Jornal Folha Regional

Ibama apreende quase 60 mil peixes geneticamente modificados que brilham sob luz ultravioleta

Ibama apreende quase 60 mil peixes geneticamente modificados que brilham sob luz ultravioleta - Foto: divulgação
Ibama apreende quase 60 mil peixes geneticamente modificados que brilham sob luz ultravioleta – Foto: divulgação

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) apreendeu, em operações realizadas no mês de março, cerca de 60 mil peixes geneticamente modificados. As espécies eram modificadas para brilhar sob luz ultravioleta.

Os peixes foram apreendidos em Minas Gerais, Espírito Santo, Mato Grosso, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo e no Distrito Federal. Realizada durante duas semanas em março, a operação teve como objetivo combater a criação e o comércio ilegal desses animais, utilizados na prática da aquariofilia – criação de espécies em aquário.

Como resultado, foram emitidos 36 autos de infração, com multas que somam R$ 2,38 milhõesNinguém foi preso. Entre as espécies apreendidas estão:

  • Paulistinha (Danio rerio);
  • Tetra-negro (Gymnocorymbus ternetzi);
  • Beta (Betta splendens)

A importação, manutenção e comercialização dessas espécies transgênicas são proibidas no Brasil.

Conforme nota divulgada pelo Ibama na sexta-feira (21), a maior parte das apreensões aconteceu em Minas Gerais. Na região da Zona da Mata, especialmente de Muriaé, foram 52,6 peixes apreendidos.

Apesar de nenhuma prisão ter sido efetuada, o Ibama informou ao g1 que os procedimentos administrativos encaminhados ao Ministério Público são cabíveis de ação penal. Cabe ao órgão propor a denúncia contra os alvos.

Peixes que brilham

Segundo o Ibama, os peixes foram geneticamente modificados para emitirem fluorescência através da inserção de propriedades genéticas de anêmonas ou águas vivas. Com isso, desenvolvem a capacidade de bioluminescência sob luz ultravioleta.

“Essas características têm atraído a atenção e tornado esses peixes muito populares entre os aquaristas ao redor do mundo”, destacou o Ibama em nota.

Os agentes também fiscalizaram a venda de espécies da fauna silvestre sem autorização. Entre eles, o axolotes (Ambystoma mexicanum) e arraias do gênero Potamotrygon.

Agentes do Ibama são atacados por motociclistas durante operação contra trilhas na Serra da Canastra, entre Delfinópolis e São João Batista do Glória

Agentes do Ibama são atacados por motociclistas durante operação contra trilhas na Serra da Canastra, entre Delfinópolis e São João Batista do Glória — Foto: Divulgação Ibama

Agentes do Ibama foram atacados por motociclistas que fazem trilhas em área proibida na Serra da Canastra, entre Delfinópolis e São João Batista do Glória (MG), no último sábado (5). Segundo órgão, durante a ação, os motociclistas jogaram as motos nos agentes para fugir da fiscalização e os agentes não conseguiram prendê-los. Durante a ação, três motocicletas foram apreendidas e três pilotos autuados.

A Operação Apoena atuou no último fim de semana no combate aos danos ambientais provocados pela prática de atividades de trilha “off road”, em tradução livre, “fora de estrada”, exercidas por motocicletas na área regularizada do Parque Nacional da Serra da Canastra.

Cerca de 18 agentes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO), Polícia Federal e Polícia Militar de Meio Ambiente atuam na operação.

A ação na Serra da Canastra começou às 5h deste sábado. Segundo agentes do Ibama, durante a operação motociclistas teriam avançado com as motos em direção a eles, no intuito de fugir da fiscalização. Eles conseguiram escapar e não foram presos.

A operação continua até esta segunda-feira (7) para cumprir busca e apreensão de materiais de incentivo às trilhas irregulares.

Atividades ‘Off Road’

“Off Road” é um termo em inglês usado para descrever a condução em solo não pavimentado, essa superfície pode ser quase qualquer coisa que não seja um pavimento liso.

Conforme o Ibama, as trilhas “fora de estrada” feitas pelas motocicletas naquele local têm causado prejuízos ambientais, como abertura de valas, compactação do solo e erosão.

Além disso, as práticas causam barulhos muito intensos que podem estressar a fauna local. “Inclusive podendo levar espécimes de aves a abandonarem ninhos, ovos e filhotes devido ao pânico e estresse causado por este tipo de atividade quando ocorre fora de estradas que já existem no Parque Nacional”, informou.

Prejuízos quanto à paisagem, danos à vegetação nativa dos campos e cerrados, além de impedir a regeneração natural da vegetação por conta da passagem dos veículos também são considerados.

Medidas tomadas

Os servidores do Parque Nacional da Serra da Canastra e do ICMBIO já realizaram reuniões em São João Batista do Glória e Delfinópolis para tratar da questão da prática de ‘off road’ dentro dos limites do local.

Placas de identificação das áreas adquiridas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, com informação de acesso restrito, também foram instaladas.

Ainda conforme informado, há o conhecimento da comunidade local de que essas trilhas estão localizadas dentro da unidade de conservação e não devem ser utilizadas por motociclistas para evitar novos danos ambientais.

Uma operação do ICMBIO também foi feita em Delfinópolis para orientar as pousadas e os motociclistas sobre a proibição de realização atividades fora de estrada dentro dos limites do parque.

Os infratores podem responder por dano a unidade de conservação. A multa pode ir de R$ 200 até R$ 100 mil.

A partir da Operação Apoena, os trabalhos seguirão até segunda-feira (7). Os agentes devem continuar orientando os motociclistas e cumprindo busca e apreensão de materiais de incentivo às trilhas irregulares.

Influencer entrega capivara ‘Filó’ ao Ibama

Após uma luta de nove dias para tentar manter a companheira “Filó” por perto, o influencer Agenor Tupinambá, de 23 anos, que mostrava a rotina ao lado da capivara nas redes sociais, se despediu dela na quinta-feira (27). Com o auxílio de amigos, familiares e apoiadores da causa animal, o fazendeiro entregou o mamífero ao Ibama, em Manaus.

A capivara foi transportada em um avião de Autazes, a 113 quilômetros da capital amazonense, até o aeroclube de Manaus, onde agentes do Ibama aguardavam no local.

Em seguida, “Filó” foi conduzida por agentes do órgão até um Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), onde deve ser feito um trabalho para que ela seja reintegrada à natureza.

‘Seu verdadeiro habitat natural é meu coração’, escreveu o influencer em nota de despedida nas redes sociais.

Agenor foi denunciado por suspeita de abuso, maus-tratos e exploração animal, ele tinha um prazo de seis dias para entregar a capivara às autoridades. O limite expirou na segunda (24).

A reportagem, Tupinambá afirmou que a logística para o transporte da “Filó” foi feito com o apoio da deputada Joana Darc, ela prestava apoio jurídico ao influenciador e auxiliou com o frete da aeronave.

“Tivemos uma reunião com o Ibama, onde foi feito um acordo, porque eles não iriam conseguir chegar até onde estava a ‘Filó’. Transportar ela de carro pela estrada seria muito estressante, então foi montada essa logística para trazê-la até Manaus”, disse.

Apesar de Tupinambá ter entregue ‘Filó’ ao Ibama, ele contou que ainda terá que pagar as multas de mais de R$ 17 mil impostas pelo órgão. Para conseguir o recurso, o fazendeiro contou que deve abrir uma “vaquinha” online nos próximos dias.

Despedida

Uma nota foi publicada por Agenor Tupinambá nas redes sociais onde ele explica o fim da convivência com a capivara. (Leia o posicionamento completo abaixo).

“Hoje, eu manifesto a minha maior prova de amor pela Filó. É importante registrar que eu nunca fui contra e jamais impediria que a minha amada Filomena um dia se integrasse com um bando de capivaras para seguir sua vida. Foi justamente para isso que eu a salvei, cuidei e guardei um sentimento enorme no meu peito por ela”, disse Agenor.

Ainda na publicação, ele explicou que o Ibama deu a possibilidade de que ‘Filó ficasse próxima dele e encontrasse um bando de capivaras para integração, mas disse ser difícil encontrar um bando e dos riscos que ela poderia correr, na região onde ele mora.

“Essa decisão dolorosa é pelo bem dela, ainda que isso me custe não ver mais seus pulinhos pra nadar e sua carinha comendo capim. E de tantos lugares para a Filó estar, o seu verdadeiro habitat natural é o meu coração e de lá ninguém arranca”, lamentou.

Confira a nota completa:

Essa mensagem é para todos. É para quem duvidou de mim e para quem sempre teve certeza de quem eu sou. É dedicada aos que me acompanham desde o começo e aos que acabaram de chegar.

Hoje, eu manifesto a minha maior prova de amor pela Filó. É importante registrar que eu nunca fui contra e jamais impediria que a minha amada Filomena um dia se integrasse com um bando de capivaras para seguir sua vida. Foi justamente para isso que eu a salvei, cuidei e guardei um sentimento enorme no meu peito por ela.

Eu também sei que aconteceram equívocos, e garanto que os erros que cometi foram inconscientes, sem má índole e nem qualquer tentativa de exploração. Absolutamente nenhum vídeo com ela me trouxe qualquer resultado financeiro. Era apenas eu com um celular na mão, registrando a minha própria vida ribeirinha.

E depois desses dias de muito diálogo, incluindo com o IBAMA, o apoio de amigos incansáveis e de pensar em todas as possibilidades, eu e minha família nos despedimos da Filó.

Em conciliação, o IBAMA deu a possibilidade para que a Filó ficasse próxima de mim e encontrasse um bando de capivaras para integração. Porém, aqui sabemos da dificuldade de encontrar um bando e dos riscos que ela poderia correr.

Essa decisão dolorosa é pelo bem dela, ainda que isso me custe não ver mais seus pulinhos pra nadar e sua carinha comendo capim. E de tantos lugares para a Filó estar, o seu verdadeiro habitat natural é o meu coração e de lá ninguém arranca.

E hoje eu também me liberto de qualquer necessidade de provar meu amor pela Filó e por outros animais. Eles sabem! Eu me liberto de qualquer julgamento que vá contra os meus valores e ideais, eu sei o homem que eu quero me tornar.

Minha gratidão aos meus pais e irmãos, ao suporte jurídico que me foi concedido pela Deputada Joana Darc, aos amigos, seguidores e todos que me acompanharam até aqui.

E finalmente a você, Filó. Eu te amo e fui extremamente feliz ao seu lado, e continuarei com você aonde quer que você esteja.

Com amor e muita fé de que tudo vai dar certo,

Agenor Tupinambá.

Influenciador é multado após publicações

A capivara criada pelo influenciador Agenor Tupinambá ganhou repercussão na mídia em fevereiro deste ano, quando o fazendeiro viralizou nas redes sociais, ao mostrar a rotina com Filó e outros animais silvestres.

Passados dois meses, ele foi multado pelo Ibama em mais de R$ 17 mil. Após o influenciador divulgar a notificação, o assunto passou a dividir opinião.

O tiktoker passou a receber apoio de seguidores, personalidades e políticos, incluindo da deputada Joana Darc, que também tem mobilizado as redes sociais em torno do assunto.

Depois da repercussão, o Ibama se manifestou na quarta-feira (19), afirmando que “animal silvestre não é pet”.

Polêmica por vídeo de ‘pega porco’

Um vídeo publicado na noite de terça-feira (25), mostra Agenor Tupinambá segurando um porco usado para um “pega do porco”, brincadeira em que diversas pessoas tentam agarrar o animal ao mesmo tempo, em rodeio. A publicação gerou repercussão na internet durante o caso envolvendo o influenciador e a capivara.

Agenor Tupinambá divulgou uma nota nas redes sociais. No texto, o influencer disse que o vídeo com o porco foi gravado em 2022 e que a visão dele sobre rodeios mudou.

“Ano passado fui convidado para participar do Autazes Fest, evento tradicional da minha cidade. E eu fui. Um certo momento, fui chamado para ficar no meio da arena enquanto um porco foi solto para que crianças corressem atrás dele. Infelizmente, é uma situação tradicional em rodeios e que fazem parte da realidade onde cresci. Hoje a minha visão é outra”, disse.

Amizade entre fazendeiro do AM e capivara viraliza na internet

Na fazenda onde mora, Agenor cuida de diversos animais. Entre eles, búfalos, um papagaio, um porco, um mergulhão selvagem, um biguá e um pato mergulhão. A “Filó”, amiga fiel do fazendeiro, entrou na vida dele em 2022, de uma maneira inesperada e “triste”, segundo ele.

Um primo do fazendeiro mora próximo a uma aldeia, onde indígenas costumam caçar para se alimentarem. Na ocasião, eles haviam capturado uma capivara, mas o que eles não sabiam, era que ela estava grávida.

“Eles cortaram a barriga dela, a ‘Filó’ nasceu e conseguiu sobreviver. Os índios deram ela para o meu primo e ele me deu”, disse Agenor, sobre quando passou a oferecer os cuidados e companhia para a pequena capivara em sua casa.

Desde então, o amor entre os dois só aumentou. Apesar de ter perdido a família de sua própria espécie, “Filó” passou a ter um lar e uma família humana junto de Agenor e seus parentes.

“Ela sempre dormiu comigo. Ela é muito apegada. Com meu cunhado, com meus irmãos. Com todo o carinho que ela recebe da gente, eu acho que ela retribui”, contou Agenor.

Vídeo viraliza

O fazendeiro ama o que faz e, desde 2019, faz diversas publicações em redes sociais sobre sua vida e rotina na fazenda. Ele tinha o intuito de levar a cultura dos ribeirinhos para que outras pessoas conheçam.

“Sou pecuarista. Aqui trabalho com búfalos. Produzo leite de búfalo e queijo coalho. E aí, eu comecei a postar como é o dia a dia, como é a vida aqui no interior do Amazonas. Com esse pensamento, o pessoal não faz ideia de como é ser um ribeirinho, como é viver morar em um flutuante em cima do rio, ter toda essa cultura”, disse.

Com o passar do tempo, ele foi ganhando cada vez mais seguidores e suas publicações começaram a ganhar cada vez mais alcance. Mas uma publicação de Agenor ainda não havia alcançado tantas pessoas como a que ele fez na manhã do dia 4 de fevereiro.

Em um vídeo, ele mostrava diversos momentos junto da pequena e fiel amiga “Filó”. No primeiro, o fazendeiro dá um salto no rio e, logo em seguida, a capivara o segue e dá o mesmo salto atrás do companheiro. Em minutos, ele já era visto por diversas pessoas que admiravam a relação entre a capivara filhote e Agenor.

“Quando eu publiquei, em minutos, já foi entregando para muita gente. Eu publiquei no Instagram e fui tirar leite no curral, como é a minha rotina. Quando voltei, eu vi que já estava em 10 mil visualizações e muitas curtidas. Depois, foi só aumentando e eu postei no TikTok. Também viralizou em questão de segundos”, lembrou Agenor, quando a publicação foi feita.

Apesar de já ter um grande alcance em suas publicações, o fazendeiro sempre teve que alcançar o maior número de pessoas possível ao mostrar sua rotina e se surpreendeu com o retorno instantâneo do vídeo de sua vida com a “Filó”.

“Eu sempre almejei crescer bastante nas redes sociais. Sempre sonhei com isso e hoje eu acredito que eu não estava preparado para isso. Nem sei como lidar com tudo que está acontecendo agora. Eu mostro também que a gente pode ser muito feliz com o pouco que tem. A gente não precisa de muito para ser feliz, só precisa aproveitar os momentos, as oportunidades, saber observar e sempre respeitar a natureza dos animais”, afirmou Agenor na época da publicação.

Ibama apreende mais de 600 animais em cativeiro ilegal em MG

Fiscais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) de Belo Horizonte e Lavras apreenderam 46 animais exóticos95 silvestres e 467 domésticos, nesta quarta-feira (22), em um criador amador de São Lourenço, cidade da Região Sul do estado.

Essa foi a maior apreensão deste ano em Minas Gerais por uma operação de busca e apreensão do Ibama, que contou também com a participação da Polícia Federal. Além dos 608 animais apreendidos, a ação gerou multas de quase R$ 550 mil.

No local, foram encontradas espécies de “pássaro do amor”, periquito do dorso vermelho, canário-belga, calopsita, periquito australiano e jabuti.

Os fiscais verificaram que o registro do criador estava cancelado pelo Ibama há vários anos e que ele já havia sido autuado por maus tratos e por manter animais em cativeiro sem autorização.

Segundo o Instituto, as espécies domésticas serão doadas. Já as nativas e exóticas serão transferidas para o Centro de Triagem de Animais Silvestres do Ibama em Belo Horizonte.

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