Poços de Caldas arrecada R$ 5,6 milhões com multas de trânsito em 2024 – Foto: reprodução
A prefeitura de Poços de Caldas (MG) arrecadou R$ 5.564.399,72 com multas de trânsito em 2024. Ao longo do ano foram processadas 27.794 notificações de autuação no município, das quais 25.959 resultaram no pagamento de multas.
Segundo o coordenador de Educação e Mobilidade Urbana de Poços de Caldas, Jorge Alexsandro dos Santos, um dos principais motivos das multas é o uso de celular na direção.
De acordo com a administração municipal, os valores arrecadados são aplicados em ações voltadas à gestão e fiscalização do trânsito. Entre os investimentos estão a instalação de semáforos eletrônicos com botoeiras para cegos, novas viaturas para a fiscalização do trânsito e a construção de rotatórias programadas pela engenharia de trânsito.
Os recursos também são destinados para a compra de tintas e materiais para sinalização viária, aquisição de equipamentos de fiscalização, materiais para interdição de vias e contratação de empresas terceirizadas para serviços operacionais.
Ainda de acordo com a prefeitura, há ações de conscientização por meio de palestras em escolas e campanhas como o “maio amarelo” e a “semana nacional do trânsito”.
Prefeitura de Passos multa cerca de 160 proprietários de lotes sujos – Foto: divulgação
O Departamento de Controle Urbanístico da Secretaria de Obras, Habitação e Serviços Urbanos de Passos multou cerca de 160 proprietários que teriam deixado imóveis, lotes ou terrenos sujos e sem conservação no município. As multas foram aplicadas entre 2024 e nos primeiros meses deste ano.
De acordo com o departamento, quatro editais de notificação, sendo três no ano passado e um em 2025, foram emitidos contra cerca de 200 proprietários, entre pessoas físicas e jurídicas, para solicitar a realização de limpeza do local, abrangendo a remoção de excesso de vegetação, lixo e entulho, mantendo o imóvel em condições adequadas de higiene e segurança, principalmente em razão da infestação pelo mosquito Aedes aegypti e do risco de epidemia.
O departamento aponta que as notificações servem, principalmente, quando os proprietários não são encontrados ou estejam com cadastros desatualizados.
Segundo o órgão, as maiores incidências de imóveis e terrenos sujos são identificadas em loteamentos novos com pouca habitação e em bairros com casas abandonadas. O departamento adverte que, após a notificação, o proprietário tem o prazo de cinco dias corridos para providenciar a limpeza.
“O ato posterior à notificação, se descumprida, implicará na aplicação de multa ao responsável, no valor de R$ 1,50 por metro quadrado do terreno, acrescido de R$ 1 por metro quadrado da área total, caso a limpeza seja executada pela administração municipal, em casos de lotes abertos”, aponta.
Conforme levantamento da Folha da Manhã, após consulta aos editais de notificação, o departamento abrangeu 393 imóveis, terrenos ou lotes em 2024 e, 88 neste ano, em 37 bairros/localidades em Passos.
Segundo o levantamento, o departamento notificou 71 imóveis ou terrenos no Residencial Villagio D’Itália e 63 no Nova Passos no ano passado, sendo as maiores incidências de locais irregulares, seguido por Jardim Eldorado (54), Jardim Flamboyant (27) e Jardim Itália (19).
Em 2025, o departamento identificou e notificou irregularidades em 18 imóveis ou terrenos no Nova Passos e 11 no Jardim Eldorado, além de outros locais em outros 19 bairros/localidades no município.
O levantamento levou em consideração o endereço do imóvel ou terreno constante no edital de notificação, para apontar o bairro onde fica localizado, além de verificar a quadra e o lote na respectiva rua.
O Departamento de Controle Urbanístico orienta que os proprietários façam a atualização cadastral dos imóveis e endereços para o recebimento de correspondências. O procedimento pode ser realizado no Departamento de Rendas e Tributos, localizado na seda da prefeitura.
As denúncias sobre imóveis ou terrenos sujos devem ser feitas pelo Portal Transparência, no site da prefeitura, ou pelo telefone (35) 98413-1255.
Departamento informa que valores das multas carecem de atualização
O Departamento de Controle Urbanístico de Passos aponta que há necessidade de atualização dos valores das multas, em casos de imóveis e terrenos sujos e sem conservação no município. O órgão também alerta para a importância da realização de um concurso público para reforçar o quadro de servidores. Atualmente, seis fiscais trabalham no departamento para essa e outras finalidades.
“Em razão do tempo transcorrido desde a promulgação das leis que autorizam a aplicação dessas multas, os valores carecem de atualização. Tanto para fins ‘pedagógicos’ e inibidores, quanto para alcançar maior correspondência com a realidade do município”, destaca.
Sobre o número de servidores, o departamento aponta que é “premente a realização de novo concurso a fim de reforçar o quadro de servidores fiscais, para conseguir atender a demanda atual da cidade”, afirma.
O departamento ressalta que o rol de atribuições dos fiscais é amplo e está previsto no Plano de Cargo e Carreiras. “Sendo mais comuns às atribuições voltadas a fiscalização de lotes sujos, ocupação irregular de calçadas (por exemplo por materiais de construção), regularidade de comércios e obras, além de situações relacionadas ao ordenamento urbano municipal”, informa.
“A fiscalização urbanística desempenha um papel essencial na gestão das cidades, garantindo o cumprimento das normas estabelecidas e promovendo o ordenamento urbano de maneira eficiente. Os fiscais urbanísticos, como agentes responsáveis por essa função, têm um impacto direto na qualidade de vida dos cidadãos e no desenvolvimento sustentável das áreas urbanas”, ressalta.
“Em resumo, os fiscais urbanísticos são peças-chave na construção de cidades mais sustentáveis, seguras e justas. Sua atuação é fundamental para a criação de um ambiente urbano onde o respeito às normas, a segurança e a qualidade de vida da população sejam priorizados, resultando em uma cidade mais organizada, próspera e saudável”, esclarece o departamento.
Notificações de Imóveis / Terrenos / Lotes sujos em Passos
Radares começam a multar na rodovia BR-459, no Sul de Minas – Foto: reprodução
Os cinco novos radares da rodovia BR-459 já estão multando desde a 00h da última terça-feira (24). Os equipamentos, que estavam em modo educativo desde terça-feira (17), vão autuar motoristas que ultrapassarem os limites de velocidade estabelecidos pela sinalização da via.
Segundo a EPR Sul de Minas, concessionária que administra o trecho, os controladores de velocidade devem conscientizar e reforçar a segurança viária especialmente em trechos com grande fluxo de veículos e pedestres.
Os equipamentos serão gerenciados pelo Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG), conforme o contrato de concessão da rodovia.
Veja em quais pontos da BR-459 estão os radares:
Pouso Alegre:
Km 107,15 – sentido Poços de Caldas, próximo ao trevo de acesso ao bairro Belo Horizonte
Km 108,90 – sentido Itajubá, próximo ao trevo de acesso ao shopping
Km 109,10 – sentido Poços de Caldas, próximo ao trevo de acesso ao shopping
Santa Rita do Sapucaí:
Km 122,40 – nas proximidades do trevo de acesso à MG-173, sentido Itajubá
Km 122,50 – nas proximidades do trevo de acesso à MG-173, sentido Pouso Alegre
Confeiteiras que fazem bolos com escudos de clubes podem ser multadas – Foto: reprodução
Bolos com escudos de clubes de futebol sempre foram destaques em festas temáticas, mas agora estão no centro de uma polêmica. Confeiteiras e pequenos empreendedores estão sendo notificados por usarem sem autorização os escudos e os mascotes em seus trabalhos. A prática já resultou em multas e gerou discussões entre os profissionais do setor.
A confeiteira Daniela Oliveira, de São Paulo, viralizou nas redes sociais ao relatar o caso. “Imagina se isso pega e a gente não pode mais fazer bolo com tema de princesas ou qualquer outro que envolva marcas?”, manifestou. O desabafo gerou repercussão imediata, com outros profissionais admitindo que arquivaram fotos de bolos de futebol para evitar problemas na Justiça. “Eu já arquivei todas as fotos de bolos de time”, escreveu uma delas.
Além de confeiteiras, pequenos empreendedores que trabalham com itens de decoração de bolos também enfrentam esse tipo de situação. Luciana Aparecida Dias Costa, de 54 anos, mora em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, e trabalha com papel de arroz e topo de bolo desde 2014. Seus produtos são feitos em casa e comercializados pelas redes sociais e por meio de seu site, entre R$ 6,50 a R$ 7.
Nos últimos cinco anos, ela observou uma mudança no mercado: “A popularidade do papel de arroz diminuiu, sendo substituída pelos topos de bolo personalizados. Então, adaptamos o negócio. Nunca imaginei que isso traria algum tipo de problema, pois o que vendíamos era algo simples, artesanal”, comentou.
Entretanto, a realidade mudou para Luciana quando recebeu notificações extrajudiciais para remover itens de Cruzeiro e Corinthians do seu site. Porém, nos últimos meses, ela recebeu uma nova notificação, desta vez da Bianchini Advogados em nome do Esporte Clube Bahia. A empresa parceira do clube exigiu uma indenização de R$ 7 mil. “Entrei em contato com o advogado responsável, que, após negociação, reduziu o valor para R$ 1.800, dividido em 10 parcelas”, explicou.
Luciana explica que o pagamento da indenização foi realizado diretamente ao escritório Bianchini Advogados, e não ao clube. Em conversa com a reportagem de O TEMPO Sports, o Bahia confirmou que a empresa é parceira do clube, e um dos advogados que a representa esclareceu que o valor cobrado da artesã corresponde a uma indenização por uso indevido da imagem, o que configura pirataria.
“Quando recebi a primeira notificação, em 2017, por orientação da minha irmã, que também vendia papel de arroz em São Paulo, tentei licenciar produtos relacionados ao Corinthians. Entrei em contato com o clube e fui instruída a remover do site tudo o que estivesse relacionado a eles. Negociamos, mas o valor anual exigido para licenciamento era de R$ 60 mil, o que era inviável para o meu negócio. Assim, retirei tudo relacionado ao Corinthians e nunca mais disponibilizei esses produtos no site”, explicou.
O que dizem os clubes de futebol
Confeiteiras que fazem bolos com escudos de clubes podem ser multadas – Foto: reprodução
Os clubes mencionados na matéria foram procurados pela reportagem. Eles informaram que empresas licenciadas do setor disponibilizam seus produtos no varejo em lojas de artigos de festas. Qualquer outro produto utilizado sem o licenciamento do clube é configurado como um ‘pirata’ e, quem faz seu uso, está sujeito a punições impostas pela lei.
Sobre o valor relacionado ao licenciamento do Corinthians, o clube informou que, entre 2017 e 2024, houve diversas mudanças na administração. Entretanto, para que empresas solicitem o licenciamento, é necessário entrar em contato com o departamento responsável, que analisa as propostas com o mesmo critério aplicado a qualquer outra empresa, considerando o interesse em firmar um acordo.
Com relação aos bolos de aniversário, o clube paulista esclarece que não vê problemas em um bolo personalizado para festa. Mas no caso de comercialização o produto deve ser devidamente licenciado.
Confeiteiras que fazem bolos com escudos de clubes podem ser multadas – Foto: reprodução
Já o Cruzeiro esclarece que a notificação em questão foi feita pela empresa No Fake, que foi parceira por determinado período. Entretanto, o clube garante que essa parceria não está mais ativa. O Cruzeiro justificou ainda que, por não ter participado diretamente do processo de identificação e notificação, não tem comentários a tecer sobre o caso específico das confeitarias notificadas.
O clube celeste ressalta, porém, que a utilização das marcas e emblemas para fins comerciais não é permitida, excetuando-se os casos em que há licenciamento ou parceria direta.
Fique atento a golpes!
Apesar de existirem notificações legítimas, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) cumpriu, no dia 30 de setembro, mandados de busca e apreensão em uma empresa sediada em Santos Dumont, na Zona da Mata mineira.
Conforme a polícia, o casal de empresários foi preso sob suspeita de extorsão, lavagem de dinheiro e organização criminosa, com um faturamento estimado em R$ 4 milhões de reais.
A empresa monitorava perfis nas redes sociais que vendiam produtos supostamente falsificados e, simulando interesse em comprá-los, obtinha mais informações sobre os vendedores. Posteriormente, outro setor da empresa entrava em contato para tentar extorquir dinheiro das vítimas, alegando que ela estaria cometendo crimes de violação de direitos intelectuais.
Sob a ameaça de registrar uma ocorrência, a empresa exigia ainda o pagamento de um acordo extrajudicial, cujos valores eram estabelecidos com base no número de seguidores das mídias sociais. Quando o acordo não era cumprido, a empresa denunciava o perfil da rede social utilizado e o derrubava do ar.
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