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Governo de Minas simplifica acesso ao registro de queijarias artesanais

Governo de Minas simplifica acesso ao registro de queijarias artesanais - Foto: reprodução
Governo de Minas simplifica acesso ao registro de queijarias artesanais – Foto: reprodução

Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) está em processo de revisão da legislação que trata do registro de queijarias artesanais no estado de Minas Gerais. A medida visa modernizar as normas existentes, abrangendo todos os queijos artesanais de Minas Gerais, e não apenas o Queijo Minas Artesanal. A revisão de atos antigos leva em consideração o fomento à regularização da produção e a unificação de diversos regulamentos em um único documento.

Ou seja, não será uma nova legislação, mas uma única portaria que reúne, de forma clara e consolidada, todas as normas referentes ao tema. Agora, o IMA lança uma consulta pública para coletar sugestões sobre o documento que estabelece os requisitos para produção e comercialização de queijos artesanais no estado. A minuta da legislação e o formulário para participação estão disponíveis no site do IMA até o dia 12/1.

O texto simplifica o acesso à informação para toda a cadeia produtiva, além de revogar duas normas obsoletas – as Portarias do IMA nº 517, de 14/6/2002 e nº 523, de 3/7/2002. A iniciativa do instituto faz parte das diretrizes do Governo do Estado de desburocratizar processos, buscando a eficiência do serviço público. Além de promover condições sanitárias adequadas respeitando as tradições mineiras, o documento também apresenta requisitos específicos de produção para queijos artesanais de Minas Gerais em entrepostos de laticínios – estabelecimentos voltados para o recebimento, maturação, afinação e acondicionamento de queijos artesanais.

A minuta da nova portaria prevê, entre outros pontos, que o leite deve ser armazenado e manipulado em instalações específicas, com equipamentos devidamente higienizados para evitar contaminações. Além disso, no controle da qualidade da água, incluem-se tratamentos cientificamente validados, como cloração ou métodos alternativos comprovados. O IMA também solicita análises laboratoriais periódicas dos produtos registrados para identificar contaminantes.

O documento também prevê que as queijarias devem manter ambientes adequados à produção, com ventilação, iluminação e barreiras sanitárias que atendam aos padrões higiênico-sanitários estabelecidos. O transporte dos queijos também segue normas rigorosas, exigindo o uso de caixas isotérmicas ou veículos com carroceria refrigerada, assegurando que não ocorra deformação ou contaminação dos produtos.

A consulta pública é um mecanismo de participação social que permite à toda a cadeia produtiva e à sociedade contribuírem para a definição de políticas públicas, assegurando que as normas atendam às reais necessidades do setor. Além disso, é fundamental para alinhar as demandas do mercado e promover a regularização e o fortalecimento da tradição mineira. 

Reconhecimento internacional valoriza o Queijo Minas Artesanal

A abertura da consulta pública do IMA acontece em um momento de celebração para Minas Gerais. Em 2024, no início de dezembro, o “Modo de Fazer o Queijo Minas Artesanal” foi reconhecido pela Unesco como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, em decisão anunciada em Assunção, no Paraguai.

Esse reconhecimento coroa uma trajetória iniciada em setembro de 2022 e reforça a relevância histórica e cultural do queijo para o estado. Mais do que um alimento, ele simboliza a tradição e o saber-fazer transmitidos de geração em geração.

Operação da IMA apreende 1.970 garrafas e 570 litros de cachaça produzidos de forma ilegal no Sul de Minas

Imagem: IMA / Divulgação

Em decorrência de diversas denúncias por meio da Ouvidoria-Geral do Estado de Minas Gerais (OGE-MG) sobre produção e comercialização de cachaça sem registro, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), órgão vinculado à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), realizou, em abril, força-tarefa nos municípios de Carmo da Cachoeira, Três Corações e São Tomé das Letras, região Sul de Minas. A operação apreendeu 1.970 garrafas em estabelecimentos comerciais e 570 litros da bebida produzidos de forma ilegal em dois alambiques.

Os produtos clandestinos foram encontrados sem rótulos e, ainda, desprovidos de registro, identificação de procedência e nota fiscal. Foram coletadas amostras das bebidas para análises laboratoriais. Os produtores foram orientados a se regularizarem junto ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). A operação contou com o apoio da Polícia Militar e do Meio Ambiente.

Entre janeiro e abril deste ano, o IMA realizou 130 ações de combate à clandestinidade da cachaça, distribuídas em inspeções de rotina, execuções de julgamento e atendimento a denúncias. O fiscal agropecuário do IMA Wagner Dibai ressalta a importância das operações. “Sempre orientamos os fiscalizados a se regularizarem. Em outra operação recente na região do Alto do Rio Doce, por exemplo, dos 75 estabelecimentos interditados, 53 se regularizaram. Esse é um excelente resultado e nosso principal objetivo. Assim como na região do Alto do Rio Doce, esperamos que em Carmo da Cachoeira, Três Corações e São Tomé das Letras, a operação contribua para que comerciantes e produtores se regularizem”, disse o fiscal.

Regularização e boas práticas de produção

O IMA é o primeiro órgão de defesa agropecuária estadual do país a inspecionar produção e comércio de cachaça e aguardente de cana.  A fiscalização no estado verifica as boas práticas e padrões mínimos legais exigidos, como as condições higiênico-sanitárias em todo o processo produtivo das bebidas.

“A regularização melhora a estrutura da produção, estimulando o processo de aprimoramento contínuo. É o primeiro passo para conquistar o mercado e expandir as vendas”, sinaliza Dibai.

Após o registro no Mapa, é necessário que o produtor mineiro siga orientações para manter regular a qualidade da bebida. Os locais devem dispor de alguns requisitos, segundo suas atividades e linhas de produção desenvolvidas.

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