Jornal Folha Regional

Polícia Militar de Capitólio prende autores por tráfico e apreende menores por uso de drogas

Na noite deste domingo (11), a Polícia Militar efetuou a prisão de três adultos por tráfico e a apreensão de dois menores por consumo de drogas em Capitólio (MG).

Segundo a PM, durante patrulhamento os militares foram comunicados sobre indivíduos que estariam utilizando de som alto em via pública e fazendo uso de drogas.

De imediato os militares deslocaram ao local e constataram a veracidade da denúncia, abordando ali, três adultos e dois menores.

Após busca pessoal, foi encontrado com um dos autores, 02 papelotes de cocaína, e outros 02 papelotes vazios no chão juntamente com um cartão de crédito e uma nota de cinco reais enrolada que os autores alegaram terem usado para consumir cocaína.

Um dos autores de 18 anos, morador do local, permitiu a entrada dos policiais em sua residência, onde foram encontrados mais três papelotes de cocaína, nove pedras de crack e a quantia de R$ 3.755,00, que o autor assumiu ser provenientes da venda de entorpecentes.

Diante dos fatos os autores foram presos e os menores apreendidos, sendo apresentados a Delegacia de Polícia Civil, juntamente com os materiais para demais providências.

Enfermagem de Passos aprova estado de greve

Em assembleia finalizada às 18h45 desta quinta-feira (08) pelo Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Minas Gerais (SEEMG), a enfermagem de Passos aprovou o estado de greve. A decisão atinge todos os hospitais do município, segundo o sindicato.

A paralisação, no entanto, não deve ser imediata. De acordo com a advogada do sindicato, Larissa Furtado, antes da interrupção das atividades a categoria deve novamente enviar uma pauta de reivindicações à Santa Casa de Passos. A principal é a manutenção do pagamento do piso salarial da categoria, suspensa por uma liminar concedida por Luís Roberto Barroso, ministro do Supremo Tribunal Federal.

Caso as reivindicações não sejam atendidas, hospitais de Passos, Ministério Público e Judiciário serão comunicados com 72 horas de antecedência do início da greve.

Larissa informa que também serão respeitados o percentual máximo de paralisação permitido por categoria, bem como a manutenção dos trabalhos de setores que não podem ter as atividades interrompidas sob qualquer hipótese. “A greve nunca é a melhor opção”, ressaltou.

Outro lado

A Santa Casa divulgou a seguinte nota, via assessoria de imprensa:

“A Santa Casa de Passos reforça sua posição de absoluto respeito à demanda dos profissionais de enfermagem, bem como o reconhecimento pelo papel fundamental exercido na nossa instituição.

Desde o início das discussões de instauração do piso salarial da categoria, a instituição demonstrou total apoio e apontou a necessidade de criação de fontes adicionais de financiamento que permitam cobrir este custo extra, estipulado em média de 2.2 milhões por mês.

Infelizmente, o Congresso Nacional e o Poder Executivo federal não deram nenhum passo concreto naquela direção. O projeto que cria o piso foi aprovado e sancionado sem qualquer menção à questão central de como arcar com os salários da equipe de enfermagem, atores mais que essenciais para o cuidado da nossa região.

Por esta razão, a Santa Casa de Passos está informando a impossibilidade de aplicação da Lei e assim como diversos hospitais filantrópicos do Brasil, buscando negociações com o Sistema Único de Saúde (SUS) para o ajuste financeiro do contrato existente com a instituição.

É um fato público e comprovado, que o setor hospitalar filantrópico tem um subfinanciamento de décadas o que expõe as instituições de saúde a dificuldades de financiamento de sua estrutura.

A Santa Casa de Passos, bem como todos os hospitais brasileiros, não está se recusando a oferecer merecida valorização dos seus profissionais, ou seja, gostaria de pagar os valores propostos. Só não tem meios para fazê-lo.

Por isso, apelamos às autoridades brasileiras para que sejam encontradas, imediatamente, formas de garantir os recursos extras de que necessitam.

A Santa Casa de Passos assume o compromisso junto com os profissionais de buscar a superação das dificuldades encontradas para cumprir a Lei de forma a construir soluções e valorizar os profissionais de enfermagem de forma sustentável e responsável.

A Santa Casa de Passos continua aberta ao diálogo em torno do tema.

  • Daniel Porto Soares
    Superintendente Geral da Santa Casa de Passos”

Via: Verboaria.

Justiça determina demolição de construções, incluindo imóveis do Clube Furnastur, às margens do Lago de Furnas

No dia 9 de agosto, a juíza competente da Comarca de Formiga (MG), despachou que fosse cumprida uma sentença em desfavor do Furnas Náutico Clube. A decisão determina que sejam demolidas, em até 30 dias, as construções que ultrapassassem a margem da cota 769.

A situação dos imóveis construídos às margens do Lago de Furnas é discutida desde 2016. Na ocasião, foi tema de um debate durante uma audiência com representantes da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Furnas e empresários, em Capitólio (MG).

Ainda na época e com base em uma resolução de 2002 do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama), o Ministério Público recomendou que construções a menos de 30 metros da margem do lago fossem demolidas.

Na reunião, proprietários de imóveis e empresários regionais participaram da reunião, os quais se defenderam com base no mesmo Código Florestal Brasileiro de 2012, que reduz as áreas de preservação permanente ao redor de lagos artificiais.

Homem é preso após atirar em casa de ex-companheira em Varginha

Um homem de 42 anos foi preso na última quarta-feira (7) após disparar cinco vezes contra a casa da ex-companheira, no Bairro Bela Vista, em Varginha (MG). Segundo a Polícia Militar, o homem foi encontrado horas depois em um galpão com armas e munições, além de uma grande quantidade de dinheiro.

Segundo a Polícia Militar, a ex-esposa do homem acionou as autoridades na madrugada desta quarta-feira logo após os disparos. A mulher reconheceu o suspeito e a polícia começou o rastreamento.

O homem foi encontrado em Três Pontas. Em um galpão de uma fazenda em Varginha, os policiais apreenderam a motocicleta do suspeito, uma maleta com R$ 308,4 mil e uma bolsa contendo seis armas de fogo, além de uma bolsa com 170 cartuchos intactos.

Uma caminhonete e a motocicleta foram removidas pelos guinchos credenciados. O suspeito foi conduzido até a delegacia junto com o material apreendido. Ele já tem passagem pela polícia por lesão corporal. (G1)

Menina de 2 anos morre após passar mal em creche municipal de Varginha

Uma menina de 2 anos morreu na manhã da última quinta-feira (8) após passar mal em uma creche municipal de Varginha (MG). Segundo a prefeitura, a criança teve convulsão e evoluiu para uma parada cardiorrespiratória no Cemei Celia Campos Tavares, no Parque Rinaldi.

Ainda de acordo com a prefeitura a menina foi atendida e recebeu os primeiros socorros por uma equipe de enfermagem que estava presente na unidade escolar. Funcionários da creche acionaram o Corpo de Bombeiros e comunicaram a família da menina.

Conforme a prefeitura, a criança chegou a ser reanimada e encaminhada para o pronto atendimento do Hospital Bom Pastor, acompanhada dos responsáveis, mas não resistiu e morreu. As causas serão apuradas pelos médicos legistas responsáveis.

Setembro amarelo: Mais de 130 pessoas suicidam por mês em Minas Gerais

“Desde os 9 anos ela já falava de uma dor na alma insuportável que não passava e começou a se arranhar. Quando fez 15 anos, tentou se matar e, desde então, eu perdi as contas de quantas vezes eu corri com ela para o hospital por ter se cortado, tomado veneno, ou algo do tipo. Desde abril do ano passado ela está com os anjos e eu rezo para que ela esteja bem”. O relato, ainda carregado de uma tristeza profunda, é da auxiliar de cozinha Lucilene Marques, 47, que ainda tenta absorver o luto da perda da única filha, Raíssa Marques. A menina de 20 anos morreu oito dias após tomar mais de cem comprimidos e entrou para a dolorosa estatística de 134 suicídios a cada mês em Minas Gerais do início de 2021 até agosto de 2022. São 2.689 histórias precocemente interrompidas que acabam escancarando um problema muitas vezes escondido por um tabu: pessoas se matam e isso é uma questão de saúde pública.

Os números da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) acendem esse alerta feito há anos pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e que, no Brasil, ganha força com a campanha Setembro Amarelo, de combate ao suicídio. No mundo, segundo último levantamento da OMS, em 2019, pelo menos 700 mil pessoas tiraram a própria vida. No Brasil, os registros são próximos de 14 mil casos, o equivalente a 38 suicídios por dia. Em Belo Horizonte, segundo a Secretaria Municipal de Saúde, 268 pessoas se mataram de janeiro de 2021 a julho de 2022, sendo 81 neste ano.

Agora em 2022, em seu oitavo ano, a campanha Setembro Amarelo, encabeçada pela Associação Brasileira de Psiquiatria e pelo Conselho Federal de Medicina, tem como lema “A vida é a melhor escolha”. Segundo a porta-voz do Centro de Valorização da Vida (CVV) em Minas Gerais, Norma Moreira, campanhas como essa são importantes para romper um silêncio danoso na luta contra o avanço do autoextermínio.

“A questão não é falar sobre o suicídio de João ou de Maria, mas sobre o suicídio. Setembro amarelo é muito importante para que a gente possa alertar a sociedade sobre a necessidade de prevenção. A maior parte dos casos está relacionada a um quadro de adoecimento mental e a pessoa se sentir sozinha, sem acolhimento para falar sobre essa vontade de abandonar a vida é um fator de risco que não pode ser ignorado. Sem contar que já ficou comprovado que o suicídio é um problema de saúde pública, multifatorial, que pode, em certa medida, ser evitado com políticas voltadas ao atendimento a quem sofre com depressão ou outras doenças que podem levar a esse quadro”, diz a voluntária do grupo de ajuda.  

Para Raíssa, por exemplo, a saúde mental pesou muito nos mais de dez episódios de tentativas seguidas de se matar. Diagnosticada com transtorno bipolar ainda na infância, a menina teve a vida marcada por ideações suicidas. “Quando ela tinha crises, eu nem dormia porque sabia que era um risco. Chegamos a interná-la em centros de assistência muitas vezes, tentamos vários tratamentos, tudo que estava ao nosso alcance. Só no ano passado, ela ficou internada duas vezes. Depois que passava o surto, ela nem lembrava do que tinha feito. Eu sempre a ouvi muito. Tem gente que acha que as pessoas tentam suicídio para chamar atenção, mas não é. Não é mesmo”, diz Lucilene. 

Mitos e tabus

O mito de que quem tenta contra a própria vida quer aparecer e não efetivamente se matar, citado por Luciene, é só mais um entre vários outros que só agrava a sensação de angústia e solidão de quem questiona se deve seguir. “Estamos em uma sociedade que julga o tempo todo sem saber o que o outro vive. Não dá para avaliar o tamanho da dor do outro. Não adianta falar que é falta de fé, de Deus, de louça para lavar ou todas essas percepções erradas sobre o que se passa no íntimo de outras pessoas. Temos que treinar uma escuta mais empática, sem preconceitos, livre de tabus”, afirma Norma.  

A escuta, o acolhimento e o direcionamento para uma ajuda especializada podem salvar vidas. Mas, há casos que nem todo esse esforço é suficiente e, por isso, não cabe remorso da parte de quem fica, segundo a psicóloga que se dedica a estudar o fenômeno, Esther Hwang. “Quando alguém tira a própria vida, é comum entre os que ficam as buscas por causas. Mas o suicídio é complexo demais para se nomear motivos. Temos alguns fatores de risco como doença mental, tentativas prévias, perdas, lutos, desemprego, mas têm muitas outras questões envolvidas.  Nem sempre dá para prever que o outro está prestes a se matar porque o suicídio é construído nas relações sociais, no contexto de vida e isso não é fácil de ser mapeado”, explica a especialista.  

No passado, antes de se especializar no assunto, ela já teve ideações suicidas e agora fala do lugar de quem já sentiu a dor de quem desacredita na vida. “É uma inquietação meio solitária porque existem muitos tabus nos impedindo de falar sobre a vontade de deixar a vida. Pesquisar sobre suicídio tendo tido uma vivência pessoal me coloca no lugar de lutar contra essa associação imediata entre suicídio e transtorno mental. A gente pode estar muito lúcido e escolher se matar. É um sofrimento muito intenso e desesperador, com diferentes causas e que não pode ser limitado a um único diagnóstico”, diz a pesquisadora.  

Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde, reforça a multiplicidade de causas para o suicídio e cita algumas explicações, como: exposição ao agrotóxico, perda de emprego, crises políticas e econômicas, discriminação por orientação sexual, e identidade de gênero e racismo, agressões psicológicas ou físicas, sofrimento no trabalho, transtorno mental, diminuição ou ausência de autocuidado, conflitos familiares, perda de um ente querido, doenças crônicas, dolorosas ou incapacitantes.  A pasta explica ainda que o suicídio é “um fenômeno multidimensional, que resulta de uma interação complexa entre fatores ambientais, sociais, fisiológicos, genéticos e biológicos, que pode afetar indivíduos de diferentes origens, classes sociais, raça/cor, idades, orientações sexuais e identidades de gênero sendo considerado um tema tabu em muitas sociedades” e que, por isso, o cuidado às pessoas que apresentem qualquer tipo de sofrimento deve levar em conta o contexto social, econômico e as vulnerabilidades que elas encontram. 

Pedidos de socorro 

No primeiro trimestre deste ano, o CVV, instituição que dá apoio emocional e atua na prevenção ao suicídio por meio de escuta gratuita, recebeu 1,09 milhão de ligações em todo o Brasil. O número é 28% maior do que os 853,4 mil atendimentos no mesmo período de 2021. Uma das explicações para o avanço nos gritos de socorro seria uma escalada das dores emocionais em função das perdas e lutos provenientes da pandemia.  

“A gente já imaginava que depois que passasse aquele susto do período de avanço da doença em que as pessoas estavam focadas em sobreviver, cuidar da saúde física, as dores emocionais sufocadas iriam chegar com mais evidência. Muita coisa mudou no mundo, as pessoas precisaram de lidar com medos, angústias, perdas irreversíveis. E ainda não temos garantia de nada, o que piora a angústia. Agora é hora de falar do sofrimento emocional”, diz a porta-voz do CVV em Minas Gerais, Norma Moreira. 

Segundo a SES-MG, o cuidado de saúde mental no Estado ocorre nos serviços da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). Alguns serviços disponíveis:  

  • Atenção Primária à Saúde (APS): presente em todos os municípios com equipes de Atenção Primária à Saúde de multiprofissionais que ajudam na prevenção de agravos, no diagnóstico, no tratamento, na reabilitação, na redução de danos e na manutenção da saúde.  
  • Centro de Atenção Psicossocial (CAPS): O Estado tem 395 CAPS de diversas modalidades. O local atende prioritariamente pessoas com sofrimento ou transtornos mentais graves e persistentes, incluindo necessidades decorrentes do uso de álcool e outras drogas. Dados do Ministério da Saúde, de 2017, mostram que nos locais onde há CAPS o risco de suicídio é reduzido em até 14%.  

Como funciona o CVV?  

O CVV presta apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob sigilo, por telefone, email, chat e voip 24 horas todos os dias.  A ligação para o CVV é feita por meio do 188. Também é possível acessar https://www.cvv.org.br/ para chat, Skype, e-mail e mais informações sobre ligação gratuita.  

Saiba algumas frases de alerta de quem pensa em suicídio  

  • Tenho vontade de dormir e não acordar mais;  
  • Sou um peso para as outras pessoas; 
  • Estou cansado e sem razão de viver;  
  • Não há mais prazer em se viver;  
  • Tudo seria mais fácil se eu não existisse;  
  • Sou um fracasso; 
  • Essa é a última chance;  
  • Não sou amado ou querido por ninguém;  
  • Eu não estarei aqui no próximo ano.  

 Alguns sinais que demandam atenção 

  • Isolamento e distanciamento da família, dos amigos e dos grupos sociais;  
  • Atitudes perigosas que que não necessariamente podem estar associadas ao desejo de morte e atitudes para-suicidas (dirigir perigosamente, beber descontroladamente, brigas constantes, agressividade, impulsividade, etc.); 
  • Publicações das redes sociais com conteúdo negativista ou participação em grupos virtuais que incentivem o suicídio ou outros comportamentos associados;  
  • Ausência ou abandono de planos para o futuro;  
  • Forma desinteressada como a pessoa está lidando com algum evento estressor (acidente, desemprego, falência, separação dos pais, morte de alguém querido); 
  • Despedidas (“acho que no próximo natal não estarei aqui com vocês”, ligações com conotação de despedida, distribuir os bens pessoais);  
  • Colocar os assuntos em ordem, fazer um testamento, dar ou devolver os bens;  
  • Queixas contínuas de sintomas como desconforto, angústia, falta de prazer ou sentido de vida;  
  • Qualquer doença psiquiátrica não tratada (quadros psicóticos, transtornos alimentares e os transtornos afetivos de humor). 

 Como iniciar uma conversa? 

  • Aproxime-se: Inicie a conversa com uma aproximação afetuosa, sem cobranças. Nunca diga “Por que você está com essa cara?”; “Por que você está assim?”; “Você não tem motivos para isso”;  
  • Dialogue: Entenda que falar de dores e angústias não é uma tarefa fácil. Dialogue sempre calmamente e respeite o tempo do outro. Talvez a abertura para o diálogo só venha depois de várias tentativas; 
  •  Converse: Não deixe de tentar conversar assim que perceber o problema, ou seja, não deixe para depois. O tempo será crucial para evitar algo que poderia ser evitável;  
  • Escute: Lembre-se de que sua função será a de “escutar” as angústias do outro. Então, procure ouvir mais do que falar. Evite fazer julgamentos, comparações, dar lição de moral ou falar mais do que está ouvindo;  
  • Não julgue: É importante compreender a idade e as limitações emocionais do outro, adaptando, inclusive, uma linguagem específica para cada etapa. Lembre-se que cada um sente, em seu próprio corpo, a sua dor pessoal;  
  • Ajude: Seu papel é o de oferecer ajuda e apoio, mesmo que isso signifique apenas e tão somente que você sempre estará ali para ajudar. Não cobre mudanças imediatas, pois isso “não existe” quando a dor é profunda.  
  • Seja proativo: Ao perceber que o problema é mais sério, busque ajuda profissional. Pesquise, marque a consulta, indique caminhos e acompanhe a pessoa, se for possível, para garantir que o tratamento será levado adiante. 

 O que não dizer ou fazer a quem tem ideações suicidas

  • Evite dizer “Não chore!”. Demonstre atenção para o problema do outro, mesmo que isso envolva a expressão do choro;  
  • Não diga “Isso não faz sentido”. Pode não fazer sentido para quem escuta um relato pesado, no entanto, se a dor do outro está sendo forte o bastante para gerar sofrimento, respeite o momento daquela pessoa; 
  • Evite dizer “Seja forte!”. Tenha certeza de que a pessoa em sofrimento já está fazendo o possível para ser forte e, pode não estar conseguindo, ou seja, dizer isso apenas mostra o quanto o “esforço” do outro pode estar sendo “falho”, piorando suas angústias;  
  • Não diga “Entendo o que você está passando”. Cada um entende a vida a seu modo, ou seja, por mais que você tenha vivido uma experiência parecida, somente quem sofre sabe o que realmente está sentindo;  
  • Dizer apenas “Levante a cabeça!”, sem oferecer os meios, os caminhos e novas perspectivas não ajudará muito e poderá agravar a sensação de desespero;  
  • Jamais diga “Podemos conversar mais rápido”, ou “Podemos conversar depois?”: Se você realmente quer ajudar, esteja disponível para ouvir, ou seja, jamais interrompa a expressão das ideias da outra pessoa, deixe-a desabafar;  
  • Jamais diga “Você quer apenas chamar atenção!”, e, especialmente se você estiver lidando com um adolescente. A depressão é uma doença e um sério problema de saúde pública; 
  • Não diga “Isso é falta do que fazer” ou “Se você tivesse o que fazer da sua vida, não se sentiria assim”. Oferecer novas perspectivas, indicar cursos, indicar novos espaços para formar amizades sadias são mais eficientes para dar novos horizontes à pessoa em sofrimento;  
  • Jamais diga “Tudo isso é falta de fé”. Diversas pessoas religiosas, líderes espirituais como padres e pastores sofrem de depressão, que é uma doença e por isso necessita de tratamento.  

Fontes: Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais e Ministério da Saúde.

Motociclista morre após ser atingido por carro na MG-050, em Passos

Um motociclista de 58 anos morreu na manhã da última quarta-feira (7) em um acidente na MG-050, km 359, próximo ao aeroporto de Passos (MG). Segundo a Polícia Militar Rodoviária, Milton Nascimento Alves fazia o contorno sentido Itaú de Minas (MG) quando foi atingido por um veículo Hyundai Creta.

O motorista parou para prestar socorro. De acordo com a polícia, ele não apresentava sinais de embriaguez.

A vítima morreu no local do acidente. O motorista sofreu ferimentos leves em um dos braços e dispensou atendimento médico.

Ainda conforme a polícia, o piloto da motocicleta não tinha habilitação e era natural de Itaú de Minas.

O automóvel foi retirado do local pela concessionaria autorizada e a motocicleta foi removida ao pátio do Detran, pois não havia custodiante no local. A perícia foi acionada para apurar as causas do acidente.

Jovem do distrito Três Barras se emociona ao encontrar figurinha rara de Neymar para álbum da Copa do Mundo

O cafeicultor Dener Reis Vilela, de 18 anos, entrou para um seleto grupo que está virando a internet de cabeça para baixo. Em Alpinópolis (MG), o jovem encontrou a lendária figurinha do jogador Neymar, do álbum da Copa do Mundo de 2022.

“Comprei alguns pacotinhos na papelaria, e quando cheguei em casa abri e achei ela. Foi felicidade total. De imediato fotografei a figurinha e enviei para todos meus contatos”, contou Dener.

Dener, que reside no distrito Três Barras, em Carmo do Rio Claro (MG), encontrou a figurinha do tipo Legends (lendas, em inglês), no último sábado (3), ao fazer a compra na papelaria Arco Íris, em Alpinópolis (MG). Na internet, o item está sendo vendido a preço de ouro, ou talvez até mais. Em um site de vendas, o produto foi anunciado por R$ 9 mil.

Questionado, o cafeicultor falou sobre a venda.

“Vou aguardar um tempinho e irei vender. Pois, agora popularizou demais. Uma figurinha dessa vem a cada 1900 pacotes”, informou Dener.

O dono da papelaria Arco Íris, Wagner Araújo, comemorou, pois em um único dia vendeu duas figurinhas lendárias do Neymar.

“No sábado mais cedo foi o Gabriel Pimenta e posteriormente o Dener. A sorte está por aqui. Fico muito grato de ver a emoção dos clientes ao encontrar as figurinhas”, disse o empresário.

Dener disse que começou a comprar álbum da copa do mundo em 2018, o qual está completo e agora é lutar para completar o da Copa do Mundo do Catar.

MPMG processa casal que devolveu irmãs 4 anos após adoção

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio da Promotoria de Justiça de Defesa dos Direitos das Crianças e dos Adolescentes de Uberaba, propôs uma Ação Civil Pública (ACP) contra um casal que desistiu da adoção de duas irmãs, hoje com 8 e 9 anos, após permanecer com a guarda delas desde 2018. Os pais manifestaram o desejo de devolver as crianças sob o argumento de que não foi possível a criação de vínculos entre as partes.

A ação requer que o casal morador de Uberaba, no Triângulo Mineiro, seja condenado a indenizar as meninas por danos morais e materiais no valor de cem salários mínimos para cada uma (R$ 121.200,00), totalizando R$ 242.400,00.

Segundo o MPMG, o casal abdicou do procedimento em junho deste ano, quando o processo já estava em fase de prolação de sentença. As meninas moravam em Sacramento, a 86 quilômetros de Uberaba, e foram entregues para adoção em 2017.

“Após o deferimento da suspensão do poder familiar e da colocação em família substituta, o casal inscrito no cadastro de adoção manifestou interesse em conhecer as crianças e concordou com o início do estágio de convivência, em julho de 2018”, diz trecho da ação.

Depois de quatro meses, o casal pediu a guarda das crianças e recebeu parecer positivo do setor psicossocial do Juízo de Sacramento. “Na oportunidade, as técnicas judiciais esclareceram a respeito do histórico de negligência e violência vivenciado pelas crianças e que isso poderia vir a refletir em seus comportamentos, bem como sobre o caráter irrevogável e irreversível da adoção”, destacou o documento.

Mesmo assim, conforme a Promotoria, o casal se manteve firme no propósito de cuidar das crianças, demonstrando consciência e disponibilidade para encarar os possíveis desafios que poderiam surgir com a guarda das meninas.

Segundo o MP, as irmãs demonstravam vínculo de afetividade e ansiedade para estar com os pais adotivos. “Assim, em novembro de 2018, as crianças, então com quatro e cinco anos, foram entregues à guarda do casal, que em 2021 se mudou para Uberaba”.

Rejeição a uma das irmãs

O MP destacou que o casal desenvolveu grande rejeição por uma das irmãs, com inúmeros transtornos emocionais em razão do estresse ao qual foi submetida.

“Há que se destacar que a atitude do casal, em receber as crianças sob sua guarda sem o devido preparo e amadurecimento de tão importante decisão, foi bastante irresponsável e desumana, uma vez que tratou os infantes como um mero objeto de desejo e não como seres humanos, dependentes de atenção, afeto e amor e sujeitos a traumas e dores diante de situações de abandono e rejeição”, considerou a promotora de Justiça Ana Catharina Machado Normanton.

Ainda conforme a promotora, é “indubitável (compreensível) que este novo abandono causará prejuízos irreparáveis às crianças”.

“Os infantes (inocentes) advêm de um ambiente permeado por violência e negligência; já enfrentavam, antes de serem acolhidos pelo casal, sérios traumas decorrentes de sua história de vida e, ao serem desta vez novamente rejeitados e abandonados, foram fortemente abalados emocional e psicologicamente e contraíram outros traumas”. (EM)

Exportações do complexo soja brasileiro podem ser recordes em 2023

Análise realizada pela consultoria Datagro indica forte volume geral do complexo soja a ser embarcado neste ano: 98,280 milhões de toneladas. Contudo, 6,4% abaixo do recorde de 105,034 mi de t registrado em 2021.

Para chegar a esse total, leva-se em conta a estimativa de embarques de 78,500 mi de t de soja, recuo de 8,8% na comparação com o ano anterior; 18,260 mi de t de farelo de soja (+5,8%); e 1,520 mi de t de óleo de soja (-8,3%).

Dois fatores explicam essa redução ante 2021: queda da safra deste ano, atualmente avaliada em 126,587 mi de t, 9% aquém do montante colhido na temporada anterior; e retração do consumo no ano comercial 2021/22, finalizado em 31 de agosto.

Expectativa de receita

preço soja cotação saca

Em relação à receita, projeta-se recorde, já que há expectativa de crescimento nos preços médios do complexo soja. No levantamento da consultoria, a previsão total foi revisada para US$ 57,420 bilhões, o que significaria alta de 19,2% ante o recorde de US$ 48,160 bi do ano passado.

Assim, seriam US$ 45,925 bi decorrentes das vendas de soja em grão (+18,6%); US$ 9,040 bi das comercializações de farelo (+22,3%); e US$ 2,455 bi das vendas de óleo (+20,6%).

“O quadro de preços mais firme está associado à retração nos estoques mundiais e dos Estados Unidos na temporada 2021/22, à solidez na demanda chinesa e às fortes perdas na produção da América do Sul”, explica Flávio Roberto de França Junior, economista e líder de pesquisa da Datagro Grãos.

Essa indicação de receita maior a ser obtida deve contribuir para a elevação na participação do complexo soja na pauta geral das exportações do Brasil. Considerando uma receita total de US$ 330,000 bi, o setor contribuiria com 17,4%, acima dos 17,2% do recorde do ano anterior e superando com folga os 14,6% da média de participação dos últimos 10 anos.

Primeiras projeções para 2023

grãos de soja

Datagro fez projeções para o complexo soja em 2023. Foto: Logcomex

Primeira estimativa da Datagro para as exportações brasileiras do complexo soja em 2023 aponta para avanço no volume e valor na comparação com 2022.

“Isso porque, mesmo com a expectativa de alguma retração nos preços médios em todo o complexo no próximo ano, devemos observar bom aumento nos volumes embarcados, combinando safra maior e boa demanda”, explica França Junior.

O total de saídas externas está projetado inicialmente em 115,000 mi de t, montante 17% acima do estimado para este ano. Seriam 95,000 mi de t de soja em grão (+21,0%); 18,500 mi de t de farelo (+1,3%); e 1,500 mi de t de óleo de soja (-1,3%).

Os números iniciais de receita indicam US$ 62,885 bi, que, caso seja concretizado, representaria aumento de 9,5% sobre o ano atual, sendo distribuído dessa maneira:

  • US$ 52,250 bi de soja em grão (+13,8%);
  • US$ 8,325 decorrentes das vendas de farelo (-7,9%);
  • US$ 2,310 bi derivados das comercializações de óleo de soja (-5,9%).

“Apesar dos ganhos nos volumes, temos a estimativa de limitação nos ganhos de receita por conta da previsão de preços médios um pouco menores”, explana França Junior. (Canal Rural)

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