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Brasil fecha Paris 2024 com 20 medalhas; veja comparação com outras edições

Rebeca Andrade conquista o ouro no solo e é reverenciada por dupla dos Estados Unidos - Foto: Elsa/Getty Images
Rebeca Andrade conquista o ouro no solo e é reverenciada por dupla dos Estados Unidos – Foto: Elsa/Getty Images

Entre celebrações, conquistas improváveis e decepções, o Brasil encerra sua participação na Olimpíada de Paris 2024 com 20 medalhas no total, sendo 3 ouros, 7 pratas e 10 bronzes.

Os números ficam abaixo das últimas edições se levarmos em consideração o total de medalhas de ouro. Nas Olimpíadas de Tóquio e Rio de Janeiro, o Brasil bateu seu recorde ao subir no lugar mais alto do pódio em 7 oportunidades.

Antes, o recorde era de Atenas 2004, quando 5 medalhas douradas foram garantidas pela delegação brasileira. Em outras edições os números eram mais modestos, com 3 medalhas no máximo.

Em 24 participações na história olímpica, o Brasil deixou de ganhar medalha de ouro em 10 edições: Paris 1924, Los Angeles 1932, Berlim 1936, Londres 1948, Roma 1960, Tóquio 1964, Cidade do México 1968, Munique 1972, Montreal 1976 e Sydney 2000.

Paris 2024 marcou para o Brasil um ponto importante. Na edição em que a delegação brasileira é composta por mais mulheres do que homens, pela primeira vez na história, as mulheres conquistaram mais medalhas que os homens para o Brasil.

Número total de medalhas

Já no ranking do número total de medalhas, o Brasil ficou próximo de alcançar os 21 pódios de Tóquio 2020, maior marca conquistada pela delegação verde e amarela até hoje.

Nas edições de Paris 1924, Los Angeles 1932 e Berlim 1936 o Brasil não somou nenhuma medalha.

Ranking de medalhas de ouro do Brasil

  • Tóquio 2020 – 7 ouros
  • Rio 2016 – 7 ouros
  • Atenas 2004 – 5 ouros
  • Paris 2024 – 3 ouros
  • Londres 2012 – 3 ouros
  • Pequim 2008 – 3 ouros
  • Atlanta 1996 – 3 ouros
  • Moscou 1980 – 2 ouros
  • Barcelona 1992 – 2 ouros
  • Los Angeles 1984 – 1 ouro
  • Seul 1988 – 1 ouro
  • Antuérpia 1920 – 1 ouro
  • Helsinque 1952 – 1 ouro
  • Melbourne 1956 – 1 ouro

Ranking do número de medalhas do Brasil

  • Tóquio 2020 – 21 medalhas
  • Paris 2024 – 20 medalhas
  • Rio 2016 – 19 medalhas
  • Pequim 2008 – 17 medalhas
  • Londres 2012 – 17 medalhas
  • Atlanta 1996 – 15 medalhas
  • Sydney 2000 – 12 medalhas
  • Atenas 2004 – 10 medalhas
  • Los Angeles 1984 – 8 medalhas
  • Seul 1988 – 6 medalhas
  • Moscou 1980 – 4 medalhas
  • Antuérpia 1920 – 3 medalhas
  • Helsinque 1952 – 3 medalhas
  • Cidade do México 1968 – 3 medalhas
  • Barcelona 1992 – 3 medalhas
  • Roma 1960 – 2 medalhas
  • Munique 1972 – 2 medalhas
  • Montreal 1976 – 2 medalhas
  • Londres 1948 – 1 medalha
  • Melbourne 1956 – 1 medalha
  • Tóquio 1964 – 1 medalha

Mãe de atleta mineiro ajoelha na frente da TV e ora por ele nas Olimpíadas

Mãe de atleta mineiro ajoelha na frente da TV e ora por ele nas Olimpíadas - Foto: arquivo pessoal
Mãe de atleta mineiro ajoelha na frente da TV e ora por ele nas Olimpíadas – Foto: arquivo pessoal

A mãe de um atleta mineiro viralizou nas redes sociais ao ser flagrada ajoelhada no chão na frente da televisão para orar e para torcer pelo filho, que está competindo nas Olimpíadas de Paris, na França.

Luiz Maurício da Silva disputará, nesta quinta-feira (8), a final do lançamento de dardo.

Sua mãe, Cláudia Dias da Silva, comentou sobre a expectativa de ver o filho, natural de Juiz de Fora, competindo.

 “Estou confiante, mas se não der, ele já é um grande campeão”, disse ao site Bhaz.

Embora a mãe quisesse que o filho fizesse futebol, aos 7 anos de idade ele fugiu da escolinha para ir treinar atletismo:

“Eu cheguei na hora de buscar e ele não estava lá. Fiquei maluca. Procurei e ele estava na Faefid (Faculdade de Educação Física e Desportos (Faefid) da Universidade Federal de Juiz de Fora). Então eu briguei com ele, falei que ele deveria fazer futebol porque era o que dava dinheiro”.

Passos recebe a 12ª edição da Olimpíada das Apaes nesta sexta

Passos recebe a 12ª edição da Olimpíada das Apaes nesta sexta – Foto: divulgação

A Associação dos Pais e Amigos do Excepcionais (Apae) de Passos recebe nesta sexta-feira (10), a partir das 8h, mais de 170 alunos inscritos na 12ª edição da Olimpíada das Apaes. Segundo a entidade o evento terá a participação de 9 entidades da região e conta com as modalidades esportivas de futsal, vôlei, tênis de mesa, bocha, peteca e queimada.

Segundo o educador físico da Apae de Passos, Roosevelt José de Almeida Júnior, o encontro acontece de dois em dois anos, com a última disputa no início de 2019, sendo que, nos anos seguintes foi suspensa devido a pandemia da covid–19. “Estamos aguardando com muita expectativa o retorno do torneio que serve para a integração das pessoas com deficiência intelectual e múltipla. É um dia super especial na vida delas e de quem trabalha diariamente na educação do restante dos alunos que não podem competir”, ressaltou Roosevelt.

De acordo com a programação, às 8h, no ginásio de esportes da Apae, começa a abertura oficial com a presença de todos os atletas, coordenadores e presidentes das entidades de Passos, Itaú de Minas, Capitólio, Guapé, Piumhi, Carmo do Rio Claro, Alpinópolis, São Roque de Minas e Pratápolis.

Segundo os organizadores, os convidados especiais do evento são: o prefeito de Passos, Diego Oliveira; a presidente da Apae passense, Sandra Aparecida Pereira; o secretário de Esportes de Passos, Vicente Campeiz, além do representante do Conselho Regional de Educação Física, Marcelo Campos.

Conforme ainda os organizadores, entre 8h30 e 11h30 inicia as competições de futsal, vôlei e tênis de mesa. entre 13h30 e 15h30 acontece as partidas de bocha, peteca e queimada. Já às 16h está agendado a entrega das premiações, com medalhas para todos os atletas e troféus para as nove Apae’s inscritas na Olimpíada, seguido de um “café musical”.

Passos recebe a 12ª edição da Olimpíada das Apaes nesta sexta – Foto: divulgação
Passos recebe a 12ª edição da Olimpíada das Apaes nesta sexta – Foto: divulgação

Via: Clic Folha

Jovem que treina em Capitólio é apontado por Isaquias Queiroz como seu possível sucessor na canoagem

A canoagem do Brasil ganhou ainda mais evidência com a medalha de ouro de Isaquias Queiroz nas Olimpíadas de Tóquio. O futuro do esporte é promissor com o campeão olímpico na ativa, mas há um jovem apontado por ele mesmo como seu sucessor: Gabriel Lima Martins.

Aos 18 anos e natural de Muzambinho (MG), Gabriel faz parte da Seleção Brasileira Júnior e treina no Centro de Treinamento da Confederação Brasileira de Canoagem, em Capitólio (MG). Ele foi campeão da última seletiva nacional em junho, em Lagoa Santa. O tempo dele foi quatro minutos e 12 segundos, apenas oito segundos mais lento que os 4m04s408 de Isaquias na final dos Jogos Olímpicos.

Para conquistar esse objetivo, o jovem tem não só o apoio, mas é colocado como aposta brasileira para a canoagem pelo próprio Isaquias Queiroz.

”Tem um atleta muito bom, que é de Muzambinho. Ele é um moleque muito novo, tem muita garra, evoluiu bastante. Acho que ele vai vir para um dia me substituir. Mas até lá ele vai ter trabalho comigo quando chegar na sênior, categoria principal”, disse Isaquias.

Feliz com o elogio e por ser apontado como sucessor, Gabriel sabe da dificuldade que será, um dia, tentar vencer o brasileiro medalhista de ouro no Japão. O jovem de Muzambinho, no entanto, credita a Isaquias o crescimento do esporte no Brasil.

”Para ganhar dele tem que treinar muito ainda, daqui a muito tempo. Foi muito gratificante, porque a canoagem vem ganhando espaço cada vez mais. E a gente que está aqui sabe que é muito difícil, às vezes não tinha muito incentivo. Mas, através desse resultado [ouro olímpico], tenho certeza que vai aparecer mais oportunidades para atletas da base e da categoria principal”, falou.

Começo na canoagem e seleção

Gabriel relembra que o início no esporte começou há seis anos e por insistência dos amigos. Conforme ele conta, todos chamavam ele para praticar canoagem, mas ele não aceitava por conta de o esporte ser pouco conhecido.

A curiosidade, no entanto, o fez começar na modalidade e começou a ver que poderia ter futuro no esporte quando passou a ganhar dos amigos. Com as vitórias, veio o convite para a Seleção Brasileira de Canoagem.

”Eu fui indicado através dos resultados que eu tive no Campeonato Brasileiro e na Copa do Brasil. Eu ganhei dos meus parceiros. Eu era o melhor da época, ai eles me chamaram”, disse.

Isaquias Queiroz comprova favoritismo e leva ouro na canoagem; atleta treinou em Capitólio

Isaquias Queiroz não deu espaço para zebra no C1 1.000m, prova da canoagem de velocidade. Favorito, ele mostrou o porque de ser considerado o melhor da modalidade e conquistou a medalha de ouro nesta sexta (06), em Tóquio. Essa era a conquista que faltava no vitorioso currículo do atleta que tem tudo para se tornar o brasileiro com mais medalhas nas próximas Olimpíadas, em Paris, 2024 —Torben Grael e Robert Scheidt somam cinco e lideram o ranking.

Ele chegou na primeira colocação com o tempo 4:04.408. A medalha de prata ficou com o chinês Hao Liu com 4:05.724. O bronze, por fim, coube ao moldavo Serghei Tarnovschi, com 4:06.069.

Essa é a quinta medalha de ouro do Brasil em Tóquio. Antes Italo Ferreira, no surfe, Rebeca Andrade, na ginástica, Martine Grael e Kahena Kunze, na vela, e Ana Marcela, na maratona aquática, já haviam conquistado o topo do pódio.

Isaquias ficou na quarta colocação nos primeiros metros, mas já pulou para a terceira posição para fechar os 250m iniciais. Na segunda parcial, o brasileiro assumiu a vice-liderança, se consolidando na prova. A partir da metade da prova, o brasileiro disparou aparecendo na liderança nos 750m. A vantagem só aumentou, garantindo o ouro mais que merecido.

Após ficar na quarta colocação no C2 1000m e, consequentemente, perder a chance de conseguir duas medalhas em Tóquio, Isaquias entrou na água mordido. Queria provar que era o melhor do mundo na canoagem e que ninguém tiraria seu sonhado ouro.

Nas oitavas de final fez prova com tranquilidade e, quando se viu minimamente ameaçado, acelerou e venceu com folgas, entrando direto nas semifinais. Nesta sexta (6), novo passeio. Sem dar qualquer chance aos adversários, liderou a semifinal e mandou recado para os adversários.

Frustração nas duplas

Isaquias tem uma cabeça binária quando o assunto é resultado esportivo. Existe o ganhar medalha e o não ganhar medalha. Por isso, o quarto lugar teve gosto de último para ele, que sabia que não era favorito ao ouro na prova em duplas, mas tinha certeza que resolveria as coisas na água, como sempre fez.

Arrasado pelo resultado anterior, Isaquias saiu do canal chorando muito na terça. Mas, no dia seguinte, já estava revigorado. Nesse meio tempo, acompanhou, pelas redes sociais, o carinho dos fãs.

“Foram mais de 40 mil comentários [no Instagram]. Mensagem de apoio, ‘guerreiro’, nenhum ódio. Tudo de apoio. Isso deu ânimo a mais. Mas quando cheguei no quarto já percebi que o quarto não era ruim. Não é porque o Jacky é novo, nosso adversário foi melhor que a gente. Fizemos o que podíamos. Ficamos em quarto e percebi que não era ruim, mas queria a medalha.”

A sonhada medalha de ouro demorou, teve uma pitada de drama com o sofrimento nas duplas, mas finalmente descansou no lugar que um país tanto esperava: o peito de Isaquias.

Isaquias Queiroz avaliou estágio de treinamento em Capitólio (MG)

Muita quilometragem. Essa foi a expressão mais usada pelo medalhista olímpico Isaquias Queiroz para definir as semanas que passou em Capitólio (MG), no treinamento de campo da equipe permanente de canoagem velocidade, que terminou no dia 26 de fevereiro. Orientado pelo técnico Lauro “Pinda” Júnior e acompanhado pelo auxiliar-técnico Nivalter Santos, eles e Jacky Godmann, Felipe Santana e James Marcelo aproveitaram o começo de 2021 para mudar um pouco a rotina.

“Um dos pontos positivos foi sair da mesmice. Foi ótimo poder estar em Capitólio, fazer uma preparação um pouco diferente. A gente estava desde 2014 em Lagoa Santa. A lagoa lá é um pouco menor e isso acaba complicando o treinamento de grande quilometragem porque temos que dar muitas voltas. E em Capitólio não. É importante ganhar quilometragem e ficar mais resistente para os outros tipos de treino que temos”, analisou Isaquias, campeão mundial em 2019 e agora campeão mundial 2021.

Capitólio foi uma saída encontrada pela equipe técnica para amenizar os problemas causados pela pandemia do novo coronavírus. A canoagem velocidade que já enfrentava a perda do técnico espanhol Jesus Morlan, foi abalada pelo falecimento do presidente da CBCa, João Tomasini, vítima da Covid-19, e ainda teve que readaptar todo o ciclo de treinamento por conta do adiamento dos Jogos Tóquio 2020 depois de um ano de 2019 muito positivo.

“Eu vejo que a gente se fortaleceu. Estávamos tendo grandes resultados com Jesus desde que ele chegou em 2013. O Lauro continuou esse ótimo trabalho e, em 2019, consegui meu primeiro título mundial no C1 1000m. Logo depois, a gente estava se sentindo bem preparado pra Olimpíada, e aí chegou a pandemia. Acabou tendo a complicação de mais um ano de treinamento. Ter que fazer uma modificação no planejamento de 2020 para não chegar cansado em 2021. Para completar veio o falecimento do João Tomasini, o presidente da confederação, com quem eu tinha uma grande amizade”, relatou Isaquias.

Capitólio foi base para treinamento do medalhista olímpico Isaquias Queiroz, o qual agradeceu a equipe do Departamento de Esportes

A Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa) fez uma integração dos atletas das canoas que fazem parte das Equipes Nacionais Permanentes. O grupo treinado por Lauro de Souza Júnior, que conta com os medalhistas olímpicos Isaquias Queiroz e Erlon Souza, deixou Lagoa Santa (MG) e percorreu cerca de 300km até chegar a Capitólio, cidade mineira famosa pelos cânions, cachoeiras e belas paisagens naturais. De 25 de janeiro a 26 de fevereiro, os principais canoístas do país participaram de um treinamento de campo numa das maiores lagoas do município.

O medalhista agradeceu o Departamento de Esportes pela receptividade e desejou que muitos atletas possam ser frutos da cidade Rainha dos Lagos.

Para a Diretora do Departamento de Esportes Valéria Soares, foi uma honra receber a notícia que Isaquias trará Ouro para o Brasil.

“É uma emoção para todos os capitolinos e toda região ter um medalhista olímpico em Tóquio que treinou em Capitólio. Diante de um momento que estamos vivendo, notícias como esta nos motiva para continuarmos trabalhando em prol do esporte de nossa cidade. Que possamos ser base para muitos outros atletas”, informou Valéria.

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