Jornal Folha Regional

Produtores rurais fazem manifestação pedindo mais segurança no campo após furtos de café no Sul de Minas

Produtores rurais fazem manifestação pedindo mais segurança no campo após furtos de café no Sul de Minas - Foto: reprodução
Produtores rurais fazem manifestação pedindo mais segurança no campo após furtos de café no Sul de Minas – Foto: reprodução

Produtores rurais de Campestre (MG) fizeram uma manifestação na manhã da última segunda-feira (12) pedindo mais segurança no campo após furtos de maquinários e de café serem registrados nos últimos dias. Neste fim de semana, uma pessoa foi presa após ser flagrada furtando café em uma lavoura da cidade.

O ato começou por volta das 8h30, quando os primeiros manifestantes se reuniram em um bairro da cidade e seguiram para a porta da prefeitura, com tratores, maquinários e veículos.

A principal reivindicação é a crescente onda de furtos, especialmente de café no pé. Neste final de semana, um homem foi preso por furtar café em uma fazenda da cidade. O proprietário, ao perceber movimentação na lavoura, acionou a Polícia Militar.

Ao chegar no local, encontrou dois indivíduos colhendo café. Um conseguiu fugir, mas o outro foi imobilizado pelo fazendeiro até a chegada dos militares. O carro utilizado pelos criminosos foi apreendido e o café ainda estava no chão, sem ser ensacado. O suspeito foi preso, enquanto o outro continua sendo procurado.

Além do café, outros maquinários também têm sido alvo de furtos. Na última semana, um caminhão foi levado de uma fazenda durante a madrugada. E há cerca de 15 dias, um trator foi furtado.

Produtores têm relatado o medo de dar depoimentos, principalmente devido ao alto valor da saca de café, que atualmente ultrapassa os R$ 2,5 mil.

Entre os manifestantes, o cafeicultor Luiz Fernando Muniz destacou a necessidade urgente de uma resposta do governo estadual.

“Estamos fazendo uma manifestação pacífica, mas precisamos ser enxergados pelas autoridades maiores, principalmente pelo governador. Se não conseguirmos uma resposta, vamos parar novamente, não só em Campestre, mas em outras cidades da região”, afirmou Muniz.

Segundo o cafeicultor, o problema não está na atuação da Polícia Militar, mas na falta de recursos.

“O município de Campestre tem uma área de 577 quilômetros quadrados e uma patrulha rural com apenas dois policiais. É difícil para eles. Por isso, pedimos socorro ao governador e aos prefeitos do Sul de Minas para que medidas sejam tomadas, caso contrário, os protestos vão continuar”, afirmou.

Em resposta à manifestação, a Prefeitura de Campestre emitiu uma nota informando que será liberado R$ 400 mil ao CONCEP (Consórcio de Segurança Pública), via Câmara Municipal. O valor será destinado à implementação de uma política emergencial de segurança pública, com o objetivo de reforçar a segurança no município.

Via: G1

Manifestantes protestam contra projeto que equipara aborto a homicídio

Manifestantes protestam contra projeto que equipara aborto a homicídio - Foto: redes sociais
Manifestantes protestam contra projeto que equipara aborto a homicídio – Foto: redes sociais

Manifestantes realizaram atos na última quinta-feira (13) em diversas cidades do país, como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, contra o projeto de lei que equipara o aborto a homicídio, e argumentam que a aprovação da proposta, que tramita na Câmara dos Deputados, vai colocar em risco a vida de milhares de brasileiras, especialmente meninas, que são as principais vítimas da violência sexual no país, além de desrespeitar os direitos das mulheres já previstos em lei.

O Projeto de Lei 1904/24 prevê que o aborto realizado acima de 22 semanas de gestação, em qualquer situação, passará a ser considerado homicídio, inclusive no caso de gravidez resultante de estupro. A pena será de seis a 20 anos para mulher que fizer o procedimento.

Atualmente, a legislação permite o aborto ou a interrupção de gravidez em casos em que a gestação decorre de estupro, coloca em risco a vida da mãe e de bebês anencefálicos. Não está previsto um tempo máximo da gestação para que seja realizado. Na legislação atual, o aborto é punido com penas que variam de um a três anos de prisão, quando provocado pela gestante; de um a quatro anos, quando médico ou outra pessoa provoque um aborto com o consentimento da gestante; e de três a dez anos, para quem provocar o aborto sem o aval da mulher. 

Manifestantes protestam contra projeto que equipara aborto a homicídio - Foto: redes sociais
Manifestantes protestam contra projeto que equipara aborto a homicídio – Foto: redes sociais

Na noite de ontem (12), a Câmara dos Deputados aprovou urgência para a votação do projeto de lei, ou seja, o texto pode ser votado diretamente no plenário sem passar por discussão nas comissões. 

Em São Paulo, o protesto foi realizado na Avenida Paulista, em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp), sob gritos de “Criança não é mãe”, “Respeitem as mulheres” e “Fora Lira” [Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados].

Para as manifestantes, a aprovação da proposta vai afetar principalmente as crianças, cujos casos de abuso sexual e gestações demoram a ser identificados, resultando em busca tardia aos serviços de aborto legal. De acordo com dados do Fórum de Segurança Pública, 74.930 pessoas foram estupradas no Brasil em 2022. Desse total, 61,4% eram crianças com até 13 anos de idade.

“Esse projeto de lei é totalmente inconstitucional, uma vez que ele coloca em risco milhões de meninas que serão obrigadas a serem mães dos filhos de seus estupradores e mulheres que serão obrigadas a levar uma gestação sendo vítima de violência sexual”, disse Rebeca Mendes, advogada e diretora-executiva do Projeto Vivas – entidade que atua junto a mulheres que necessitam de acesso ao aborto legal, em entrevista.

Outra crítica é que se o projeto de lei for aprovado, a pena para as mulheres vítimas de estupro será maior do que a dos estupradores, já que a punição para o crime de estupro é de 10 anos de prisão, e as mulheres que abortarem, conforme o projeto, podem ser condenadas a até 20 anos de prisão. “Esse PL protege o estuprador, não a vítima. E isso diz muito sobre a nossa sociedade”, acrescentou. 

Manifestantes protestam contra projeto que equipara aborto a homicídio - Foto: redes sociais
Manifestantes protestam contra projeto que equipara aborto a homicídio – Foto: redes sociais

Quem também participou do ato na Avenida Paulista foi Jennyffer Tupinambá, uma mulher indígena do povo Tupinambá de Olivença e que sofreu violência sexual quando criança. “”Estou aqui na Paulista muito emocionada. Fui vítima de violência sexual na primeira infância, entre os 3 e 11 anos, e poderia ter engravidado. Olho isso hoje sabendo que nossos representantes iriam me forçar a ter um filho de um estuprador. Esse é um trauma que até hoje, aos 40 anos, tento superar. E não há superação. Como é que uma vítima, que está totalmente abalada e traumatizada, poderia ser mãe?”, questionou ela. “É inadmissível que hoje o Brasil esteja aceitando isso e que deputados estejam direcionando o que o nosso povo deve fazer”, ressaltou.

No ato, houve críticas ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), por ter colocado o projeto de lei em votação. “Hoje estamos aqui contra o absurdo que foi feito pelo presidente [da Câmara dos Deputados] Arthur Lira, onde ele, em 23 segundos, conseguiu colocar em risco milhões de meninas e mulheres que são vítimas de violência sexual. Nossos direitos foram barganhados em 23 segundos ontem no Congresso Nacional”, disse Rebeca Mendes.

Na Câmara, Lira afirmou que o projeto foi colocado em votação para ser apreciado em regime de urgência após acordo entre os líderes partidários. 

Em maio deste ano, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu uma resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) que proibia a utilização da chamada assistolia fetal para interrupção de gravidez. O procedimento é usado pela medicina nos casos de abortos previstos em lei, como o caso de estupro.

Familiares e amigos de detento morto fazem manifestação em frente ao presídio de Passos

Familiares e amigos de detento morto fazem manifestação em frente ao presídio de Passos – Foto: redes sociais

Familiares e amigos do jovem Isaías Ferreira da Silva Rogério, de 22 anos, fizeram uma manifestação na porta do presídio de Passos na tarde do último domingo (17).

Eles buscam respostas sobre a morte do rapaz, que aconteceu na última quarta-feira (13). O jovem foi encontrado morto dentro de uma das celas da unidade, com ferimentos na cabeça, tórax e abdômen.

Familiares e amigos de detento morto fazem manifestação em frente ao presídio de Passos – Imagem: redes sociais
Familiares e amigos de detento morto fazem manifestação em frente ao presídio de Passos – Imagem: redes sociais

Segundo o Boletim de Ocorrência que foi registrado, um detento revelou que Isaías começou a ser agredido por volta das 18h. As agressões acabaram por volta de 22h. A vítima não teria conseguido ficar em pé e acabou caindo e batendo a cabeça.

Ainda de acordo com o relato do preso, alguns detentos foram obrigados a dar banho na vítima já sem vida e depois a colocaram no local e posição em que foi encontrada. Só depois disso é que os presos acionaram os agentes penitenciários.

A Sejusp, abriu um procedimento interno para apurar administrativamente o ocorrido. (Portal Onda Sul)

Enfermagem realiza manifestação pelo pagamento do piso salarial em Formiga

Nesta quarta e quinta, 14 e 15, sindicatos realizam manifestação pelo pagamento do piso da enfermagem, que está suspenso pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em Formiga (MG). Concentração será em frente a Santa Casa, a partir das 7 horas, com passeata prevista para começar às 9 horas.

A votação da matéria no STF ocorre de maneira virtual.

Dos 7 ministros que votaram, 5 já se manifestaram a favor da suspensão. (Da Redação)

Argentinos vão às ruas em protesto por trabalho

Crise deixou 42% da população na pobreza, com uma taxa de desemprego de 10,2%

Milhares de argentinos saíram às ruas de Buenos Aires no último sábado (8), em protesto contra a falta de empregos e a pobreza, em um país que sofre há anos com a crise econômica, intensificada pela pandemia de coronavírus.

Segundo a agência Reuters, organizações de desempregados e grupos de esquerda encabeçaram o protesto que começou no santuário de San Cayetano – patrono local do trabalho -, terminando na Praça de Maio, em frente a Casa Rosada, sede do governo.

“Venho pedir pelas pessoas que não têm trabalho: meu irmão não tem, meus vizinhos ficaram sem trabalho e muita gente que vemos que está mal de todas as formas”, disse Néstor Pluis, auxiliar escolar de 41 anos.

A Argentina busca crescer 7% em 2021 para deixar para trás uma recessão com inflação alta iniciada em 2018, que foi agravada pela quarentena decretada com a pandemia de covid-19. A crise deixou 42% da população na pobreza, com uma taxa de desemprego de 10,2%.

Receber notificações de Jornal Folha Regional Sim Não
Jornal Folha Regional
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.