava ser o próprio ator contava a história de que precisava de dinheiro para o pagamento de condenações em processos que estava envolvido.

Realmente, no começo do ano, Depp estava processando a ex-mulher Amber Heard e pedindo US$ 50 milhões em danos morais por um artigo que ela escreveu no jornal “The Washington Post” em que afirmou ser vítima de violência doméstica. Heard também processou o ator em ação que pediu US$ 100 milhões.

Amber e Johnny foram condenados por difamar um ao outro no Tribunal do Condado de Fairfax, no estado norte-americano da Virgínia. O processo repercutiu mundialmente.

Ao mesmo tempo em que ocorria o embate na vida real, o golpista enganava a vítima na Grande São Paulo. Ainda segundo apurado, havia nas conversas promessas do golpista em levar a vítima para morar com ele, que estaria nos Estados Unidos.

“A pandemia contribuiu para que a Autora acreditasse em toda mentira contada pelo golpista, haja vista o abalo emocional vivenciado, a mesma só procurava uma ‘saída ou mudança de vida’, realizando até uma cirurgia plástica acreditando ir morar em Los Angeles”, defendeu a advogada no processo contra o banco.

A aposentada vendeu carro e casa para “ajudar” o falso ator. A pedido dele foram feitos depósitos na conta de um brasileiro de R$ 15 mil, R$ 40.400 e R$ 153 mil.

Após a venda da casa, do veículo e de ter tido alguns cheques bloqueados, o filho da vítima desconfiou da fraude e perguntou à mãe sobre as transações bancárias. No celular dela, ele viu as conversas.

A defesa da vítima chegou a encontrar o nome do dono da conta bancária em sites mantidos por “caçadoras de golpistas” que apontam suspeitos em transações criminosas envolvendo golpes de romance.

A mesma conta que seria de “um amigo do advogado de Depp” foi identificada pela caçadora de golpistas Glauce Lima em outro caso, quando o perfil com fotos do “médico David” conversou por sete meses com uma vítima e pediu dinheiro para vir ao Brasil.

“Infelizmente, esse tipo de golpe está acontecendo. Estamos tendo brasileiros envolvidos nessas quadrilhas. Sabemos que nenhuma dessas vítimas são culpadas, elas são vítimas. São mulheres que se apaixonaram e se deixaram levar pelo sentimento. Elas fazem essas transferências porque estão apaixonadas e querem ajudar a pessoa que pensam que amam. O Brasil não está dando a devida importância para esses golpes.”

‘Caçadoras de golpistas’

Diferentemente de outros países, como os Estados Unidos, o Brasil não tem estatísticas oficiais sobre golpes de romance virtual. No entanto, um grupo de mulheres passou a monitorar e guardar informações sobre este tipo de crime.

Alguns materiais já foram encaminhados e usados pela polícia. O caso foi mostrado no Fantástico.

Segundo Crystal Brasil, que também se identifica como “caçadora”, alguns pontos podem ser um alerta para um perfil impostor: quase nenhuma resposta pública a comentários, nenhum parente entre os amigos e poucas fotos pessoais, que são escolhidas a dedo para impressionar, como fotos com crianças, animais e cozinhando.

As caçadoras de golpistas usam a chamada “busca reversa de imagens” para tentar desmascarar os golpistas. São ferramentas de pesquisas que indicam em quais sites uma determinada foto aparece.

Suspeita de aplicar golpe com falso pix de R$ 40 mil é presa em Passos

Uma mulher suspeita de aplicar um golpe e enviar um comprovante falso de pix no valor de R$ 40 mil para comprar diversos tipos de cabelo foi presa pela Polícia Militar em Passos (MG). De acordo com a polícia, ela foi detida na última terça-feira (13) após denúncia feita por uma vítima de Ribeirão Preto (SP).

Segunda a PM, a vítima denunciou que a suspeita estaria se deslocando de ônibus para Passos, após pegar a mercadoria e apresentar o falso comprovante de pagamento.

A Polícia Militar destacou que a abordagem no terminal rodoviária foi tentada, mas a suspeita havia chegado ao local um pouco antes.

Após diligências nas empresas de ônibus, a PM conseguiu a identificação da mulher e seu endereço. Com isso, os militares de deslocaram para o bairro Santa Luzia e conseguiram localizar a autora em sua residência.

A polícia disse que, inicialmente, ela negou a prática do estelionato, porém, seus pais franquearam a entrada na residência onde foram localizados todos os materiais.

Desta forma, a suspeita foi presa pela Polícia Militar e encaminhada à delegacia da Polícia Civil. (G1)

Mulher é presa por aplicar golpe do Pix em Alpinópolis

No último sábado (11), a Polícia Militar de Alpinópolis (MG) foi informada por alguns comerciantes que uma mulher estava aplicando golpes em estabelecimentos comerciais.

Após verificarem câmeras de segurança dos locais indicados e relatos dos comerciantes, os militares conseguiram localizar a mulher de 20 anos, a qual negou as acusações.

A mulher chegava nos estabelecimentos, efetuava a compra e realizava o pagamento via Pix, porém com data agendada. Ao sair do estabelecimento a mesma cancelava o pagamento.

No momento do pagamento ela apresentava o cupom de pagamento do pix de uma instituição bancária online, a qual não possui o item ‘Pix agendado’, fazendo o comerciante pensar que o pagamento fora efetuado naquele momento.

Segundo comerciantes, a mulher já vinha praticando esse tipo de golpe a algum tempo, e junto ao estabelecimento correspondente bancário pode ter aplicado o prejuízo de 50 mil reais.

Após o levantamento, ela foi presa e conduzida a Depol de plantão onde foi ouvida pelo Delegado de Plantão.

Homem é vítima do golpe do Pix em Piumhi

Um homem foi vítima do golpe do Pix no último sábado (27), em Piumhi (MG). Segundo a Polícia Militar, a vítima que trabalha como entregador, relatou que horas antes recebeu uma ligação de um indivíduo oferecendo-lhe vasilhames e gás de cozinha.

Por trabalhar com entregas deste tipo de produto, ele se interessou pela compra, porém o criminoso disse que se caso ele quisesse teria que efetuar o pagamento através de Pix primeiro. A vítima então enviou o valor para a conta de uma mulher.

Após fazer o depósito, o suposto vendedor desapareceu, não atendendo mais suas ligações, constatando assim que realmente havia caído em um golpe. (Via: PMMG)

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