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A Polícia Civil de Muzambinho (MG) concluiu o inquérito que investigava as causas da queda do muro de uma creche. Um funcionário público morreu no acidente, que aconteceu em maio deste ano. Conforme o documento em que a produção teve acesso, a causa do acidente foi negligência da prefeitura com a obra.

O laudo pericial mostrou que não havia registro de responsabilidade técnica de cargo, função e nem anotação de responsabilidade técnica do arquiteto da obra.

O documento também aponta outras situações. São elas:

• não havia comunicação de início das atividades à Delegacia Regional de Trabalho;
• não havia registro de fornecimento de equipamentos de proteção individual;
• não havia sondagem geotécnica e geológica do solo;
• não havia levantamento topográfico da área e nem das edificações vizinhas;
• não havia controle de edificações vizinhas;
• não havia projeto de escavação ou escoramento.

Desta forma, o inquérito aponta a despreocupação com estudos técnicos de viabilidade e execução da obra, com a segurança dos funcionários que não utilizavam EPI’s (equipamentos de proteção individual).

O laudo ainda diz que a causa do deslizamento do solo foi a não observância da norma técnica de segurança de escavação à céu aberto, aliada à utilização de máquinas pesadas, que geraram vibrações no solo que podem ter diminuído a estabilidade da terra.

Ainda de acordo com o documento, caso as exigências das normas técnicas fossem seguidas, a utilização de equipamento mecanizado não teria causado ruptura do talude.

O inquérito concluído foi entregue à Justiça e, agora, deve ser encaminhado ao Ministério Público de Muzambinho e ao Ministério Público do Trabalho de Varginha.

A Polícia Civil abriu inquérito para investigar falas preconceituosas que uma professora fez em sala de aula em uma escola estadual de Muzambinho (MG). Na manhã desta sexta-feira (1º), pais e alunos se reuniram em frente à unidade para protestar.

Tudo aconteceu na Escola Estadual Professor Salatiel de Almeida. Segundo os alunos, essa situação acontece há um bom tempo. Em uma delas, alunos gravaram as falas da professora durante uma aula da disciplina de “Humanidades”.

No áudio, ela fala de cor, raça, pessoas obesas e até deficientes.

“Hoje é muito modinha falar de racismo.. porque o prefeito feio, “entre aspas”, vamos colocar assim? Não! Porque tudo que é bonito é exaltado. Cé tá entendendo? Tudo o que é bonito é exaltado”, diz a professora.

E ela continua:

“Se fosse… A gente acha que é preconceito, por exemplo, gordo: gordura é feio. Tem pessoas mulatas que são bonitas, tem uns negros muito bonitos, mas você vai ver os ‘traço’ não ajuda, o cabelo não ajuda, entendeu? Então assim… ‘cê’ tem isso daí.. o deficiente, a pessoa que é deficiente, é bonito cê ver uma pessoa deficiente?”, disse o trecho que circula nas redes sociais.

Esse vídeo foi gravado na última segunda-feira, dia 28 de agosto, durante uma aula de humanidades com alunos do Ensino Médio.

Segundo os alunos, essa realidade acontece já há algum tempo. Com toda essa situação, os alunos procuraram a Polícia Civil, que abriu um inquérito para apurar a história.

O delegado que está com o caso, Adnan Cassiano Grava, disse que todas essas condutas serão apuradas com toda seriedade e que, por agora, é prematuro tirar qualquer juízo de valor.

Pelo menos 10 depoimentos estão previstos, entre alunos e professores. Na quinta-feira (31), três estudantes foram ouvidos. O delegado já pediu para a escola o histórico da professora e se já foram registrada reclamações no passado ou procedimentos disciplinares.

A Polícia Civil ressaltou que o caso é tratado com cautela, responsabilidade e sigilo até o fim dos procedimentos. Por enquanto, a professora não foi ouvida.

O que diz a Secretaria de Educação

A Secretaria Estadual de Educação disse em nota que já recebeu a informação e que assim que a coordenação da escola tomou conhecimento dos relatos dos estudantes, mandou uma equipe do serviço de inspeção escolar até o local para apurar os fatos.

A secretaria também disse que todos os envolvidos estão sendo ouvidos e que a direção da escola está colaborando com a Polícia Civil para averiguar os fatos.

Por fim, a secretaria reforça na nota que repudia qualquer conduta que “possa ferir princípios irrevogáveis da dignidade humana, como o respeito mútuo, que deve ser cultivado de forma irrestrita nas instituições de ensino”.

A secretaria termina dizendo que visa a construção de uma cidadania saudável a todos no ambiente escolar, além de resguardar o direito de defesa dos envolvidos.