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Em resposta a padre de São José da Barra, papa Francisco fala sobre mineiros

Em resposta a padre de São José da Barra, papa Francisco fala sobre mineiros - Foto: reprodução
Em resposta a padre de São José da Barra, papa Francisco fala sobre mineiros – Foto: reprodução

Na audiência concedida aos alunos do Pontifício Colégio Pio Brasileiro, Pontifício Colégio Pio latino e Pontifício Colégio Mexicano, na Sala Clementina, após ser abordado pelo padre Robison Inácio, da Diocese de Guaxupé (MG), o papa Francisco afirmou que os mineiros são fortes e que são capazes de pagar para não entrar em uma guerra, mas também para não sair.

Padre Robison é natural de São José da Barra (MG), e participou da comemoração do 90° aniversário do Pontifício Colégio Pio Brasileiro, em Roma. Durante a audiência, papa Francisco desistiu de ler o discurso, preparado previamente, e pediu que alguns que estavam presentes se levantassem e fizessem perguntas.

Em vídeo publicado no Instagram do sacerdote católico mineiro da Diocese de Guaxupé, padre Robison Inácio se apresenta e questiona: “Santo Padre, sou Robison da Diocese de Guaxupé, no estado de Minas Gerais, Brasil. Sou um apaixonado pelo ecumenismo. Gostaria de lhe perguntar: o que o senhor gostaria de deixar como herança do seu pontificado no que tange à relação com os outros cristãos, sobretudo com os ortodoxos?”

O papa, então, responde de forma bem-humorada: “Ele está pedindo o meu testamento. Ele é de Minas Gerais. Os mineiros são fortes. São capazes de pagar uma fortuna para não começar uma guerra, mas depois pagam uma fortuna para não sair.”

O vídeo com o diálogo entre padre Robison Inácio e Papa Francisco na comemoração dos 90 anos do Pontifício Colégio Pio Brasileiro, em Roma, foi gravado pelo padre Fernando Augusto e pode ser acessado no perfil do Instagram de Robison (pregoeiro.robison).

Via: Clic Folha

Após sotaque mais charmoso, mineiros são eleitos melhores anfitriões do Brasil

Após sotaque mais charmoso, mineiros são eleitos melhores anfitriões do Brasil - Foto: reprodução
Após sotaque mais charmoso, mineiros são eleitos melhores anfitriões do Brasil – Foto: reprodução

Se você é de Minas Gerais ou passou pelo estado, já deve ter ouvido dizer que o povo que fala “uai” é muito receptivo. A fama de estar sempre pronto para oferecer ao convidado um café acompanhado de pão de queijo e boa prosa, agora atribuiu aos mineiros o título de melhores anfitriões de todo o Brasil. É o que revela uma nova pesquisa da Preply, plataforma online de idiomas, divulgada na última sexta-feira (19).

Segundo o estudo, que ouviu 1.000 brasileiros residentes em todas as regiões do país, 22% dos entrevistados apontaram Minas como o destino mais acolhedor do Brasil. O estado aparece bem à frente do segundo colocado no ranking: a Bahia, com 14% das indicações, e do terceiro, São Paulo, com 9,2%. Esse reconhecimento veio após o estado também levar o título de sotaque mais charmoso, no último ano.

Dentre os motivos citados pelos participantes do levantamento para atribuir aos mineiros tal fama, há quem justifique o rótulo na suposta modéstia e simplicidade de seus moradores ou, ainda, na tradição mineira de se oferecer comida aos visitantes como forma de carinho — abordagem que tenderia a contribuir para o conforto de quem acabou de chegar.

Além dos anfitriões mais cuidadosos, os mineiros ainda aparecem em outros dois top 5: os mais “paqueradores” e “comunicativos”, ambos em quarto lugar. Para chegar a essa conclusão, a pesquisa elencou os estereótipos mais comuns ligados a diferentes partes do Brasil, e pediu que os entrevistados atribuíssem os rótulos sociais aos habitantes de cada um dos estados.

Após sotaque mais charmoso, mineiros são eleitos melhores anfitriões do Brasil - Foto: reprodução
Após sotaque mais charmoso, mineiros são eleitos melhores anfitriões do Brasil – Foto: reprodução

Os mais festeiros

Os baianos foram eleitos os mais festeiros. Com 35,5% da preferência dos entrevistados, a Bahia teve quase o dobro de indicações em relação ao segundo colocado, o Rio de Janeiro, com 19,9%. São Paulo aparece logo em seguida com 12,9% das escolhas. Entre as características destacadas pelos respondentes, a atmosfera positiva das populares festas típicas do estado baiano foi a de maior relevância. 

Os mestres da paquera

Com a fama de “bons de lábia”, os fluminenses estão no topo do ranking dos grandes paqueradores do Brasil. A desenvoltura na hora do flerte e o sotaque carioca foram as marcas apontadas pelos entrevistados para justificar o jeitinho “xavequeiro” de quem nasce no Rio de Janeiro. O estado está disparado no ranking com 33% dos apontamentos, seguido por São Paulo (19%) e Bahia (9,1%). 

Os mais comunicativos x os mais reservados

Os paulistas foram reconhecidos como os mais comunicativos. Mesmo com concorrentes de peso, como Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia, segundo 17,7% dos respondentes, o estado que abriga a capital mais agitada do país também seria aquele onde as pessoas apresentam as melhores habilidades de comunicação se comparadas aos habitantes dos outros 26 estados.

Já todo o pódio dos mais reservados foi ocupado por estados da região Sul. Constantemente associados a comportamentos retraídos pelos de fora, tanto paranaenses quanto catarinenses receberam o título de comedidos por 10% dos entrevistados. O ranking é liderado por ninguém mais, ninguém menos que os gaúchos, tidos para muitos como símbolos da discrição.

A pesquisa 

O estudo da Preply foi realizado entre os dias 18 e 21 de dezembro de 2023. Após elencar os estereótipos, os entrevistados responderam a questões associando diferentes rótulos sociais aos habitantes de cada um dos estados. Uma vez finalizada a coleta das respostas, os percentuais de cada região de Norte a Sul possibilitaram a criação de diferentes rankings, cada qual com os vencedores em uma das cinco categorias.

Alta de infartos entre os mineiros chega a 115% em 15 anos

Alta de infartos entre os mineiros chega a 115% em 15 anos – Foto: reprodução

A tendência de aumento de infartos na população também é vista em Minas. Outra pesquisa, que levantou dados regionalizados, mostrou que o crescimento foi de 115,4%, passando de 8.751 registros em 2008 para 18.856 em 2022, entre homens e mulheres. O levantamento é do Instituto Nacional de Cardiologia (INC) e foi divulgado em agosto deste ano, com base no Sistema de Internação Hospitalar do Datasus, do Ministério da Saúde – abrange cerca de 75% dos pacientes do país.

No Brasil, o aumento de 2008 para 2022 foi de 158,3%. Esse avanço nos índices acende o alerta para a importância da prevenção.

“As pessoas estão ficando muito estressadas, estão comendo pior e fazendo menos atividade física. O diabetes, a pressão alta e a obesidade estão aumentando. Então, são muitos fatores unidos que podem levar as pessoas a infartar”, afirmou o médico responsável pelo estudo, o doutor em pesquisa clínica Bernardo Tura, do INC.

Sobrecarga

Foi justamente a rotina de trabalho do marceneiro Alexandre Maldonado, de 53 anos, que o levou a um infarto. Ele conta que há meses seguia trabalhando sem parar, incluindo sábados, domingos e feriados. 

“Eu caminhava e sentia uma queimação no peito, mas, como tive chikungunya no início do ano, achava que fosse por isso. Não dei atenção, e já era indício do infarto”, lembrou. 

No fim de julho, porém, sentiu uma dor mais forte no peito e não teve opção: procurou uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). De lá, foi transferido com urgência para o Centro de Tratamento Intensivo (CTI) da Santa Casa, na capital. Ficou internado quatro dias, fez cateterismo e está em casa, em tratamento medicamentoso. “Não tenho hipertensão, diabetes, não fumo, não bebo, mas estava parado nos exercícios. Agora não posso fazer esforços excessivos e preciso melhorar a alimentação”, contou.

Ele avalia que o infarto foi uma nova chance para uma vida nova. “Tem gente que passa por isso e não sobrevive. Temos que nos preocupar com 
qualidade de vida, nos alimentar melhor, tirar um tempo para o exercício, descansar no fim de semana”, aconselha.

Socorro em até uma hora
Cerca de 50% das vítimas de infarto não sobrevivem a tempo de serem socorridas, conforme a literatura médica. No entanto, se atendidas por um médico em até uma hora, a taxa de sobrevivência das vítimas pode ultrapassar 90%, sem sequelas graves.

Arte infarto em MG
Alta de infartos entre os mineiros chega a 115% em 15 anos – Imagem: reprodução

Pior no frio
Qualquer infecção pode desencadear um infarto. As respiratórias oferecem ainda mais riscos. Por isso, a época de frio preocupa, já que as pessoas ficam em locais sem ventilação e diminuem a atividade física. “No frio, as veias se contraem para manter calor”, disse Bernardo Tura.

Risco da obesidade abdominal
Duas vezes e meia maior é a chance que uma pessoa com obesidade abdominal tem de infartar na comparação com um indivíduo sem essa condição, segundo o Ministério da Saúde. Por isso, exercício físico é tão importante.

Médico de Minas cria ‘detector de infarto’ para salvar vidas
O cardiologista mineiro Marco Túlio Castagna, PhD em fisiologia e bioquímica pela UFMG, criou o AngelUS, um equipamento que permite o automonitoramento dos pacientes, por meio de um eletrocardiograma (ECG) feito em casa e transmitido ao médico. Em caso de infarto, o próprio sistema libera a medicação e indica o hospital mais próximo.

“Em torno de 70% das pessoas infartam em casa. Muitas vezes, a pessoa não tem noção de que um sintoma pode ser de infarto. Então, o equipamento fará diagnóstico precoce”, afirmou Castagna.

O projeto foi reconhecido internacionalmente e é semifinalista do Prêmio Eurofarma de Inovação em Saúde. Ele precisa de financiamento para ser comercializado.

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