Jornal Folha Regional

Petrobras registra prejuízo de R$ 2,6 bi e valor mínimo em dividendos

Petrobras registra prejuízo de R$ 2,6 bi e valor mínimo em dividendos - Foto: reprodução
Petrobras registra prejuízo de R$ 2,6 bi e valor mínimo em dividendos – Foto: reprodução

A Petrobras registrou prejuízo de R$ 2,6 bilhões no segundo trimestre de 2024, revertendo lucro de R$ 28,8 bilhões no mesmo período do ano anterior, resultado provocado principalmente por efeitos contábeis, como o acordo para quitar dívidas tributárias de R$ 20 bilhões com a União.

Sem os efeitos extraordinários, o lucro líquido seria de R$ 28 bilhões. Com o resultado, a estatal anunciou a distribuição de R$ 13,6 bilhões em dividendos a seus acionistas, valor mínimo previsto em sua política de remuneração.

“A Petrobras manteve uma forte geração de caixa no segundo trimestre de 2024, que permitiu realizar US$ 3 bilhões em investimentos, cumprir nossa política de remuneração aos acionistas e pagar dividendos”, afirmou o diretor Financeiro da companhia, Fernando Melgarejo.

“O resultado líquido do trimestre deve ser analisado à luz de eventos que impactaram o resultado contábil, mas sem impacto relevante no caixa da empresa”, completou.

Foi o primeiro balanço divulgado sob a gestão Magda Chambriard, que assumiu o comando da Petrobras no fim de maio após processo de fritura que culminou com a demissão de Jean Paul Prates.

Segundo a estatal, dois fatores contábeis tiveram forte impacto sobre o resultado. O acordo tributário contribuiu negativamente com R$ 11,9 bilhões e a desvalorização do real frente ao dólar, com outros R$ 12,5 bilhões.

Assim, diz a companhia, lucro de suas operações se transformou em um prejuízo. Ainda assim, a empresa disse que gerou caixa suficiente para pagar os dividendos –sua política prevê a distribuição mínima de 45% do fluxo de caixa livre.

Petrobras anuncia reajuste no preço da gasolina em 7% e do gás de cozinha em 9,8%

Petrobras anuncia reajuste no preço da gasolina em 7% e do gás de cozinha em 9,8% - Foto: reprodução
Petrobras anuncia reajuste no preço da gasolina em 7% e do gás de cozinha em 9,8% – Foto: reprodução

A Petrobras informou, nesta segunda-feira (8), que fará um aumento nos preços da gasolina e do gás de cozinha para as distribuidoras. Os novos valores serão válidos a partir da próxima terça-feira (9).

Para o óleo diesel, entretanto, a companhia não anunciou ajustes nesta segunda-feira.

O litro da gasolina subirá R$ 0,20, passando de R$ 2,81 para R$ 3,01, ou alta de 7,12%. Já o preço médio do gás de cozinha de 13kg terá elevação de R$ 3,10, passando a R$ 34,70, ou avanço de 9,81%.

O último reajuste da gasolina pela estatal tinha sido feiro em outubro de 2023, com uma redução de R$ 0,12, para R$ 2,81 o litro. O último aumento havia sido em agosto do ano passado, segundo dados da companhia.

Na visão da XP, com relação à inflação, a gasolina cerca de 7% mais cara pode ter impacto de 17 pontos-base no IPCA, enquanto o avanço de quase 10% do GLP pode trazer alta de 4 pontos-base no índice, totalizando 21 pontos-base. “Como não tínhamos previsão de reajuste em nosso cenário base, nossa projeção de 3,8% para o IPCA em 2024 tem viés de alta”, avalia a equipe macro da XP.

Confira o comunicado da Petrobras sobre o reajuste:

A partir de amanhã, 09/07, a Petrobras ajustará seus preços de venda de gasolina A para as distribuidoras que passará a ser, em média, de R$ 3,01 por litro, um aumento de R$ 0,20 por litro.

Considerando a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para composição da gasolina C vendida nos postos, a parcela da Petrobras na composição do preço ao consumidor passará a ser de R$ 2,20 /litro, uma variação de R$ 0,15 a cada litro de gasolina C.

Em 2024, este é o primeiro ajuste nos preços de venda de gasolina A da Petrobras para as distribuidoras. O último ajuste ocorreu em 21/10/2023, uma redução. E o último aumento ocorreu em 16/08/2023.

Desde a implementação da nova estratégia comercial, a Petrobras reduziu seus preços de venda para as distribuidoras em R$ 0,17 /litro.

Já para o GLP, a Petrobras ajustará seus preços de venda para as distribuidoras que passará a ser, em média, equivalente a R$ 34,70 por botijão de 13kg, um aumento equivalente a R$ 3,10.

Em 2024, este é o primeiro ajuste nos preços de venda de GLP da Petrobras para as distribuidoras. Os últimos ajustes ocorreram em 17/05 e 01/07/2023, duas reduções. E o último aumento ocorreu em 11/03/2022.

Desde 31/12/2022, a Petrobras reduziu seus preços de venda para as distribuidoras em valor equivalente a R$ 7,34 /13kg.

Quem é Magda Chambriard, a nova presidente da Petrobras

Quem é Magda Chambriard, a nova presidente da Petrobras – Foto: reprodução

A Petrobras confirmou na noite da última terça-feira (14) que Magda Chambriard vai substituir Jean Paul Prates no comando da estatal.

Prates deixou a petroleira após uma série de desgastes entre o líder da estatal e ministros do governo, em especial com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e com Rui Costa, da Casa Civil.

Magda Maria de Regina Chambriard, de 67 anos, é engenharia civil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ela iniciou sua carreira na Petrobras, em 1980, atuando sempre na área de produção.

Em 1980, concluiu a pós-graduação em engenharia de reservatórios e avaliação de formações e, em 1983, em engenharia de reservatórios e produção, ambas pela Universidade Corporativa da Petrobras.

Chambriard foi diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) de 2012 a 2016, durante o governo de Dilma Rousseff (PT).

A engenheira liderou a criação da Superintendência de Segurança e Meio Ambiente, Superintendência de Tecnologia da Informação, os trabalhos relativos aos estudos e elaboração dos contratos e editais, além dos estudos técnicos que culminaram na primeira licitação do pré-sal.

Edital da Petrobras destina mínimo de 15% de R$ 250 mi por região brasileiras

Espetáculo Cabaré Coragem cumprirá temporada em BH — Foto: Beto Hektor/Divulgacao
Espetáculo Cabaré Coragem cumprirá temporada em BH — Foto: Beto Hektor/Divulgacao

A Petrobras lançou, na última sexta-feira (23), no Rio de Janeiro, a Seleção Pública Petrobras Cultural – Novos Eixos, edital de patrocínio para projetos culturais no valor de R$ 250 milhões. O montante se somará a outros R$ 150 milhões já investidos e chegará aos R$ 400 milhões, maior patrocínio da história da companhia no setor. As inscrições são gratuitas e vão até o dia 8 de abril.

Um dos objetivos do edital é alcançar todas as regiões do Brasil, e, para isso, a organização decidiu que as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, que historicamente contam com menos investimentos culturais, vão receber uma pontuação adicional na seleção dos projetos culturais. Além disso, cada Estado deverá ser local de realização de atividades de pelo menos dois projetos e todas as regiões do Brasil, inclusive as já citadas, terão mínimo de 15% do valor da seleção, incluindo a Sudeste, onde está Minas Gerais.

Fazendo uma conta rápida levando em consideração os quatro Estados do Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo), isso pode significar que o investimento em Minas talvez chegue na casa dos R$ 9 milhões – é importante destacar, no entanto, que edital não especifica o montante por Estado, e, sim, por região. Diferentes expressões artísticas mineiras já contaram com o apoio da estatal, como o Grupo Corpo, dedicado à dança, e o Grupo Galpão, ao teatro.

Na gestão do governo Bolsonaro, porém, houve um período de baixas, e a petroleira chegou a encerrar o patrocínio com ambas as companhias, em 2020, motivada por constantes cortes da verba destinadas à cultura. Segundo o presidente da Petrobras, em 2022, a estatal destinou R$ 27 milhões para o setor. No ano passado, esse montante subiu para R$ 59,5 milhões, e, agora, chega aos R$ 400 milhões. O último edital desse porte, segundo a estatal, ocorreu em 2012, há 12 anos, durante o primeiro mandato de Dilma Rousseff. Ainda assim, o orçamento daquele ano, de R$ 67 milhões, foi três vezes menor que o do edital de agora.

No último patrocínio divulgado pela Petrobras, pelo menos oito projetos culturais de Minas Gerais foram contemplados com o apoio da companhia. Dentre eles, estão o do próprio Grupo Galpão, em turnê pelo Brasil com o espetáculo “Cabaré Coragem”; o do projeto Lá da Favelinha, com o Favelinha em Ação, que realiza shows e debates com talentos da periferia; e o do Instituto Inhotim, em cartaz com a exposição Abdias Nascimento – Atos III e IV, que apresenta obras que abordam a negritude nas diversas esferas da sociedade.

A companhia contemplou ainda as produções dos filmes “Tubarão Martelo e os Habitantes do Fundo do Mar” e “Martina e Guará” e das realizações do espetáculo “Cora do Rio Vermelho visita Minas Gerais”, da Festa Literária Internacional da Mantiqueira (MG-SP) e do Miniteatro Ecológico, do grupo Giramundo.

A atriz Inês Peixoto, do Grupo Galpão, conta que a “Petrobras faz uma falta incrível no cenário cultural brasileiro, em todas as vertentes que a cultura representa, como o teatro, o cinema, música e nas artes plásticas. Eu festejo com muitos foguetes e aplausos esse edital. A Petrobras está novamente em parceria com o Galpão, e, felizmente, fomos contemplados para caminhar junto da Petrobras”, diz. Ela explica que o dinheiro do patrocínio, com vigência até outubro de 2024, favorece o grupo como um todo, levando em consideração não só a turnê, como questões de estrutura e promoções de oficinas, por exemplo.

Diretor do filme “O Tubarão Martelo e Os Habitantes do Fundo do Mar”, um dos vencedores do edital da Petrobras, Cláudio Fraga destaca a importância de editais cultuais. “É com eles que conseguimos viabilizar a produção e realização dos projetos”, comenta. “Só conseguimos fazer o filme, realmente, por causa do edital nacional, representando, dessa forma, o audiovisual mineiro e toda essa cadeia produtiva de Minas Gerais, que concentra grandes profissionais de animação. Então, nos dá muito orgulho e é muito importante ter esse tipo de iniciativa para que a produção mineira tenha um alcance além das nossas montanhas”, reitera. 

A ministra da Cultura, Margareth Menezes, presente no evento ao lado do presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, destacou a importância do caráter regionalizado do edital. “Temos buscado ativamente implementar e elaborar políticas culturais para todas as pessoas e em todas as pontas do Brasil, porque não é mais aceitável que os recursos culturais, destinados pelo governo federal, fiquem concentrados. Nós queremos estar no Brasil inteiro e faremos chegar esses recursos nas cinco regiões, nos 27 estados brasileiros”, disse a ministra.  

Quem pode participar do edital?

O edital foi dividido em quatro eixos temáticos – “Produção e Distribuição”, “Ícones de Cultura Brasileira”, “Cinema e Cultura Digital” e “Festivais e Festas Populares” – e tem a brasilidade como tema norteador. Podem participar do certame propostas de espetáculos artísticos, de exposições, de filmes, de festivais temáticos e de festas regionais.

Também poderão concorrer projetos de manutenção de grupos artísticos e de programação para espaços culturais. Além disso, todas as propostas inscritas devem contemplar elementos que promovam a diversidade, bem como possibilitar ações que contribuam para a economia criativa. O formulário de inscrição contém campos específicos para o preenchimento dessas informações. 

A companhia ainda espera abranger grupos sub-representados e de segmentos étnico-raciais em situação de vulnerabilidade. Para isso, vai reservar 25% das vagas para projetos propostos, liderados ou que apresentem como tema principal: mulheres, pessoas negras, pessoas oriundas de povos indígenas, comunidades tradicionais (inclusive de terreiros e quilombolas), populações nômades, povos ciganos, pessoas da comunidade LGBTQIAPN+, pessoas com deficiência e integrantes de outros grupos em situação de vulnerabilidade.

Para participar do edital, os projetos ainda devem estar inscritos ou deverão se inscrever na Lei Rouanet ou Lei do Audiovisual. A estatal explicou que essa ação pode ser feita após o resultado do processo seletivo. A divulgação dos projetos selecionados ocorrerá em 23 de julho desde ano. 

O que é a lei Rouanet?

A Lei Federal de Incentivo à Cultura (Nº 8.313/1991), popularmente conhecida por Lei Rouanet, oficializa o mecenato (prática de estímulo à produção cultural e artística por meio de financiamento). Com isso, parte dos recursos que iriam para o pagamento do Imposto de Renda é destinado para o investimento de artistas e de suas obras. Segundo as normas da lei, há um limite de 6% de verba sobre o Imposto de Renda para pessoas jurídicas, e de 4% para pessoas físicas.

Petrobras reduz preço do diesel e espera combustível abaixo de R$ 6

Petrobras reduz preço do diesel e espera combustível abaixo de R$ 6 - Foto: reprodução
Petrobras reduz preço do diesel e espera combustível abaixo de R$ 6 – Foto: reprodução

A Petrobras anunciou, nesta quinta-feira (07/12), a redução do preço do diesel para as distribuidoras em R$ 0,27 por litro. Considerando que o combustível precisa de uma mistura de 12% de biodiesel para ser vendido nos postos, a redução na bomba pode ser de R$ 0,24, caso toda a cadeia de produção repasse a queda ao motorista. A mudança começa a valer nesta sexta-feira (08).

Com isso, a expectativa da petrolífera é que o preço médio do diesel S10 fique abaixo de R$ 6 e atinja R$ 5,92, considerando o preço médio nacional apurado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) na última semana. Em Minas Gerais, o valor pode chegar a R$ 5,87.

A redução chega em um momento de expectativa de alta do diesel, já que o PIS/Cofins deve voltar a ser cobrado a partir de 1º de janeiro, com o fim da desoneração dos impostos federais. A Federação Nacional das Distribuidoras de Combustíveis, Gás Natural e Biocombustíveis (Brasilcom) estima que isso possa representar uma alta de R$ 0,33 por litro nos postos.

Petrobras aumenta preço do querosene de aviação em 5,3%

Petrobras aumenta preço do querosene de aviação em 5,3% – Foto: reprodução

A Petrobras aumentou o preço do querosene de aviação (QAV) em 5,3% a partir de 1º de outubro, refletindo a alta do petróleo no mercado internacional. O QAV é reajustado mensalmente, ao contrário de outros combustíveis da empresa que não possuem contratos.

Desde o início de setembro, o petróleo vem sendo negociado acima dos US$ 90 o barril, mas o presidente da companhia, Jean Paul Prates, descartou a necessidade de aumento da gasolina e do diesel neste momento de alta volatilidade nos preços da commodity. 

Petrobras aumenta preço da gasolina em R$ 0,41 por litro; diesel ficará R$ 0,78 mais caro nas distribuidoras

Petrobras aumenta preço da gasolina em R$ 0,41 por litro; diesel ficará R$ 0,78 mais caro nas distribuidoras – Foto: REUTERS/Adriano Machado

A Petrobras anunciou nesta terça-feira (15) que aumentará, a partir de amanhã, em R$ 0,41 por litro o seu preço médio de venda de gasolina A para as distribuidoras. Com o reajuste, o preço por litro do combustível passará a ser de R$ 2,93.

Segundo a empresa, considerando a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, R$ 2,14 a cada litro vendido na bomba.

No ano, a variação acumulada do preço de venda de gasolina A da Petrobras para as distribuidoras é uma redução de R$ 0,15 por litro.

Para o diesel, a Petrobras aumentará em R$ 0,78 por litro o seu preço médio de venda de diesel A para as distribuidoras, que passará a ser de R$ 3,80 por litro.

Considerando a mistura obrigatória de 88% de diesel A e 12% de biodiesel para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, R$ 3,34 a cada litro vendido na bomba.

No ano, a variação acumulada do preço de venda de diesel A da Petrobras para as distribuidoras é uma redução de R$ 0,69 por litro.

Ainda segundo comunicado da empresa, destaca-se que o valor efetivamente cobrado ao consumidor final no posto é afetado também por outros fatores como impostos, mistura de biocombustíveis e margens de lucro da distribuição e da revenda.

Importante esclarecer que a implementação da estratégia comercial, em substituição à política de preços anterior, incorporou parâmetros que refletem as melhores condições de refino e logística da Petrobras na sua precificação.

Em um primeiro momento, isso permitiu que a empresa reduzisse seus preços de gasolina e diesel e, nas últimas semanas, mitigasse os efeitos da volatilidade e da alta abrupta dos preços externos, propiciando período de estabilidade de preços aos seus clientes.

No entanto, a consolidação dos preços de petróleo em outro patamar, e estando a Petrobras no limite da sua otimização operacional, incluindo a realização de importações complementares, torna necessário realizar ajustes de preços para ambos os combustíveis, dentro dos parâmetros da estratégia comercial, visando reequilíbrio com o mercado e com os valores marginais para a Petrobras.

Ciente da importância de seus produtos para a sociedade brasileira, a companhia reitera que na formação de seus preços busca evitar o repasse da volatilidade conjuntural do mercado internacional e da taxa de câmbio, ao passo que preserva um ambiente competitivo salutar nos termos da legislação vigente.

De forma a contribuir para a transparência de preços e melhor compreensão da sociedade, a Petrobras publica em seu site informações referentes à sua parcela e dos demais agentes na formação e composição dos preços médios de combustíveis ao consumidor.

Petrobras anuncia redução de 7,1% no preço de venda de gás natural

Petrobras anuncia redução de 7,1% no preço de venda de gás natural – Foto: reprodução

A Petrobras anunciou que o preço de venda de gás natural será reduzido em uma média de 7,1% por metro cúbico a partir de 1º de agosto, considerando a variação do preço do produto e do seu transporte por dutos. Segundo a estatal, essa atualização segue o que foi previamente acordado nos contratos com as distribuidoras.

Ao longo do ano, o preço do gás natural vendido pela Petrobras para as distribuidoras já acumula uma queda de aproximadamente 25%, de acordo com informações da companhia.

De acordo com a estatal, os contratos firmados com as distribuidoras estipulam atualizações trimestrais da parcela do preço relacionada à molécula do gás, atrelada às oscilações do petróleo Brent e da taxa de câmbio. Nesse sentido, para o trimestre em questão, o petróleo registrou uma queda de 3,8% e o câmbio teve uma apreciação de 4,8%.

Vale ressaltar que o preço final do gás natural ao consumidor não é determinado unicamente pelo valor de venda praticado pela Petrobras. Outros fatores também são levados em conta, como o portfólio de suprimento de cada distribuidora, suas margens de lucro e, no caso do GNV (gás natural veicular), dos postos de revenda, além dos tributos federais e estaduais.

A empresa informou que as tarifas cobradas do consumidor são aprovadas pelas agências reguladoras estaduais, seguindo a legislação e a regulação específicas. Além disso, a estatal esclareceu que a atualização anunciada para o dia 1º de agosto de 2023 não se aplica ao preço do GLP (gás de cozinha), que é envasado em botijões ou vendido a granel.

Petrobras diz ter comprovado 10 casos de assédio e importunação sexual entre 81 denúncias

Petrobras diz ter comprovado 10 casos de assédio e importunação sexual entre 81 denúncias – Foto: reprodução

A Petrobras diz ter comprovado 10 casos de assédio sexual e importunação sexual de um conjunto de 81 denúncias feitas entre 2019 e 2022.

Após dezenas de relatos desses casos feitos por funcionárias da empresa, a Petrobras decidiu, em abril de 2023, promover um raio-x nos casos que foram levados à ouvidora a partir de 2019 –ano em que as apurações passaram a ser centralizadas pela ouvidoria.

Cerca de dois meses depois, a empresa afirma ter concluído a investigação de 80 casos –há uma apuração ainda não encerrada. Em dez casos, a empresa diz ter comprovado total ou parcialmente os fatos relatados — o equivalente a 12,34% do total de denúncias registradas na ouvidoria.

As informações foram obtidas por meio da Lei de Acesso à Informação e complementadas posteriormente com a assessoria de imprensa da Petrobras.

A estatal afirmou que cinco denúncias resultaram em demissão. Já os outros casos, a depender da gravidade dos fatos confirmados, acarretaram suspensões ou providências administrativas, como, por exemplo, afastar o assediador do convívio da vítima, com mudança de setor ou unidade.

Com sede no Rio de Janeiro, a empresa não informou onde ocorreram os casos.

Em abril, depois que a Globonews divulgou relatos de assédio e importunação feitos por funcionárias, a Petrobras prometeu diminuir de 180 para 60 dias o prazo para a conclusão da apuração das denúncias, além de centralizar a investigação na área de Integridade Corporativa e oferecer atendimento psicológico às vítimas. Ao g1, a Petrobras não informou quantas vítimas passaram a receber esse atendimento.

De abril até junho, a Petrobras contabilizou 4 novas denúncias de assédio (duas em 2023, uma em 2022 e outra sem ano identificado) e outras 11 denúncias de importunação sexual. Esses casos estão em apuração.

Segundo o diretor de governança da Petrobras, Mário Spinelli, “o assédio sexual envolve uma conscientização de todos os envolvidos, de todos os níveis da companhia” e que, por isso, tem sido um assunto muito debatido dentro da empresa.

Ele afirma que desde abril, o grupo de trabalho tem procurado criar um ambiente que acolha as vítimas e ofereça atendimento psicológico, mesmo que não seja feita uma denúncia.

Sobre o número de denúncias feitas aos canais de atendimento após as reportagens feitas pela GloboNews, Spinelli entende que as funcionárias se sentiram mais seguras para denunciar e que “parece evidente que exista uma procura maior pelo serviço” (veja mais abaixo a nota da Petrobras).

Segundo o Sindipetro-RJ apenas 17% do quadro de funcionários da empresa é composto por mulheres. Nas refinarias, a proporção é bem menor.

Entenda o caso

Em um grupo de WhatsApp, funcionárias da Petrobras relataram dezenas de episódios de assédio sexual cometido por colegas de trabalho e superiores hierárquicos quando estavam embarcadas em plataformas e também em outras unidades da empresa, como o Centro de Pesquisas (Cenpes).

As denúncias de assédio foram inicialmente reveladas por Ancelmo Gois, colunista do jornal “O Globo”. A GloboNews teve acesso a um compilado de 53 mensagens com relatos espontâneos de pessoas que foram vítimas dos abusos ou também testemunhas de agressões contra as trabalhadoras.

“A gente botava cadeira na porta à noite porque era proibido trancar… Uma amiga passou por uma situação bizarra. Chegou no camarote e tinha um cara mexendo nas calcinhas dela”, dizia uma das mensagens.

“A recepcionista da gerência que eu trabalhava teve o seio apalpado por um petroleiro, dentro da empresa. O caso virou o escândalo da gerência e todo mundo soube do caso, mas a chefia não fez nada. A moça foi transferida de área”, afirmava outro relato.

Em 2022, um petroleiro foi denunciado pelo Ministério Público do Rio por assédio e importunação sexual contra uma mulher que prestava serviços à empresa. Uma investigação interna foi aberta pela ouvidoria, mas foi arquivada, sem punição, sob a alegação de falta de provas, apurou a GloboNews. Mas a estatal só demitiu o funcionário seis meses depois tomar conhecimento do caso e as denúncias feitas pela Promotoria.

Depois das mensagens virem à tona, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou que a empresa vai fortalecer medidas de combate ao assédio.

Em abril, a Diretoria Executiva da companhia aprovou uma série de recomendações feitas por um grupo de trabalho dedicado ao tema, entre elas: criação de uma equipe especializada para apuração das denúncias, centralização de todas as investigações na área de Integridade Corporativa, prazo de 60 dias para a conclusão das apurações e criação de um canal 24 horas para suporte psicológico.

Grito de socorro

A analista Aline Silva Mendes Pinto é funcionária terceirizada e denunciou à Ouvidoria da Petrobras ter sido vítima de assédio sexual no Edifício Senado, na cidade do Rio de Janeiro. O abuso, segundo a denúncia, foi cometido por um colega de trabalho, após diversos episódios de importunação. Ela relata que o caso mais grave foi em julho do ano passado, após retornar do almoço e ser abordada pelo funcionário. Os dois estavam sozinhos na sala.

“Ele colocou o celular em cima da mesa e foi quando ele tentou colocar a mão em mim. Eu olhei para ele e vi que ele estava de perna aberta e eu vi que as partes dele estavam avantajadas. Aquilo foi me causando um nervosismo, uma aflição. Ele continuou com um dos pés no chão e o outro prendendo a minha cadeira. Eu levantei e ele veio por a mão dele em mim, e aí eu empurrei a mão dele e saí em retirada dali. Eu estava ali sozinha, eu não tinha com quem falar, pedir ajuda”, contou.

Nos dias seguintes, Aline diz que comunicou seus superiores diretos, além de registrar uma queixa na Ouvidoria da Petrobras e na Polícia Civil. O inquérito policial, segundo ela, não teve andamento. Já em relação à investigação interna da estatal, a funcionária recebeu um e-mail em dezembro do ano passado comunicando que não foi possível confirmar o abuso sexual por falta de testemunhas, imagens ou documentos.

Com a mudança de política nas investigações sobre os assédios, Aline espera que o caso dela seja revisto e cobra punição do agressor.

“Na época, eu estava grávida e, infelizmente, depois disso, eu tive um aborto. Eu tive perdas irreparáveis. E isso que eu estou dando é um grito de socorro. Eu esperava mais importância no meu caso, mesmo porque não foi um caso que eu escondi. Foi um caso que todos os gestores ficaram sabendo. Hoje eu estou trabalhando 100% dentro da minha casa e ele está indo trabalhar normalmente”, revelou.

Questionada pela reportagem, a Petrobras disse que a apuração da área especializada “não confirmou a autoria do ato relato, mesmo ouvindo testemunhas e buscando eventuais provas documentais”.

A coordenadora do coletivo de petroleiras da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Patrícia Jesus, acompanhou os trabalhos do grupo de trabalho dedicado aos casos de assédio sexual na Petrobras e afirma que as medidas adotadas pela empresa deram mais acolhimento e celeridade às investigações.

“Nós pedimos nessa conversa com GT (grupo de trabalho) que a vítima fosse ouvida por uma equipe multidisciplinar que fosse composta por mulheres… uma assistente social, uma psicóloga, que tivesse um ambiente que ela se sentisse à vontade para contar o o assédio sofrido e se sentir segura. Também é muito importante essa confidencialidade, porque temos vítima que quer fazer a denúncia, mas ela não quer se expor”, explica a coordenadora do coletivo.

Ela ressalta que a FUP e outras entidades sindicais também têm reforçado que é necessário o trabalho de conscientização para orientar quem foi alvo de investigação. “Não é só tirar o cara de um ambiente de trabalho e mudar para outro, e ele continuar fazendo a mesma coisa no outro lugar. Ele tem que se conscientizar de que o que ele fez é errado. Então, para isso, a empresa tem nessa proposta do grupo de trabalho montar um curso de masculinidade tóxica”, disse.

O que diz a Petrobras

Leia a seguir a nota da Petrobras na íntegra:

“Em abril de 2023, com o objetivo de construir um ambiente livre de Violência Sexual, foi criado na Petrobras um Grupo de Trabalho, para rever, analisar e propor melhorias e revisões de padrões, processos e ações relativas à prevenção, detecção e correção de violências sexuais. Foram analisados os casos pretéritos para entender o conjunto das manifestações recebidas, com intuito de realizar um diagnóstico. Após análise se concluiu que os processos estabelecidos, embora condizentes com as boas práticas empresariais, tinham oportunidades de melhoria.

Em relação ao processo de tratamento de denúncia, houve a centralização da apuração de todos os casos de Violência Sexual em única área especializada; Redução do prazo de tratamento de denúncias de violência sexual de 120 dias para 30 dias, prorrogáveis por mais 30 dias; Revisão do padrão de Tratamento de Denúncia, para conferir foco na vítima e a antecipação de mecanismo de sua proteção a partir da denúncia, com a avaliação de Medidas cautelares cabíveis; devolutiva humanizada para o denunciante ao longo do processo de tratamento da denúncia; estruturação de ações de pós denúncia, compreendendo medidas restaurativas para melhoria da ambiência.

Além disso, a Petrobras estabeleceu um Canal de Acolhimento, aberto à toda a força de trabalho, voltado para vítimas de assédio ou violência sexual. A partir de agosto ele passa a incluir um atendimento proativo. Paralelamente ao tratamento e à investigação da denúncia, uma equipe multidisciplinar irá procurar essas mulheres, de forma proativa, para realizar escuta e atendimento psicológico. Essa fase é um complemento à etapa inicial do projeto, lançada em maio, quando foram abertos canais voluntários de atendimento online, telefônico e presencial.

Em relação à prevenção e conscientização, foram adotadas as seguintes medidas: elaboração de plano de capacitação para públicos específicos; inclusão do tema assédio como pauta fixa como abertura nos Encontros com a Diretoria; Estruturação de Diretriz e Cartilha para Prevenção e Enfrentamento ao Assédio e à Discriminação; Revisão das disposições sobre combate à violência sexual na minuta contratual padrão da Petrobras; Divulgação do balanço de medidas disciplinares; Disponibilização do EAD Obrigatório sobre Violência Sexual.

Quanto à denúncia mencionada, a apuração de nossa área especializada não confirmou a autoria do ato relatado, mesmo ouvindo testemunhas e buscando eventuais provas documentais”.

Petrobras reduz em R$ 0,13 por litro o preço da gasolina para as distribuidoras

A Petrobras anunciou nesta quinta-feira (15) que o preço do litro da gasolina vendido às distribuidoras cairá R$ 0,13. Corte corresponde a 4,65% e é o quarto no ano. A medida vale a partir desta sexta-feira (16).

A última vez que a empresa cortou o preço da gasolina foi em 17 de maio. O anúncio foi feito na véspera, mesmo dia em que a estatal detalhou sua nova política de preços.

A partir desta sexta, considerando a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, R$ 1,94 a cada litro vendido na bomba.

Com isso, “mantidas as parcelas referentes aos demais agentes conforme a pesquisa de preços da ANP para o período de 4 a 10/06, o preço médio ao consumidor final poderia atingir o valor de R$ 5,33 por litro”, diz a estatal.

Veja a nota da empresa:

A partir de amanhã (16/6), a Petrobras reduzirá em R$ 0,13 por litro o seu preço médio de venda de gasolina A, que passará a ser de R$ 2,66 por litro.

Considerando a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, R$ 1,94 a cada litro vendido na bomba. Mantidas as parcelas referentes aos demais agentes conforme a pesquisa de preços da ANP para o período de 4 a 10/06, o preço médio ao consumidor final poderia atingir o valor de R$ 5,33 por litro.

Destaca-se que o valor efetivamente cobrado ao consumidor final no posto é afetado também por outros fatores como impostos, mistura de biocombustíveis e margens de lucro da distribuição e da revenda.

A redução do preço da Petrobras tem como objetivos principais a manutenção da competitividade dos preços da companhia frente às principais alternativas de suprimento dos seus clientes e a participação de mercado necessária para a otimização dos ativos de refino em equilíbrio com os mercados nacional e internacional.

Ciente da importância de seus produtos para a sociedade brasileira, a companhia destaca que na formação de seus preços busca evitar o repasse da volatilidade conjuntural do mercado internacional e da taxa de câmbio, ao passo que preserva um ambiente competitivo salutar nos termos da legislação vigente.

Transparência é fundamental

De forma a contribuir para a transparência de preços e melhor compreensão da sociedade, a Petrobras publica em seu site informações referentes à sua parcela e dos demais agentes na formação e composição dos preços médios de combustíveis ao consumidor.

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