Jornal Folha Regional

Polícia Militar de Capitólio realiza a prisão de dois autores por tráfico de drogas

Na noite desta quinta-feira (18), durante patrulhamento, a polícia militar de Capitólio (MG) deparou com uma motocicleta em alta velocidade, sendo dado ordem de parada, a qual foi desobedecia pelos autores que evadiram e após longo acompanhamento tentaram entrar na residência de um dos ocupantes, de modo que foram contidos e após o uso de técnicas de imobilização por apresentarem resistência foram imobilizados pelos militares.

Foram localizados na casa de um dos autores 16 papelotes de cocaína, 2 pinos de cocaína, 1 involucro contendo cocaína, 1 pé de maconha e R$50 em espécie. Na residência do outro autor foi localizado 1 bucha de maconha.

Os autores juntamente com os materiais apreendidos, foram encaminhados para a presença do Delegado de plantão em Piumhi (MG) e a motocicleta ao pátio credenciado.

Acusados de morte de estudante de medicina são absolvidos em MG

Dois homens acusados da morte do estudante de medicina Felipe Rodrigues Martins, de 27 anos, em Poços de Caldas (MG), foram absolvidos na última quinta-feira (18) no Tribunal do Júri do Fórum da cidade.

Alessandro Aparecido de Souza e João Paulo Zanetti eram acusados de matar o estudante por causa de uma dívida de drogas. O crime aconteceu no dia 30 de março de 2021. O rapaz foi encontrado morto em um matagal próximo a uma fazenda, sangrando e com ferimentos na nuca.

Segundo a advogada dos réus, Karla Felisberto dos Reis, os dois foram julgados por homicídio duplamente qualificado por motivo torpe e recurso que impossibilitou a defesa da vítima, mas os jurados absolveram os réus por negativa de autoria.

“Nós sustentamos negativa de autoria porque a gente entendia que os dois não participaram do crime. Eles não estavam na cena do crime. Acreditávamos desde o início na inocência dos dois, mas o resultado é sempre uma incógnita, tendo em vista que o promotor de Justiça fez um excelente trabalho”, afirmou a advogada.

Terceiro suspeito

Três suspeitos do crime chegaram a ser presos nos meses de abril e maio. Segundo o delegado Cleyson Brene, que investigou o caso, houve um desmembramento do processo. Dois estão sendo julgados nesta quinta-feira e o terceiro será julgado posteriormente. Dois permanecem presos e o terceiro está com uma medida restritiva por questão de saúde.

Ainda conforme o delegado, tanto a vítima quanto os suspeitos teriam envolvimento com o tráfico de drogas. Ainda segundo ele, os suspeitos tramaram o homicídio do estudante. Eles teriam criado um perfil fake nas redes sociais para conseguir atrair a vítima até a zona rural. (G1)

Por falta de recursos, Santa Casa de Piumhi fecha leitos de UTI: ‘Vai morrer gente’, diz provedor da unidade

“Vai morrer gente”, disse em tom de desgosto e preocupação, o provedor da Santa Casa de Piumhi na última quinta-feira (18), sobre o fechamento da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por falta de verba pública. A reportagem solicitou posicionamento da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) sobre o assunto e aguarda retorno.

Segundo José Soares, a unidade tem hoje um déficit mensal de mais de R$ 500 mil. Sem condições de manter o núcleo aberto, apenas os cinco internados no local serão atendidos até que recebam alta. A unidade não vai admitir novos pacientes.

Crise que se repete

A situação da Santa Casa hoje é a semelhante à de 2017, quando o setor também foi fechado por falta de verba. No entanto, na época a crise foi revertida em três meses, mediante ações internas e repasses de emendas parlamentares. Desta vez, não há previsão de mudança no cenário.

“O que diferencia é que em 2017 é que recebíamos emendas parlamentares e este ano não conseguimos, não temos emendas, o que torna a situação mais difícil sem ter para onde recorrer. No entanto, vamos tentar meios legais e lutar de todas as formas possíveis para reverter essa situação”, disse o diretor executivo adjunto, Wilson Goulart.

Segundo o provedor José Soares, o contrato firmado com a Santa Casa há mais de 15 anos era para que a unidade atendesse cerca de 230 pessoas por mês. Os anos se passaram e a unidade atende hoje mais de 700, o que torna o repasse do Estado irrisório, como ele explica.

“A saúde é direito de todos e dever do Estado, mas isso não está sendo cumprido. É um absurdo o que estamos vivendo por anos, sem nenhum reajuste, sem repasses e o pior, com dívidas”, disse o provedor José Soares.

Ainda segundo José, a Santa Casa conta hoje com 100 leitos no total. O atendimento é prestado a uma população de 100 mil pessoas que são dos munícipios de Piumhi, Capitólio, São Roque de Minas, Vargem Bonita, Doresópolis, Pimenta e Guapé. Com o fechamento da UTI os pacientes que necessitarem de atendimento intensivo deverão ser referenciados para Passos, no Sul de Minas, que fica a mais de 100 quilômetros da região.

“Vai morrer gente. O fechamento da UTI é só o começo. Vários outros setores correm risco “, lamentou José Soares.

Via: G1.

Pouso Alegre tem 2º caso confirmado de varíola dos macacos; 4º no Sul de MG

Pouso Alegre teve o segundo caso de varíola dos macacos confirmado pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG). Com a nova contaminação, o Sul de Minas chegou a quatro confirmações da doença.

A confirmação do segundo caso de Pouso Alegre foi feita no último boletim atualizado divulgado pela SES-MG.

Com a nova contaminação, o Sul de Minas agora tem confirmações em Pouso Alegre, Poços de Caldas e Andradas.

Casos no Sul de Minas

  • Andradas: 1
  • Poços de Caldas: 1
  • Pouso Alegre: 2
Exame da varíola dos macacos — Foto: Divulgação

Na nova atualização, a Secretaria de Estado de Saúde informou que Minas Gerais tem 155 casos de Monkeypox confirmados por exames laboratoriais pela Fundação Ezequiel Dias (Funed). Outros 360 casos foram descartados e há 495 em investigação.

A SES-MG informou que, até o momento, há um caso confirmado do sexo feminino, 26 anos, puérpera e em monitoramento domiciliar. O restante dos casos confirmados é do sexo masculino, com idade entre 21 e 61 anos. Um paciente confirmado para Monkeypox encontra-se em internação hospitalar por necessidades clínicas. MG possui uma morte pela doença.

O que é a varíola dos macacos?

A varíola dos macacos é uma doença viral rara transmitida pelo contato próximo com uma pessoa infectada.

A transmissão pode ocorrer pelas seguintes formas:

  • Por contato com o vírus – com um animal, pessoa ou materiais infectados, incluindo através de mordidas e arranhões de animais, manuseio de caça selvagem ou pelo uso de produtos feitos de animais infectados. Ainda não se sabe qual animal mantém o vírus na natureza, embora os roedores africanos sejam suspeitos de desempenhar um papel na transmissão da varíola às pessoas.
  • De pessoa para pessoa: pelo contato direto com fluidos corporais como sangue e pus, secreções respiratórias ou feridas de uma pessoa infectada, durante o contato íntimo – inclusive durante o sexo – e ao beijar, abraçar ou tocar partes do corpo com feridas causadas pela doença. Ainda não se sabe se a varíola do macaco pode se espalhar através do sêmen ou fluidos vaginais.
  • Por materiais contaminados que tocaram fluidos corporais ou feridas, como roupas ou lençóis;
  • Da mãe para o feto através da placenta;
  • Da mãe para o bebê durante ou após o parto, pelo contato pele a pele;
  • Úlceras, lesões ou feridas na boca também podem ser infecciosas, o que significa que o vírus pode se espalhar pela saliva.

Via: G1.

Companhia de Dança passense participa de festival em Uberaba

A Companhia de Dança Carissa Bellydance, de Passos (MG), participará neste sábado (20) do VII Congresso Mineiro de Dança do Ventre na cidade de Uberaba (MG). No evento, que será o primeiro fora de Passos em que a companhia participará após a pandemia da Covid-19, estão inscritos solos de alunas do grupo infantil e juvenil que participarão de competições e coreografias do grupo infantil, adulto e trio juvenil que irão se apresentar na mostra do evento. 

Além dos concursos e mostras do evento que é organizado pela professora e coreógrafa Andrea Gaia,  também haverá workshops e gala show com outros grandes nomes das danças orientais como Deh Viana, Esmeralda Saadeh, Valéria Calixto, Elaine Jalilah, José Luís e Maiara Ferreira.

Vinte alunas de Passos levarão o charme, elegância, técnica e expressividade da dança do ventre para os palcos de Uberaba, no evento que acontecerá no Teatro TEU. 

Para a professora Carissa Bellydance, o evento será importante para que as alunas possam fazer um intercâmbio cultural com outros grupos. 

“Antes da pandemia, sempre participamos de eventos de renome para os praticantes da dança do ventre em diversas cidades mineiras e em outros estados. Este evento será especial por marcar a volta da companhia de dança para os palcos em outras cidades e pela possibilidade das alunas conhecerem grandes profissionais da dança e se desafiarem, tanto nos concursos, quanto na mostra. Teremos alunas de diversos níveis e idades participando do evento. Todas estão muito felizes e preparadas para o congresso, pois foram quase dois meses de ensaios intensos para viver este momento. Além disso, várias coreografias foram criadas pelas próprias alunas, o que demonstra a evolução e a segurança delas”, declarou a professora.

Para que fosse possível a participação no evento, o grupo contou com apoio dos vereadores Aline Gomes Macedo (Aline do Social), Maurício Antonio da Silva (Maurício da Cemig) e Dirceu Soares Alves (Padre). 

“Ficamos felizes com o reconhecimento do nosso trabalho, especialmente pela dança ser uma atividade física que, além dos benefícios para o corpo e mente, promove o incentivo à cultura e à socialização. Esperamos representar Passos com muita alegria no Triângulo Mineiro”, finalizou Carissa.

Acusado de feminicídio em Alfenas, um dos mais procurados em MG é preso em Divinópolis

Um idoso de 72 anos acusado de feminicídio e que estava na lista dos criminosos mais procurados pela justiça em Minas Gerais foi preso em Divinópolis na quarta-feira (17). Ele é acusado de ter matado a ex-mulher na presença da filha de 14 anos, em 2009, em Alfenas (MG).

De acordo com a Polícia Militar (PM), ele foi preso no Bairro Belvedere I por volta das 22h. A prisão ocorreu no mesmo dia em que o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) divulgou uma lista com fotos e nomes de 16 criminosos mais procurados pela Justiça no estado.

Criminosos procurados

Segundo o MPMG, os criminosos são autores de crimes de estupro, tráfico de drogas, homicídio, feminicídio, furto e roubo.

O projeto consiste em um esforço interinstitucional coordenado pelo Centro de Apoio Operacional das Promotorias Criminais (Caocrim), com o objetivo de dar cumprimento a mandados de prisão em aberto.

Os criminosos são condenados ou foragidos dos municípios de Alfenas, Araguari, Belo Horizonte, Buritis, Espinosa, Carmo do Cajuru, Cataguases, Conceição das Alagoas, Frutal, Janaúba, João Pinheiro e Novo Cruzeiro. A prisão deles é prioritária em razão da gravidade da conduta, reiteração delitiva, repercussão social dos crimes, dentre outros aspectos.

MPMG divulga lista dos criminosos mais procurados em Minas Gerais — Foto: MPMG / Divulgação

MPMG divulga lista dos criminosos mais procurados em Minas Gerais — Foto: MPMG / Divulgação

Denuncie

Quem tiver informações sobre a localização dos procurados pode fazer uma denúncia sigilosa à Ouvidoria do Ministério Público de Minas Gerais pelos telefones 127 e (31) 3330-9504 ou pela página da Ouvidoria no portal do MPMG. (G1)

Vereadora é investigada por cobrar pacientes da rede municipal para realização de exames em Itamogi

Uma vereadora de Itamogi (MG) está sendo investigada pela Polícia Civil pelo crime de corrupção. A suspeita é que a parlamentar, que também é funcionária da Secretaria de Saúde, estaria cobrando de pacientes da rede municipal para a realização de exames.

A suspeita da Polícia Civil é que a vereadora Marilyam Mara de Oliveira Souza cobrava dos pacientes da Rede Municipal de Saúde para a realização de ressonâncias. Ela, inclusive, estaria adiantando algumas pessoas da fila e os pacientes não faziam ideia de todo o esquema.

Além de vereadora, ela ocupa o cargo na prefeitura de agente de saúde e é responsável pelo agendamento de exames da rede municipal.

Todo esse caso foi descoberto porque um paciente, meses atrás, ligou na prefeitura pedindo a nota fiscal do pagamento do exame, dizendo que ele iria declarar no imposto de renda.

Sindicância na Saúde

A Secretaria de Saúde do município começou a desconfiar e deu início então a uma investigação. Uma sindicância foi aberta no dia 1º de agosto e os trabalhos foram encerrados nesta quinta-feira (18).

Prefeitura de Itamogi prorroga período de inscrição de concurso público  — Foto: Prefeitura Municipal de Itamogi

Ficou decidido que o caso será tratado como um processo administrativo disciplinar, onde uma comissão será formada e os pacientes deverão ser ouvidos.

Segundo as vítimas, a vereadora chegava a cobrar entre R$ 350 a R$ 900 pelos exames. Cada vítima relata que teria pago um valor diferente.

“Oficialmente a gente tem três pessoas que até já fizeram o relato aqui, de ligações tem mais de 20 pessoas, foram ligações para mais de 120 pessoas, mais de 20, 30 pessoas, atestaram que pagaram e que eu recebi na minha sala só nesta semana, entre terça e quarta-feira, foram 17 pessoas. A maioria tem comprovantes, mensagens de celular, que ela cobrava”, disse a secretária de Saúde de Itamogi, Priscila Marcomini Dias.

A secretaria afirma que a princípio, não há suspeita sobre outros servidores nas irregularidades.

“O paciente aqui não tem custo nenhum, os exames que realmente forem particulares, que o credenciado não tem condições de fazer, o paciente vai ser informado e ele vai pagar na instituição, jamais ele vai pagar para funcionário público, a gente não recebe dinheiro de ninguém. Ela não está trabalhando mais, a partir de hoje ela está sendo afastada, mas ela já não está trabalhando mais desde quando começaram as investigações”, disse a secretária.

O relatório sobre a sindicância deverá ser enviado para a Câmara de Vereadores, que só deverá se posicionar depois de ter acesso aos detalhes do processo da sindicância.

A Polícia Civil informou que já instaurou um inquérito para apurar os fatos. A polícia também disse que a prefeitura e a Secretaria Municipal de Saúde já foram acionados para prestar informações. O caso é tratado como corrupção ativa. (G1)

Prefeito e vice-prefeito de cidade mineira são denunciados por propina

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) denunciou o prefeito, vice-prefeito e um servidor público de Riachinho, do Norte de Minas Gerais, por suspeita de cobrar propina de uma empresa de telecomunicações. O afastamento dos envolvidos dos cargos que ocupam foi requerido. 

Ainda segundo o MPMG, os denunciados cobraram propina mensal, de fevereiro a outubro de 2021, com o intuito de manter o contrato com uma empresa de telecomunicação. Durante as investigações, foi apurado que o representante da empresa realizou o pagamento durante nove meses.

Em novembro de 2021, quando o contrato foi rescindido, o representante expôs o crime nas redes sociais, prestando depoimento e apresentando gravações e mensagens de texto do WhatsApp.

O órgão também informou que a assinatura do representante da empresa foi forjada, com o intuito de alterar a prova do crime.

Segundo o MP, além da propina, os servidores tentaram interferir na Comissão Parlamentar de Inquérito que tramita na Câmara Municipal e o Executivo Municipal chegou a ameaçar uma das testemunhas.

A reportagem do Estado de Minas entrou em contato com o órgão municipal, mas não obteve retorno até esta publicação. Tão logo a Prefeitura se manifeste, este texto será atualizado.

Minas Gerais tem 90% das cidades sem uma unidade do Corpo de Bombeiros

Setenta quilômetros separam Santo Antônio do Monte, na região Centro-Oeste do Estado, do batalhão do Corpo de Bombeiros mais próximo, localizado em Nova Serrana, na mesma região. A chamada pode demorar até duas horas para ser atendida no município. São, ao todo, 50 fábricas de fogos de artifício e zero bombeiros. Santo Antônio do Monte é uma das 767 (90%) cidades mineiras que não têm uma unidade da corporação. No entanto, o lugar tem um diferencial: cerca de 1.500 habitantes trabalham em indústrias de fogos de artifícios. Nessa quarta-feira (17), dois deles morreram após uma explosão de uma fábrica.

“Eles (bombeiros) demoram cerca de duas horas. Quando eles chegam, não tem mais o que socorrer. A presença dos bombeiros aqui é urgente”, afirma Roberto Gonçalves da Silva, presidente do Sindicato dos Trabalhadores das Fábricas de Fogos de Artifícios.

Na cidade, nesta época de mudança da temperatura, os incidentes costumam aumentar, já que os itens usados na confecção dos produtos reagem a essas transformações no tempo, o que pode causar combustão.

“Seria melhor todo mundo ficar em casa. Nesta época do ano, tem barracão (local de trabalho), que pega fogo sozinho”, comenta o sindicalista. Enquanto sobrevivem a um verdadeiro barril de pólvora, os funcionários têm medo de denunciar os patrões, já que a atividade é a “força de trabalho da região”.

De acordo com informações do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, a instalação das unidades da corporação segue parâmetros técnicos, como a população municipal. As cidades com mais de 30 mil habitantes são elegíveis para essa instalação – Santo Antônio do Monte tem aproximadamente 30 mil, conforme informações da prefeitura da cidade.

“A classificação quanto à ordem de prioridade é definida a partir do Índice de Vulnerabilidade de Risco (IVR), que é calculado por meio da ponderação de características dos espaços urbanos que influenciam no risco de desastres”, afirma o Corpo de Bombeiros, em nota.

Mesmo sem os mais de 30 mil habitantes, a presença de uma unidade do Corpo de Bombeiros em Santo Antônio do Monte seria muito importante, conforme o prefeito Léo Camilo (Avante). Ele destaca como razões para essa relevância o porte da cidade, além de o município ser considerado a capital latino-americana dos fogos de artifício.

“Deveríamos ser priorizados. No que depender do município, teremos uma unidade do Corpo de Bombeiros. Qualquer incêndio nos preocupa. Temos caminhão-pipa, mas não conseguimos atender com a mesma celeridade e profissionalismo que os bombeiros”, afirma.

A importância da celeridade

Quando se fala em fogo, o tempo é mesmo algo de grande valor. Conforme explica o engenheiro de segurança contra incêndio Fabrício Nogueira. Estudos norte-americanos mostram que o tempo de resposta a esse tipo de tragédia deve ser de 7 minutos – o que, segundo ele, é uma realidade distante em todo o país.

Diversos acontecimentos recentes no Estado, inclusive, mostram o quanto essa falta de resposta quase imediata pode resultar em perdas e mortes. No último dia 5 de agosto, um menino perdeu a vida após a casa onde morava ter sido incendiada no distrito de Santa Maria do Baixio, em São João do Oriente, na região do Rio Doce. Na época, o tenente do Corpo de Bombeiros Luamós afirmou que, se tivesse uma unidade da corporação no local, o cenário seria diferente. “Com a guarnição do corpo de bombeiros na própria cidade, teria dado um atendimento muito mais rápido do que o deslocamento”, afirmou ele.

Mais recentemente, na noite da última segunda-feira (15), a cidade de Ferros, na microrregião de Itabira, na região Central de Minas Gerais, ficou sem luz após um homem colocar fogo em um ônibus, que atingiu a rede elétrica. Como o Corpo de Bombeiros está localizado há cerca de uma hora do local, quem ajudou a conter o fogo foram moradores e trabalhadores da Prefeitura.

“O avanço do incêndio, com o passar dos anos, está cada vez mais rápido, até pelos tipos de materiais que temos colocado em casa e nas indústrias, como mais plásticos. É uma corrida contra o tempo. Quando não há uma unidade do Corpo de Bombeiros, provavelmente não vai dar para contar com a equipe para combater o início do fogo. Muitas vezes, farão um trabalho posterior, para as chamas não se dissiparem ainda mais, como para outras residências”, diz o engenheiro de segurança contra incêndio Fabrício Nogueira.

O que diz o Corpo de Bombeiros

A capitão Thaise do Corpo de Bombeiros reconhece que o tempo é, sim, importante quando se trata de incêndios. Por isso, afirma ela, atualmente a corporação busca uma redução desse prazo de atendimento. Muitas vezes, conforme diz ela, as condições de algumas estradas podem ser desafiadoras, mas há artifícios para driblar esses impasses.

“Nós buscamos uma redução desse tempo, inclusive com a utilização de helicópteros”, salienta. “Estamos sempre buscando atender da melhor forma possível. Cada unidade do Corpo de Bombeiros conhece todos os municípios que serão atendidos por ela. Existe uma questão de gerenciamento e controle. As unidades fazem essa cobertura de forma estratégica. Há responsáveis por cada local”, diz.

Prevenção

Se, muitas vezes, há diversos desafios para o atendimento de ocorrências, a prevenção se torna ainda mais relevante. Professor do Instituto de Geociências da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Marcelo Nero destaca que é importante ações de conscientização para evitar focos de incêndio.

“Vegetação muito seca pode pegar fogo com alguma ação humana, como o descarte de cigarro. Com casas próximas, as chamas podem se expandir. Em terrenos baldios, as pessoas costumam queimar diversos materiais, que podem causar um incêndio perigoso. Ações de conscientização podem evitar essas ocorrências”, salienta ele.

Relembre os casos

Em pouco mais de um mês, foram registradas pelo menos cinco ocorrências de incêndios de repercussão em locais onde não há unidades do Corpo de Bombeiros. Em alguns, a própria população precisou agir.

Dia 1º de julho – Um idoso de 84 anos foi salvo por vizinhos após a casa onde morava pegar fogo enquanto ele dormia. O caso foi registrado no distrito de Jureia, em Monte Belo, no Sul de Minas.

De acordo com informações do Corpo de Bombeiros, pelo menos 4 mil litros de água foram utilizados no combate às chamas. A Defesa Civil iniciou o serviço até a chegada dos militares, que partiram de Guaxupé, a cerca de uma hora do local.

Dia 5 de agosto – Um menino de cinco anos morreu após a casa em que morava ser incendiada no distrito de Santa Maria do Baixio, em São João do Oriente, na região do Rio Doce. De acordo com os Bombeiros, o corpo do menino foi encontrado debaixo de um colchão consumido pelo fogo.

Vizinhos tentaram controlar o fogo jogando água com mangueiras de jardim até a chegada das equipes dos bombeiros. O incêndio foi combatido por equipes de bombeiros de Ipatinga, Coronel Fabriciano e Timóteo, municípios localizados a cerca de 54 km da casa.

15 de agosto – Um homem de 38 anos colocou fogo em um ônibus na cidade de Ferros, na microrregião de Itabira, na região Central de Minas Gerais. As chamas atingiram a rede elétrica, e os moradores ficaram sem luz. O homem foi preso.

As chamas foram contidas por moradores e servidores que trabalham na Prefeitura. Como o Corpo de Bombeiros mais próximo está localizado a cerca de uma hora, na cidade de Itabira, eles tiveram que usar extintores de incêndio, mangueiras de jardim, baldes e um caminhão-pipa. As chamas causaram diversas explosões na cidade.

15 de agosto – Um idoso de 63 anos morreu carbonizado após a casa dele pegar fogo no município de Luz, na região Centro-Oeste do Estado. Segundo informações do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, a equipe da corporação foi acionada até o local. Lá, verificaram que o fogo havia sido parcialmente controlado por militares da Polícia Militar (PM), com a ajuda de um caminhão-pipa da prefeitura da cidade. Os bombeiros fizeram as ações de rescaldo no lugar, assim como a vistoria da casa.

17 de agosto – Uma explosão ocorrida em uma fábrica de fogos de artifício deixou duas pessoas mortas no município de Santo Antônio do Monte, na região Centro-Oeste de Minas Gerais. O acidente ocorreu na zona rural da cidade. De acordo com informações do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), o pedido de socorro foi registrado às 8h. Quando chegaram ao local, os socorristas informaram que as duas vítimas já estavam mortas.

Aumentam os casos de Síndrome Respiratória entre crianças

O novo Boletim Infogripe, da Fiocruz, aponta que o país atingiu o patamar mais baixo de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave desde o início da pandemia de covid-19 no Brasil. A análise é referente ao período de 7 a 13 de agosto.

A pesquisa destaca, no entanto, que apesar do sinal geral de queda ou estabilização, chama a atenção o aumento recente de casos da síndrome na faixa etária de 0 a 11 anos em diversos estados do Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste.

O coordenador do Infogripe, Marcelo Gomes, afirma que ainda não é possível identificar com clareza o vírus responsável por esse aumento, embora o coronavírus continue sendo predominante em todas as faixas etárias.

Das 27 unidades federativas, apenas Roraima apresentou sinal de crescimento de casos na tendência de longo prazo. Acre e Amapá apresentaram estabilidade, enquanto o restante do país mostrou sinal de queda nessa tendência.

O estudo ainda aponta a presença de casos do vírus influenza A H3N2 em diversas faixas etárias no Rio Grande do Sul, mas sem destaque nos dados nacionais.

Via: Fonte: Rádio Agência Nacional – Por Fabiana Sampaio.
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