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Vereador de Três Corações, cidade onde Pelé nasceu, protocola projetos para retirar homenagens ao Rei do Futebol

Vereador de Três Corações, cidade onde Pelé nasceu, protocola projetos para retirar homenagens ao Rei do Futebol - Foto: reprodução
Vereador de Três Corações, cidade onde Pelé nasceu, protocola projetos para retirar homenagens ao Rei do Futebol – Foto: reprodução

Um vereador de Três Corações (MG) protocolou projetos de lei para mudar o nome de três pontos da cidade que são dedicados ao Rei Pelé, alegando desrespeito às homenagens anteriores.

O maior jogador de futebol de todos os tempos tem as suas comemorações eternizadas em uma estátua de 12 metros de altura que fica às margens da Rodovia Fernão Dias, na entrada da cidade natal do rei do futebol. O tamanho representa a grandeza de um rei que não perde a majestade.

Pelé morreu em 29 de dezembro de 2022, mas o nome está gravado em vários pontos da cidade de cerca de 78 mil habitantes, como a Casa Pelé com a estátua da mãe, Dona Celeste, a Praça Pelé, o ginásio Pelezão, o estádio municipal Rei Pelé e a avenida Rei Pelé.

Mas essas três últimas homenagens podem ser retiradas. Isso porque o vereador Ricardo Ferreira, o Ricardinho do Gás, do Avante, protocolou na Câmara Municipal três projetos de lei para trocar os nomes.

O ginásio Pelézão voltaria a ser chamado de Ginásio Vilelão. A Avenida Rei Pelé retornaria com o nome do deputado Renato Azeredo. E o estádio municipal Rei Pelé teria de volta fachada com o nome Elias Arbex. A intenção do vereador é votar o projeto de lei na próxima sessão, dia 10 de fevereiro.

Diretor municipal de cultura à época das homenagens, o artista plástico Fernando Ortiz defende a importância do rei para a cidade e turistas.

“Eu acho uma insanidade. A história são 32 anos trazendo o nome de Três Corações associado a Pelé para uma mídia saudável e positiva, fazendo o Brasil e o mundo conhecer a cidade de Três Corações, que só era ouvida falar o nome através de Pelé. É sem fala, eu não consegui absorver ainda”.

“Só que isso caiu como uma bomba. Eu falei hoje com o presidente da Câmara, falei, olha, essa notícia vai espalhar, vai cair como uma bomba e vai explodir a nossa cidade, porque toda essa conquista, esse trabalho de 32 anos, pode ser estragado por uma coisa, digamos uma insanidade dessa. Por que tirar o nome?”, disse o artista plástico.

Nas ruas, a população acredita que tirar o nome de uma personalidade conhecida mundialmente pode ser um erro.

Vereador de Três Corações, cidade onde Pelé nasceu, protocola projetos para retirar homenagens ao Rei do Futebol - Foto: reprodução
Vereador de Três Corações, cidade onde Pelé nasceu, protocola projetos para retirar homenagens ao Rei do Futebol – Foto: reprodução

“Pela figura que ele é, aqui é o lugar que ele nasceu. Acho que isso merece uma valorização, sabe? E tirar o nome é muito radical, entende? Eu acho que você está basicamente querendo tirar o nome de uma figura histórica do lugar que ele nasceu, sabe? Acho que ele próprio ficaria mal com isso e acho que a própria população em si ficaria mal com isso, entende?”, opinou o estudante de jornalismo Ronnald Campos.

“Tantas coisas que tem que ver na população, eles são preocupados em tirar a marca que a gente tem com nosso Rei Pelé, ainda mais que nasceu aqui em Três Corações. Então eu não concordo não”, disse o aposentado Luís Dário.

“Eu sou contra tirar o nome do Pelé desses monumentos porque Três Corações é conhecida mundialmente através do Rei Pelé, né? Então não tem porquê tirar”, completou o técnico em segurança do trabalho, Gerson Rodrigues.

O vereador Ricardo Ferreira, do Avante, disse que o motivo da criação dos projetos de lei foi uma suposta falta de respeito com as pessoas que tinham seus nomes vinculados a esses lugares, assim como a quem havia feito as homenagens.

Já o presidente da Câmara, Wesley Dardac, do Podemos, disse que os projetos foram levados para avaliação da Comissão de Constituição, Redação, Justiça e Cidadania da Casa. Se essa comissão for a favor, eles serão colocados em discussão e votação pelos vereadores em plenário. Caso a comissão seja contra, os projetos serão arquivados.

A Prefeitura de Três Corações diz que não vai se manifestar sobre esse assunto.

Vereador de Três Corações, cidade onde Pelé nasceu, protocola projetos para retirar homenagens ao Rei do Futebol - Foto: reprodução
Vereador de Três Corações, cidade onde Pelé nasceu, protocola projetos para retirar homenagens ao Rei do Futebol – Foto: reprodução

Via: G1

Velório de Pelé termina após 24 horas de homenagens; corpo segue em cortejo para cemitério

Depois do velório público que durou 24 horas, o corpo do Rei Pelé parte para um cortejo fúnebre em um caminhão do Corpo de Bombeiros no fim da manhã desta terça-feira. A última despedida ao craque brasileiro ocorreu no centro da Vila Belmiro, estádio do Santos. Durante a cerimônia, mais de 250 mil pessoas passaram para se despedir do Rei do Futebol. Na manhã de hoje, o presidente Lula e a primeira-dama Janja estiveram no velório.

Pouco depois das 10h, o corpo de Pelé saiu pelos portões 4 e 5 da Vila Belmiro rumo ao cortejo fúnebre. No trajeto, o caixão irá passar próximo da casa de Dona Celeste, sua mãe de 100 anos. Depois, o corpo do Rei do Futebol será levado ao Memorial Necrópole Ecumênica, cemitério onde será sepultado.

A cerimônia de sepultamento, marcada para 12h, será restrita à família do jogador, sem a presença dos fãs e dos amigos de Pelé. O cemitério ficará fechado para a visitação na hora do sepultamento.

Pelé morreu na última quinta-feira (29), de falência múltipla de órgãos, após um câncer de cólon. O ex-jogador estava internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, desde o dia 29 de novembro.

Homenagens

Mais de 250 mil pessoas encararam um calor de mais de 30ºC e filas que duraram até duas horas para ver Pelé desde a manhã de segunda-feira (2). Os filhos Edinho, Kelly, Jennifer, Joshua, Celeste e Flávia se revezaram ao lado do caixão. Pelé também recebeu as visitas dos netos Octávio Felinto Neto e Gabriel Arantes do Nascimento, filhos de Sandra Regina, que o Rei reconheceu como herdeira apenas no final da década de 90.

Personalidades do Santos e do futebol também prestaram homenagens a Pelé. O presidente da Fifa, Gianni Infantino, foi um dos primeiros a chegar ao velório. Ele afirmou que vai propor a todos os 211 países associados à entidade a darem a um estádio o nome de Pelé.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e os prefeitos de São Paulo, Ricardo Nunes, e de Três Corações, José Roberto de Paiva, foram alguns dos políticos que prestaram condolências à família.

Vanerlei Mantovani foi último torcedor a se despedir do Rei Pelé: “Muita gente jovem, eu com 74 anos vi ele jogar muito, muito. [O sentimento é de] O carinho, com todo esse público brasileiro, o carinho dele, ele transmitia jogando bola, principalmente a humildade dele. Ele era muito humilde. Achei que nem ia entrar. Quando eu vi que estava fechando eu corri.”

Com autoridades presentes, velório de Pelé é aberto ao público em Santos

O velório de Pelé na Vila Belmiro, em Santos, foi aberto ao público hoje às 10h (de Brasília) e terá duração de 24 horas.

  • O velório começou já com a presença de autoridades. O ministro do STF Gilmar Mendes foi a primeira autoridade a chegar.
  • Mais tarde, os presidentes Gianni Infantino (Fifa), Alejandro Dominguez (Conmebol), Ednaldo Rodrigues (CBF) e Reinaldo Carneiro Bastos (Federação Paulista de Futebol) chegaram juntos à Vila.
  • Quase 100 pessoas já estavam na fila por volta das 6h30, três horas e meia antes do início do velório.
  • O sepultamento ocorrerá no Memorial Necrópole Ecumênica, amanhã, e está previsto para 12h.
  • Márcia Aoki, viúva de Pelé, chegou ao velório pouco depois da abertura ao público e chorou muito ao lado do caixão, sendo consolada por Edinho, um dos filhos do Rei.

Pelé morreu na última quinta-feira (29), aos 82 anos. Segundo o atestado de óbito registrado em um cartório de São Paulo, o Rei do Futebol morreu por quatro causas: insuficiência renal, insuficiência cardíaca, broncopneumonia e adenocarcinoma de cólon.

Governo de Minas decreta luto oficial de três dias pelo falecimento de Pelé

O Governo de Minas Gerais decretou, na última quinta-feira (29), luto oficial de três dias, em todo o estado, em sinal de pesar pelo falecimento do mineiro Edson Arantes do Nascimento, o Pelé.

Natural de Três Corações, o ‘Rei do futebol’, como ficou conhecido internacionalmente, foi o mais jovem jogador da história a vencer uma Copa do Mundo, aos 17 anos, projetando o Brasil para o cenário mundial deste esporte.

Pelas redes sociais, o governador Romeu Zema e o secretário-geral e vice-governador eleito, Professor Mateus, lamentaram a morte do desportista.

“Minas perde um dos seus filhos mais ilustres; o Brasil, o seu maior camisa 10; e, o mundo, o Rei do futebol. De Três Corações, o Atleta do Século. Em nossas memórias ficarão as vitórias e alegrias que proporcionou aos brasileiros e amantes do esporte”, disse o governador.

“Mineiro de Três Corações, o Edson virou Pelé, depois o Rei. O Rei eterno do futebol mundial e melhor de todos os tempos. Perdemos hoje nosso maior camisa 10. Meus sentimentos a todos os brasileiros”, registrou o vice-governador eleito.

O tricordiano Edson faleceu em São Paulo nesta quinta-feira, aos 82 anos, e enfrentava dura batalha contra um câncer no intestino, desde 2021. Pelé se despede com status de imortal e reconhecido em todos os continentes como o maior jogador de futebol de todos os tempos.

Morre Pelé, o Rei do Futebol, aos 82 anos

Morreu, nesta quinta-feira (29), aos 82 anos, Edson Arantes do Nascimento, o Pelé. Dono do incontestável título de Rei do esporte mais popular do planeta, o brasileiro tricampeão da Copa do Mundo com a camisa da Seleção Brasileira e autor de mais de mil gols na carreira não resistiu a problemas de saúde causados por complicações de um câncer. Ele estava internado desde 29 de novembro no Hospital Albert Einstein, em São Paulo.

O diagnóstico do tumor de cólon (intestino grosso) de Pelé foi feito em setembro de 2021, quando ele passou por uma cirurgia. Desde então, as visitas do ex-jogador de futebol à unidade hospitalar passaram a ser frequentes e programadas. Em algumas delas, o ídolo chegou a ficar na UTI. No início de 2022, foram identificadas metástases no intestino, no pulmão e no fígado. Na última internação, os médicos constataram que o tratamento de quimioterapia não surtia mais efeitos.

Com isso, o Rei do Futebol passou a receber cuidados paliativos para aliviar o desconforto e a dor. Pelé recebeu diversas homenagens de fãs, famosos e da comunidade do futebol na internet. Nos últimos dias, prédios e monumentos do Catar, país-sede da Copa do Mundo de 2022, receberam projeções com a mensagem “fique bem logo” desejando melhoras ao ídolo. Na última partida da Seleção Brasileira, contra Camarões, torcedores estenderam a mensagem em prol da pronta recuperação do ex-jogador de futebol em faixas e cartazes.

Bastante ativo nas redes sociais, o Rei do Futebol chegou a fazer uma publicação para agradecer o carinho. “Amigos, eu estou no hospital fazendo minha visita mensal. É sempre bom receber mensagens positivas como essa. Obrigado ao Catar por essa homenagem, e a todos que me enviam boas energias”, postou, na sexta-feira (2/12), no Instagram. No Twitter, a última mensagem de Pelé foi feita em 5 de dezembro.

A história do Rei do Futebol

Pelé nasceu em 23 de outubro de 1940, em Três Corações, para onde o pai, João Ramos do Nascimento, o jogador Dondinho, se mudou para servir o exército. Estabelecido na cidade, Dondinho conheceu Celeste, filha de um vendedor de lenha, com quem se casou e teve três filhos, o primeiro deles batizado de Edson em homenagem a Thomas Edison, inventor da luz elétrica. Nos primeiros anos, o garoto recebeu da família o apelido de Dico. A mudança para Pelé foi em 1943, em homenagem ao goleiro Bilé, do Vasco da Gama de São Lourença, clube de Dondinho à época.

Em 1945, a família Arantes do Nascimento trocou Três Corações por Bauru, no interior de São Paulo, onde Dodinho foi jogar. Na cidade, Pelé atuou em categorias de base do Sete de Setembro e, em seguida, no Baquinho, os juvenis do Bauru Atlético Clube. Em 1956, foi levado pelo ex-atacante Waldemar de Brito para treinar no Santos.

Pelé chegou ao Santos com 15 anos e 10 meses, no início de agosto de 1956. A estreia com a camisa do Santos não demoraria: em 7 de setembro, marcaria o primeiro de seus 1.091 gols pelo Peixe, substituindo o veterano Del Vecchio no segundo tempo da vitória sobre o Corinthians de Santo André, por 7 a 1, no ABC Paulista.

Todos os feitos foram precoces na carreira meteórica de Pelé. Em 7 de julho de 1957, estreou pela Seleção Brasileira marcando o gol da derrota, por 2 x 1, no Macaranã, em 7 de julho de 1957. Caçula do grupo na Copa do Mundo da Suécia, assumiu o posto de titular na terceira partida. O garoto foi decisivo na fase final, ao marcar o gol da vitória sobre País de Gales, por 1 a 0, que classificou o Brasil às semifinais. Até hoje é o único jogador a marcar três gols em uma final de Copa, na goleada sobre a França, por 5 a 2. No fim do ano, levantou o primeiro dos 10 troféus do Paulista pelo Santos.

A consagração viria na década de 1960. Com a Seleção Brasileira, conquistou o bicampeonato no Chile’1962, embora tenha se machucado na segunda partida. Com o Santos foi bicampeão da Libertadores e do Mundial Interclubes, em 1962 e 1963. No Brasil, teve a sequência de cinco títulos da Taça Brasil, iniciada em 1961, interrompida em 1966, quando perdeu para o Cruzeiro.

Na década de 1970, na considerada maior Seleção Brasileira de todos os tempos, conquistou o tricampeonato no México. Os anos seguintes foram marcados pelas despedidas, primeiro da Seleção (em julho de 1971), depois do Santos (em outubro de 1974). Os três anos seguintes foram no New York Cosmos, até se aposentar definitivamente em 1977. Desde a aposentadoria, Pelé é o embaixador mundial de futebol. Recebeu as mais variadas homenagens, da ONU ao Palácio de Buckingham.

Em 21 anos de carreira profissional, foram 1.367 jogos e 1.279 gols por Santos, Seleção Brasileira, Seleção Paulista, Seleção das Forças Armadas e New York Cosmos, para onde se transferiu em junho de 1975. Com a camisa do Peixe, Pelé jogou 1.116 partidas e balançou as redes 1.091 vezes. Pelo Brasil, foram 114 jogos e 91 gols.

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