Impacto da condição na saúde pede por mudanças de hábitos e alimentação saudável explica especialista
Obesidade segue em alta no Brasil – Foto: reprodução
A obesidade é um problema crescente no Brasil. Dados recentes mostram que mais da metade da população brasileira está acima do peso, e a obesidade afeta cerca de 22% das pessoas. Essa condição aumenta o risco de doenças crônicas, como diabetes, hipertensão e problemas cardiovasculares, além de impactar a qualidade de vida.
Para mudar esse cenário é essencial adotar hábitos alimentares saudáveis, incluindo a redução de açúcares e calorias na dieta, além de prática de atividade física, controle do estresse e uma prática de vida sustentável.
“A obesidade é uma condição multifatorial, mas a alimentação desempenha um papel central tanto na prevenção quanto no controle. Substituir alimentos ricos em açúcares por opções saudáveis pode ser uma estratégia eficaz para reduzir o consumo calórico sem renunciar ao sabor”, afirma Cristiane Yamane, nutricionista da Lowçucar.
Além disso, Cristiane ressalta que o excesso de açúcar na dieta está diretamente relacionado ao aumento do peso corporal e ao desenvolvimento de doenças metabólicas. “A leitura dos rótulos e a escolha por produtos mais saudáveis são passos simples que fazem uma grande diferença no controle do peso e na saúde geral”, complementa.
A Lowçucar, marca pioneira no desenvolvimento de alimentos zero açúcar, oferece uma ampla gama de produtos, como adoçantes, achocolatados, misturas para bolo e sobremesas, todos zero açúcar. Essas alternativas contribuem para auxiliar na mudança de hábitos alimentares, ofertando produtos indulgentes mais saudáveis e sem comprometer o prazer, facilitando a adoção de uma alimentação mais equilibrada.
Sobre a Lightsweet
Fundada em 1990 pelo empresário e engenheiro químico, Amaury Couto, a Lightsweet é referência no mercado de zero açúcar. A empresa foi uma das pioneiras no lançamento da stevia no Brasil.
Sua fábrica em Marialva, na região metropolitana de Maringá, no Paraná, é responsável pela produção de um amplo portfólio de produtos das marcas Lowçucar, Magro e Inédito Foods.
A inovação é parte do DNA do negócio. Com uma equipe especialista em zero açúcar, a empresa investe continuamente em pesquisa para criar uma variedade completa de alimentos sem açúcar, entregando variedade, sabor, segurança e tranquilidade para pessoas que desejam ou não podem comer produtos com açúcar.
A empresa tem como missão proporcionar o prazer de comer doce sem açúcar com o mesmo sabor de um produto com açúcar.
Agita Passos pretende combater sobrepeso e obesidade da população – Foto: reprodução
Passos enfrenta uma epidemia de obesidade. Segundo dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan), do Ministério da Saúde, mais de dois terços da população adulta que é usuária das unidades do Programa Saúde da Família (PSF) está com sobrepeso ou obesidade.
O Sisvan aponta que 71% dos usuários do PSF estão acima do peso e a estratégia de saúde no município deve promover um esforço conjunto para reverter a situação e incentivar hábitos mais saudáveis entre os cidadãos. Para incentivar a prática de atividades físicas e hábitos saudáveis, está sendo desenvolvido o projeto ‘Agita Passos’.
Os números sobre o sobrepeso foram coletados a partir de uma pesquisa online, intitulada “Levantamento do Nível de Atividade Física da População Adulta de Passos – Minas Gerais”, a pesquisa recebeu a aprovação do Comitê de Ética e tem por objetivo avaliar os níveis de atividade física da população adulta da cidade, mapeando os hábitos e comportamentos que levam ao excesso de peso e à obesidade.
A presidente da Academia Brasileira de Personal Trainers e Consultora Técnica do Mais Educa eventos, Claudia Arouca, disse que esses dados estão relacionados ao estilo de vida, hábitos diários e alimentares.
“As pessoas precisam se conscientizar que a prática da atividade física deve fazer parte da sua rotina diária”, afirma Claudia.
O Mais Educa Eventos e a Secretaria de Esporte e Lazer, em parceria com o Centro de Aptidão Física de São Caetano do Sul (Celafiscs) e o apoio de entidades locais, profissionais especializados em educação física, academias, estúdios e treinadores pessoais, se reuniram para a realização do Projeto Agita Passos
A proposta faz parte do Agita São Paulo, criado pelo Centro de Aptidão Física de São Caetano do Sul (Celafisc), e que tem como objetivo transformar o cenário de saúde da cidade, combatendo o sedentarismo e os índices de sobrepeso e obesidade, além de promover a prática de atividades físicas e levar conhecimento à população os benefícios de um estilo de vida ativa.
O projeto conta com palestras nas escolas públicas, caminhadas orientadas, aulas nas academias e estúdios parceiros, lives, além da pesquisa online, que será realizada até o mês de dezembro. Segundo Claudia, a meta é reduzir em pelo menos 20% os índices estatísticos e, a partir de 2024, novas estratégias serão apresentadas aos órgãos competentes a fim de ampliar as atividades em prol da saúde.
Os resultados obtidos servirão de base para o desenvolvimento de estratégias personalizadas e eficazes, com vistas a estimular a prática regular de exercícios físicos e a adoção de um estilo de vida mais saudável. (Clic Folha)
Com obesidade, Ana Paula Marques, de 31 anos, adquiriu pressão alta, artrite, artrose, gordura no fígado, diabetes e depressão. Com isso, ela conta que vive à base de remédios para aliviar dores: ‘Me atrapalha demais’.
Dona de casa de São João Batista do Glória que pesa 120 kg pede ajuda para conseguir cirurgia bariátrica que aguarda há três anos; secretária de saúde afirma que município já liberou – Foto: arquivo pessoal
A dona de casa Ana Paula Marques Ribeiro, de 31 anos, luta para conseguir uma cirurgia bariátrica que aguarda há três anos pela rede pública de saúde, em São João Batista do Glória (MG). Ela diz que a obesidade acarretou diversos problemas de saúde como pressão alta, artrite, artrose, diabetes, depressão e esteatose hepática – também chamada de gordura no fígado. Ela conta que vive à base de remédios para aliviar as dores e que não consegue trabalhar, além de ter um filho portador de cuidados especiais.
“Estou tentando a bariátrica há anos, inicialmente fui diagnosticada com diabetes e tireoide. Saiu a primeira remessa dessa cirurgia, porém devido ao limite de vagas eu não consegui. Nesse tempo eu engravidei, e assim, passaram dois anos, período que estou correndo atrás novamente. Eu tenho que tomar uma insulina que custa R$ 1.200,00, procurei o prefeito, porém o município e a regional de saúde não oferecem esse remédio, foi onde eu procurei a Defensoria Pública do Município e fui informada que eles não poderia ajuizar essa ação devido eu ter que entrar contra a Justiça Federal e que eu deveria recorrer a Defensoria Pública Federal, procurei eles e me deram um prazo de 5 à 6 anos”, informou Ana Marques.
A paciente disse que foi conversar com o prefeito de São João Batista do Glória, Celso Henrique Ferreira, um dia antes do feriado da Páscoa de 2023, e que expôs todos os laudos e inclusive citou que têm um filho de 2 anos, o qual é portador de necessidades especiais, sendo diagnosticado com autismo grau 3 e refluxo severo, além de fazer tratamento diariamente. Ela informou ao prefeito que precisava dessa insulina, que ajudaria ela a controlar o diabetes e também eliminar peso, porém o executivo informou que não poderia ajudar com o medicamento.
“Já estou com o laudo em mãos, o qual cita as doenças que foram desencadeadas por conta da obesidade. Citei para o prefeito a urgência de minha bariátrica, pois o médico pneumologista e o médico do postinho que me acompanha a anos, vêm pedindo para eu me enquadrar nesta cirurgia. Se eu fizer a bariátrica, tudo para mim será resolvido, a minha pressão alta, na diabetes, a tireoide, tudo poderia diminuir, eliminaria muito peso e assim teria qualidade de vida para criar e correr atrás das coisas do Anthony – que é o filho que precisa de atenção especial. O prefeito jurou para mim, dando a palavra de homem, que eu poderia ir embora tranquila, que ele me conhece desde criança da casa de minha avó e que daria a cirurgia. Eu não escolhi lugar para operar, mas ele me informou que seria em Passos (MG), o que seria mais fácil para que eu pudesse levar meu filho”, citou a dona de casa emocionada.
Laudo que comprova as doenças que foram desencadeadas por conta da obesidade – Foto: arquivo pessoal
Ana frisou que seu filho faz tratamento cinco vezes na semana com psicólogo, fonoaudiólogo e Terapeuta Ocupacional, pelo menos 40 minutos com cada profissional e ela precisa acompanhar o filho.
Em um vídeo gravado pela paciente, ela citou que a secretária de saúde Silvania, chamou ela para conversar e disse que o município tem um cronograma em Poços de Caldas (MG), o que é inviável para ela por não poder deixar o filho.
“Expliquei para a Silvania de minhas limitações e dificuldades, inclusive sobre meu filho que precisa estar em minha companhia e que não conseguiria fazer em Poços. Novamente fui falar com o prefeito por telefone, por sete vezes não consegui, pois a recepcionista falava que ele estava ocupado, ou não podia me atender. Ele estava correndo de mim. Encontrei com a Silvana advogada e pedi ajuda para ela, porém a mesma disse que não conseguiu encontrar uma solução. Procurei o vice-prefeito e convidei ele para ir na minha casa, onde eu mostrei o laudo médico, a receita da insulina, o laudo do Anthony, expliquei tudo para ele, inclusive sobre a restrição alimentar da criança, mas nada adiantou”, citou.
As limitações de Ana Marques são grandes, inclusive ela não consegue viver uma vida normal.
“Me atrapalha demais. Gosto de participar das comemorações da comunidade, porém não consigo. Queria ter assistido o desfile cívico em comemoração ao aniversário do Glória mas não tive condições, meu corpo não consegue mais. Já trabalhei em três serviços, mas agora não consigo. Tenho dificuldades em dormir à noite, pois tenho crises de ansiedade e falta de ar. O médico disse que o remédio para mim é a bariátrica”, disse.
A paciente afirma que existem casos e casos em relação à bariátrica.
“Se o prefeito prometeu em Passos é porque ele sabe que tem as parcerias para isso. Meu caso é específico. Precisava de uma sensibilidade do prefeito e sua equipe para ver essa questão e cumprir com a palavra, olhando esse caso com carinho e isoladamente. Sugeriram que eu fizesse uma vaquinha virtual para tentar levantar o dinheiro, aproveito essa oportunidade, que se algum médico que faça a cirurgia puder disponibilizar uma consulta de avaliação, para vermos o valor da cirurgia e outros detalhes eu ficaria muito feliz, para aí sim podermos fazer a vaquinha com o valor correto”, finalizou.
Secretária de Saúde se pronúncia
Para a redação do Jornal Folha Regional, a secretária de Saúde de São João Batista do Glória, Silvania Vilela, informou que desde que foi procurada pela Sra. Ana Marques, toda a atenção foi direcionada em solucionar o problema da paciente.
“Conseguimos a cirurgia bariátrica dela em Poços de Caldas, por ser referência nesta cirurgia e desde então já disponibilizamos uma equipe multidisciplinar para acompanhá-la no pré-operatório. O que o município puder fazer, estamos à disposição de toda população. Sabemos da gravidade do problema dela e temos a certeza que a cirurgia será um sucesso”, disse a secretária.
Silvania ainda afirmou que a equipe multidisciplinar do Glória foi treinada por profissionais da Santa Casa de Poços de Caldas e estão aptos a desenvolverem ações específicas.
Santa Casa de Poços de Caldas é referência em cirurgias de redução de peso
Nos últimos anos, a Santa Casa de Poços de Caldas se tornou uma grande referência no que diz respeito a cirurgias de redução de peso. Desde 2013, o Hospital realizou mais de 1500 cirurgias. Em 2018, a instituição bateu recorde com mais de 152 cirurgias bariátricas, além de pela primeira vez realizar cirurgias de redução de pele, foram 22 durante o ano. Tudo realizado através de atendimento SUS.
A Organização Mundial da Saúde estima que 1,9 bilhão de adultos tenham sobrepeso, sendo 600 milhões com obesidade. No Brasil, de acordo com dados do Ministério da Saúde, a cada ano são 1 milhão de novos casos de obesidade no país e a cada 15 anos dobra a taxa de obesos.
O gastroenterologia Dr. Romeu José Nacarato, coordenador do setor de Bariátrica da Santa Casa, explica que o Hospital realiza cirurgias de redução de peso desde o ano 2000. E, a partir de 2013, foi credenciado em alta complexidade para fazer cirurgia pelo SUS. Desde então, têm desenvolvido um trabalho que não se refere só a cirurgia em si, mas um bom preparo multidisciplinar, através de nutrição, psicólogo e assistente social.
“Atendíamos inicialmente uma referência de mais de 180 municípios. Agora, com o credenciamento de Itajubá, nossas referências diminuíram um pouco, mas, sem dúvida alguma, graças a condição que a Santa Casa nos dá, a gente consegue se qualificar como um dos serviços mais importantes do estado de Minas Gerais”, explica Dr. Romeu, que lembra que, apesar do sucesso das cirurgias, trata-se de um último recurso em casos de obesidade.
“A obesidade é um problema endêmico. A gente sabe que a cirurgia quando bem indicada tem bons resultados, mas que não é uma solução para atender essa demanda tão grande da população de obesos do Brasil. A gente ainda espera que outras ações se desenvolvam, principalmente na atenção básica, na prevenção, na educação dos adolescentes e crianças para que não tenhamos que recorrer a essa conduta extrema da cirurgia, que realmente não é uma solução ideal para controle de uma epidemia como é a da obesidade”, pontua Dr. Romeu.
Equipe multidisciplinar
O serviço de cirurgia bariátrica da Santa Casa conta como seu pilar de apoio a equipe multidisciplinar, com a psicóloga Roberta Figueiredo, nutricionista Fernanda Almeida Ribeiro do Valle e Cristina Assis, responsável pela parte administrativa do setor, que realizam a preparação para a cirurgia, que começa seis meses antes, com o paciente tendo que perder em uma faixa de 10 a 15% de peso para diminuir os riscos durante o procedimento.
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