A pessoa registrada como a mais velha do mundo, a espanhola María Branyas Morera, morreu aos 117 anos, informou a família nesta terça-feira (20/8).
“María Branyas nos deixou”, escreveu a família na conta da idosa na rede social X. “Morreu como desejava: enquanto dormia, tranquila e sem dor”.
Na publicação, a família ainda diz: há alguns dias ela nos disse: “Um dia vou sair daqui. Não vou mais experimentar café, nem comer iogurte, nem acariciar a Fada. Também deixarei minhas lembranças, minhas reflexões e deixarei de existir neste corpo. Um dia não sei, mas está muito próximo, essa longa jornada vai acabar. A morte me encontrará desgastada por ter vivido tanto tempo, mas quero que ela me encontre sorrindo, livre e satisfeita.”
María Branyas Morera nasceu em 4 de março de 1907 na Califórnia, nos Estados Unidos. Mas sua família, de espanhóis, decidiu voltar para a Espanha oito anos depois. Desde então, ela vivia na região da Catalunha, no noroeste do país europeu.
Com três filhos, 11 netos e 13 bisnetos, a espanhola vivia atualmente em um asilo, mas era acompanhada de perto pela família, que lhe ajudava a gerir suas várias contas em redes sociais.
Ao longo dos 117 anos de vida, ela testemunhou diversas guerras — uma delas em casa, a Guerra Civil Espanhola. Em 2020, durante a pandemia, chegou a ser infectada com Covid, poucos dias depois de completar 113 anos, mas se recuperou bem. Com isso, ela alcançou outro recorde: se tornou a pessoa mais velha a se recuperar do vírus.
A espanhola, que perdeu a audição total em um dos ouvidos e parcial em outro, havia se tornado a pessoa mais velha do mundo depois da morte da freira francesa irmã André, em 2023, aos 118 anos.