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Covid-19: Prefeitura volta a exigir uso de máscaras para profissionais de saúde após infecções em Passos

Covid-19: Prefeitura volta a exigir uso de máscaras para profissionais de saúde após infecções em Passos - Foto: reprodução
Covid-19: Prefeitura volta a exigir uso de máscaras para profissionais de saúde após infecções em Passos – Foto: reprodução

A Prefeitura de Passos (MG) voltou a exigir o uso de máscaras de proteção contra a Covid-19 para profissionais de saúde após servidores testarem positivo para a doença. Conforme a secretaria de saúde, a utilização é obrigatória pelos trabalhadores da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e das unidades de saúde da cidade. A administração municipal recomenda que a população utilize ao buscar atendimento médico.

De acordo com o Secretário de Saúde, Thiago Ângelo de Souza Salum, a medida foi adotada, por meio de ofício, após a confirmação de casos de coronavírus entre funcionários da saúde.

Salum pontuou, em ofício, que a obrigatoriedade é para funcionários da Unidade de Pronto Atendimento e das outras unidades de saúde de Passos.

De acordo com Salum, profissionais da saúde testaram positivo para a doença após a realização de um plantão na UPA. Para interromper a transmissão, o secretário disse a mudança foi necessária.

Conforme o ofício, não há obrigatoriedade de uso para os moradores da cidade. Salum recomenda, no entanto, que a população utilize ao buscar atendimento de saúde no município.

Com avanço da COVID, Ministério da Saúde recomenda volta do uso de máscaras

A Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde voltou a recomendar, no último domingo (13), a utilização de máscaras devido ao avanço da Covid-19, principalmente pela circulação da sublinhagem BQ.1.

Na semana epidemiológica entre 6 e 11 de novembro, foram notificados 57.825 casos e 314 mortes causadas pelo coronavírus. A média móvel dos últimos sete dias ficou em 8.448 diagnósticos diários, representando um aumento de 120% em relação à semana anterior, com 3.834.

Já a média móvel de óbitos foi de 46, um acréscimo de 28% se comparado com a última semana, com 36.

A recomendação acontece principalmente para pessoas com fatores de risco para complicações da Covid-19, em especial imunossuprimidos, idosos, gestantes e pessoas com múltiplas comorbidades.

Bem como quem teve contato com infectados e indivíduos que estejam em situações de maior risco de contaminação, como em locais fechados e mal ventilados, locais com aglomeração e serviços de saúde.

Os casos suspeitos ou confirmados devem permanecer em isolamento.

São aconselhados ainda o esquema vacinal completo, com atenção às doses de reforço, e a lavagem das mãos com álcool 70% e água e sabão.

Bióloga que fingiu ser autista para não usar máscara em Shopping terá que pagar R$ 8 mil de indenização

A bióloga Nathasha Thaise Borges Silva, que fingiu ser autista para ficar sem máscara em um shopping do Recife, fez acordo com o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e terá que pagar R$ 8 mil a instituições para pessoas com deficiência. O Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o MPPE foi assinado na quarta (21), Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência.

Em março, a bióloga publicou um vídeo nas redes sociais afirmando que ficou sem máscara “o tempo inteiro” no shopping e que, ao ser abordada por seguranças, fingiu ser autista. Ela também incitou os seguidores a adotar a mesma prática para não ter que usar máscara.

Na época, o uso do equipamento de proteção era obrigatório no estado, mas pessoas com autismo foram isentas de usar.

Natasha Borges também se comprometeu a gravar e veicular um vídeo de retratação na mesma rede social do vídeo compartilhado em março. O vídeo terá que ficar fixado entre as postagens no feed da conta da bióloga e ser a única publicação fixada por, no mínimo, um mês, além de ser a primeira publicação na aba “destaques”.

O vídeo, filmado na própria sede do MPPE, foi publicado no Instagram ainda na quarta. Ela pede desculpas “a comunidade autista”, diz que “burlar a lei em benefício próprio” não é algo que deveria ter feito e reconhece que teve uma “atitude infeliz” e que ainda insultou pessoas que tentaram alertar e incitou os seguidores a fazerem o mesmo.

“Eu não consigo mensurar a dor que causei a pessoas com autismo e suas famílias. Publicamente, peço desculpas pelo meu comportamento, que não é apenas um comportamento errôneo e capacitista, mas também foi violação da lei em várias dimensões”, disse.

A nota de retratação lida por ela foi redigida pela sociedade civil organizada com atuação na defesa dos direitos das pessoas com autismo e aprovada em audiência.

Com a assinatura do TAC, Nathasha também deverá pagar R$ 8 mil em indenização de danos morais coletivos, valores que serão repassados a Associação Mães e Anjos Azuis e a Associação de Pais e Amigos de Pessoas com Síndrome de Down.

O valor deverá ser pago em duas parcelas de R$ 4 mil. A primeira deve ser paga em até 90 dias a partir da data de assinatura do TAC e a segunda em até 180 dias. Foi estabelecida pelo MPPE uma multa diária de R$ 100 em caso de descumprimento de prazos de qualquer obrigação estabelecida no acordo.

As atitudes da bióloga foram repudiadas por grupos de direitos de pessoas com autismo e causou grande repercussão, gerando investigação contra ela por três crimes na Polícia Civil, além de apuração do Conselho Regional de Biologia da 5ª Região (CRBio05).

Sobre as investigações contra Nathasha, a Polícia Civil informou, por nota, que o Inquérito Policial já foi concluído e remetido ao Ministério Público” e que “não comenta inquéritos policiais já concluídos e remetidos”.

Entenda o casoBióloga finge ser pessoa com autismo para ficar sem máscara em shopping no Recife

No vídeo publicado no Instagram em março, a bióloga disse que foi a uma reunião no Shopping RioMar, no bairro do Pina, na Zona Sul do Recife, e ficou sem máscara “o tempo inteiro”. Em outro trecho, relatou como enganou um profissional da equipe de segurança do shopping para não colocar a máscara.

“Teve uma hora em que o homem veio me perguntar, aquele segurancinha do carrinho fez: ‘Moça, dá para botar a máscara?’, aí eu disse: ‘Venha cá, venha cá. Não, porque eu sou autista'”, disse.

Além disso, explicou que o segurança “partiu do pressuposto da boa-fé solicitando a presença de um acompanhante, com uma abordagem educativa, uma vez que não tem poder de polícia”.

‘É melhor você ser autista do que ser cachorro’, diz bióloga em vídeo na internet

Em outro vídeo, ela diz que não foi preconceituosa ao rebater um comentário, chama a pessoa de “anta” e “debilóide”, termo pejorativo utilizado para categorizar pessoas que possuam algum tipo de debilidade mental. Ela também chega a afirmar que “é melhor ser você ser autista do que ser cachorro”. (G1)

Em decreto, prefeito de Caxias retira obrigatoriedade de uso de máscaras no município

O prefeito de Duque de Caxias, Washigton Reis (MDB), assinou na última terça-feira (5) um decreto em que retira a obrigatoriedade do uso de máscaras faciais de combate à epidemia de Covid-19 no município.

Segundo o decreto, “fica desobrigado o uso de máscara facial no período da pandemia de Covid-19 em local aberto ou fechado, em todo o território do município de Duque de Caxias”. O texto diz ainda que, em caso de suspeita ou infecção pelo coronavírus, o decreto não se aplica, e o uso de máscara deve ser mantido. O decreto passa a valer a partir de hoje, dia 05.

Para retirar o uso de máscaras, a prefeitura argumenta que já atingiu todas as faixas etárias da vacinação e que os indicadores de contaminação da doença estão em queda. Segundo os dados da prefeitura, 70% da população alvo da campanha de vacinação (de 12 anos para cima) já tomou a primeira dose da vacina, e 46% a segunda. A campanha de vacinação em Caxias foi marcada por longas filas e aglomerações. A prefeitura chegou até mesmo a pular idade no calendário.

Para o infectologista Alberto Chebabo, a medida do prefeito de Caxias é precipitada:

A cobertura vacinal ainda é muito baixa. No Rio, a gente definiu a retirada da máscara em ambiente externo apenas com 65% da população total com a vacinação completa. E 75% para ambiente interno.

Segundo o especialista, a medida pode acarretar em riscos para aumento da contaminação pela doença.

Acho que a situação exige uso de máscara até conseguir uma cobertura vacinal maior que essa. O risco é de aumentar o número de casos, aumentar a circulação do vírus e a transmissão na cidade e até nos municípios ao redor, porque existe uma circulação muito grande de pessoas de um município para outro na região metropolitana.

Para o infectologista Marcos Junqueira do Lago, do Hospital Universitário Pedro Ernesto, da Uerj, a medida adotada pela prefeitura de Duque de Caxias é precoce. Na opinião do especialista, a dispensa do uso da proteção facial só deveria ocorrer quando a imunização da população com duas doses da vacina contra Covid-19 atingisse um índice acima de 80%, considerado por ele como mais seguro.

— Eu acho que a flexibilização do uso de máscaras é importante, a gente precisa disso, mas na minha opinião, deveríamos esperar chegar a 80% ou idealmente 90% da população imunizada com as duas doses, para só assim estabelecer esses critérios (de dispensar a proteção facial) — afirmou Lago, que criticou ainda a falta de ações do poder público para punir o que chamou de “desobediência civil”, ao uso de máscaras durante a pandemia.

Minas planeja flexibilizar o uso de máscaras; especialistas discordam

A diminuição dos índices da Covid-19 em Minas Gerais faz uma possível volta à normalidade se tornar cada vez mais imaginada. Com o número de novos casos, internações e mortes caindo a cada dia, medidas como a flexibilização do uso de máscara de proteção individual passaram a ser avaliadas por governos em todo o mundo.

Em Minas, o governo estadual estima que vai completar a aplicação da segunda dose em todos os adultos entre novembro e dezembro. Com isso, segundo o Secretário de Estado de Saúde, Fábio Bacherreti, a previsão inicial era que o uso obrigatório de máscaras não fosse mais necessário em ambientes abertos a partir deste mês, quando pelo menos 70% da população adulta deve concluir o esquema vacinal. Atualmente, 51,10% dos moradores com mais de 18 anos tomaram as duas doses ou a dose única em Minas.

A Secretária de Estado de Saúde (SES-MG), no entanto, em resposta à reportagem, agora adota postura comedida e afirma que não existe nenhuma definição sobre o fim da obrigatoriedade do item de segurança no Estado. Em nota, a pasta informou que, caso o cronograma de entrega de doses por parte do Ministério da Saúde se mantenha, a expectativa é que o Estado adquira a chamada “imunidade de rebanho” no fim do ano. Com isso, o não uso das máscaras pode se tornar facultativo em lugares abertos, arejados, como parques, praças e ruas, “conforme experiências observadas em alguns países”.

Na cidade do Rio de Janeiro, a prefeitura estuda liberar a população do uso de máscaras parcialmente em novembro, quando 75% da população estiver com esquema vacinal completo. O item seria obrigatório apenas em hospitais e transportes públicos. No Rio Grande do Norte, a governadora Fátima Bezerra (PT), também avalia decretar o fim da obrigatoriedade para o uso de máscara em determinadas situações a partir de dezembro.

Porém, de acordo com especialistas, o uso do item ao menos em espaços fechados para determinados grupos (idosos, obesos, portadores de comorbidades e imunossuprimidos) será uma realidade que ainda irá persistir por muitos anos. “Não temos, por hora, um horizonte seguro para circulação sem máscaras, sobretudo para as pessoas de maior risco de contrair formas graves da doença. Além disso, não seria aconselhável abandono das máscaras por qualquer cidadão em espaços fechados, como aeroportos, aviões, ônibus e repartições”, analisa o médico infectologista Guilherme Lima, do Hospital Lifecenter.

Segundo o também infectologista, Leandro Curi, ainda é cedo para propor o abandono, uma vez que não existe o conceito de imunidade rebanho para o coronavírus. “Esse foi um termo muito utilizado no ano passado pelas autoridades, mas é uma falácia. Vimos que para a Covid, ele não funciona. Uma pessoa que já foi contaminada pode adoecer várias vezes, diferentemente de outras doenças, como a catapora. A Suécia tentou fazer essa experiência de se atingir imunidade rebanho e não deu certo, porque estamos falando de um vírus que se multiplica rapidamente e altamente infectante e letal. Não existe remédio ou outra solução que não seja a vacina aliada a máscara”, pontua.

Para o infectologista Adelino de Melo Freire, do Hospital Felício Rocho, é preciso que o número de casos por dia da doença esteja abaixo de 20 a cada 100 mil habitantes para se começar a cogitar em abandonar as máscaras. Atualmente, em Belo Horizonte, essa taxa está em 113. “Não importa se tiver 70%, 80% ou 90% da população vacinada e continuar havendo transmissão. Temos variantes, como a delta, que escapa da proteção da vacina. A verdade é que não existe um número mágico. Só não teremos transmissão comunitária quando a taxa de transmissão não representar mais riscos”, ressalta.

62% dos prefeitos querem manter uso obrigatório de máscara

Seis a cada dez gestores municipais pretendem manter o uso obrigatório da máscara mesmo com toda a população vacinada. De acordo com um levantamento realizado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), em setembro, 62,3% dos prefeitos pretendem continuar com o item de segurança, enquanto 32,7% ainda não decidiram sobre a manutenção da obrigatoriedade. Apenas 69 (3,2%) municípios devem flexibilizar o equipamento de proteção individual. Atualmente, o uso de máscaras em locais públicos é obrigatório em 96,1% dos municípios brasileiros.

No entanto, ainda de acordo com a pesquisa, 59,6% das prefeituras não instituíram infrações para o não uso de máscaras nos locais obrigatórios. Em Belo Horizonte, o uso de máscaras em espaços públicos é obrigatório desde 22 de abril de 2020. A multa para quem não usar o item de segurança é de R$ 100. Porém, a pena começou a valer somente em julho, quando a lei foi sancionada.

Até o momento, segundo a prefeitura da capital, 425 multas foram aplicadas contra pessoas que transitavam sem o item de segurança na cidade, sendo que apenas 32 foram pagas. As demais ou foram inscritas em dívida ativa no município ou estão sendo constestadas.

De acordo com a PBH, as multas são aplicadas somente para aquelas pessoas que se recusaram a utilizar as máscaras disponibilizadas pelos fiscais ou pelos guardas municipais até mesmo durante as abordagens. No caso das pessoas em situação de rua, segundo o município, a multa é dispensada, mas o acessório é oferecido.

Em nota, a Prefeitura destacou ainda que não há previsão de dispensar o uso da máscara na cidade. “A pandemia não acabou. As equipes estão atuando em todas as regiões da capital, fazendo abordagens à população voltadas para a conscientização sobre a importância do uso do artigo cobrindo o nariz e a boca, para evitar a disseminação do Coronavírus”, pontuou.

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