Jornal Folha Regional

Imagens sacras são quebradas na Igreja de Padre Eustáquio, em MG

Duas imagens sacras do Santuário da Saúde e da Paz, conhecido como Igreja de Padre Eustáquio, na Região Noroeste de Belo Horizonte, foram quebradas na manhã desta quinta-feira (29). Um suspeito de ter derrubado as obras foi detido pela Polícia Militar.

Imagem foi danificada nesta quinta-feira — Foto: Santuário da Saúde e da Paz / Divulgação

“A gente foi acionado e, chegando aqui, o cidadão já estava na igreja nos aguardando e não esboçou reação. Os fiéis declaram que ele teria derrubado as duas imagens”, explicou o sargento Hamilton Gangana, do 34º Batalhão.

À polícia, o homem contou que sentiu uma tontura, apoiou nas imagens e as derrubou. No entanto, as obras ficam em lados opostos do altar.

“Ele estava nervoso no início e depois contou essa situação de estar passando mal”.

Imagem que estava em igreja ficou totalmente destruída — Foto: Raquel Freitas / TV Globo

De acordo com informações da assessoria de imprensa do Santuário da Saúde e da Paz, as imagens do Sagrado Coração de Jesus e do Imaculado Coração de Maria foram danificadas.

Uma das obras ficou com a parte da frente danificada — Foto: Raquel Freitas / TV Globo

“São as imagens principais que ficam próximas ao altar. São as mesmas imagens que foram quebradas há uns cinco anos atrás. Naquela época foi por intolerância religiosa, uma pessoa contra imagens entrou e quebrou. Agora, parece que é um caso de doença, não sei explicar”, contou o padre Vinícius Maciel, reitor do santuário.

O caso relatado pelo padre aconteceu no dia 20 de março de 2019, quando um outro homem invadiu a igreja e cometeu o ato de vandalismo. Na ocasião, o suspeito não foi identificado e localizado.

O homem detido nesta quinta, que não teve o nome e idade divulgados, foi encaminhado à delegacia.

Polícia Militar deslocou até a Igreja de Padre Eustáquio — Foto: Santuário da Saúde e da Paz / Divulgação

A pedido de padre, fiéis usuários jogam drogas no palco do festival Hallel em Franca: ‘Querem se libertar’

Uma cena inusitada chamou atenção no sábado (10) durante missa na 35ª edição do festival católico Hallel em Franca (SP). Durante a celebração do padre Adriano Zandoná, alguns participantes usuários de drogas entregaram, espontaneamente, substâncias ilícitas que tinham com eles após pedido do próprio religioso.

A ação aconteceu no momento em que o padre fazia a pregação, a chamada homilia. Zandoná falava sobre a própria experiência que teve com drogas ainda na adolescência. Ele se emocionou ao falar do drama vivido.

“Eu comecei a usar drogas com 11 anos de idade. Eu usei maconha, cocaína, pasta base de crack até os 17 anos. E num retiro como esse, eu fui e levei a cocaína, o cigarro, a porcaria que estava comigo e joguei em cima do palco, diante do senhor, e nunca mais essa porcaria tocou o meu nariz e a minha boca, para a glória de Deus.”

Durante a mensagem com contexto cristão, ele pediu ao público, principalmente aos jovens dependentes químicos, que repensassem suas vidas envolvidas com entorpecentes e os danos que eles podem causar à saúde e às relações sociais.

“Hoje é a sua vez, o senhor está te pedindo. Não vem com essa conversa de que isso [droga] não faz mal, porque essa porcaria está te matando. Eu perdi a maioria dos meus amigos assassinados em overdose por causa dessa porcaria, mas Jesus me libertou e me fez seu sacerdote”, continuou o religioso.

Ao fim da fala, pessoas que estavam no evento e que tinham levado porções de maconha e cocaína se dirigiram à frente do palco onde está montado o altar e entregaram as substâncias. Segundo o religioso, o gesto representa libertação e esperança.

“Eles jogaram as drogas diante do altar como um sinal de que eles não querem mais viver isso, que eles aceitam o chamado de Deus, que eles querem se libertar, que eles querem viver em paz na presença do senhor. Foi muito bonito e eventos como esse são muito especiais, milhares de jovens rezando, sem drogas, sem bebidas, em um clima harmonioso”, disse.

Zandoná, que é membro da comunidade católica Canção Nova e conta com um 1,3 milhão de seguidores no Instagram, afirmou que aconselhou os jovens que o procuraram após a missa.

“Eles se sentiram tocados e sentiram que não querem mais usar droga e jogaram. Foi um momento muito lindo e eu tenho certeza que ele vai ser uma benção, um canal de graça para muita gente.”

Por meio da assessoria de imprensa, a organização do Hallel informou que os entorpecentes foram descartados após a celebração.

Igreja autoriza processo de beatificação de Padre Cícero

Foto: TV Verdes Mares/Reprodução

Um dos religiosos mais conhecidos do Brasil, o Padre Cícero pode ser considerado santo pelo Vaticano. O anúncio da abertura do processo de beatificação do “Patriarca do Nordeste” aconteceu no último sábado (20), na Diocese da cidade cearense de Crato, onde o padre nasceu, em 1844. Na cerimônia, o bispo de Crato, Dom Magnus Henrique, comentou sobre a resposta do papa Francisco.

O desejo de santificação do Padre Cícero por seus devotos é antigo; o processo pelo reconhecimento das ações pastorais do religioso começou em 2001, pela Diocese de Crato. Dom Magnus comentou um trecho da carta, entregue pessoalmente por ele ao Papa, em maio deste ano, que pede pela beatificação.

Padre Cícero, que chegou a ser excomungado pela igreja católica em 1891, acusado de ser responsável por fanatismo religioso, disse uma vez “A Igreja que hoje me persegue, amanhã tomará a minha defesa”. Agora, a profecia está em vias de ser cumprida. (Agência Brasil)

Padre Marcos de Carmo é encontrado morto dentro de igreja em Curitiba

Na tarde desta terça-feira (2),  padre Marcos Leite Azevedo, natural de Carmo do Rio Claro, responsável pela Igreja Bom Jesus do Cabral, em Curitiba, foi encontrado morto dentro da paróquia. A Arquidiocese de Curitiba confirmou o falecimento.

A Polícia Civil (PCPR) e o Instituto Médico Legal (IML) estiveram no local para apurar os fatos. Informações iniciais da PC apontam que o homem pode ter tirado a própria vida. O caso, porém, ainda está em investigação.

Confira a nota da Arquidiocese:

Com muito pesar, informamos o falecimento do padre Marcos Leite Azevedo, CP. Ele foi encontrado morto nas dependências da Igreja Bom Jesus do Cabral, onde atuava como pároco desde fevereiro de 2022.

Até o presente momento, não temos informações sobre o ocorrido e as autoridades competentes estão cuidando das investigações.

Em breve, informaremos sobre o velório e o sepultamento.

A Arquidiocese de Curitiba lamenta o ocorrido e pede orações pela alma do padre Marcos Azevedo e pela congregação passionista.

Via: Massa News | Portal Onda Sul.

Ex-padre é denunciado pelo MP por violência sexual contra monges em mosteiro

O Ministério Público de Minas Gerais denunciou à Justiça de Minas Gerais o ex-padre Ernani Maria dos Reis, de 55 anos, por violência sexual contra três monges em Monte Sião (MG). Conforme a polícia, os crimes ocorreram dentro de um mosteiro, onde o padre era responsável.

O ex-padre passará a ser réu caso a denúncia seja aceita pela Justiça. Neste caso, será instaurada uma ação penal. A denúncia foi feita pelo MP na quinta-feira (27).

A Polícia Civil já havia indiciado o ex-padre. Conforme as investigações, os monges eram subordinados a ele e passavam por processo seletivo para ingressarem no local.

Além de abuso e violência sexual contra vítimas do sexo masculino, as monjas também acusaram o padre de agressões, maus tratos e assédio moral.

Vítimas

Conforme a Polícia Civil, uma das vítimas, hoje com 41 anos, contou que o suspeito se aproximou dele com pressões psicológicas, além de manipulação, usando da vulnerabilidade dele acerca da perda do pai. Ele contou que o assédio e abusos começaram no ano de 2009.

Outra vítima, atualmente com 31 anos, relatou que após dois anos de estada no mosteiro, começou a acompanhar o padre em viagens curtas, quando em uma delas ocorreu o abuso, ao dormirem no quarto de motel reservado pelo suspeito.

Outra vítima, de com 41 anos, contou que o abuso ocorreu quando o padre o chamou para tratar de assuntos sobre um evento e quando chegou, o suspeito estava seminu, com uma taça de vinho. Durante a conversa, o padre o abraçou e começou a fazer carícias, e fazendo pressão e manipulação psicológica para que a vítima cedesse.

O que o padre disse à polícia

Conforme a Polícia Civil, o ex-padre investigado negou as acusações, mas confirmou ter tido relações sexuais com duas vitimas, porém, segundo ele, consensuais.

O Delegado de Polícia Civil, Daniel Leme, indiciou o suspeito por violência sexual mediante fraude, combinados com o crime de assédio sexual. O indiciado fica agora à disposição da Justiça.

Denúncias e afastamento da Igreja

O padre teria cometido os crimes sexuais entre os anos de 2011 até 2018, quando ele se afastou do mosteiro. As vítimas eram homens, com idades entre 20 e 43 anos, quando o assédio começou. Outras 11 pessoas, entre elas 10 mulheres, teriam sofrido constrangimentos e agressões verbais.

As denúncias teriam sido recebidas pela Igreja Católica, mas o padre só foi afastado depois que ele mesmo pediu para sair do mosteiro.

A Arquidiocese de Pouso Alegre informou que o padre foi afastado da comunidade em 2018. A nota diz ainda que o próprio citado quis a renúncia ao clero e que foi dispensado do celibato e de todas as outras obrigações pelo Papa Francisco. A Arquidiocese orientou, na nota, que os fiéis não devem procurar o religioso para solicitar sacramentos.

Documento confirma que Ernani Maia dos Reis foi oficialmente dispensado do celibato — Foto: Arquidiocese de Pouso Alegre

A Arquidiocese também informou que todas as medidas cabíveis foram tomadas e que as possíveis vítimas foram acolhidas em confissão, apoio financeiro e também psicológico.

Em 2018, Ernani foi afastado por um ano por causa das acusações de abuso sexual e conduzido para uma clínica de reabilitação espiritual no Paraná, onde ficou por seis meses. Após este período, Ernani renunciou ao celibato.

Ainda de acordo com o chanceler, Ernani não pode ser punido pela igreja, uma vez que não é mais padre. Apesar de ter assinado a renúncia ao celibato em 2018, a Arquidiocese de Pouso Alegre informou que na última semana recebeu a confirmação de que o Papa Francisco dispensou oficialmente Ernani do celibato e das demais obrigações inerentes ao estado clerical.

Ernani Maria dos Reis, que hoje mora em Franca (SP), foi procurado, mas não respondeu ao pedido de entrevista.

Ex-padre é indiciado por violência sexual contra três monges dentro de mosteiro em MG

A Polícia Civil indiciou o ex-padre Ernani Maria dos Reis, de 55 anos, por violência sexual contra três monges em Monte Sião (MG). Conforme a polícia, os crimes ocorreram dentro de um mosteiro, onde o padre era responsável.

Conforme as investigações, os monges eram subordinados a ele e passavam por processo seletivo para ingressarem no local.

Além de abuso e violência sexual contra vítimas do sexo masculino, as monjas também acusaram o padre de agressões, maus tratos e assédio moral.

Vítimas

Conforme a Polícia Civil, uma das vítimas, hoje com 41 anos, contou que o suspeito se aproximou dele com pressões psicológicas, além de manipulação, usando da vulnerabilidade dele acerca da perda do pai. Ele contou que o assédio e abusos começaram no ano de 2009.

Outra vítima, atualmente com 31 anos, relatou que após dois anos de estada no mosteiro, começou a acompanhar o padre em viagens curtas, quando em uma delas ocorreu o abuso, ao dormirem no quarto de motel reservado pelo suspeito.

Outra vítima, de com 41 anos, contou que o abuso ocorreu quando o padre o chamou para tratar de assuntos sobre um evento e quando chegou, o suspeito estava seminu, com uma taça de vinho. Durante a conversa, o padre o abraçou e começou a fazer carícias, e fazendo pressão e manipulação psicológica para que a vítima cedesse.

O que o padre disse à polícia

Conforme a Polícia Civil, o ex-padre investigado negou as acusações, mas confirmou ter tido relações sexuais com duas vitimas, porém, segundo ele, consensuais.

O Delegado de Polícia Civil, Daniel Leme, indiciou o suspeito por violência sexual mediante fraude, combinados com o crime de assédio sexual. O indiciado fica agora à disposição da Justiça.

Denúncias e afastamento da Igreja

As denúncias foram publicadas inicialmente pelo UOL e confirmadas pelo g1. O padre teria cometido os crimes sexuais entre os anos de 2011 até 2018, quando ele se afastou do mosteiro. As vítimas eram homens, com idades entre 20 e 43 anos, quando o assédio começou. Outras 11 pessoas, entre elas 10 mulheres, teriam sofrido constrangimentos e agressões verbais.

As denúncias teriam sido recebidas pela Igreja Católica, mas o padre só foi afastado depois que ele mesmo pediu para sair do mosteiro.

g1 entrou em contato com a Arquidiocese de Pouso Alegre, que informou que o padre foi afastado da comunidade em 2018. A nota diz ainda que o próprio citado quis a renúncia ao clero e que foi dispensado do celibato e de todas as outras obrigações pelo Papa Francisco. A Arquidiocese orientou, na nota, que os fiéis não devem procurar o religioso para solicitar sacramentos.

A Arquidiocese também informou que todas as medidas cabíveis foram tomadas e que as possíveis vítimas foram acolhidas em confissão, apoio financeiro e também psicológico.

Em 2018, Ernani foi afastado por um ano por causa das acusações de abuso sexual e conduzido para uma clínica de reabilitação espiritual no Paraná, onde ficou por seis meses. Após este período, Ernani renunciou ao celibato.

Ainda de acordo com o chanceler, Ernani não pode ser punido pela igreja, uma vez que não é mais padre. Apesar de ter assinado a renúncia ao celibato em 2018, a Arquidiocese de Pouso Alegre informou que na última semana recebeu a confirmação de que o Papa Francisco dispensou oficialmente Ernani do celibato e das demais obrigações inerentes ao estado clerical.

Ernani Maria dos Reis, que hoje mora em Franca (SP), foi procurado, mas não respondeu ao pedido de entrevista.

Padre suspeito de abuso sexual é flagrado agredindo ex-seminarista

Um vídeo divulgado nas redes sociais mostra o padre Ismael Almeida Santana, de 31 anos, ex-reitor do Seminário Propedêutico Nossa Senhora do Socorro, em Mogi das Cruzes (Grande São Paulo), ameaçando e agredindo o ex-seminarista João (nome fictício). As agressões aconteceram dentro das dependências da instituição.


A vítima, de 28 anos, acusa o padre de violência sexual. As imagens foram gravadas em fevereiro deste ano. O ex-seminarista fez denúncia ao tribunal eclesiástico da diocese de Mogi das Cruzes no dia 26 de fevereiro, que suspendeu e afastou o padre de suas funções na mesma data. Segundo a Igreja, o caso é grave e há uma investigação canônica em andamento.

Nas imagens que registraram as agressões, João pede para sair do local em que está com o padre Ismael, que é a casa do clérigo dentro do seminário. Chorando, ele anda de um lado para o outro e insiste que o padre Ismael abra a porta. O padre puxa João pelo braço e o empurra. “Você está me machucando!”, repete três vezes. O padre pega no queixo de João, aperta e o empurra novamente.


Em outra cena, o padre Ismael tranca a porta, tira a chave e apaga a luz enquanto João caminha pelo cômodo, no escuro. Em uma terceira parte, o padre pega novamente o homem pelo pescoço. “Você está me enforcando. Você vai me matar”, fala João. O padre o derruba e a tela fica preta.

Ismael, que é padre desde 2018, acumulava os cargos de reitor do Seminário Propedêutico Nossa Senhora do Socorro, de notário atuário do tribunal eclesiástico diocesano, de membro da comissão diocesana de tutela de menores, de responsável pelo programa semanal da diocese na Rádio Metropolitana FM e de assessor diocesano da Pastoral do Menor.

Em seu depoimento ao tribunal eclesiástico, o padre diz que teve envolvimento afetivo com o ex-seminarista. Afirma que João não aceita o fim do relacionamento e por isso teria feito as denúncias. O padre reconheceu que errou, se disse profundamente arrependido e pediu perdão à igreja, segundo os documentos da investigação interna da Igreja. O padre nega que tenha tido relacionamento sexual com outros seminaristas.


Além de denunciar o padre à diocese de Mogi das Cruzes na expectativa de um desfecho no âmbito da Igreja Católica, João entrou com processos na Justiça contra a própria diocese de Mogi das Cruzes, contra o bispo dom Pedro Luiz Stringhini e contra o vigário geral da cúria, monsenhor Antônio Robson Gonçalves. Ele alega que há acobertamento por parte dos clérigos e da instituição.

Em nota enviada à reportagem, a diocese de Mogi das Cruzes afirma que “o sacerdote foi imediatamente suspenso do uso de ordens e destituído dos ofícios eclesiásticos por tempo indeterminado e até que sejam devidamente apurados os fatos e responsabilidades mediante procedimentos jurídicos canônicos imediatamente instaurados e em andamento” e que as decisões das esferas eclesiástica e civil serão acatadas pela diocese.


Leia aqui os decretos de suspensão de funções dentro da Igreja Católica, emitidos pela diocese de Mogi das Cruzes (SP).

A defesa do padre Ismael disse que “o processo tramita em segredo de Justiça e somente se manifestará no curso do processo”. Os advogados ameaçaram recorrer ao Judiciário caso alguma reportagem sobre o caso seja publicada.


Acusações e ameaças

O ex-seminarista João e o padre Ismael se conheceram em 2019, por meio de contatos nas redes sociais. Naquele ano, João estudava no Seminário Propedêutico, da Arquidiocese de São Paulo, e o padre era reitor do seminário de Mogi das Cruzes.


João conta que desde pequeno queria ser padre. “Era a minha vocação”, diz. Cursou direito na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), a pedido da família, antes de entrar para a vida na Igreja, em fevereiro de 2019. Ele afirma que se tornou próximo do padre Ismael e que foi se envolvendo. O padre também cativou sua família. Sua mãe chegou a trabalhar como faxineira no seminário onde Ismael era reitor e de quem recebia cestas básicas.

Com a proximidade, começaram as agressões. Segundo João, ele era obrigado a se submeter a violações sexuais e se sentia impotente para reagir. “Eu não conseguia revidar as agressões do Ismael porque na minha cabeça ali não estava um homem qualquer. Para nós, católicos, para mim, ali estava a pessoa do Cristo, não estava apenas o padre Ismael. Aí eu não conseguia bater nele ou revidar. Eu fugia para ele não me pegar. Eu acreditava que aquilo ia cessar.”


João afirma que “ele não era ruim sempre, era uma pessoa ótima com minha família”. Relata que as agressões aconteciam toda vez que ele se negava a ter relações sexuais com o padre. “Quando eu não fazia, ele apertava o meu pescoço e eu desfalecia. Ele me batia, me fragilizava emocionalmente. Se ainda assim ele não conseguisse o ato sexual, ele me batia, me deixava mole e conseguia tudo o que ele queria.”

Quando retomava a consciência, conta, o padre se mostrava arrependido e triste. “Não tinha um monstro do meu lado. Tinha um cara chorando e me pedindo perdão. Mas na semana seguinte ele faria de novo”, afirma. Com o passar dos meses, João diz que o padre Ismael mudou e afirmava que ele merecia passar pela violência. Não se dizia mais arrependido.


“Ele dizia que se eu o denunciasse, nada aconteceria com ele”. Segundo João, ele afirmava ter influência no Judiciário local e na diocese de Mogi. O padre Ismael ameaçava se matar e, segundo João, o intimidava dizendo que caso morresse, a culpa seria dele.

Em 26 de fevereiro deste ano, João decidiu denunciar à Igreja a situação que vivia. “Dom Pedro Luiz Stringhini, bispo da arquidiocese de Mogi das Cruzes, disse que rezaria por mim. Meu intuito não era expor a imagem da Igreja, era que eles fizessem a Justiça sem precisar expor as mazelas, que eles impedissem que pelo menos pelas mãos do padre Ismael ninguém mais fosse abusado, fosse obrigado a se submeter sexualmente e sofresse intimidações e ameaças.”

Assista ao vídeo abaixo divulgado pelo UOL:

Morre padre Luiz Carlos Osti

Morreu na tarde do último domingo (27), no Hospital Renascentista, em Pouso Alegre (MG), o padre Luiz Carlos Osti, conhecido como padre Pitico, de 51 anos.

O corpo do padre foi velado na noite de ontem, na funerária Santa Edwiges em Pouso Alegre. Na manhã desta segunda, às 5h, o féretro foi conduzido para a paróquia São Geraldo Magela, onde foi velado pelos paroquianos.

Uma missa de corpo presente foi celebrada às 9h30. Em seguida, seu corpo foi encaminhado para Monte Sião (MG).

Em sua terra natal, uma missa também foi celebrada no Santuário da Medalha Milagrosa às 13h.

Seu sepultamento foi às 15h no cemitério local.

Vale ressaltar que em todas as celebrações foram seguidos os protocolos de segurança contra a COVID-19. A causa da morte não foi divulgada.

Imagens: Arquidiocese de Pouso Alegre

Padre Nelson celebra missa em Alpinópolis

Neste domingo (06), o ex-pároco de São José da Barra (MG), Padre Nelson Fernandes, celebrou a missa da 2° Semana do Advento.

A missa foi celebrada na Matriz São Sebastião de Alpinópolis, às 7h da manhã.”

Preparai o caminho do Senhor, endireitai suas estradas!”

“Depois de mim virá alguém mais forte do que eu. Eu nem sou digno de me abaixar para desamarrar suas sandálias. Eu vós batizei com água, mais ele vós batizará com o Espírito Santo.”

Evangelho ( Mc 1, 1-8 ).

Fotos: Pastoral da Comunicação

“Esse preto fedido aqui de novo”, disse um casal sobre padre de Alfenas

Um Padre de Alfenas (MG) foi vítima de injúria racial por fiéis da cidade. A vítima preferiu não registrar o caso e optou pela conscientização da sociedade.

Riva Rodrigues de Paula, de 42 anos, chegou em Alfenas há dois meses e, segundo ele, é o primeiro vigário paroquial negro da Paróquia São José e Nossa Senhora das Dores. “Via telefone eles falaram muitas coisas. Era pra ser avisado quando o padre preto ia celebrar a missa, porque eles não gostam de negro”.

A última ofensa aconteceu na semana passada, quando foi celebrada a semana da Consciência Negra. “O casal chegando para celebração perguntou se era o padre preto fedido que ia celebrar a missa de novo”, afirma.

O vigário ainda não registrou o boletim de ocorrência. “Eu acredito na força do amor e optei pela conscientização. A primeiro momento, as palavras tem um impacto muito grande sobre nós. Mas rezando, eu optei pelo desabafo, pela denúncia e levar o nosso povo a conscientizar, que nenhum tipo de preconceito é bem-vindo na nossa sociedade”, ressalta.

De acordo com o padre, não é a primeira vez que sofre racismo. Em 2013, ele também passou por situações parecidas em Poços de Caldas. “Aqueles que prezam pelo respeito à vida, tem que denunciar e falar desse mal, que ainda está vivo na nossa sociedade”, finaliza.

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