Jornal Folha Regional

Lavrador do Sul de Minas, alfabetizado aos 19 anos, vira médico e lança livro

José Reinaldo foi alfabetizado aos 19 anos e conquistou o sonho de médico aos 38. Hoje, aos 46, ele lança o segundo livro e participará de congresso internacional - Foto: arquivo pessoal
José Reinaldo foi alfabetizado aos 19 anos e conquistou o sonho de médico aos 38. Hoje, aos 46, ele lança o segundo livro e participará de congresso internacional – Foto: arquivo pessoal

“Dos cafezais aos hospitais”. A frase não só define, em poucas palavras, a trajetória de José Reinaldo Rosa Lopes, como também nomeia o primeiro livro lançado pelo lavrador que superou a baixa escolaridade e a falta de dinheiro, conseguindo se alfabetizar aos 19 anos e conquistar, aos 38, o sonho de ser médico.

Agora, aos 46, José se prepara para contar sobre sua história e sua segunda obra, “Dos cafezais à Medicina do Trabalho”, em um congresso internacional em Belo Horizonte.

Natural de Monte Belo, no Sul de Minas Gerais, o médico deixou a escola aos 14 anos para trabalhar na roça. “Nunca frequentei a escola como deveria. Meus pais saíam para trabalhar, eram cortadores de cana-de-açúcar, tinham muitos filhos para criar. Eu ia para a escola para comer, tomava uma sopa e ia para a rua até meus pais voltarem”, relembra.

O médico, então, parou de estudar para começar a trabalhar. “Fui plantar e colher café, cortar cana para fazer cachaça e cuidar do gado. Saí sem saber ler e escrever direito, analfabeto funcional”, diz. Em um dado momento, no entanto, José Reinaldo precisou acompanhar uma irmã no hospital, que ficou dois meses internada. “Lá eu me apaixonei pela medicina. Depois da alta, saí com o desejo de me tornar médico. Resolvi ‘arregaçar as mangas’ e voltar aos estudos”, conta.

Caminho até a medicina

Na época, José realizou o supletivo com auxílio do programa Telecurso 2000 para concluir o ensino médio. “Assisti às aulas noturnas, comprei todas as apostilas e acordava sempre nos horários que passavam as aulas. Ao mesmo tempo continuei trabalhando na roça”. 

Aos 22 anos, o médico foi aprovado no curso profissionalizante de enfermagem. “Eu era muito inocente, não sabia que medicina era tão concorrido, que precisava de uma boa formação básica e prestar vestibular. Não tinha noção dessas coisas. Conversei com uma das médicas que cuidou da minha irmã na internação e ela me explicou algumas coisas, mas grande parte fui descobrindo sozinho”, recorda. Assim, José Reinaldo conquistou seus primeiros estágios como auxiliar de enfermagem, em dois hospitais. 

Dez anos depois, o médico deu mais um passo em direção ao sonho e se tornou o primeiro da família a chegar à faculdade. “Passei em uma universidade particular de Ribeirão Preto, em São Paulo. A reitora da instituição ficou sabendo da minha batalha desde os 19 (anos) e me ofereceu uma bolsa de estudos de 100%”, recorda. 

Durante o curso, ele comenta que sentiu a “sequela” dos estudos e que precisou se esforçar mais do que aqueles que possuíam uma base escolar. “Fiquei mais tempo na biblioteca, comecei a ler mais, principalmente Guimarães Rosa, e tomei gosto pela literatura. Mas nunca me deixei pensar que era inferior aos outros, eu estava ali de igual para igual”, afirma José.

Seu pensamento o impulsionou ao longo dos seis anos de curso, até concretizar seu desejo e chegar à tão esperada formatura, e finalmente conquistar o diploma. 

Medicina do Trabalho

Hoje, José Reinaldo atua na Santa Casa de Areado, onde reside, no Sul de Minas, como diretor-técnico. Além disso, é médico reconhecido pela Associação Brasileira de Medicina do Trabalho (ABMT), especialidade que lida com as relações entre a saúde dos homens e mulheres trabalhadores e seu trabalho, especialmente nos cafezais, visando não somente a prevenção das doenças e dos acidentes do trabalho, mas a promoção da saúde e da qualidade de vida. 

Obras literárias

José Reinaldo já lançou dois livros, sendo o primeiro “Dos cafezais aos hospitais”, uma espécie de autobiografia que narra as dificuldades superadas até conseguir realizar o sonho. A verba da obra foi toda destinada à Santa Casa. 

Já o último, intitulado “Dos cafezais à Medicina do Trabalho”, discorre sobre a trajetória como médico. “Os dois são uma forma de inspirar outras pessoas que não tiveram oportunidade de estudar, ou que acham que não dá tempo”, ressalta. 

Congresso Internacional

José Reinaldo se prepara agora para participar do 1º Congresso Internacional da Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais (I CIEL), que ocorre nos dias 21 e 22 de outubro de 2024 no Teatro Feluma, em Belo Horizonte. “Vou contar um pouco da minha história, embora eu não seja um palestrante, o intuito é passar um incentivo para o público”, conclui.

Médico passense ganha prêmio do Grupo Editorial Alta Books

Astério Moreira de Santana Neto e Marcelo Henrique Silva, vencedores do 1º Prêmio Alta Literatura Foto: Divulgação
Astério Moreira de Santana Neto e Marcelo Henrique Silva, vencedores do 1º Prêmio Alta Literatura Foto: Divulgação

O Grupo Editorial Alta Books acaba de anunciar os vencedores da primeira edição do Prêmio Alta Literatura. Astério Moreira de Santana Neto ganhou a categoria não estreante com o livro A Morte da Finada, de realismo mágico. Já o médico passense Marcelo Henrique Silva conquistou a categoria estreante com o romance histórico Sangue Neon.

Além da publicação das obras, o autor não estreante recebe um prêmio de R$ 60 mil, enquanto o estreante recebe R$ 20 mil. Neste segunda categoria, outros dez selecionados ganham uma oficina de escrita criativa. São eles: Adriane Garcia Pereira, Ana Maria da Silva Souza Rodrigues, Angela Issler Marsiaj, Carla Íria Perim Guerson, Guilherme Augusto Trigo Doin, João Matias de Oliveira Neto, Jordão Alves da Cruz Filho, Paulo Furnari Gama, Pedro Felipe Wosch de Carvalho, Raphael Geraldo Gomes

Ao todo, foram 850 inscrições, 60% homens e 40% mulheres. Os jurados da categoria não estreante foram Natalia Timerman, Socorro Acioli e Jeferson Tenório. Já os jurados que avaliaram os livros de estreantes foram Eliane Robert Moraes, Luiz Antonio de Assis Brasil e Luiz Ruffato.

Em comunicado à imprensa, Rodrigo de Faria e Silva, que idealizou o concurso com o CEO da Alta Books, Gorki Starlin, disse que a premiação “foi um sucesso tanto pelo número de inscritos quanto pela qualidade das obras submetidas, mostrando que a produção literária contemporânea brasileira está a todo vapor.”

VENCEDORES

Marcelo Henrique Silva nasceu em Passos, mas hoje mora em Belo Horizonte. É médico e atuou na linha de frente durante a pandemia de covid-19. Tem como foco o cuidado de grupos vulneráveis, minorias e pacientes oncológicos.

Sangue Neon é ambientado entre os anos 1970 e 1990, quando a epidemia de aids chegou ao Brasil. Inspirado em eventos reais, ele segue diferentes personagens que se cruzam na luta contra a doença e a discriminação sofrida naquele período.

Astério Moreira de Santana Neto nasceu em 1992 em Tucano, município do sertão baiano. Além de escritor, é advogado, formado em Direito pela Universidade do Estado da Bahia. Seu primeiro livro, Desgosto, foi publicado em 2022 pela editora Mondrongo e retrata uma vila na Bahia cujos habitantes sofrem de uma epidemia de desgosto.

A Morte da Finada, livro que ganhou o prêmio, segue a história de uma jovem do sertão nordestino que conta sua vida a partir dos acontecimentos que levaram à sua morte. A obra aborda a experiência da mulher em um sertão marcado por “machismo, opressão financeira, religiosidade, superstição e moralismo severo.”

LEIA TRECHO DE SANGUE NEON:

“Antes do bisturi havia o corpo. Depois, o objeto. Uma vez abertas as fibras superficiais da pele e do tecido subcutâneo e expostos os feixes vásculo-fibrosos de acordo com a habilidade de dissecação do anatomista, não havia mais pessoa havia página. Era carne que se descortinava ao conhecimento como folhas de um livro definitivo. O que se deitava na maca não era alguém, mas algo. E como todo algo: passível de ser manuseado. Um brinquedo de montar e desmontar com instruções complicadas e peças redundantes. Para cada parte, um código sofisticado a ser decifrado. Naquele estudo havia um roteiro específico a se seguir: localizar o plexo e identificar seus componentes com alfinetes coloridos. Era preciso muito cuidado: um movimento errado, um apertar indelicado e o tecido se rebenta e se perde, torna-se inútil. E o que um dia foi corpo e depois se tornou objeto, torna-se por fim nada.

Míseros alunos àquele tempo, incomodavam-se somente com o bafo ácido do formol que lacrimejava pelas córneas e sugava a umidade das pontas dos dedos, como um veneno devorando tônus e impressões digitais. As figuras desenhadas pelos atlas eram comparadas com as peças expostas quase como quem compara uma obra de arte com o mundo real. Cada grupo de seis estudantes se reunia ao redor do corpo designado para si. Ouviam com atenção as demonstrações dos monitores e fingiam tomar notas. Grafites riscavam papeis em vão.

O plexo braquial era uma malha de troncos nervosos sob a axila que ora se ramificavam ora se confluíam à medida que ganhavam o membro, carregando em suas bainhas o que um dia foi uma intensa corrente elétrica que fazia aquele corpo levantar os braços, dançar e abraçar. Que conduziam aquelas pernas pelas ruas, que doía, que dava prazer e sentia medo. Somente meninos, não pensavam nessas coisas. O objetivo era decifrar o mistério do plexo e nada além. Alguns desenhavam, outros faziam esquemas e mnemônicos e uns simplesmente aceitavam: há coisas que não se podem entender. Depois da prova nem sabiam mais por onde andava o tal plexo e já procuravam decorar o próximo tópico da ementa.

Os monitores eram sempre os últimos a deixar o anatômico, guardiões responsáveis por organizar as pranchetas e recolher as peças. Saíam os calouros todos rapidamente, tinham fome e sede, queriam comer o ar, jogar água na cara e lavar o cabelo. Queriam ver gente viva e se sentirem vivos por ainda não estarem dissecados, por ainda não serem páginas. A padiola rangeu e ela olhou, curiosa. A maca possuía duas alças articuladas em aço inox, facilitando o manuseio do cadáver para a carga e descarga daqueles corpos no tanque.

Não aquele, mas aquilo, como toda matéria, como toda substância. Ordinária em vida, infundado conjunto de células e tecidos e sistemas e organismos desprovidos de significado, a não ser o que faziam de si mesmos. Mas que depois de dissecada era enfim útil, tornava-se nobre, conveniente, ganhava status divino. A peça sobre a qual se extraía a dádiva do aprendizado.

A caloura arriscou perguntar quem era, tentando imputar alguma essência à ideia de identidade. O monitor olhou confuso para a face das duas figuras femininas, a viva e a morta, como se comparasse os traços e tentasse identificar assimetrias. Depois estacionou a visão sobre a genitália _ da morta, não da viva _ ocultando um sorriso cínico de quem faz uma descoberta. Não moça, era uma traveca, viviam matando e morrendo.

A figura sorriu _ a viva, não a morta _ e rezou para que seu caminho nunca se cruzasse com uma daquelas _ viva”. (Observo)

Anjo em forma de médico: profissional de Alfenas tratará de mineira que convive com a pior dor do mundo e poderá salvar a vida da paciente

Anjo em forma de médico: profissional de Alfenas tratará de mineira que convive com a pior dor do mundo e poderá salvar a vida da paciente - Foto: arquivo pessoal
Anjo em forma de médico: profissional de Alfenas tratará de mineira que convive com a pior dor do mundo e poderá salvar a vida da paciente – Foto: arquivo pessoal

Após repercussão nas redes sociais do caso de Carolina Arruda, de Bambuí (MG), que sofre com a pior dor do mundo, o Diretor Clínico da Santa Casa de Alfenas (MG) e presidente da Sociedade Brasileira para os Estudos da Dor (SBED), Dr. Carlos Marcelo de Barros, médico Anestesiologista com área de atuação em Dor e Medicina Paliativa, convidou a paciente para um tratamento e assim tentar amenizar sua dor e evitar a eutanásia.

Segundo o Dr. Marcelo, ele recebeu cerca de 50 mensagens pedindo para tratar dela.

“Além dos pedidos terem chegado até mim, foram encaminhados também para a SBED (Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor) e o Deputado Estadual Luizinho do PT, o qual estamos juntos com um Projeto de Lei para tratamento da dor crônica em Minas Gerais, me pediu apoio e o hospital também pediu meu apoio. Nosso serviço tem condições de tratar qualquer tipo de dor e não poderia deixar de dar a oportunidade para ela”, citou Dr. Marcelo.

Para o médico, o que mais o sensibilizou, foi por Carolina ter uma filha de 10 anos, a qual precisa da mãe.

Anjo em forma de médico: profissional de Alfenas tratará de mineira que convive com a pior dor do mundo e poderá salvar a vida da paciente - Foto: arquivo pessoal
Anjo em forma de médico: profissional de Alfenas tratará de mineira que convive com a pior dor do mundo e poderá salvar a vida da paciente – Foto: arquivo pessoal

Sobre a Clínica

A Clínica Sinpain Alfenas (Clínica de Dor da Santa Casa de Alfenas) é especializada no tratamento da dor crônica, que são aquelas dores que persistem por mais de três meses sem encontrar solução. Exemplos incluem neuralgia do trigêmeo, como o caso da Carolina, neuralgia pós-herpética, dor em pacientes com câncer, dores nociplásticas, como enxaqueca e fibromialgia, e dores musculoesqueléticas, como as ocasionadas por lesões esportivas, artropatias, dor lombar e cervical.

“Atendemos, em média, de 200 a 300 pacientes com dor crônica por mês. As dores mais comuns e prevalentes são as musculoesqueléticas, principalmente a dor lombar. No entanto, nosso serviço especializado em dor crônica atende todos os tipos de dores, desde as mais comuns até as mais complexas”, frisou o médico.

Casos como o da Carolina, que são refratários a múltiplos tratamentos, infelizmente, são mais comuns do que a maioria das pessoas imagina. Esses casos devem ser tratados em centros especializados para aumentar a possibilidade de alívio, mesmo que parcial, da dor. A paciente entrará em um processo de tratamento com um planejamento estabelecido por etapas, como se estivesse reiniciando todo o processo. Primeiramente, ela passará por um processo de dessensibilização com medicações intravenosas e serão refeitos todos os exames. Essa fase inicial, que pode durar aproximadamente dez dias, é fundamental para entender a evolução da doença, pois pacientes com dor crônica intratável, como o caso dela, que sofrem não só com a dor, mas também com todas as limitações e sofrimentos que esse tipo de doença pode causar.

Anjo em forma de médico: profissional de Alfenas tratará de mineira que convive com a pior dor do mundo e poderá salvar a vida da paciente - Foto: redes sociais
Anjo em forma de médico: profissional de Alfenas tratará de mineira que convive com a pior dor do mundo e poderá salvar a vida da paciente – Foto: redes sociais

“Após essa fase inicial de dessensibilização, discutiremos com a paciente todas as opções disponíveis para seu tratamento, de acordo com o resultado terapêutico. Isso inclui nova intervenção no próprio nervo trigêmeo, seja por balão ou por radiofrequência, implante de bomba intratecal de fármacos, tratamento por radiocirurgia, conhecido como Gamma Knife, implante de neuroestimuladores no nervo trigêmeo e até mesmo implante de estimuladores cerebrais”, informou o Anestesiologista com área de atuação em Dor e Medicina Paliativa.

Cada etapa deve ser realizada com muita cautela e respeitando princípios éticos e científicos. Tratamentos como o da Carolina são complexos, demorados e devem ser realizados com base nas melhores evidências científicas disponíveis.

“É muito importante salientar que o tratamento dela pode levar meses. Porque esta fase inicial tem objetivo de tirar ela do sofrimento agudo”, finalizou o médico.

Sobre o médico

Dr. Carlos Marcelo de Barros, MD, PhD, FIPP.
Anestesiologista com área de atuação em Dor e Medicina Paliativa.
CRM-MG: 39.448 / RQE Nº 16.085 / RQE Nº 42.108 / RQE Nº: 47014.
Presidente da Sociedade Brasileira para estudos da Dor SBED (2024-5).
Diretor Científico da Faculdade sinpain.
Diretor Clínico da Santa Casa de Alfenas.

Sinpain Alfenas – Centro de Controle da Dor
(35) 3299-6414 (whatsapp) / (35) 3299-6415.

Email: [email protected]

Currículo Lattes:
http://lattes.cnpq.br/5222329320430188
https://orcid.org/0000-0002-1207-2867

www.carlosmarcelo.com.br
https://www.facebook.com/carlosmarcelo.dor
https://www.instagram.com/carlosmarcelo.dor

Médico sai do ES para ajudar vítimas da chuva e é encontrado morto em abrigo no RS

Vídeo em que médico compartilhou ida ao Rio Grande do Sul – Vídeo: redes sociais

Um médico do Espírito Santo, que estava no Rio Grande do Sul prestando apoio às vítimas das chuvas, foi encontrado morto dentro de um abrigo na cidade de São Leopoldo, na manhã desta segunda-feira (13 de maio). O cardiologista Leandro Medice ajudava na aferição de pressão de desabrigados e chegou a compartilhar momentos do trabalho voluntário nas redes sociais.

A suspeita é que Leandro, de 41 anos, tenha tido um mal súbito. Ele tinha chegado no Rio Grande do Sul no domingo pela manhã (12) e passou o dia trabalhando no abrigo.

O marido do médico, João Paulo Martins, disse em entrevista que ficou surpreso com a notícia e que o companheiro não tinha problemas de saúde:

“Ele era muito saudável, sempre cuidou da saúde. Nunca teve histórico nenhum de problemas. Eu ainda não consigo acreditar no que aconteceu. Quando me contaram, pensei que fosse brincadeira”, afirmou.

Marcelo tinha uma clínica de tratamento capilar em Vila Velha, no Espírito Santo, para onde voltaria na noite desta segunda. Ele compartilhou nas redes sociais o momento em que viajava para o sul do país, na madrugada de domingo (12), com um grupo de amigos também médicos.

“Pela primeira vez, eu vou partir para uma missão humanitária, né? O Sul tá precisando da gente, então a gente saiu um pouquinho da nossa rotina, do nosso conforto de consultório”, disse em vídeo.

Médico sai do ES para ajudar vítimas da chuva e é encontrado morto em abrigo no RS - Foto: redes sociais
Médico sai do ES para ajudar vítimas da chuva e é encontrado morto em abrigo no RS – Foto: redes sociais

O cardiologista também contou que a viagem para o estado acontecia logo após uma cirurgia que tinha feito em um paciente:

“A cirurgia acabou agora há pouco, a gente emendou essa missão. São 4 da manhã agora e a gente tá indo pra lá ajudar os nossos irmãos que estão precisando”, disse o profissional no domingo pela madrugada.

O marido de Leandro afirma que falou com ele, pela última vez, em uma ligação na noite do domingo. O médico teria elogiado as condições do abrigo e afirmado que tinha conseguido um colchão muito limpo para dormir.

Na manhã desta segunda (13), ele não apareceu no local de encontro combinado e foi encontrado morto por amigas no quarto em que dormiu sozinho.

A reportagem entrou em contato com a Polícia Civil do Rio Grande do Sul para saber se a morte será investigada e aguarda retorno.

Nas redes sociais, amigos lamentaram a partida do médico:

“Ainda estou sem acreditar nessa realidade difícil de aceitar. Leandro foi um grande exemplo de entrega genuína de amizade, exemplo de gentileza e humanidade. Meus sinceros sentimentos para todos os familiares e amigos”, escreveu um amigo.

Outro seguidor, disse:

“Cumpriu a sua missão na terra em pleno exercício de suas funções de maneira mais nobre, conforme jurou na sua formatura como médico. Descanse em paz!”.

Prevenção cardiovascular: quanto mais cedo melhor

Em artigo, cardiologista da Unimed Araxá explica a importância de modificar fatores que originam as doenças

Prevenção cardiovascular: quanto mais cedo melhor - Foto: reprodução
Prevenção cardiovascular: quanto mais cedo melhor – Foto: reprodução

Cada dia após o nascimento é mais um dia em direção ao envelhecimento. A cada minuto que vivemos, ocorrem alterações metabólicas e estruturais em nosso organismo, nos expomos aos riscos do ambiente, nosso organismo se modifica. Por que não nos cuidarmos o mais precocemente possível para que envelheçamos com saúde?

Na juventude, um período de vitalidade e descobertas, é fácil negligenciar a saúde em prol de outras prioridades aparentemente mais imediatas.

Atualmente, um conceito que vem sendo difundido é o da prevenção primordial. A prevenção primordial vai além do tratamento das doenças existentes, buscando modificar os fatores fundamentais que as originam. Ao abordar os determinantes sociais, econômicos e ambientais da saúde, ela visa criar condições que promovam o bem-estar e previnam o surgimento de problemas de saúde antes mesmo que eles se manifestem.

Cultivar hábitos saudáveis desde cedo é a chave para estabelecer uma base sólida para a saúde cardiovascular ao longo da vida. E o primeiro alicerce dessa construção é uma dieta equilibrada. Os jovens devem buscar uma alimentação rica em frutas, legumes e verduras, grãos integrais e proteínas magras. Esses alimentos fornecem os nutrientes essenciais como fibras, vitaminas e antioxidantes que ajudam a proteger o coração contra doenças. Evitar o consumo de alimentos processados, ricos em gorduras saturadas, açúcares e sódio é crucial para manter suas artérias desobstruídas e a pressão arterial sob controle.

Paralelamente à dieta, os jovens devem ter o hábito de praticar exercícios físicos regularmente. A atividade física não apenas fortalece o coração, mas também melhora a circulação sanguínea, ajuda a controlar o peso, reduzir o estresse e melhorar o humor. Incorporar uma variedade de exercícios aeróbicos como corrida, natação e ciclismo, além de exercícios de força e flexibilidade, é fundamental para promover uma saúde cardiovascular abrangente. Além disso, abordar fatores de risco adicionais como o tabagismo e o álcool é também importante, evitando agressões ao nosso próprio corpo.

Nesse sentido, a prevenção primordial vai além da adoção de hábitos saudáveis. Envolve também a educação e a promoção de ambientes e políticas que apoiem escolhas benéficas. As escolas, locais de trabalho e sua comunidade podem desempenhar papel crucial no desenvolvimento de programas de educação sobre a saúde cardiovascular.

Em última análise é um investimento no futuro. Ao adotar um estilo de vida saudável precocemente, os jovens não apenas protegem seus corações, mas estabelecem padrões positivos que impactam a comunidade e gerações futuras.

Cada passo consciente em direção ao saudável pavimenta corações mais fortes para enfrentar os desafios do amanhã.

Via: Dr. Flávio Paescardiologista

Vídeo: médico com suspeita de embriaguez é flagrado atendendo pacientes em MG

Um médico com suspeita de embriaguez foi afastado do plantão enquanto atendia pacientes no Pronto Atendimento Municipal de Monte Sião, no Sul de Minas Gerais, no último domingo (5). A prefeitura e a empresa responsável pelo gerenciamento das escalas dos médicos afirmaram que “providências” estão sendo tomadas. 

Ao filmar a situação, o médico suspeito, Everton da Costa Sagiorato, teria tentado tomar o celular do paciente.

O prefeito de Monte Sião, José Pocai, em vídeo publicado nas redes sociais, explicou a situação. “Um médico veio trabalhar da forma que não deveria. Ao chegar estava usando máscara, o que impediu elas de perceberem [os sinais de embriaguez]. Ele atendeu duas pessoas e elas reclamaram da forma que foram tratadas”, disse.

Após perceberem a situação em que o médico estava, as enfermeiras suspenderam os demais atendimentos que ele realizaria. O chefe do Executivo municipal ressaltou que não havia reclamações anteriores contra o profissional de saúde. “É um médico que sempre atende muito bem na rede pública. Ele é muito elogiado. Nos plantões sempre atendeu bem os pacientes”.

Um médico substituto foi enviado para o Pronto Atendimento Municipal para dar sequência aos atendimentos. “As providências já foram tomadas. Esperamos, lógico, que não aconteça novamente”, destacou. 

O Grupo Clin-Med, responsável pela gestão das escalas de plantão, afirmou que “medidas administrativas” foram tomadas. “Salientamos que o Pronto Atendimento não ficou em momento algum sem médico, pois nos plantões diurnos são sempre dois profissionais escalados”, ressaltou em posicionamento.   

Um boletim de ocorrência foi registrado pela Diretoria de Saúde de Monte Sião. “Destacamos o compromisso com a população em continuar trabalhando cada dia mais e melhor”, afirma um dos trechos da nota da prefeitura.

Médico distribui mudas de árvores a cada parto que realiza: ”preservo o futuro da criança”

Médico planta uma árvore a cada parto que realiza: ''preservo o futuro da criança'' - Foto: arquivo pessoal
Médico planta uma árvore a cada parto que realiza: ”preservo o futuro da criança” – Foto: arquivo pessoal

A ideia surgiu em 2001, quando o médico Calixto Felipe Hueb teve a ideia de transformar o momento do nascimento em algo marcante e importante. Assim, ele decidiu presentear a família com uma muda, fazendo com que criança e planta cresçam juntas. Hoje o projeto ganhou força e se chama “Plantar”.

Segundo o médico, apenas realizar o parto lhe dava a sensação de que aquilo tudo era muito frio e sem emoção, por isso decidiu desenvolver uma forma própria de fazer os nascimentos. Ele entrega um diploma de mãe, com a foto do recém-nascido, e uma muda de árvore, para que contribua com o meio ambiente, ajudando a preservar o futuro das crianças.

Na época em que teve a ideia, Calixto revela que muitas pessoas o desencorajaram, pois todas acreditavam que seu projeto não funcionaria. Mas o médico não deu ouvidos e, no início, pagava todas as mudas frutíferas e não frutíferas com o próprio dinheiro.

Médico planta uma árvore a cada parto que realiza: ''preservo o futuro da criança'' - Foto: arquivo pessoal
Médico planta uma árvore a cada parto que realiza: ”preservo o futuro da criança” – Foto: arquivo pessoal

Mas, em 2014, sua ideia se transformou em um projeto de lei. A prefeitura passou a pagar por todas as mudas, e todos os bebês ganham a própria árvore assim que nascem. Todos os médicos da maternidade passaram a integrar o projeto, que trabalha a vida e a preservação ambiental.

Calixto conta que, assim que são presenteadas, estabelece-se um laço das mães com o médico, que fazem questão de manter contato, seja pelas redes sociais ou pessoalmente. Muitas enviam fotos mostrando o crescimento da criança e da árvore, e ele se sente muito feliz e orgulhoso por perceber que o projeto deu certo.

Morre José Milton da Silva, médico que atuou no pronto-socorro e na UPA de Passos

Dr. José Milton da Silva atuou no pronto-socorro e na UPA de Passos — Foto: Reprodução / Redes sociais
Dr. José Milton da Silva atuou no pronto-socorro e na UPA de Passos — Foto: Reprodução / Redes sociais

Morreu na última quinta-feira (11), aos 71 anos, o médico José Milton da Silva em Passos (MG). A morte foi confirmada pela prefeitura e a causa não foi informada.

Conforme a Câmara Municipal de Passos, José Milton era natural de Ponte Nova (MG) e atuava na saúde de Passos desde 2009. Atualmente, ele estava vinculado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e uma das unidades de Estratégia Saúde da Família (ESF) da cidade.

Durante sua trajetória, o profissional passou pelas cidades de Juiz de Fora (MG) e Alvinópolis (MG) até chegar em Passos, em janeiro de 2009.

No município, ele iniciou os trabalhos no antigo Pronto Socorro Municipal, atuou no laboratório de especialidades médicas, no São Lucas e no hospital psiquiátrico Otto Krakauer. Tempo depois, atuou no PSF São Francisco e PSF do Novo Horizonte. Com a inauguração da UPA, ele assumiu plantões e posteriormente o cargo de diretor-clínico.

Além disso, recebeu o Título de Cidadão Passense em novembro de 2016 e foi nomeado Trabalhador do Ano em 2019 pela Câmara Municipal de Passos. Ele deixa esposa e duas filhas.

O velório acontece na manhã desta sexta (12) na Funerária São Vicente de Paulo, em Passos. O corpo deve ser levado às 15h até o Cemitério de Arcos (MG), onde acontecerá o sepultamento.

Nota de pesar

A Prefeitura de Passos divulgou uma nota de pesar nas redes sociais se solidarizando com a família e amigos.

Prefeitura de Passos lamenta morte do médico José Milton da Silva — Foto: Reprodução / Prefeitura de Passos
Prefeitura de Passos lamenta morte do médico José Milton da Silva — Foto: Reprodução / Prefeitura de Passos

Médico encontrado disfarçado de barba e óculos em SP é condenado por violência sexual contra paciente em Alfenas

Médico encontrado disfarçado de barba e óculos em SP é condenado por violência sexual contra paciente em Alfenas – Foto: divulgação

O médico-cirurgião Hudson de Almeida, que foi preso em julho disfarçado de barba e óculos em São Paulo, foi condenado por violação sexual mediante fraude contra uma paciente. Ele é suspeito de abusar de pelo menos outras 10 mulheres em Alfenas (MG).

Segundo a sentença do juiz Elias Aparecido de Oliveira, Hudson foi condenado a três anos e seis meses de prisão. Ele não poderá recorrer em liberdade. Esta condenação é referente aos crimes cometidos contra uma das 11 vítimas.

Além da prisão, o médico-cirurgião deverá pagar uma reparação por danos morais de R$ 30 mil. O valor deverá ser corrigido monetariamente e acrescido de juros de 1% ao mês.

De acordo com o advogado da vítima, Diogo Cassiano Fernandes, apesar da condenação do médico, a sentença foi abaixo da esperada.

“Em teste de DNA foi identificado que o acusado de fato praticou a conjunção carnal com a vítima, onde, por meio de suas atitudes previamente arquitetadas, foi possível identificar pelo Juiz da causa a fraude praticada no intuito de aproveitar-se da vulnerabilidade da paciente que acreditava estar se passando em apenas mais uma consulta, quando foi covardemente violada. […] A pena seria próxima da máxima, 6 anos, o que foi bem abaixo do esperado pela acusação”.

Médico encontrado disfarçado de barba e óculos em SP é condenado por violência sexual contra paciente em Alfenas – Foto: divulgação

Por meio de nota, a defesa de Hudson de Almeida informou que receberam com surpresa a sentença condenatória e afirmaram que entrarão com recurso.

“A sentença não representa a realidade dos fatos e das provas produzidas no interim da instrução processual, pelo que dela iremos interpor o concernente recurso”.

Quem é Hudson de Almeida?

Suspeito de abusar de pelo menos onze mulheres, Hudson de Almeida tem 56 anos, é médico e cirurgião plástico em Alfenas (MG). Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, o médico era procurado desde abril, quando foi expedido um mandado de prisão por crime de violação sexual mediante fraude.

Conforme o currículo Lattes, ele possui graduação em Medicina Humana. No Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais (CRMMG), o médico foi registrado nas especialidades de Cirurgia Plástica e Cirurgia Geral.

Hudson de Almeida cumpriu especialização e residência médica no Hospital das Clínicas Samuel Libânio, em Pouso Alegre (MG), e Hospital Universitário Alzira Velano, em Alfenas (MG); neste último, atuou também como médico.

Médico encontrado disfarçado de barba e óculos em SP é condenado por violência sexual contra paciente em MG — Foto: Reprodução EPTV
Médico encontrado disfarçado de barba e óculos em SP é condenado por violência sexual contra paciente em MG — Foto: Reprodução

Na carreira acadêmica, era frequentador de congressos de estudos, com diversas publicações de artigos na área da Saúde. Também é membro da Associação Médica de Pouso Alegre.

Hudson também foi professor universitário na disciplina de “Bases da Técnica Cirúrgica”; além de cirurgião plástico do hospital universitário na Universidade José do Rosário Vellano (Unifenas), em Alfenas.

Também em Alfenas, o médico atendia em uma clínica particular de propriedade própria e na Santa Casa da cidade. Em Varginha, o cirurgião também chegou a dar plantões de sobreaviso em cirurgias emergenciais no Hospital Bom Pastor.

Investigação

A investigação começou após denúncia registrada por uma vítima. Conforme a polícia, era possível que existissem mais vítimas. Posteriormente, o médico foi denunciado por mais mulheres em Alfenas.

Hudson de Almeida responde a dois inquéritos por abuso sexual mediante fraude. Em um deles, de 2021, três mulheres denunciaram à Justiça situações constrangedoras que tiveram com ele.

Conforme as investigações, o crime era praticado quando as mulheres iam à consulta e passavam por procedimentos não autorizados.

Em agosto de 2022, a polícia cumpriu mandados de busca e apreensão na casa e no consultório do médico investigado. Durante as buscas, foram apreendidos aparelhos eletrônicos.

Em um segundo inquérito, encerrado em março deste ano, uma mulher de 33 anos também acusou o médico por abuso sexual. Ele também foi indiciado pelo crime e denunciado ao Ministério Público.

A prisão preventiva do médico foi expedida no dia 13 de abril, mas o mandado só chegou no dia 19 de abril. A Polícia Civil informou que foi até todos os endereços do médico, mas ele não havia sido encontrado.

Prisão

Na madrugada do dia 21 de julho, o médico foi preso em um apartamento de alto luxo na Zona Sul de São Paulo, após a filha dele deixar o imóvel.

Depois de ficar três meses foragido, foi encontrado de barba e bem diferente da foto que era divulgada pela polícia enquanto procurado. “No momento da prisão, ele não esboçou nenhuma reação, nenhuma resistência”, disse a polícia.

Médico cirurgião acusado de abusar de pelo menos quatro mulheres era considerado foragido — Foto: Reprodução EPTV
Médico cirurgião acusado de abusar de pelo menos quatro mulheres era considerado foragido — Foto: Reprodução

A prisão do médico é resultado de trabalho conjunto da Polícia Militar e do Ministério Público de Minas Gerais, por meio do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça Criminais (Caocrim) e da 4ª Promotoria de Justiça de Alfenas, que fez o pedido de prisão diante da possibilidade do médico praticar novos delitos, considerando sua especialidade de cirurgião plástico.

Segundo o MP, o médico iniciava o atendimento das vítimas de forma profissional, realizando atos típicos e próprios de seu ofício. Porém, a certa altura, passava a praticar o abuso sexual sem que as próprias vítimas, no exato momento, percebessem que estavam sendo abusadas.

Após a prisão, a Polícia Militar informou sobre as denúncias feitas contra o médico. Segundo o capitão Cristiano Araújo, cerca de 11 mulheres relataram identificar algumas características do atendimento que levantaram suspeita de terem sido vítimas de violação sexual mediante fraude.

“Basicamente elas acreditavam que estavam diante de um atendimento hospitalar tradicional, dentro dos protocolos próprios, e foram enganadas”, informou a PM.

O médico será encaminhado ao sistema prisional, onde ficará à disposição da Justiça. Segundo o advogado de defesa, Gustavo Barbosa, ainda não há informações sobre a transferência do médico para o sistema prisional mineiro.

Os advogados de defesa de Hudson de Almeida, Gustavo Peres Barbosa, Rodrigo Lemos Urias e Valter José Cardoso, informaram em nota que o cumprimento do mandado de prisão não altera a realidade dos fatos e que a defesa tem absoluta convicção sobre a inocência dele.

A defesa também informou que nos próximos dias o decreto de prisão será reavaliado pelo próprio TJMG, que poderá fazer prevalecer o que prescreve a lei processual.

Médico alpinopolense participa de cirurgia para separação de gêmeas siamesas

Médico alpinopolense participa de cirurgia para separação de gêmeas siamesas – Foto: redes sociais

Neste fim de semana, o médico alpinopolense Gabriel Felipe Neves de Lima participou da cirurgia para separação das gêmeas siamesas Allana e Mariah, que nasceram unidas pela cabeça. O procedimento é uma realização histórica para a medicina brasileira, visto que a operação é a 2° do mesmo tipo no país.

A cirurgia final, dentre as várias realizadas nos últimos meses, começou ainda no sábado (19) e terminou por volta das 8h de domingo (20), cerca de 25 horas depois, e foi executada no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (MG).

Ao todo, 50 profissionais participaram do procedimento, entre médicos, enfermeiros, instrumentadores e equipe de apoio.

“A maior emoção da minha vida: entregar as gêmeas aos pais em duas macas, depois de terem entrado no bloco cirúrgico em apenas uma. Realmente, um milagre de Deus através de nós”, disse o Dr. Gabriel.

Segundo o HC, as gêmeas passam bem e se recuperam na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da unidade. Não há previsão de alta.

Os detalhes sobre como foi a cirurgia e o estado de saúde das irmãs devem ser divulgados em uma coletiva de imprensa prevista para o final de setembro.

Médico alpinopolense participa de cirurgia para separação de gêmeas siamesas – Foto: redes sociais

O que estava previsto para ser feito?

 No procedimento, estava prevista a dissecção de cerca de 25% dos vasos sanguíneos que ainda restavam separar.

Além disso, as gêmeas seriam submetidas à cranioplastia, etapa para fechar a calota craniana e da pele que recobre a cabeça de cada uma das meninas.

Como foi a preparação?

Equipe médica usa neuronavegação na terceira cirurgia de separação das irmãs Allana e Mariah, gêmeas unidades pela cabeça, no HC de Ribeirão Preto, SP — Foto: Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto
Médico alpinopolense participa de cirurgia para separação de gêmeas siamesas – Foto: redes sociais

A cirurgia final estava inicialmente marcada para acontecer em julho, mas foi adiada após as irmãs apresentarem suspeita de dengue.

Às vésperas da data inicial, Allana e Mariah passaram por um procedimento de expansão final das bolsas instaladas sob a pele das cabeças para ganhar ‘espaço’ para a cobertura craniana, que será feita após a separação.

Segundo os médicos, as bolsas atingiram volumes de 530 ml e 670 ml cada.

Elas também passaram por exames de ressonância magnética e tomografia para checagem das condições cerebrais para a cirurgia de separação total.

Cirurgia anterior foi em março

Médico alpinopolense participa de cirurgia para separação de gêmeas siamesas – Foto: redes sociais

A terceira cirurgia para separação dos crânios das gêmeas siamesas ocorreu no dia 11 de março, em um procedimento que durou sete horas.

Allana e Mariah passaram pela primeira neurocirurgia em agosto de 2022, quando tiveram as veias do cérebro separadas. Três meses depois, em novembro, elas foram submetidas ao segundo procedimento.

O caso das meninas é extremamente raro, com um registro a cada 2,5 milhões de nascimentos. As irmãs nasceram em Ribeirão Preto no dia 9 de dezembro de 2020, mas vivem com a família em Piquerobi (SP).

A anomalia foi diagnosticada quando elas ainda estavam na barriga da mãe. Desde 2021, elas são acompanhadas no HC.

Desde a primeira cirurgia, os profissionais utilizam tecnologia de ponta para os procedimentos e contam com exames clínicos, laboratoriais e de imagem de ressonância magnética, além de tomografia computadorizada integrada a um sistema de realidade virtual.

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