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Maior Pix feito no Brasil em 2023 foi de R$ 2 bilhões em uma única transferência

Maior Pix feito no Brasil em 2023 foi de R$ 2 bilhões em uma única transferência - Foto: reprodução
Maior Pix feito no Brasil em 2023 foi de R$ 2 bilhões em uma única transferência – Foto: reprodução

As transações por PIX em 2023 foram de R$ 0,01 a R$ 2 bilhões em uma única transferência. Os dados são do Banco Central do Brasil, via Lei de Acesso à Informação.

Em 2023, foram mais de 35 milhões de transações de R$ 0,01 realizadas no Brasil no ano passado. Além disso, a transferência de R$ 2 bilhões feita em 2023 foi a maior da história do PIX.

Desde a criação do sistema instantâneo de pagamentos, as transferências de R$ 0,01 foram repetidas mais de 70 milhões de vezes. Isso significa que o equivalente a R$ 700 mil foram transferidos desta forma.

O BC não tem estudos que ajudem a explicar esse comportamento. A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) diz que não monitora as operações de PIX de centavos e que por isso não tem elementos para analisá-las.

Para Joelson Sampaio, professor da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV EESP), as transferências de R$ 0,01 podem ser uma forma de verificar se uma chave PIX está funcionando. Outra possibilidade é a função de escrever uma pequena mensagem no campo “descrição” como forma de comunicação.

PIX na hora da paquera

O artista independente Jason Goulart deu o último recado ao “crush” com um PIX de R$ 0,01, depois de ter sido bloqueado durante uma discussão.

“Como a gente já tinha feito algumas coisas juntos, como dividir uma conta, acabei ficando com o PIX dele salvo na memória da conta bancária. E com R$ 0,01 respondi as mensagens que ele me mandou antes de me bloquear”, lembra Jason.

“Ele achou um absurdo ter enviado R$ 0,01 para terminar a discussão. Ele me desbloqueou para responder à mensagem do PIX e nunca mais nos falamos.”
De acordo com o BC, as instituições envolvidas na transação têm acesso ao texto da “descrição” do PIX. Mas não há previsão de algum tipo de sanção por suposto uso inadequado do sistema.

“Não há monitoramento [das mensagens]. Mas, a critério do participante, é possível limitar o uso dessas mensagens, por exemplo, caso tenha teor discriminatório ou palavra ofensiva”, explica o BC, em nota.

Nas redes sociais, diversos memes mostram comprovantes de transação de R$ 0,01 e as respectivas descrições. Em 2022, um homem de 67 anos foi preso no Ceará após mandar mensagens de importunação à ex-mulher por meio de PIX de R$ 0,01.

Campanhas de bancos estimulam transferências

Arthur Igreja, especialista em tecnologia e inovação, aponta que alguns bancos oferecem desconto nas cestas das contas caso os clientes façam uma quantidade determinada de PIX. Para isso, os centavos viram uma solução.

“Não há nada que impeça o uso desse tipo de recurso. Mas, se ele está sendo usado simplesmente para conseguir um desconto, quer dizer que a política de desconto não está funcionando muito bem. Em regra, não há nada de errado em fazer isso — fora a utilização do sistema para algo que não é a finalidade dele”, afirma Igreja.

PIX de bilhões

Em 2020, ano em que o PIX foi lançado, o maior valor transferido em uma única transação foi de R$ 100 milhões. No ano passado, a maior quantia chegou a R$ 2 bilhões, atual recorde histórico.

Até então, a maior transferência de recursos registrada por meio do PIX havia sido de R$ 1,2 bilhão, em dezembro de 2022.

Segundo o BC, o PIX é um meio de pagamento “bastante seguro” e que conta com mecanismos próprios e exclusivos de segurança. Independentemente do valor, é sempre importante o usuário estar atento para conferir as informações antes de efetivar a transação — como o destinatário e a quantia.

“O limite de valor é estabelecido pela instituição de relacionamento do usuário, conforme avaliação do perfil de risco. Cabe ao usuário escolher o meio de pagamento que julgar mais conveniente.”

Arthur Igreja alerta que, após uma transação de valor muito alto, que pode ser ocasional, é importante reduzir novamente o limite do PIX na instituição bancária.

“Caso a pessoa caia num golpe ou tenha o smartphone roubado ou furtado, quem tiver a posse desse aparelho, se tiver recurso em conta, vai poder fazer uma transação de um valor muito alto, então é muito perigoso.”

Passos movimentou R$ 6,79 bilhões no PIX em 2023

Passos movimentou R$ 6,79 bilhões no PIX em 2023 - Foto: reprodução
Passos movimentou R$ 6,79 bilhões no PIX em 2023 – Foto: reprodução

Moradores de Passos (MG) movimentaram R$ 6,79 bilhões em transações realizadas por Pix no município em 2023. Segundo dados do Banco Central (BC), o valor é 43% maior que o registrado em 2022, quando a cifra chegou a R$ 4,74 bilhões.

Os números fornecidos pelo BC compreendem transações de todas as naturezas, de pessoa física para pessoa física, de pessoa física para jurídica, e vice e versa, e também para órgãos governamentais, como pagamento de impostos e taxas, por exemplo.

Nos 12 meses de 2023, a população de Passos realizou 16.547.930 transações via Pix, o que representa um crescimento de pouco mais de 71,6% em relação ao número de 2022, que chegou a 6.906.195 registros.

O mês de dezembro teve a maior quantidade de transações o maior valor movimentado nos dois últimos anos. No último mês de 2023, foram realizadas 1.941.532 transações. Em dezembro de 2022, o número era de 1.154.996. O aumentou é 68% na cidade

Em dezembro de 2023, o valor total de lançamentos liquidados do sistema de pagamento instantâneo foi de R$ 706,7 milhões. No mesmo período de 2022, foram movimentados R$ 523,7 milhões por Pix no município. O aumento de R$ 183,06 milhões.

No ano de 2024, duas inovações prometem impulsionar ainda mais a utilização do Pix como método de pagamento: o Pix automático e o Pix internacional. A primeira funcionará a partir de 24 de outubro, e vai possibilitar o pagamento automático de despesas como energia, telefone, mensalidade escolares, academias, condomínios e assinaturas.

Funcionando de maneira similar ao débito automático, esse novo mecanismo visa facilitar os pagamentos recorrentes. A principal vantagem em relação ao débito automático, além da rapidez nas transações, será a isenção de tarifas, especialmente para pessoas físicas.

O Pix internacional não tem previsão de lançamento. O objetivo é viabilizar operações para o exterior.

No país, Pix movimenta R$ 17,5 trilhões

Dados do Banco Central (BC) mostram que movimentações do Pix somaram R$ 17,2 trilhões e alcançaram novo recorde em 2023. O volume financeiro das transações via a plataforma digital aumentou 57,8% ante 2022, quando totalizou R$ 10,9 trilhões, e mais do que dobrou em relação a 2021.

Hoje, a modalidade é amplamente usada por pessoas físicas e no setor varejista, enquanto outros meios de pagamento, como o DOC e TEC, são substituídos pela plataforma.

Na contramão, o volume das tradicionais cédulas e moedas totalizou no último dia de dezembro de 2023 cerca de R$ 341 bilhões. Isso representa uma diminuição de 7,78% desde o surgimento do Pix, em 2020, quando o meio circulante nacional foi de aproximadamente R$ 370 bilhões.

Segundo o BC, o Pix teria o potencial de incentivar, entre outros pontos, a “eletronização” do mercado de pagamentos de varejo e a inclusão financeira.

O ano de 2020 fechou com 178 milhões de CPFs cadastrados na plataforma. Já no fim do ano passado, esse número subiu para 194 milhões — ou seja, pouco mais de 95% do total da população brasileira, que somou 203 milhões, segundo o Censo de 2022.

Atualmente, o BC se encaminha para implantar definitivamente o Pix Automático, modalidade que permite pagamentos recorrentes ao modelo de débito em conta e que deve ser ofertado obrigatoriamente pelos participantes.

“O Pix Automático tem o potencial para reduzir a inadimplência e otimizar o processo de cobrança, além de viabilizar uma ampliação da base de clientes dada a penetração do Pix”, explicou o chefe do Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro do BC, Angelo Duarte.

Já do ponto de vista do pagador, Duarte acredita que irá corroborar com a efetivação de pagamentos e, com o preço menor, estimular as empresas a cada vez mais “ofertarem essa alternativa de pagamentos recorrentes por meio do Pix Automático, podendo, em alguns casos, ampliar o acesso da população a determinados serviços”.

Via: Observo

Transferências por DOC e TEC são encerradas definitivamente nesta quinta-feira (29)

Transferências por DOC e TEC são encerradas definitivamente nesta quinta-feira - Foto: reprodução
Transferências por DOC e TEC são encerradas definitivamente nesta quinta-feira – Foto: reprodução

O sistema de transferências via DOC (Documento de Ordem de Crédito), um dos mais tradicionais meios de pagamentos bancários por décadas, foi encerrado definitivamente nesta quinta-feira (29), pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

Os bancos puderam oferecer a modalidade até o último dia 15 de janeiro, com a possibilidade de agendamento das transferências até esta quinta, dia 29.

Além do DOC, as instituições também deixaram de oferecer a Transferência Especial de Crédito (TEC), que são operações realizadas exclusivamente por empresas para o pagamento de benefícios a funcionários.

O valor máximo que era permitido para qualquer transação via DOC ou TEC é de R$ 4.999,99. Não foram anunciadas mudanças nas operações de TED (Transferência Eletrônica Direta).

No DOC, as operações eram efetivadas um dia após o recebimento da ordem de transferência pelo banco. Já na TEC, a transferência era efetuada, no máximo, até o final do dia em que foi dada a ordem.

Utilização de meios de pagamento

Segundo a Febraban, as operações via DOC, sistema criado em 1985 pelo Banco Central do Brasil, vinham sendo cada vez menos utilizadas nos últimos anos, principalmente depois do lançamento do PIX, em novembro de 2020.

“Tanto a TEC quando o DOC deixaram de ser a primeira opção dos clientes e sua utilização vem caindo continuamente nos últimos anos. Os clientes têm dado preferência ao PIX, por ser gratuito, instantâneo e também pelo valor que pode ser transacionado”, diz Walter Faria, diretor adjunto de Serviços da Febraban.

Um levantamento da instituição mostra que o DOC não ficou nem entre os cinco principais meios de pagamento usados em 2023. A preferência foi pelo PIX, seguido do cartão de crédito e do cartão de débito.

Veja o ranking de modelos mais utilizados:

  1. PIX
  2. Cartão de crédito
  3. Cartão de débito
  4. Boleto
  5. TED (Transferência Eletrônica Direta)
  6. Cheque
  7. DOC (Documento de Ordem de Crédito)

Projeto que inclui cartões e Pix como formas de pagar pedágios avança no Senado

Projeto que inclui cartões e Pix como formas de pagar pedágios avança no Senado - Foto: reprodução
Projeto que inclui cartões e Pix como formas de pagar pedágios avança no Senado – Foto: reprodução

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou em primeira fase um projeto de lei (PL) que amplia as possibilidades de pagamento de tarifas de pedágio em rodovias federais. O texto permite a utilização de meios de pagamento digitais, como cartões de crédito e de débito e o Pix. Algumas praças de pedágio ao redor do país, a depender da concessionária, já aceitam pagamentos por cartões, mas parte ainda recebe apenas em espécie.

A proposta foi apresentada em setembro de 2020 pelo senador Eduardo Girão (Podemos-CE). O texto inicial previa apenas a inclusão de cartões como forma de pagamento. Dois meses depois, em novembro de 2020, o Banco Central lançou o Pix como meio de pagamento instantâneo, o que motivou mudanças no texto.

“Cabe ressaltar que a grande maioria das pessoas já utiliza esses meios, a exemplo dos cartões de crédito e débito e do Pix, como meio de pagamento em outras áreas, como compras em estabelecimentos comerciais. Portanto, a implementação dessa medida não trará grandes dificuldades aos usuários das rodovias”, alegou o relator na CAE, senador Weverton (PDT-MA).

Ele defendeu que o texto deixasse expresso o termo “meios de pagamento digitais” por entender que “as formas de pagamento são mutáveis com o avanço tecnológico”. Dessa forma, se o projeto virar lei, o texto não ficará ultrapassado por uma eventual nova forma de pagamento criada no futuro.

“É bom lembrarmos que, outrora, até o sal já foi usado como moeda. Há pouco tempo não conhecíamos o PIX como um método de pagamento. Os próprios cartões de crédito e débitos são invenções relativamente recentes na história das transações bancárias”, disse.

“Seria temerário obrigar a ANTT [Agência Nacional de Transportes Terrestres] a usar cartões de débitos e créditos, conforme proposto originalmente, de forma obrigatória e perpétua nos pedágios, se, devido ao avanço da informática, em futuro bem próximo, tais meios de pagamento já podem ter sido totalmente substituídos por outras formas mais céleres e seguras de pagamento”, acrescentou Weverton.

O projeto já foi aprovado pela Comissão de Infraestrutura e, agora, é analisado em caráter terminativo pela CAE, que ainda fará um turno suplementar de votação. Isso significa que, depois dessa etapa no colegiado, se não houver recurso para votação no plenário do Senado, o tema seguirá direto para tramitação na Câmara dos Deputados.

Empresário recebe PIX de R$ 690 mil por engano e devolve dinheiro: ‘Não pensei duas vezes’

Empresário recebe PIX de R$ 690 mil por engano e devolve dinheiro: ‘Não pensei duas vezes’ – Foto: Arquivo Pessoal

Um empresário de Santos, no litoral de São Paulo, levou um susto ao receber um PIX de R$ 690 mil por engano. A redação, Lealdo dos Santos Souza, de 38 anos, contou que achou tratar-se de um golpe. No entanto, ao perceber a confusão, não pensou duas vezes antes de devolver a bolada.

Ele descobriu que o dinheiro seria usado para a compra de um apartamento e precisou devolvê-lo em parcelas após ter problemas com o banco.

“Na hora [do PIX] fiquei desesperado […]. Na minha cabeça, a primeira coisa que eu pensei era que fosse algum golpe, que os caras jogaram na minha conta por engano e depois iam vir me procurar”, afirmou o empresário, que tem um comércio no ramo de ar-condicionado automotivo.

Lealdo chegou, inclusive, a pensar que fosse o valor do resgate de algum sequestro. “Imaginei várias coisas”, relatou o homem, que aguardou 24 horas antes de tomar uma atitude e procurar a agência do banco de origem do dinheiro.

Neste período, o empresário recebeu “muitos conselhos” orientando-o a ficar com a bolada. “Só que minha cabeça e meu coração falaram que tinha que fazer a coisa certa. Eu não pensei duas vezes em devolver”, afirmou.

Ele entende que a decisão foi a melhor possível. “Fiquei mais feliz depois que eu consegui achar [o dono]. Vi que era um senhor, uma pessoa de boa índole que trabalhou pra caramba”, afirmou.

Lealdo encontrou o dono do dinheiro um dia após receber o PIX. Ele foi até a agência do banco de origem do dinheiro e falou com uma gerente, que localizou o proprietário da conta. “Ela ficou surpresa com a minha atitude e conseguiu entrar em contato com ele [dono do dinheiro]”, relembrou.

Bancário tinha PIX de empresário salvo

O empresário contou que, em 15 minutos, o homem apareceu na agência junto com uma advogada.

“Era um bancário e estava comprando um apartamento. Então, ele estava dentro do cartório, preencheu o contrato da transferência e, quando foi finalizar o pagamento para o corretor, mandou o PIX para mim. Na hora tinha achado que fosse um novo golpe. Ia acabar com o sonho dele”, explicou.

Dias após se darem conta da confusão, os dois descobriram que o bancário tinha sido cliente do empresário um mês antes da confusão. “Fiz um trabalho no carro dele”, relatou Lealdo, dizendo que sua conta tinha ficado salva para realização de PIX pelo senhor, apesar de eles não se conhecerem.

Devolução

Com tudo esclarecido, Lealdo tentou fazer o estorno do dinheiro, mas foi bloqueado pelo seu banco, o C6 Banck (veja mais abaixo nota enviada pelo banco). “Tive um transtorno […]. Eles bloquearam a minha conta, não conseguia fazer nada”. Após resolver essa situação, só conseguiu devolver a quantia em parcelas.

O empresário fez PIX de R$ 100 mil por dia até chegar ao valor de R$ 690 mil, terminando de pagar nesta quinta-feira (16). Segundo Lealdo, ele mantém contato com o bancário por meio da advogada dele, pois o homem tinha passado por problemas de saúde recentemente.

“Acho que temos que fazer a coisa certa para nossa vida dar certo”, finalizou Lealdo.

Lealdo dos Santos Souza precisou devolver dinheiro em parcelas — Foto: Arquivo Pessoal
Lealdo dos Santos Souza precisou devolver dinheiro em parcelas — Foto: Arquivo Pessoal

Banco

Em nota, o C6 Bank informou que opera segundo as regras de funcionamento do PIX e, por isso, o saldo foi bloqueado depois do acionamento do sistema Mecanismo Especial de Devolução (MED) do Banco Central.

“A devolução de valores via Pix deve ser feita pelo botão ‘devolver Pix’ disponível no aplicativo, destinado a esse fim. A opção de devolver valores parciais foi uma escolha do cliente, e não imposição do banco”, informou, em nota.

Golpes e vírus do PIX: proteger dispositivos e saber identificar fraude evitam altos prejuízos

Golpes e vírus do PIX: proteger dispositivos e saber identificar fraude evitam altos prejuízos – Foto: reprodução

As armadilhas criadas por criminosos para causar prejuízos a empresas e pessoas via PIX estão cada vez mais sofisticadas. A ferramenta de pagamento instantâneo, lançada em 2020 para facilitar transferências de dinheiro circulante, abre possibilidades para estratagemas ousados e realistas na fraude, com uso até de vírus capaz de alterar o destinatário do dinheiro e o valor. A BluePex® Cybersecurity, que fabrica tecnologia para o mercado de cibersegurança, alerta sobre a necessidade de medidas rígidas de segurança para inibir ações criminosas.

Recentemente, a imprensa brasileira destacou o crescente uso do programa malicioso na aplicação de golpes via PIX. Funciona assim: o malware entra em ação na fase anterior à solicitação de senha.

A chamada infecção pode ser feita, também, por meio de simulacros de aplicativos de mensagens. O usuário pensa que está baixando uma atualização quando, na verdade, está instalando o vírus que vai adulterar o PIX.

Neste mês de setembro, pesquisa divulgada por uma empresa de proteção financeira revelou um cenário alarmante sobre fraudes via PIX. Quatro em cada 10 brasileiros sofreram alguma tentativa de golpe nesta modalidade.

O número coincide com o crescimento vertiginoso da ferramenta. Em agosto de 2023, havia 153 milhões de usuários cadastrados no sistema do Banco Central, contra 134 milhões registrados no mesmo período em 2022. Exemplos de ousadia não faltam: nos golpes, criminosos se passam por funcionários de instituições bancárias e demonstram conhecimento sobre dados pessoais, inclusive de valores que estão na conta da vítima-alvo.

Fui vítima: o que fazer?

Se a sua empresa ou você foi vítima do Golpe do Pix, a orientação do Banco Central é fazer contato imediato com o banco para informar o problema e pedir a devolução dos valores. Depois, faça um boletim de ocorrência.

O banco vai registrar uma notificação de infração em sistema do Banco Central e a instituição financeira do suposto golpista vai bloquear os valores. Ambas as instituições terão um tempo para avaliar o caso. Após 7 dias, se comprovado o golpe, o dinheiro será devolvido em até 96 horas.

Preciso evitar fraudes: o que fazer?

A preocupante realidade de golpes reforça necessidades apontadas pela BluePex® Cybersecurity. Empresas e população em geral devem implementar medidas adequadas de proteção a sistemas e equipamentos eletrônicos, como computadores, laptops e celulares. Fernando Bryan Frizzarin, especialista em cibersegurança da BluePex® Cybersecurity, lembra que, com equipamentos e softwares de controle e segurança de última geração, o ataque aos sistemas se torna quase impossível aos fraudadores.

Tão importante quanto, é preciso sempre estar alerta para evitar que criminosos utilizem a engenharia social para terem sucesso nos golpes do PIX. A BluePex® lembra que o ataque ao usuário sempre é mais fácil do que invadir sistemas. E com a vigência plena da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), a política adequada sobre senhas ajuda a evitar vazamento de dados e consequentes penalidades.

Sobre a BluePex® Cybersecurity

A BluePex® Cybersecurity é uma empresa com mais de duas décadas de experiência na fabricação de tecnologia para o mercado de cibersegurança. É certificada com o selo EED – Empresa Estratégica de Defesa, do Ministério de Defesa do Brasil, e é pioneira ao receber o selo VB-100, na América Latina.

Marca de presença global que ostenta um diferencial exclusivo por ofertar suporte direto ao cliente, 24 horas por dia nos 7 dias da semana, a BluePex® possui mais de 100 mil dispositivos protegidos diariamente, mantendo um índice de satisfação de 9,8 (cuja nota máxima é 10).

Novo vírus de celular desvia dinheiro do Pix e ‘limpa’ conta de usuários

Novo vírus de celular desvia dinheiro do Pix e ‘limpa’ conta de usuários – Foto: reprodução/Pix

Um vírus de celular que consegue desviar dinheiro via Pix e “limpar” a conta dos usuários foi desenvolvido por criminosos brasileiros. A tecnologia, detectada em dezembro do ano passado, vem crescendo no país e já é a segunda fraude mais registrada em toda a América Latina, segundo a empresa de cibersegurança Kaspersky.

Na fraude do Pix, criminosos conseguem trocar o destinatário e o valor da transferência. De acordo com a publicação, o vírus consegue acessar a etapa anterior à solicitação da senha. Entre os indícios de que o programa corrompeu o celular, estão uma tremedeira na tela e lentidão para carregar. Os estelionatários levam até 95% do saldo da conta em um único golpe.

Os hackers usam notificações e aplicativos falsos para infectar os celulares. Usuários já relataram que o golpe começava com o anúncio de uma atualização do WhatsApp, que redirecionava para um simulacro do app de mensagens. Uma vez que o programa “Atualização Whats App v2.5” era baixado, o sistema ficava comprometido.

Segundo a Kaspersky, o app foi retirado do ar da Google Play. Também existe vírus para dispositivos da Apple, como os iPhones, mas é menos comum.

O Google informou que a segurança na sua loja de aplicativos é uma prioridade. “Nossos usuários são protegidos pelo Google Play Protect, que identifica comportamentos nocivos nos apps e dispositivos Android e alerta os usuários”, comunicou.

O vírus desvio de Pix, além de permitir operação em larga escala, é executado de forma automatizada pelo próprio software.

Como se proteger

A empresa de cibersegurança indica que, para se prevenir do golpe, o primeiro passo é suspeitar de qualquer notificação que peça “acesso às opções de acessibilidade”.

“Essa permissão dá amplo acesso às funcionalidades do smartphone e só é necessária para quem precisa de algum auxílio do aparelho para usar aplicativos, que devem ser selecionados criteriosamente”, diz a publicação.

A escolha de atuação no Pix pelos criminosos é devido à velocidade oferecida pela ferramenta. A tecnologia de pagamentos instantâneos permite dispersar o dinheiro entre várias contas, o que dificulta o rastreio dos valores, de acordo com o diretor da Equipe Global de Pesquisa e Análise da Kaspersky, Fabio Assolini.

Mesmo com avanço do Pix, cartão de crédito deve se manter como opção para brasileiros

Por Rogério Albuquerque, head de produtos e marketing da Card

O Pix definitivamente tornou-se o meio de pagamento preferido dos brasileiros. A sua escalada meteórica desde 2020 é carregada pela praticidade e instantaneidade que o sistema apresenta, aliado ao movimento de digitalização bancária que os brasileiros passaram a utilizar nos últimos anos.

No início de maio, o sistema de transferências instantâneas do Banco Central alcançou 124,3 milhões de operações, o que resultou em R$68,4 bilhões movimentados em apenas um dia. É inegável que o Pix representa uma revolução dentro da sociedade brasileira, inclusive servindo de base para sistemas similares em outros países, como Estados Unidos, e os vizinhos da América Latina.

Liderando a corrida dos meios de pagamento, o Pix ainda disputa maior espaço com o cartão de crédito. Segundo o Serasa, cerca de 70% dos brasileiros que fazem uso do cartão de crédito possuem três ou mais cartões e muitos motivos podem estar atrelados a este movimento particular realizado pela sociedade brasileira.

Historicamente, o brasileiro realiza o pagamento de compras, que possuem maior valor, como eletrodomésticos, eletroeletrônicos e outros itens de maneira parcelada, e até o presente momento, as melhores condições para este tipo de aquisição estão presentes no cartão de crédito.

Algumas pessoas, inclusive, utilizam o cartão de crédito para qualquer transação, desde que seja possível, para ganhar milhas de vantagem, oferecidas pelos bancos, e assim obter diversos benefícios, como passagens aéreas, produtos e descontos.

Pix e cartão de crédito podem coexistir?

A evolução da tecnologia proporciona mudanças em todos os setores da sociedade. O próprio cartão de crédito começou de maneira primária com uma faixa magnética, que era lido por um terminal de pagamento não eletrônico e até os anos 90, mudanças significativas não foram aplicadas ao sistema dentro do país.

Com os primeiros passos da internet, os terminais de pagamento e, consequentemente, os cartões passaram a possuir mais funcionalidades, chegando ao momento atual, onde pagamentos com cartões de crédito podem ser realizados até mesmo sem contato físico entre o cartão e as maquininhas.

Naturalmente, o Pix se consolida como um concorrente ao cartão de crédito, principalmente nos pagamentos em que os dois podem atuar como forma final de interação entre consumidores e lojas.

Entretanto, existe espaço para que os dois principais meios de pagamento do país atuem de forma simultânea no varejo físico e digital. Se de um lado o Pix pode trazer mais rapidez no ato de pagamento e confirmação da compra ou boleto, o cartão de crédito tem a facilidade do parcelamento, e também concede a possibilidade ao usuário do dinheiro não debitar no ato, podendo ajustar a data de pagamento da fatura para a data de preferência.

Cada vez mais, o futuro parece ser dos meios de pagamento, principalmente com a chegada do Pix crédito, que permitirá o parcelamento de compras no Pix, de maneira parcelada. Mesmo com este avanço, o cartão de crédito deve permanecer bastante utilizado pela sociedade brasileira durante os próximos anos, e o que pode determinar o uso maior ou menor destes meios de pagamento, tanto para um lado, quanto para o outro, serão os benefícios que cada um poderá agregar ao uso do consumidor, desde assinaturas de streaming, jogos, games e música, até benefícios consolidados, como milhas de vantagens e descontos em redes conveniadas.

Sobre a Card

Após a junção anunciada no ano de 2021 entre o Grupo Card e a Rede Tendência, que se tornou Card, a empresa contempla mais de 20 anos de experiência no mercado de meios de pagamento e soluções de tecnologia, atuando em mais de 90 mil pontos de vendas espalhados pelo Brasil. Mais de 50 soluções podem ser encontradas na plataforma card e nas maquininhas, como telecomunicações, gift card e mobilidade urbana em todo o país. Saiba mais: https://grupocard.com.br/

Ministro da Fazenda confirma Pix como crédito ainda em 2023

O Pix irá receber grandes novidades para 2023. Como comentado pelo Banco Central (BC) ainda em 2022, existem planos para uma função crédito chegar a população brasileira. A grande novidade é que esta deve ficar disponível ainda em 2023, de acordo com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT).

Em reunião com empresários na sede da Fiesp na tarde desta segunda-feira (30), em São Paulo, Haddad afirmou que a novidade pode chegar “quem sabe até o meio do ano“.Vale lembrar que o ministro se encontrou com Roberto Campos Neto, presidente do BC também nesta segunda.

Em meados do ano, o Pix vai ser usado para créditos, isso está na agenda do BC e vai ser lançado quem sabe até o meio do ano“, afirmou o ministro.

Reunião com o presidente do BC

Haddad comentou que a reunião com Campos Neto foi produtiva e durou pouco mais de uma hora. Ele confirmou que o presidente do BC solicitou o destravamento das pautas, que, segundo ele, estavam paradas por razões burocráticas no Executivo durante a gestão de Jair Bolsonaro.

Recebi uma notícia dele hoje que várias iniciativas ficaram pelo caminho por questões formais Às vezes um técnico deu um parecer desfavorável na forma. (…) Ele estava cobrando diligência. Me comprometi com ele que em 15 dias vamos ter todas essas medidas na mão e encaminharemos ao Congresso depois de uma avaliação interna do Ministério da Fazenda. São medidas que vão melhorar o ambiente de negócios do Brasil“, disse Haddad, sem detalhar de quais iniciativas fazia referência.

O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, ficou encarregado de levantar “tudo o que ficou engavetado” para que, até março, tudo esteja encaminhado à Casa Civil e ao Congresso.

Vamos abraçar a agenda de crédito. Houve avanços que precisam ser mencionados no sentido de aumentar a concorrência bancária, isso tem surtido efeito“, completou o ministro.

Aneel determina que todas as empresas ofereçam Pix como opção para pagar contas

A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) determinou nesta terça-feira, 24, que todas as empresas de distribuição de energia deverão oferecer o Pix, sistema de pagamento instantâneo criado pelo Banco Central, como uma opção para os consumidores quitarem as contas de luz. As outras formas de pagamento, como débito em conta e por código de barras, continuarão válidas.

Hoje, algumas distribuidoras já adotam a modalidade de pagamento, mas não há uma regra padronizada. Pela decisão da Aneel desta terça, a ferramenta passa a ser obrigatória e as empresas terão até 120 dias para oferecer, sempre que solicitado pelos consumidores. As distribuidoras também poderão disponibilizar o QR Code para pagamento via Pix, independentemente do pedido do consumidor.

“O Pix veio para modernizar o sistema de pagamentos no Brasil, hoje já é o mais usado e o setor elétrico não poderia ficar de fora. Algumas distribuidoras já se anteciparam e fizeram facultativamente. Então, cabe à Aneel regular e exigir que todas ‘oportunizem’ aos consumidores essa ferramenta”, disse o relator do processo, Ricardo Tili, durante a reunião do colegiado.

A agência espera que a adoção do mecanismo melhore a experiência do consumidor no pagamento das faturas, evitando problemas decorrentes da demora para o reconhecimento dos pagamentos pelos meios convencionais, como a suspensão do fornecimento, já que a distribuidora pode dar baixa no sistema em tempo real, assim que o pagamento é feito. Além disso, incentiva a modernização dos processos de arrecadação e cobrança das distribuidoras.

Também é esperado uma melhor operacionalização da distribuidora, justamente pelos pagamentos serem instantâneos, além da possibilidade de redução dos custos operacionais das empresas, o que, em alguns casos, poderão ser repassados aos consumidores por meio das revisões tarifárias. Os processos, no entanto, têm impacto de diversos outros componentes e não necessariamente haverá uma redução da tarifa.

“Essa ferramenta tem alguns aspectos importantes. Primeiro dele é a questão de ser instantâneo, no momento em que é feito o pagamento, já efetivamente o dinheiro cai na conta da distribuidora. Com isso permite uma melhor operacionalização da empresa. Outro ponto importante é o custo abaixo do operacionalizado pelos bancos. Isso, no final do período, acaba gerando uma economia operacional para a distribuidora, que vai refletir na tarifa no momento da revisão ordinária tarifária”, disse o relator.

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