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Elon Musk x Alexandre de Moraes: entenda a discussão e repercussão

Elon Musk x Alexandre de Moraes: entenda a discussão e repercussão - Foto: reprodução/redes sociais
Elon Musk x Alexandre de Moraes: entenda a discussão e repercussão – Foto: reprodução/redes sociais

Desde o último sábado (6), Elon Musk, dono da rede social X, vem lançando uma série de ataques ao ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. O bilionário ameaçou desbloquear perfis suspensos por determinação judicial no âmbito dos inquéritos que investigam a disseminação de desinformação nas redes sociais e chamou Moraes de “ditador”. As ameaças e acusações geraram reação do STF e do Congresso Nacional.

O que disse Elon Musk?

Elon Musk afirmou que o ministro Alexandre de Moraes “deveria renunciar ou sofrer impeachment” e que o X poderia sair do Brasil. “Estamos levantando todas as restrições. Este juiz (Alexandre de Moraes) aplicou multas pesadas, ameaçou prender nossos funcionários e cortar o acesso ao X no Brasil. Como resultado, provavelmente perderemos todas as receitas no Brasil e teremos que fechar nosso escritório de lá. Mas os princípios são mais importantes do que o lucro”, escreveu.

Depois, o bilionário subiu o tom e chamou o ministro do STF de “ditador que tem Lula na coleira”. Em resposta ao deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) Musk respondeu: “Precisamos levar nossos funcionários no Brasil para um local seguro ou que não estejam em posição de responsabilidade, então faremos um dump completo de dados”.

Além de Nikolas, Elon Musk também respondeu o deputado Marcel van Hattem (Novo-RS). O parlamentar brasileiro elogiou o bilionário e afirmou que ele estaria representando “milhões de brasileiros que se opõem à censura e à tirania”. Em seguida, Musk retuitou a publicação de Marcel e escreveu: “A lei se aplica a todos, incluindo Alexandre de Moraes. Ele deveria ser julgado por seus crimes”.

O que decidiu Moraes?

O ministro Alexandre de Moraes determinou a inclusão do bilionário Elon Musk no inquérito das milícias digitais, que investiga a disseminação fake news para atacar as instituições democráticas brasileiras. Além disso, o magistrado também fixou uma multa de R$ 100 mil caso o bilionário reative as contas suspensas pela Justiça.

Reação de Pacheco

Após o embate entre Musk e Moraes, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que regulamentação das redes sociais e da Inteligência Artificial é “inevitável”. “O Senado Federal aprovou, em 2020, um projeto de lei de regulação das plataformas digitais. Eu considero isso fundamental, não é censura, não é limitação à liberdade de expressão. São regras para o uso dessas plataformas digitais, para que não haja captura de mentes de forma indiscriminada que possa manipular desinformações, disseminar ódio, violência, ataque às instituições”, disse o senador.

Reação de Barroso

O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luís Roberto Barroso, disse que qualquer empresa que opere em território nacional “está sujeita à Constituição Federal”. “Como é público e notório, travou-se recentemente no Brasil uma luta de vida e morte pelo Estado Democrático de Direito e contra um golpe de Estado, que está sob investigação nesta Corte com observância do devido processo legal. O inconformismo contra a prevalência da democracia continua a se manifestar na instrumentalização criminosa das redes sociais”, destacou o magistrado.

AGU

O Advogado-Geral da União, Jorge Messias, defendeu a regulamentação “urgente” das redes sociais. “É urgente regulamentar as redes sociais. Não podemos conviver em uma sociedade em que bilionários com domicílio no exterior tenham controle de redes sociais e se coloquem em condições de violar o Estado de Direito, descumprindo ordens judiciais e ameaçando nossas autoridades. A paz social é inegociável”, disse.

Reação de Cappelli

Em entrevista ao CB.Poder, programa do Correio em parceria com a TV Brasília, o presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e ex-secretário executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), Ricardo Cappelli, classificou como “absurdo” que bilionários estrangeiros tentem interferir na soberania nacional pedindo o impeachment de um ministro do STF.

AGU

O Advogado-Geral da União, Jorge Messias, defendeu a regulamentação “urgente” das redes sociais. “É urgente regulamentar as redes sociais. Não podemos conviver em uma sociedade em que bilionários com domicílio no exterior tenham controle de redes sociais e se coloquem em condições de violar o Estado de Direito, descumprindo ordens judiciais e ameaçando nossas autoridades. A paz social é inegociável”, disse.

Reação de Cappelli

Em entrevista ao CB.Poder, programa do Correio em parceria com a TV Brasília, o presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e ex-secretário executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), Ricardo Cappelli, classificou como “absurdo” que bilionários estrangeiros tentem interferir na soberania nacional pedindo o impeachment de um ministro do STF.

Telegram cumpre ordem de Moraes e evita suspensão do aplicativo

Divulgação/Telegram

O Telegram cumpriu a determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), apagou uma mensagem contrária ao PL das Fake News e publicou uma mensagem determinada pelo ministro, evitando a suspensão do aplicativo por 72 horas.

A mensagem diz o seguinte: “Por determinação do Supremo Tribunal Federal, a empresa Telegram comunica: A mensagem anterior do Telegram caracterizou FLAGRANTE E ILÍCITA DESINFORMAÇÃO atentatória ao Congresso Nacional, ao Poder Judiciário, ao Estado de Direito e à Democracia Brasileira, pois, fraudulentamente, distorceu a discussão e os debates sobre a regulação dos provedores de redes sociais e de serviços de mensageria privada (PL 2630), na tentativa de induzir e instigar os usuários à coagir os parlamentares”

O ministro havia determinado que o Telegram precisava cumprir a medida em uma hora, a contar da notificação, sob a pena de multa de R$ 500 mil e suspensão das atividades. Além da publicação da mensagem e da retirada do conteúdo anterior contrário ao PL das Fake News, os representantes da empresa no Brasil deverão ser ouvidos em 48 horas.

Matéria em atualização.

Moraes converte para preventiva a prisão de 140 e libera 60 com tornozeleira

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), tomou decisões nesta quarta-feira (18) que atingem 200 dos 1.419 presos por participação nos ataques aos três poderes em Brasília. 

Ele converteu para preventiva as prisões de 140 dos detidos em flagrante em 8 de janeiro. Ou seja, eles vão continuar atrás das grades sem previsão de liberdade. Em nota, o ministro justificou a medida apontando a necessidade de garantir a ordem pública e “a efetividade das investigações”.

Moraes diz haver evidências de que os 140 cometeram sete crimes:

– Atos terroristas, inclusive preparatórios, previstos nos artigos 2º, 3º, 5º e 6º da Lei 13.260/2016;

– Associação criminosa, previsto no artigo 288 do Código Penal;

– Abolição violenta do estado democrático de direito, previsto no artigo 359-L do Código Penal;

– Golpe de estado, previsto no artigo 359-M do Código Penal;

– Ameaça, previsto no artigo 147 do Código Penal;

– Perseguição, previsto no artigo 147-A, inciso 1º, parágrafo III do Código Penal;

– Incitação ao crime, previsto no artigo 286 do Código Penal.

Já outros outros 60 ganharam a liberdade, mas com restrições. Além de carregarem uma tornozeleira eletrônica, esses não vão poder sair de casa à noite, tampouco do país; terão suspenso eventual porte de armas; ficarão proibidos de usar redes sociais e se comunicar com os demais suspeitos, entre outras determinações. 

Moraes determina o afastamento por 90 dias do governador do DF, Ibaneis Rocha

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou no final da noite deste domingo (8), o afastamento por 90 dias do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), do cargo. A decisão foi proferida horas após a invasão às sedes dos Três Poderes, que despertou suspeitas de omissão de autoridades locais.

Moraes classificou a conduta de Ibaneis de “dolosamente omissiva” por ter chamado os atos de vandalismo de “livre manifestação política em Brasília” e por ter ignorado apelos de autoridades para traçar um plano de segurança semelhante ao empregado no 7 de Setembro.

“Absolutamente NADA justifica a omissão e conivência do Secretário de Segurança Pública e do Governador do Distrito Federal com criminosos que, previamente, anunciaram que praticariam atos violentos contra os Poderes constituídos”, escreveu o ministro na decisão.

O ministro disse que a omissão e conivência de diversas autoridades da área de segurança e inteligência ficaram demonstradas na ausência de policiamento na região, na autorização para entrada de mais de 100 ônibus transportando pessoas que participaram do ato e a “total inércia no encerramento do acampamento criminoso na frente do QG do Exército, nesse Distrito Federal, mesmo quando patente que o local estava infestado de terroristas, que inclusive tiveram suas prisões temporárias e preventivas decretadas”.

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