Itaú de Minas é a terceira cidade com mais casos de dengue no Sul de Minas, conforme dados da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG). A quantidade de confirmações reflete nos atendimentos no sistema público de saúde, que enfrenta sobrecarga.
No pronto-socorro, por exemplo, da segunda quinzena de fevereiro até agora, a unidade está sobrecarregada. Dos pacientes que buscam por atendimento no local, a maior parte apresenta sintomas de dengue.
“Chega sempre relatando febre, dor no corpo, dor de cabeça, cansaço. Essas pessoas são triadas e têm atendimento médico, sendo notificadas enquanto suspeita de dengue”, falou a coordenadora de atenção primária da cidade, Patrícia de Fátima Neto Amorim.
Antes de enfrentar uma epidemia de dengue, o pronto-socorro aqui de Itaú de Minas atendia uma média de 100 pessoas por dia. Agora, o cenário mudou e cerca de 250 pacientes precisam de atendimento diariamente. Por isso, foi necessário reforço e mais médicos foram realocados pra atender a população.
“Tem um médico 24 horas em atendimento. Colocamos mais um médico, para fazer esse atendimento específico. Então, é feita a triagem e as pessoas que estão com suspeita de dengue são levadas para esse médico. Também foi aumentada a equipe de enfermagem, porque a maioria das pessoas que chegam permanecem na unidade e precisam ser medicadas, com soro, para serem hidratadas”, disse a coordenadora.
Além do pronto socorro municipal, Itaú de Minas possui cinco unidades de saúde e um hospital. Em todos eles, o número de atendimentos a pacientes com sintomas de dengue é alto.
O município tem mais de 16 mil habitantes, segundo o último censo e quase 10% da população pode ter contraído o vírus da dengue.
No último levantamento da SES, Itaú de Minas estava perto de ultrapassar São Sebastião do Paraíso e atingir a marca de segunda cidade com a maior quantidade de casos prováveis da doença na região
Cidades com mais casos de dengue na região
- Passos: 7.125
- São Sebastião do Paraíso: 1.691
- Itaú de Minas: 1.529
A coordenadora da atenção primária de saúde de Itaú de Minas informou, ainda, que o município estuda a possibilidade de ampliar o atendimento no hospital da cidade. A unidade é filantrópica, mas cedeu espaço para o município criar mais um ponto estratégico para enfrentamento da dengue.
De acordo com ela, seria uma equipa completa com um médico, enfermeiro, técnico de enfermagem e equipe de apoio para atender casos leves e moderados. Os mais graves devem continuar sendo encaminhados para o pronto-atendimento.
