Hospital Unimed em Passos realiza primeira cirurgia de Estimulação Cerebral Profunda – Foto: divulgação
A Unimed Sudoeste de Minas, unidade de Passos (MG), realizou na última terça-feira (18), sua primeira cirurgia de Estimulação Cerebral Profunda (DBS – Deep Brain Stimulation). O procedimento foi conduzido pelo neurocirurgião cooperado da Unimed, Dr. Nicollas Rabelo, e contou com a colaboração do renomado neurocirurgião Dr. Messias Eduardo da Silva, que atua em grandes hospitais de São Paulo.
A paciente, passou por um longo processo de avaliação antes da cirurgia. Durante um ano, foram realizados diversos testes, incluindo tratamentos clínicos e neuromodulação, na tentativa de evitar a intervenção cirúrgica. No entanto, devido à progressão do quadro de rigidez motora, a cirurgia tornou-se necessária. O procedimento, que durou cerca de três horas e meia, utilizou tecnologia avançada para garantir a precisão da colocação dos eletrodos no cérebro. A equipe realizou um planejamento minucioso, com exames neurológicos e cálculos detalhados para a correta inserção dos eletrodos garantindo que o eletrodo seja colocado no núcleo adequado do cérebro, responsável pela falha de uma substância que causa o Parkinson.
De acordo com Dr. Nicollas Rabelo, a cirurgia contou com suporte equipado com tomografia intraoperatória e recursos tecnológicos de ponta. “Foi um procedimento altamente seguro e eficaz, resultado de um trabalho multidisciplinar envolvendo profissionais de diversas áreas e estados”, afirma o neurocirurgião.
Dr. Messias destacou a importância dessa conquista para a região. “este tipo de cirurgia, até pouco tempo, estava restrita a grandes centros devido à complexidade e à necessidade de uma equipe altamente especializada. A realização desse procedimento aqui representa um avanço significativo, possibilitando que pacientes da região tenham acesso a um tratamento de excelência sem precisar se deslocar para capitais”, ressaltou. Com a participação de mais de 20 profissionais, a cirurgia simboliza o compromisso da Unimed em oferecer o que há de mais moderno e seguro em tratamentos neurológicos.
Hospital Unimed em Passos realiza primeira cirurgia de Estimulação Cerebral Profunda – Foto: divulgação
Um paciente internado em uma unidade de terapia intensiva (UTI) do Hospital Municipal de Morrinhos, no sul de Goiás, foi morto por um policial militar após fazer uma enfermeira refém e a ameaçar durante um surto psicótico, segundo a Polícia Militar (PM). Um vídeo mostra o momento em que, ameaçada com um pedaço de vidro, a profissional da saúde consegue afastar o braço do paciente, que foi baleado logo depois, e escapar(veja acima).
O caso aconteceu no sábado (18). Em nota, a Polícia Militar (PM) afirmou que protocolos de gerenciamento de crises foram aplicados para tentar liberar a enfermeira, mas que, mesmo diante das tentativas, foi necessária a realização de um disparo contra o paciente para resguardar a vida da refém. Afirmou ainda que um procedimento administrativo foi instaurado para apurar os fatos (leia na íntegra ao final do texto).
A família do paciente se diz revoltada e cobra por justiça pelo caso. “A polícia matou meu pai dentro de uma UTI”, disse o filho em rede social..
As imagens mostram o momento em que Luiz Claudio Dias, de 59 anos, é baleado. De acordo com informações da PM, o tiro seria para imobilizar o paciente, que ameaçava a enfermeira, mas ele se moveu durante a ação e o tiro acabou perfurando o abdômen.
Após ser baleado, o paciente chegou a receber atendimento médico, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Por telefone, o Hospital Municipal de Morrinhos disse à reportagem que ainda não comentaria sobre o caso.
Em entrevista, o prefeito de Morrinhos, Maycllyn Carreiro (PL), afirmou que Luiz Claudio não tinha histórico de surtos psicóticos e que fazia um tratamento renal há três dias. O prefeito disse ainda que casos de surtos durante a internação em uma UTI não são incomuns.
“Não é incomum pacientes terem delírios e, às vezes, surtos, durante os tratamentos na UTI. Só que, esse fato, foi totalmente atípico. Ele [Luiz] se levantou do leito onde estava internado, arrancando os equipamentos e falando de forma totalmente desconexa, correu para o banheiro, quebrou o vidro, pegou a enfermeira, que estava saindo do banheiro feminino, a engravatou e colocou o vidro no pescoço dela”, contou o prefeito.
Ainda segundo Maycllyn, os outros membros da equipe médica tentaram dialogar com Luiz Cláudio, mas sem sucesso. Como não conseguiram reverter a situação, os funcionários do hospital acionaram a PM.
Em nota, a Prefeitura de Morrinhos afirmou que lamenta profundamente o ocorrido e que está à disposição para esclarecer os fatos.
Revolta da família
Filho de paciente morto em UTI manifesta luto nas redes sociais — Foto: Reprodução/Redes Sociais
Nas redes sociais, o dentista Luiz Henrique Dias, filho de Luiz Cláudio, postou um vídeo em frente ao Instituto Médico Legal (IML), enquanto esperava pela liberação do corpo do pai. Ele se diz revoltado com a situação e que soube da morte do por vídeos que circularam entre os moradores do município.
“Eu fiquei sabendo que meu pai morreu antes mesmo da equipe médica me falar. Que despreparo desse povo. A dor é grande, mas Deus vai fazer justiça. A polícia matou meu pai dentro de uma UTI, um paciente com hipoglicemia, com menos de 60 kg, fragilizado” desabafou o dentista no vídeo.
O funeral de Luiz Cláudio ocorreu na manhã deste domingo (19). O sepultamento deve ocorrer às 19h.
Nota da Polícia Militar na íntegra
A Polícia Militar de Goiás informa que, na noite de sábado (18), uma equipe do 36º Batalhão da Polícia Militar atendeu uma ocorrência no Hospital Municipal de Morrinhos, onde um paciente, em surto psicótico, manteve uma técnica de enfermagem refém na UTI, ameaçando-a com um objeto perfurocortante (pedaço de vidro).
Após a chegada dos policiais, foram iniciados protocolos de gerenciamento de crises para liberar a vítima. Apesar das tentativas de verbalização para que o autor liberasse a vítima, ele permaneceu em atitude agressiva e reiterou as ameaças.
Diante do risco iminente à vítima, foi necessário a realização de um disparo de arma de fogo para neutralizar a agressão e resguardar a integridade física da refém.
Mesmo alvejado, o autor continuou resistindo, sendo necessária a sua contenção pelos demais policiais militares. A equipe médica prestou socorro imediato, mas infelizmente ele não resistiu aos ferimentos e veio a óbito.
A ocorrência foi acompanhada pelo delegado plantonista, que conduzirá as investigações cabíveis.
A Polícia Militar informa, ainda, que foi determinada a instauração de procedimento administrativo para apurar os fatos.
Mulher perde filha no parto e alega que médica perfurou pescoço da bebê com unha em hospital – Foto: reprodução
Uma mulher que reside em Salvador acusa a maternidade Albert Sabin de violência obstétrica após a morte de um bebê durante o parto. Liliane Ribeiro afirma que uma das profissionais de saúde cometeu uma lesão no pescoço do bebê durante o parto. As informações são da TV Bahia.
A mãe detalhou uma série de violências durante sua passagem pela maternidade, incluindo maus-tratos e abandono pela equipe. Além disso, ela afirma ter sido obrigada a passar por um parto normal, apesar de recomendação médica prévia para cesárea.
MORTE DA BEBÊ
A mulher relatou que, durante o parto, a equipe mandou fazer força, pois ela seria “rasgada até o talo“. Um funcionário também teria dito para que ela “parasse de presepada“.
Quando a cabeça da criança saiu, a médica realizou uma manobra para retirá-la, mas o marido de Liliane notou algo errado. Ela estaria com a luva rasgada e a mãe alega que a unha da médica perfurou o pescoço do bebê, causando sua morte.
O hospital justificou o óbito como “natimorto“. “Como minha filha saiu de mim morta se antes de entrar na sala de parto ela estava viva? Se eu senti ela mexer? Se a médica mostrou para meu marido a cabecinha dela mexendo? Se eles tentaram reanimar? Minha filha não estava morta”, questionou Liliane.
A Polícia Civil investiga o caso e o corpo da bebê passará por uma necropsia, que só deve ser concluída em 30 dias. A Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) também afirmou que está apurando as circunstâncias do óbito.
Morre jovem que se casou dentro de hospital em Franca – Foto: reprodução
O jovem Matheus Florenço Teixeira, que se casou dentro de um hospital em Franca (SP), morreu na noite do último sábado (27), aos 22 anos. Matheus lutava contra um tumor no cérebro havia dois anos.
“Ele faleceu às 11h da noite. Lutou muito contra a doença, mas…”, disse Jean Fransérgio, pai de Matheus, na manhã deste domingo, 28.
No dia 26 de junho deste ano, Matheus e sua então noiva, Maria Laura Branquinho Pignati Florenco, de 21 anos, realizaram o sonho de se casar. A cerimônia civil foi realizada na capela do Hospital São Joaquim, em Franca, onde ele estava hospitalizado para tratamento contra um câncer cerebral.
O corpo de Matheus será velado no Velório São Vicente, das 7h30 às 15h. O sepultamento será em seguida, no Cemitério das Oliveiras, em Franca.
Matheus e de Maria Laura, se casaram no dia 26 de junho, dentro do hospital.
Os jovens namoraram por cinco anos, mas os últimos dois anos foram de luta intensa contra a doença, que deu seus primeiros sinais e foi descoberta em 2020. (GCN)
Atriz e ex-apresentadora é internada em hospital de São Sebastião do Paraíso – Foto: reprodução/redes sociais
A atriz e ex-apresentadora infantil Renata Sayuri, de 43 anos, está internada no hospital Gedor Silveira, em São Sebastião do Paraíso. Ela recebe atendimento clínico para tratamento de dependência química, mas a instituição não divulgou detalhes sobre o quadro de saúde da paciente.
Figura bastante querida no universo geek, principalmente entre os adoradores de desenhos japoneses, Renata, popularmente conhecida como Kira, do Band Kids, ganhou notoriedade entre o público infantil no início da década dos anos 2000 e depois emendou trabalhos em séries e novelas.
Com carreira artística iniciada no fim da década de 1990, Renata trabalhou como assistente de palco do programa Fantasia, no SBT, entre 1997 e 1999, e depois estreou como apresentadora infantil do programa Band Kids. Na atração, ela era chamada de Kira e anunciava os desenhos japoneses exibidos.
Depois, ela decidiu buscar oportunidades como atriz, atuando em tramas como Pequena Travessa e Revelação (SBT), além de ter feito participações no Sítio do Picapau Amarelo (Globo), como Fada, e Malhação, como Sara Lee.
Afastada da atuação desde que interpretou uma freira no filme Deixe-me Viver, de 2016, Renata, que é paulista da cidade de Taubaté, se mudou para o interior de Minas Gerais. Em 2021, durante a pandemia, ela residia na cidade mineira de Cruzília.
A atriz está internada no hospital Gedor Silveira, em São Sebastião do Paraíso, para tratar de dependência química. A instituição não tem autorização para divulgar o estado de saúde de Renata. Segundo informações ela teria dado entrada para tratamento clínico no mês passado, mas a data não foi divulgada.
No entanto, pessoas próximas à apresentadora afirmam que ela tem acesso limitado à internet e tem buscado dar foco a seu bem-estar, praticando ioga e meditação. As informações foram divulgadas pelo colunista Leo Dias.
Em suas últimas postagens, ela, que chegou a ficar completamente reclusa na época da pandemia, compartilhou mensagens de poesias, textos de reflexão e paisagens.
Hospital em crise
O Gedor Silveira é referência para cerca de 150 cidades da região. Nos últimos anos, a instituição vem passando por dificuldades financeiras e há cerca de dois anos esteve na iminência de ter as suas portas fechadas tendo sofrido inclusive intervenção em sua diretoria. Desde 2022, uma nova gestão assumiu a administração da Fundação Gedor Silveira e através de várias ações entre outras medidas de austeridade tem mantido o local em funcionamento.
Há cerca de 10 dias foi divulgada a informação sobre a possibilidade de mais uma crise na instituição. Ano passado vários municípios da região firmaram acordo de repasse para a manutenção do hospital, mas o acordo não está sendo cumprido. O acerto teve o aval do Ministério Público, em que as prefeituras repassariam uma verba para a instituição visando o equilíbrio financeiro da unidade. O déficit foi avaliado em cerca de R$ 300 mil/mês. Dos quase R$1,4 milhões que se estimava receber em junho, foram obtidos cerca de R$ 900 mil. Pelo pacto firmado por mais de 60 municípios, cada um deveria contribuir com R$ 2,5 mil mensal. (Clic Folha)
Hospital Municipal Margarita Moralles, em Poços de Caldas — Foto: Prefeitura de Poços de Caldas
Um médico e uma enfermeira foram flagrados tendo relações sexuais no Hospital Municipal Margarita Moralles, em Poços de Caldas (MG), durante o plantão. O caso aconteceu na noite da última quinta-feira (31) e é investigado pela coordenação do hospital.
De acordo com a Prefeitura de Poços de Caldas, uma paciente testemunhou o ato e denunciou os dois funcionários. O caso também foi registrado pela Guarda Civil Municipal.
O médico, que era contratado por uma empresa terceirizada, foi imediatamente desligado de suas funções. Já a enfermeira, que é funcionária pública, será submetida a um processo administrativo para apurar os fatos e decidir as medidas cabíveis conforme os regulamentos internos.
Em nota, o hospital informou que tomou providências assim que foi notificado sobre o incidente. A coordenação da unidade está oferecendo apoio tanto aos funcionários do turno quanto à paciente que presenciou a cena.
“Estamos comprometidos em garantir a qualidade e o bom funcionamento de nossos serviços de saúde, e reforçamos que este incidente não reflete os valores e padrões éticos da unidade”, diz o texto.
Bebê recém-nascida é atingida por bala perdida dentro de hospital – Foto: reprodução
Uma bebê recém-nascida foi atingida de raspão por uma bala perdida horas após seu nascimento dentro do hospital Barão de Lucena, no Recife (PE). O caso ocorreu na noite do último domingo (26). A criança passa bem.
A suspeita é de que o disparo tenha vindo da rua. O quarto onde a bebê estava fica no quinto andar do prédio.
O pai da criança relatou à Polícia Militar que escutou o barulho distante de um tiro e, em seguida, encontrou um projétil perto da cabeça de sua filha.
A criança foi atendida por uma médica neonatologista, que realizou exames físicos e constatou que ela passa bem. O pai não quis ir até uma delegacia formalizar queixa.
Mesmo assim, a Polícia Civil informou que a delegacia do Cordeiro irá investigar o caso.
Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde informou que as mães que estavam nos leitos próximos foram transferidas para outros alojamentos do hospital para que o trabalho de perícia fosse realizado.
Sem dinheiro, Hospital São Sebastião fecha 10 leitos de UTI do SUS em Três Corações – Foto: reprodução
O Hospital São Sebastião fechou 10 leitos de UTI em Três Corações. O fechamento aconteceu por conta de falta de recursos para manter as unidades em funcionamento.
Os leitos foram abertos por conta da pandemia da Covid-19 e, mesmo após a diminuição de casos graves da doença, continuou em funcionamento. Sem verba para mantê-los abertos, eles foram fechados no dia 31 de agosto.
“Nós custeamos durante 10 meses. Quatro meses a prefeitura custeou e seis meses o próprio hospital custeou. Infelizmente, não temos mais condições de custear os leitos, pois o custo é de R$ 229 mil por mês. Custeamos o que deu para custear e agora, como não fomos credenciados e habilitados ainda, tivemos que fechar”, explicou o diretor do hospital, Vanderlei Toledo.
O fechamento, conforme o diretor, vai impactar diretamente a população. De 20 leitos de UTI pelo SUS que estavam em funcionamento, agora metade deles estão em operação.
“Impacta direto na população. As pessoas vão esperar mais tempo para tentar conseguir um leito de UTI. Temos hoje dez leitos SUS e dois particulares, para se ter uma ideia hoje tenho 11 pacientes SUS internados lá. Ou seja, tenho mais do que a capacidade que o SUS me reconhece no hospital internado hoje. Tem paciente SUS, em estado grave, em um leito particular. Como o SUS só reconhece 10 leitos, esse 11º não reconhecido e não é remunerado. É o hospital quem banca isso”, falou.
Sem dinheiro, Hospital São Sebastião fecha 10 leitos de UTI do SUS em Três Corações — Foto: Reprodução
Ainda existe a possibilidade das unidades serem reabertas, pois os leitos estão em fase de credenciamento pelo Governo de Minas.
“Estamos ainda em processos junto ao Estado, que ainda não deu uma definitiva para a gente, dizendo que não reconhece e não credencia. O credenciamento é lento, é um processo muito burocrático e lento, com idas e vindas de documentos. Não temos mais recursos financeiros para bancar, então tivemos que fechar e aguardar”, disse o diretor.
O Ministério da Saúde informou que cabe ao gestor local o pedido de abertura, fechamento ou ampliação dos leitos de UTI do SUS.
Faustão: hospital recebe órgão e apresentador passa por cirurgia de transplante de coração – Foto: redes sociais
O hospital Albert Einstein, em São Paulo, recebeu, no último domingo (27), um coração para transplante e, com isso, o apresentador Fausto Silva, o Faustão, foi operado.
O hospital informou, em boletim médico, que foi acionado pela Central de Transplantes do Estado de São Paulo na madrugada deste domingo, “quando foi iniciada a avaliação sobre a compatibilidade do órgão, levando em consideração o tipo sanguíneo B”.
De acordo com o boletim, a cirurgia aconteceu no início da tarde e durou cerca de duas horas e 30 minutos.
Segundo os médicos responsáveis, a cirurgia foi realizada com sucesso e Faustão permanecerá na UTI, pois “as próximas horas são importantes para acompanhamento da adaptação do órgão e controle de rejeição”.
Espera por doação
Uma média estimada pelo HCor, hospital em São Paulo referência no tratamento de doenças do coração, aponta que a espera para casos mais graves de insuficiência cardíaca pode demorar de dois a três meses por um coração. Quando o risco é menor, o tempo de espera pode chegar a 18 meses.
Segundo o cirurgião cardiovascular Edmo Atique Gabriel, no caso do transplante de coração, existem duas filas de espera: uma fila regular, de pacientes estáveis, que não estão dependentes de medicamentos e que não precisam ficar internados de forma contínua no hospital; e uma fila de prioridade.
Nesta, os pacientes apresentam piora progressiva da função cardíaca, atingindo fração de ejeção abaixo de 30%, dependência de medicamentos para suporte da pressão arterial, dependência de dispositivos mecânicos para auxiliar a função cardíaca e sinais de falência de outros órgãos, como uma insuficiência renal que necessita de hemodiálise.
Em boletim médico divulgado anteriormente, a equipe do hospital Albert Einstein detalhou um quadro de prioridade de Faustão para o procedimento. O apresentador estava sob cuidados intensivos, fazendo uso de medicamentos para auxílio na força de bombeamento do coração.
Ele também estava sendo submetido a diálise, processo artificial para remover os resíduos e excesso de líquidos do corpo, necessário quando os rins não estão funcionando adequadamente.
“Nesta fila de prioridade, a chance do transplante acontecer mais rapidamente é realmente concreta, visto que os corações oferecidos em doação serão primeiramente direcionados para pacientes em estado mais grave. De qualquer forma, mesmo em prioridade, existe a necessidade de um mínimo de compatibilidade entre doador e receptor, quanto aos aspectos de biotipo físico e algumas provas imunológicas”, explicou Gabriel.
No Brasil, todos os transplantes de órgãos respeitam o Sistema Nacional de Transplantes, sejam eles custeados pelo SUS, por planos de saúde ou pagos pelo paciente.
Porém, cada estado ou região organiza a sua própria lista e todas são monitoradas pelo sistema e outros órgãos de controle federais. A fiscalização é feita para que nenhuma pessoa conste em duas listas diferentes e que nenhuma norma legal seja desrespeitada.
A fila funciona por ordem cronológica de inscrição, mas é balizada por outros fatores, como gravidade e compatibilidade sanguínea e genética entre doador e receptor.
De acordo com o hospital, Fausto Silva havia sido incluído na fila única de transplantes do estado de São Paulo, que é regulada pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.
As estatísticas brasileiras e mundiais indicam uma taxa de sucesso no transplante cardíaco na ordem de 50-70% dos casos, com possibilidade de sobrevida pós-transplante de 10 a 20 anos.
O apresentador está internado desde o dia 5 de agosto.
Hospital Gedor Silveira continua recebendo pacientes mesmo sob risco de fechar as portas em São Sebastião do Paraíso – Foto: divulgação
Mesmo com a possibilidade do Hospital Gedor Silveira, de São Sebastião do Paraíso (MG), fechar as portas por estar com as contas no vermelho, a unidade continua recebendo pacientes para internação.
Desde o anúncio do possível fechamento, feito no começo do mês, até agora foram 42 novas internações. Os pacientes são de Conceição do Rio Verde, Areado, Campanha, Campos Gerais, Carmo de Minas, Divisa Nova, Guaxupé, Itamogi, Jacutinga e Monte Santo de Minas.
“A gente segue com o mesmo escopo de recebimento de pacientes, aqueles que vêm via SUS Fácil, que é o sistema de regulação do governo, e têm os que vêm com determinação judicial para ficar internado por um período determinado pelo juiz. Isso segue acontecendo de maneira normal”, disse o superintendente do Hospital Gedor Silveira, Jean Marco do Patrocínio.
O Gedor Silveira é o maior hospital psiquiátrico de Minas Gerais e referência para 158 cidades da região. Atualmente, 130 pacientes estão internados na unidade, mas desde o ano passado, a instituição está com as contas no vermelho.
O déficit mensal chega a R$ 300 mil por mês. Na semana passada, em audiência pública, ficou definido que uma nova reunião deve ser convocada com todos os prefeitos da região para que os municípios com pacientes internados no Gedor Silveira ajudem a instituição financeiramente.
“Esse recurso é necessário e isso vai ajudar muito a gente, é uma garantia da nossa sobrevivência. Para o mês que vem, infelizmente, não temos dinheiro para honrar com nossos compromissos. Então, ter essa injeção de dinheiro rápido é o que garante a nossa continuidade”, falou o superintendente.
O Gedor Silveira é um hospital especializado em dependência química e saúde mental. Mas a maior causa de internações é a dependência por álcool ou droga. Os pacientes ficam internados por cerca de 60 dias e depois são encaminhados aos CAPS, Centros de Atenção Psicossocial, para dar continuidade a um tratamento que demanda bastante atenção.
“Esse paciente quando chega em surto, é um paciente que normalmente está com juízo realidade prejudicado, ele está desorganizado, agressivo, não tem noção do que está fazendo. Esse paciente faz risco para ele e para os demais, tanto na sociedade quanto na família. Esse paciente é acolhido e a gente faz a medicação necessária, ele tem que voltar à realidade dele para assumir novamente o papel dele junto à sociedade e aos familiares”, falou a médica psiquiátrica e diretora técnica do hospital, Cláudia Poubel.
Hospital Gedor Silveira continua recebendo pacientes mesmo sob risco de fechar as portas em São Sebastião do Paraíso – Foto: divulgação
Mas as doenças como esquizofrenia, depressão e transtorno bipolar também estão entre as que mais levam os pacientes às internações no hospital.
“Hoje, o paciente que vem ser internado no hospital psiquiátrico é porque realmente não conseguiu ter o suporte, para ter o acompanhamento em um CAPs, ou um ambulatório de saúde mental. E ele precisa desse suporte para tirá-lo da crise”, disse a médica.
A reforma psiquiátrica colocou fim aos manicômios e defende a ideia de que o paciente não deve se isolar para receber o tratamento. Mas a advogada Michele Cia explica que uma lei garante internação para que pacientes que tiveram indicação médica.
“Um dos direitos previstos nessa lei do paciente é justamente ser tratado da maneira menos invasiva possível. Agora, acontece agora uma grande confusão ou generalização, a gente falar que internação nunca deve ser feita. Isso também não é verdade, há situações de crise, situações agudas, episódios e períodos que o paciente precisa de uma internação até mesmo para que ele se estabilize e não corra risco de morte, até de se auto lesionar. Isso tem que ser transitório, o mais breve possível com vistas a reinseri-lo à sociedade, que é o grande objetivo de todo tratamento psiquiátrico”, comentou a advogada Michele Cia.
Para a advogada, o que falta hoje é a criação de políticas públicas efetivas que ampare não só o paciente com transtornos mentais, mas principalmente a família dele.
“Historicamente, os hospitais psiquiátricos são utilizados, até o imaginário popular espera isso, para abrigar os indesejáveis da sociedade, aquela pessoa que está dando trabalho, que muitas vezes é difícil para a família lidar. Também é preciso que o estado coloque políticas públicas a favor dessa família, porque não é fácil cuidar de uma pessoa que precisa de um tratamento especial sem o apoio do poder público”, disse a advogada.
Uma reunião entre os diretores do Gedor Silveira e o secretário de Estado de Saúde, Fábio Bacheretti, foi marcada para a próxima segunda-feira (28).
A Associação dos Municípios da Microrregião do Médio Rio Grande (AMEG) informou que uma assembleia ordinária estava marcada para terça-feira que vem em Passos.
O objetivo é pedir ajuda financeira aos municípios que levam pacientes para internação. Mas a assembleia foi transferida para São Sebastião do Paraíso com data ainda a ser definida.
A lista das cidades que devem ser convocadas para a reunião será divulgada nesta terça-feira (22).
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