
O último Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) feito em Piumhi registrou 8,9% de Índice de Infestação Predial (IIP), o que representa risco de epidemia de doenças como a dengue, transmitidas pelo mosquito.
Em 2024, a região atingiu recordes nos registros de mortes e de casos de dengue desde o início da série histórica da Secretaria de Estado de Saúde (SES), que compreende dados desde 2009. Foram 59 óbitos e 47.663 casos confirmados nos 27 municípios da região no ano passado. Em Piumhi, foram 4.331 casos e seis mortes em decorrência da doença.
De acordo com informações do Departamento Municipal de Endemias de Piumhi, o levantamento foi realizado entre os dias 13 e 17 de janeiro e o resultado de 8,9% é considerado de alto risco e muito acima do limite preconizado pelo Ministério da Saúde. Segundo o ministério, até 1% o índice é considerado satisfatório. De 1 a 3,9%, aponta situação de alerta, e, acima de 3,9%, risco de surto ou epidemia.
A pesquisa abrangeu 885 imóveis, sendo que em 79 foram encontradas larvas do mosquito transmissor da dengue, zika e febre chikungunya. Os bairros com maior concentração de focos foram Pindaíbas, Cidade Nobre, Nova Brasília, São Judas Tadeu, Vila Nova, Colina, Américo Arantes, além dos loteamentos Residencial Morada do Sol e Geraldo Sansoni, informa a prefeitura.
“Os focos de mosquito, transmissores de dengue, zika e chikungunya, foram encontrados principalmente em recipientes móveis que acumulam água, classificados como tipo B. Entre eles estão baldes, pratinhos de vasos de plantas, garrafas e outros itens que podem ser facilmente descartados ou armazenados. de forma confortável”, aponta o departamento.
Segundo a prefeitura, a secretária municipal de Saúde, Rosângela Aparecida Terra e Guerra, destacou que o índice é um sinal de alerta para toda a população. “Precisamos redobrar os cuidados e intensificar as ações de combate ao mosquito para evitar surtos de doenças, que podem ter graves impactos na saúde pública do município”, disse.
Ainda de acordo com a administração, a Vigilância em Saúde informa que os mutirões de limpeza serão intensificados, com foco nos bairros mais críticos. “Além disso, os agentes de endemias incentivam as visitas domiciliares para orientar os moradores sobre a eliminação de possíveis criadouros”, informa.
“O aumento expressivo no índice de infestação é preocupante, pois eleva o risco de um surto de dengue em 2025, caso medidas não sejam aplicadas rapidamente. A Secretaria de Saúde reforça o pedido para que a população autorize a entrada de agentes de endemias e participe das ações preventivas”, alerta a administração.
Segundo a prefeitura, a alta no IIP é atribuída ao período chuvoso, que favorece o acúmulo de água em recipientes como pratos de plantas, bebedouros de animais e baldes, presentes principalmente em quintais das residências. “Esses objetos são os principais criadouros do mosquito e precisam de atenção da população”, afirma ao coordenador de Endemias, Luiz Henrique Vieira Mota.

Via: Clic Folha