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Criminosos tentaram desviar R$ 3,5 milhões de sistema de pagamento do governo

Criminosos tentaram desviar R$ 3,5 milhões de sistema de pagamento do governo – Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Alguns órgãos estão envolvidos na apuração da invasão ao Siafi (Sistema Integrado de Administração Financeira), com suspeita de que os criminosos tentaram desviar ao menos R$ 3,5 milhões do governo federal.

Segundo a colunista Daniela Lima, da “GloboNews”, o Banco Central entrou na força-tarefa para apurar o caso, pois há suspeita de que parte do valor roubado tenha sido enviado para fora do Brasil. O valor final do prejuízo ainda é investigado.

O Siafi, gerido pelo Tesouro Nacional, é o principal instrumento utilizado para registro, acompanhamento e controle da execução orçamentária, financeira e patrimonial do governo federal.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ressaltou que não foi um ataque hacker, mas sim de um usuário que possuía a senha do sistema. Ele ainda destacou que o Siafi está preservado e a Polícia Federal acompanha o caso.

“Tenho informação parcial de que o problema não é do sistema; o problema provavelmente foi de autenticação do acesso. É isso que está sendo apurado”, disse Haddad aos jornalistas. “Não foi ação hacker contra o sistema. O sistema está preservado. (Foi) alguém que já tinha acesso (ao sistema)”, completou.

Após a descoberta da invasão, que ocorreu em março de 2024, o Tesouro Nacional teria adotado uma medida extra de segurança, com acesso restrito, por meio de certificado digital.

Sistema de pagamentos do governo é invadido, e há suspeita de desvio de recursos

Sistema de pagamentos do governo é invadido, e há suspeita de desvio de recursos – Foto: reprodução

O Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), do Tesouro Nacional, sofreu um ataque hacker em abril e, supostamente, os invasores teriam conseguido emitir ordens bancárias e desviar recursos da União. A informação é do jornal Folha de S.Paulo.

A Polícia Federal (PF) e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) investigam o caso e tentam rastrear os suspeitos por trás da invasão.

Investigações indicam que os hackers teriam acessado o Siafi por meio do CPF e da senha do gov.br dos gestores e ordenadores de despesas para utilizar a plataforma de pagamentos.

O Siafi consiste no principal instrumento utilizado para registro, acompanhamento e controle da execução orçamentária, financeira e patrimonial do governo federal.

Ainda de acordo com a Folha, há a suspeita de que os invasores teriam coletado os dados sem autorização por meio de “pesca de senhas” — links falsos para instalar programas mal-intencionados no dispositivo.

Além disso, é possível que essa coleta de senhas e de usuários teria ocorrido durante meses até os criminosos obterem um número significativo de logins para ter acesso à plataforma e colocar o plano em prática.

Segundo informações preliminares, as tentativas de acesso foram identificadas após os hackers usarem o CPF de um gestor para emitir uma ordem bancária via Pix. Esse usuário teria sido o mesmo que fez a liquidação da despesa, o que vai contra as regras de administração financeira federal, que determina que a liquidação e o pagamento precisam ser autorizados por gestores diferentes.

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