MG: menina de 11 anos tem coma alcoólico após beber pinga; dono de bar é preso – Foto: reprodução
Uma criança de 11 anos foi hospitalizada em coma alcoólico após um idoso, de 61, vender pinga para a garota. O homem, que é proprietário de um bar, foi preso em flagrante. A ocorrência foi registrada na última sexta-feira (12), em Brasilândia de Minas (MG).
De acordo com a Polícia Militar, a mãe da garota informou que a filha saiu de casa sem a autorização. Após perceber que a menina havia deixado o imóvel, a mulher foi procurar a familiar e acabou recebendo o telefonema de uma sobrinha.
A moça comentou com a tia que havia encontrado a prima caída na rua e desacordada. Com a ajuda de moradores do bairro, a criança foi levada para o Pronto Socorro Municipal.
A equipe médica constatou o coma alcoólico e aplicou medicações na menina, porém até o encerramento do registro da ocorrência ela não havia apresentado melhoras.
Compra da bebida
Uma amiga da criança contou que elas foram até um bar e compraram a bebida. A PM foi até o estabelecimento e questionou o dono do estabelecimento sobre a venda. Ele argumentou que as meninas levaram duas garrafas de pinga, mas disseram que iriam para a casa.
Apesar das alegações, o homem foi preso e levado para o Pelotão da PM. A mãe da vítima não acompanhou o registro da ocorrência, pois teve que ficar com a filha na unidade de saúde. A Polícia Civil foi procurada pela reportagem, e o posicionamento é aguardado.
Um trabalhador rural de 42 anos foi encontrado morto após ser filmado bebendo uma garrafa de cachaça em Santo Antônio do Rio Verde, distrito de Catalão, no sudeste goiano (veja vídeo acima). Uma testemunha, que preferiu não se identificar, disse que o homem havia entrado em uma aposta em um bar.
“Apostaram duas caixinhas de cerveja. Ele virou 1 litro de pinga, mas não aguentou”, contou a testemunha.
O caso aconteceu no último domingo (16). Segundo a Polícia Militar (PM), o trabalhador foi encontrado morto na calçada do bar. O dono do estabelecimento contou à PM que o homem estava bebendo com amigos desde cedo. Quando saiu do local, se deitou na calçada e não se levantou mais.
No vídeo, após o trabalhador beber toda a cachaça, é possível ouvir pessoas falando “bebeu, ganhou, pode trazer a caixinha de cerveja”.
O caso foi registrado como morte natural. Por isso, de acordo com o delegado David Felício, não deve ser investigado, por enquanto.
A PM disse que orientou que os familiares acionassem o Serviço de Verificação de Óbito (SVO), para o recolhimento do corpo, já que não havia evidência de crime.
Dono do alambique onde a cachaça “Vale da Canastra” é produzida, diz estar satisfeito com o produto nas mãos da maior autoridade católica do mundo.
Na primeira semana de agosto, uma brasileira de São Paulo em viagem ao Vaticano, presenteou o Papa Francisco com uma garrafa de cachaça, como ato descontraído, em alusão à fala dele sobre os brasileiros em 2021: “Não tem salvação. Muita cachaça e pouca oração”.
O presente saiu diretamente do alambique do empresário André Guimarães, que há 15 anos trabalha com o rótulo “Vale da Canastra”. Um produto legalizado, com selo de autenticação, artesanal e com tamanhos variados, ideais para presentes, como a garrafa de 270 ml, que chegou até o Papa.
Segundo o empresário, se depender do aroma e sabor do destilado, o Papa Francisco vai querer bem mais que uma só garrafa. “De qualidade a gente entende e se ele tomar nem que seja para abrir o apetite vai mandar buscar mais, com certeza”, declarou.
Presente ao Papa
O presente ao Papa foi dado pela Brasileira de São Paulo, Cristina Chain, que integrou um grupo de 180 jovens de dez países ao redor do mundo, em uma visita a Roma, na Itália.
A cachaça foi entregue ao pontífice no dia 6 de agosto, em uma programação de audiência privada com o líder católico. Enquanto, muitos levaram presentes como crucifixos, bandeiras e imagens, Cristina surpreendeu com uma garrafa de cachaça mineira com o rótulo fictício “Muita Oração – Pouca Cachaça” e um cartão com a mesma frase e a bandeira do Brasil, em referência a declaração de Francisco, em 2021, quando disse em tom de brincadeira, que “O Brasil não tem jeito, é muita cachaça e pouca oração”.
Se engana quem pensa que foi um processo tranquilo entregar a garrafa ao Papa. Cristina conta que fez a tentativa sem a menor ideia de que pudesse dar certo.
“O Vaticano não explicou bem os protocolos e não sabíamos quão próximos estaríamos dele ou se teríamos contato direto. Dormi super mal na noite anterior e, no caminho, lembrei que teria de passar pela revista, em que não era permitido entrar com líquidos ou vidro. Na fila, a perna já balançava, “grudei” no padre responsável pelo grupo, na esperança dele me ajudar caso tivesse problemas na entrada, mas quando passei no raio-x me deixaram passar direto”, comentou a idealizadora do presente.
A brasileira lembra que a reunião durou cerca de uma hora e, ao final, todos puderam cumprimentar pessoalmente o pontífice. “Na minha vez, me aproximei, mostrei o cartão e a garrafa, disse que o Brasil lhe desejava muita oração, mas só um pouco de cachaça. Ele deu uma larga risada, jogando a cabeça para trás e agradeceu abençoando nosso país. Sai nas nuvens”, completou a jovem.
Critério para escola da cachaça
A escolha da cachaça ideal seguiu uma série de critérios, como conta Cristina, que comprou a garrafa pela internet. Ela teve o cuidado de pesquisar por vários dias, o melhor produto. Afinal, o presenteado seria entregue ao maior líder do catolicismo no mundo.
“Fiz várias pesquisas seguindo vários critérios. Quis uma cachaça legalizada, com todas autorizações e selos de segurança, que fosse artesanal e de uma região bacana. Por fim, cheguei nessa cachaça, a Vale da Canastra”, contou.
Orgulho do produtor
Satisfeito com a escolha de Cristina, o empresário André, segue agora, mais orgulhoso do que nunca da produção que ele sempre fez questão de presar pela qualidade.
“Fico imensamente feliz com a escolha e, mais ainda, em saber que houve critério, pois de fato, é uma produção muito rigorosa. Agora vamos ter o selo do Papa atestando ainda mais nossa qualidade. Vou fazer questão de mostrar a todos os clientes que temos na empresa uma cachaça que chegou até o Papa. É a nossa pinga abençoada”, brincou o produtor.
O Dia da Cachaça é comemorado em todo país no dia 13 de Setembro. Nos tempos coloniais, a produção de cachaça era uma importante atividade econômica no Brasil. Preocupados com o sucesso da aguardente, os portugueses, através de uma Carta Real de 13 de setembro de 1649, proibiram a fabricação e a venda da bebida em todo o território brasileiro.
Os proprietários de cana-de-açúcar e alambiques, indignados com as constantes cobranças de impostos aos longo dos anos e perseguições por vender a aguardente, se revoltam no dia 13 de setembro de 1661 e tomam o poder no Rio de Janeiro por cinco meses, resultando em um dos primeiros movimentos de insurreição nacional: a Revolta da Cachaça.
O movimento é repreendido com violência e o seu líder, Jerônimo Barbalho Bezerra, é enforcado e decapitado, tendo sua cabeça pendurada no pelourinho da cidade, como exemplo à população fluminense.
Todo dia 13 de setembro se comemora o “Dia Nacional da Cachaça” como uma forma de relembrarmos os tempos de um Brasil colonial, quando o destilado era símbolo de resistência contra a dominação portuguesa.
A data foi aprovada em outubro de 2010 pela Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados como resultado do projeto de lei do deputado Valdir Colatto (PMDB-SC).
De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), o produto, a base de caldo de cana fermentado, movimenta cerca de R$ 7,5 bilhões anualmente no país.
Há 15 anos, um empreendimento familiar no ramo da aguardente faz sucesso na região de São José da Barra (MG). Elisangela Borges de Souza, de 30 anos, conta como é realizada a fabricação da Cachaça Caburé.
‘’Plantamos a cana aqui no sítio mesmo, então meu pai corta, mói e faz a garapa. Depois coloca no fubá de milho e deixa fermentar por doze horas, e zera o açúcar da garapa. Ele coloca no alambique e põe fogo na fornalha, ele ferve e sai a pinga lentamente. Nesse processo, tem que manter a caloria, porém não pode ser muito fogo, senão a pinga sai quente e estraga. A pinga passa pelos canos da serpentina dentro de uma caixa d’água e sai fria. Aí medimos ela no sacarímetro (instrumento utilizado para medir o teor de açúcar). Costumamos tirar ela a 18°C e armazenar no barril de carvalho”.
A bebida recebeu esse nome em homenagem ao pai de Elisângela, o qual tem o apelido de Caburé. A produção é feita no Sítio São Gonçalo, próximo ao bairro Bom Jesus dos Campos.
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