Jornal Folha Regional

Professora e monitora são demitidas de creche por chamar criança de “macaco” e obriga-lo a comer apenas bananas

Foto: Reprodução / EPTV

Segundo relatos de testemunhas, menino de 3 anos, filho de refugiado de Guiné-Bissau, era chamado de ‘macaco’ e obrigado a comer apenas bananas com as mãos em Ijaci.

Uma professora e uma monitora de uma creche de Ijaci (MG) foram exoneradas após um boletim de ocorrência ser registrado por injúria racial e xenofobia contra uma criança de 3 anos, filho de um refugiado de Guiné-Bissau.

A informação foi divulgada inicialmente pelo Movimento Brasil Livre (MBL). O caso aconteceu em março deste ano, mas segundo a Polícia Civil, a ocorrência só foi registrada pela mãe da criança no início deste mês.

De acordo com o relato de testemunhas, o menino era chamada de “macaco” pelas funcionárias e obrigada a comer apenas bananas. E, por ser de outro país, teria que comer com as mãos. Testemunhas disseram que alertaram a professora e a monitora sobre o ato, mas de nada adiantou.

Conforme a mãe da criança, que é brasileira, nas primeiras semanas o menino gostava de ir para a creche, mas posteriormente, não quis ir mais e não podia nem ver e mochila.

A mãe também contou para a polícia que constantemente era chamada na creche e que a professora reclamava da criança e a diagnosticava como autista. Disse ainda que achava que a creche não alimentava seu filho corretamente, pois ela chegava em casa com muita fome.

Segundo a Polícia Civil, o Conselho Tutelar foi notificado e tomou providências. Já a polícia, por meio da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, de Lavras, instaurou um inquérito para apurar o caso.

O que diz a prefeitura

Através de uma rede social, o prefeito de Ijaci, Fabiano da Silva Moreti (MDB) e a secretária de Educação, Valéria Aparecida Fabri Ribeiro Lucas, disseram nesta segunda-feira (24) que as funcionárias eram professoras contratadas por processo seletivo e que elas foram exoneradas após comprovação dos fatos.

Ainda segundo o prefeito e a secretária, a criança não perdeu a vaga na creche, mas foi retirada da escola por decisão da família.

Via Eptv

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